Revenge In The Field escrita por Silent Night


Capítulo 3
Revivendo o Passado.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente *-* Então.. eu planejava que esse fosse o último capítulo, mas o flashback da Luize ficou grande, e não queria dar um cansaço em vocês D: Aí eu fiz esse contando a história dela, e no próximo provavelmente já seja o encerramento eu espero, ou não. Enfim.. Boa leitura, e nos encontramos depois. *-*
Dedico o capítulo pro Vincent e pro Lucas (embora ele não tenha Nyah) são os que mais estão me incentivando *-*



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Mesmo depois do tempo que passou, Jones ainda olhava para Luize com ternura, ele a amava; e a essa altura os dois já não conseguiam mais fugir de seus sentimentos, seus olhares se cruzavam a todo o instante, Luize tentava camuflar sua paixão, mas Jones, embora depois de tudo que acontecera; ainda a conhecia muito bem. 


Flashback ON


O carro preto conversível, naquele momento com a capota fechada, fugia em alta velocidade; com o máximo que podia sustentar, a garota dentro dele aparentando ter de vinte a vinte e três anos, limpava os pingos de sangue que estavam impregnados em seu corpo segurando um lenço com uma mão, enquanto a outra segurava firmemente o volante do carro. Ela pareceu decepcionada quando uma lágrima insistente escorreu de seus olhos, e limpou rapidamente com a manga da blusa; parou em uma ponte que ficava em cima de um rio não muito grande, dentro do carro se trocou, jogando o resto de suas roupas água a baixo. Não tinha a menor ideia de pra onde ir, ou como chegar lá, já que seu dinheiro mal daria para um prato de comida, para a sua sorte ela era uma ótima golpista, e já havia assaltado outros lugares sozinha antes de conhecer... bom, ela só queria esquecê-lo.

Dirigiu até encontrar um bar de estrada, estacionou lá e desceu do carro escondendo uma arma nos bolsos de seu moletom cinza. Alguns homens jogavam xadrez do lado de fora, ao vê-la trataram logo de fazer piadinhas escrotas.


– Mas que gostosa, o que uma mocinha como você está fazendo perdida por aqui? - falou o mais velho deles, que parecia ter uns sessenta anos soltando uma risada sarcástica.


Ao ver o tipo nojento que eles faziam, com aquele cheiro de bebida alcoólica exalando graças as suas barbas grandes e brancas, Luize quase vomitou, colocou a mão dentro do bolso, pensou em puxar a arma e atirar contra ele, mas precisava do dinheiro do local, e matá-los não ia ajudar muito, então sem dizer nada ela entrou no lugar. Lá só haviam homens jogando cartas e sinuca, e algumas garotas desfilando semi-nuas na tentativa de atrair mais clientes. Ela andou até o balcão e pediu uma vodka com limão, enquanto percebeu que olhares se voltavam para ela, fingindo não perceber, ela terminou o copo e decidiu que estava na hora de dar início ao assalto, andou até a caixa registradora:


– Estou com uma arma aqui, é melhor passar todo o dinheiro que tem ai se não quer que você e seus clientes morram. - falou com calma. - Não grita, ou atiro.


Com todo o dinheiro dentro de uma sacola, e sem ninguém perceber que era um assalto, Luize atirou pra cima fazendo com que todos parassem tudo que estavam fazendo e a olhassem.


– O próximo idiota que fazer qualquer piada escrota de mim ou pra mim, morre. Entenderam? - falou enquanto eles a olhavam com medo abrindo caminho para ela que passava por entre eles, até a porta.


Luize saiu do local e andou até o carro, o gerente do local chamou a polícia assim que ela saiu, mas nunca daria tempo de a pegarem, pois a cidade ficava longe demais. Os clientes do lugar seguiram jogando e bebendo normalmente como se ela não estivesse aparecido ali, ela fugiu até a cidade, se livrou do carro e comprou um novo e mais veloz, mas de segunda mão. Quando saia do restaurante em que parou para comer, sentiu um cheiro de pão de queijo, ela já havia comido antes, mas naquele momento ele pareceu mais enjoativo do que antes, correu até a enorme lixeira que ficava na frente e vomitou tudo o que havia comido, sem entender o porquê, ela ficou com o estômago embrulhado o resto do dia.

Eram quase meio dia quando se levantou naquele domingo, duas semanas depois de tudo que aconteceu, ela ainda pensava em Jones, e pra piorar a situação, cada dia seus enjôos ficavam piores, e ela estava inchando, Luize não era inocente, passar uma tarde enjoada era uma coisa, mas passar duas semanas, eram duas coisas completamente diferentes, esperou a segunda feira e comprou um exame de gravidez.


– Positivo? O exame deu positivo? - uma lágrima escorreu pelo seu rosto, e sem perceber já estava em prantos, matou o pai de sua filha, por uma discussão tola.


Nove meses depois, Luize ganhava seu bebê em um hospital particular do Novo México, ao lado de seu marido Peter, que segurava sua mão firmemente.


– Tudo vai dar certo querida, respire fundo, Claire. - ele falou querendo parecer calmo, mas no fundo estava mais nervoso que Luize, com a chegada de sua primeira filha.


Havia conhecido Peter em uma de suas consultas no hospital, quando já havia se mudado pra lá, faziam dois meses, na tentativa de fugir da polícia que a essas alturas já a procurava em todo o estado. Ele era muito bom, e levava presentes sempre que podia para as crianças com câncer, o que acabou despertando a curiosidade de Luize.


– Olá.. meu nome é Peter, posso saber o seu? - falou ele nervoso, na presença daquela linda mulher.

– Oi Peter, meu nome é Claire, eu vejo você sempre por aqui, traz presentes para as crianças?

– Sim, eu não tenho mulher nem filhos, e esse é meu jeito de buscar um "mundo melhor" - terminou fazendo com o que os dois rissem - Está livre essa noite?

– Ah, eu... tenho marido.

– Não minta Claire, sem querer acabei vendo sua ficha, sei que é solteira. - falou, fazendo com que rissem novamente. - É só um sorvete, não vai tirar pedaço algum, vai?


Flashback OFF


– Pare de me olhar assim, está me deixando..

– Confusa? Admita Luize, fui o único que você amou em sua vida.

– Quem você pensa que é pra falar assim comigo?

– Eu sou seu grande amor.


Luize fez silêncio, ela podia esconder de todos seu passado, mas Jones era o único que a conhecia como ninguém, aqueles quatro anos juntos o fez conhecê-la mais do que ela mesma, e embora amasse Peter por tudo que fez por ela, Jones era o pai de sua filha, e quem dividiu uma vida perigosa por algum tempo, ela nunca quis matá-lo, mas pensou que ele pudesse deixá-la, o que fez com que agisse por impulso, embora tivesse com medo de o ver vivo na sua frente, uma paz enorme invadiu sua alma quando o viu, e nos seus pensamentos mais escondidos, só queria correr e abraçá-lo.


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Notas finais do capítulo

E ai gente? *o* espero que tenham gostado, me dediquei demais nesse, eu não planejava metade desse flashback, mesmo porque eu tava planejando outra coisa, mas ai foram vindo as ideias na minha cabeça e saiu assim D: Por favor, deem suas opiniões ali embaixo, não dói e muito menos tira pedaço! E é muito importante pra mim T-T Enfim, vejo vocês na próxima atualização *-*



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