A Simple Wish escrita por Lawbnd


Capítulo 1
Um simples Desejo


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa fic não é minha... é uma tradução da fic "A Simple Wish" da Starza. Eu traduzi isso em 2003, ou seja... non sei se está realmente tão bom assim... eu fiz uma revisão rapida, mas non acompanhei com o texto original p saber se está correto...
Em fim, essa fic é altamente fofinha.
Link p fic original:
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O som do alarme o trouxe para fora do seu sono. Acenando para si mesmo Kurosaki Hisoka rolou pela cama, batendo no botão do despertador. Normalmente quando o alarme parasse, ele poderia se levantar, mas hoje isso foi um pouco diferente.

Hoje era o aniversário de um certo Shinigami.

E a noite toda, Hisoka dispensou seu tempo na cozinha. Ficou acordado até as duas da manhã. E entre todas as coisas, fazendo um bolo. Um Bolo!!!!

Hisoka não gosta de nada que seja doce. Então porque ele passou a noite toda fazendo um bolo que ele não gostaria de comer?

“Por que eu sou louco” pensou para si mesmo, ignorando o som do alarme.

“Por que eu faria qualquer coisa por aquele idiota, apenas para vê-lo sorrir...”

Sabendo que ele não teria mais tempo de dormir do que ele já tinha, Hisoka esfregou os olhos verde esmeralda e afastou os cobertores da sua cama. Ele se despiu, tomou banho e se revestiu rapidamente.

Ele abriu a porta do seu quarto e suspirou para si mesmo pela sujeira na cozinha. Ele estava exausto depois de colocar o bolo de chocolate na geladeira. Bom, ele iria fazer uma séria limpeza quando chegasse em casa à noite.

Ele abriu a geladeira e pegou o bolo de chocolate. Provavelmente aquele não era o melhor bolo de chocolate do mundo. E depois, Hisoka não era nenhum Chefe de Cozinha. Mas ele sabia que se parceiro iria adorar de qualquer jeito. Cuidadosamente, ele pos o bolo em uma pequena caixa que comprou. Pegou alguns laços e passou ao redor da caixa. Segurando uma pequena sacola de papel, ele abriu a porta, um sorriso tímido atravessou sua face por um momento e se preparou para o dia á sua frente.

-//-

O trabalho estava quieto, o que preocupava Hisoka. Ele acabou chegando alguns minutos atrasado e esperou Tatsumi vir e lhe dar uma bronca, o que para o alivio de Hisoka isso não ocorreu. O que ele menos precisava agora era os olhos azuis de Tatsumi o perfurando com a forte voz calma e ouvir muitas razões do porque ele não poderia se atrasar para o trabalho.

Hisoka se arrastou para o escritório que ele e Tsusuki dividiam. Ele esperava que seu parceiro viesse pela porta para cumprimentá-lo. Mas ele não estava no escritório.

Hisoka se encolheu. Tsuzuki nunca viria na hora certa por ele mesmo, seria um milagre se ele o fizesse! Então Hisoka deixou a caixa perto de si e impulsivamente fez uma papelada, esperando ouvir ‘Bom dia, Hisoka!’ naquela voz alegre dele a qualquer momento.

Uma hora havia passado e Tsuzuki ainda não tinha aparecido. Hisoka colocou o bolo em uma pequena caixa que Tsuzuki mantinha em um canto remoto do seu escritório. Felizmente, Tasumi não sabia disso, ou então a caixa teria sido jogada fora em um piscar de olhos.

Outra hora passou e Tsuzuki ainda não tinha aparecido.

Hisoka começou a se preocupar. Ele sabia que Tsuzuki poderia cuidar de si mesmo, afinal, ele tinha os doze shikigamis mais fortes sob comando! Mas memórias do que ocorreu em Kyoto penetraram-lhe à mente.

Tsuzuki parecia forte, feliz e alegre por fora. Mas por bem dentro, atrás do desejo ardente por doces e inu-puppy havia um maravilhoso coração. Tsuzuki tentou tanto esconder como se sentia; algumas vezes até mesmo a sua empatia (do Hisoka)  não podia saber sobre o que Tsuzuki realmente sentia sem tocá-lo.

Ele se lembrou do tempo em Kyoto, quando eles foram para o bar.

‘Eu sou um humano?’ Tsuzuki perguntara para Hisoka varias e varias vezes, enquanto a neve caia em volta deles. E Hisoka semrpe respondera com a mesma resposta.

‘Sim, Tsuzuki. Você é um humano...’

Tsuzuki era a pessoa mais humana que Hisoka havia conhecido. Ele sempre sentiu por aqueles em volta dele, mesmo se não tivesse o presente (‘Ou então uma maldição’, Hisoka pensou) da empatia

.

Ele sentiu compaixão por todos e por tudo. Bem, talvez tirando os demônios e o Muraki...

Mas, ele poderia constantemente culpar a si mesmo quando casos saíssem do controle. Mesmo se ele não estivesse segurando a faca que matasse alguém, ele sempre sente como se fosse ele. E ele cairia prostrado em um estado de depressão por alguns dias, semanas, as vezes... até mesmo meses.

Isso foi o porquê Tatsumi rompeu a parceria com ele há muito tempo...

Ele lembrou o que Tasumi disse a ele. Ele não poderia agüentar ver Tsuzuki tão triste dia após dia, mesmo que ele encobrisse isso. Sua face não mostrava isso, mas qualquer um que olhasse em seus olhos saberia.

Hisoka sabia que Tatsumi sentia muito mais por Tsuzuki do que uma simples parceria. Isso era aparente, e ele não precisava da sua empatia para ver o quanto Tatsumi sentia pelo Shinigami de olhos ametista. Hisoka sabia que seus próprios sentimentos por Tsuzuki eram mais do que amizade também.

Então porque ele não repetiu o que Tatsumi fez?

Ele realmente não tinha uma resposta, mas o dia que Tsuzuki foi raptado pelo Muraki em Kyoto, o machucou bem mais do que tinha realizado. Ele não podia continuar vivendo sem o idiota de olhos ametista. Mesmo se Tsuzuki estivesse pra baixo ou triste, ele queria estar lá por ele. Para ser sua casa para onde ele pudesse voltar quando precisasse.

‘Eu preciso de você!’

E Hisoka dizia aquelas palavras quando eles estavam cercados pelas chamas de Touda. Ele queria dizer bem mais, mas as palavras não saiam da sua boa. Tudo que ele queria era que Tsuzuki ficasse com ele, como um idiota que parecia...

‘Posso... ficar com você?’

Ele apenas pode acenar, as palavras faltavam a ele no momento antes da escuridão cobrir-lhes a visão...

E isso aconteceu apenas a alguns meses atrás...

A relação deles não mudou muito desde então, mesmo depois de seus ferimentos terem se curado. Tsuzuki continuava com obsessão por doces, seu sorriso nunca saia de sua face. Mas a todo momento Hisoka olhava através de seus olhos, ele apenas queria envolver o shinigami em seus braços e gritar, ‘Pare de inibir o que você realmente sente por dentro, seu idiota!’

Talvez emocionalmente e mentalmente, ele não tivesse totalmente curado.

Hisoka não sabia se quer ser feliz ou triste sobre o jeito que eles estavam progredindo. Ele estava feliz agora, bem mais feliz, do que ele jamais esteve em toda a sua vida. Mas existia uma ponta de tristeza; algo dentro dele queria mais do que ele já tinha...

‘Assim que é se apaixonar?’

Ele sabia que amava Tsuzuki. Ele sempre soube. Mas ele o amava como amigo, como sua família, ou como algo bem mais profundo que isso?

Ele olhou para o relógio novamente. Era quase hora do almoço. AGORA ele estava começando realmente a se preocupar.

A porta se abriu. Hisoka estava para abrir a boa, pronto para reclamar com seu parceiro idiota por que ele estava tão atrasado, mas acabou fechando a mesma. Tsuzuki não era a pessoa que abriu a porta.

“Boa tarde, Kurosaki-Kun” Tatsumi cumprimentou. Hisoka caiu em sua cadeira novamente e acenou. “O que foi?”

“Tsuzuki…”

“Ah! Tsuzuki-san não te contou?”

“Contou o que?”

Tatsumi levantou a sombrancelha, empurrou seus óculos para cima do nariz e balançou a cabeça.

“Bem, você sabe que dia é hoje?”

“Claro, Tatsumi-san! É o aniverssario do Tsuzuki!”

“Ah! Mas você sabe que ele faz todo o ano quando seu aniversario chega?”

“Não. Eu pensei que ele apenas viria para o trabalho...

“Não. Ele tira o dia de folga.”

“Bem, isso não é tão usual. Eu digo, É o aniversario dele...”

“Isso não é tudo.”

“Que?”

“Todo o ano, nós nos oferecemos para levar Tsuzuki-san em algum lugar. Nós oferecemos a levá-lo ao restaurante que ele escolhesse, fazer uma festa de aniversario, uma feira até mesmo a um museu. Mas todo ano ele nega e apenas desaparece por todo o dia.”

“Porque?”

“São suas coisas pessoais. Nós perguntamos a ele, no começo, mas ele sempre balançava a cabeça, desejando não falar sobre isso. Mesmo quando eu falei com ele privadamente, ele não quis falar sobre isso.”

Hisoka virou a sua cabeça. Ele realmente não esperava por isso. Agora um pânico ameaçador começou a consumi-lo. Ele sabia que em fato Tsuzuki não era uma pessoa emocionalmente estável e apenas sabendo que cada ano ele tomava seu aniversario para estar sozinho...

“Kurosaki-Kun? Você esta bem?”

Ele olhou para Tatsumi, secando uma lagrima que formara em seus olhos e acenou. Tatsumi o olhou cuidadosamente antes de acenar.

“Tudo bem, você pode tirar o resto do dia de folga.”

“Tatsumi-san?”

“Não é nada que precise ser feito no momento. E depois, você tem trabalhado duro o bastante nesses ultimo meses. Então vá relaxar.”

“Tatsumi-san…  Obrigado...”

-//-

A tarde passou rapidamente. O primeiro lugar que Hisoka foi ver era o apartamento do Tsuzuki. Depois de bater na porta algumas vezes e não receber resposta, ele pegou a chave. Tsuzuki lhe havia oferecido a chave do seu apartamento a pouco tempo.

‘Se você ficar sozinho no seu apartamento, você pode sempre vir para o meu, Hisoka!’

‘Seu idiota...’

Agora ele estava feliz por ter aceitado a chave. Infelizmente, o apartamento estava vazio. Hisoka olhou em volta por algum sinal de onde seu parceiro poderia estar, mas não encontrou nada. Deixando o bolo de chocolate na geladeira, ele olhou para a porta se preparando para a busca.

Então por horas, Hisoka checou todos os restaurantes que Tsuzuki e ele freqüentemente iam comer. Ele checou os parques, doceiras, e qualquer outro lugar que Tsuzuki poderia ir. Não havia nem sinal dele.

Agora eram cinco da tarde, e aqui estava Hisoka, de volta para o apartamento vazio de Tsuzuki pela segunda vez no dia.

Diferente do apartamento de Hisoka, o de Tsuzuki estava todo entulhado. A tintura estava descascando nas paredes, algumas tortas ( as quais Hisoka endireitou ). As prateleiras tinham por sua vez tinham um tipo de ornamento em cima. Cada cômodo tinha um estilo único, fazendo todo o apartamento parecer vivo.

O lugar estava uma desordem, mas Hisoka não se importou tanto. Quando eles ficavam em hotéis durante os casos, Tsuzuki geralmente deixaria desarrumado e diria ‘Awww, Hisoka, eu limpo amanhã!’ Na maioria das vezes, amanhã nunca vinha para Tsuzuki e Hisoka, no fim, acabava limpando tudo. Ele realmente não se importava, isso se tornou um habito depois de um tempo...

Então pela hora seguinte, Hisoka lavou a louça suja na pia, pegou os papéis de doce que estavam jogados no chão, colocou as roupas sujas no cesto da lavanderia, aspirou o chão da sala de estar...

Ele abriu a porta para o quarto, preparado para arrumar a baderna que estaria dentro dele. Surpreendentemente, o quarto estava limpo, tirando a cama que estava desfeita. Depois de Hisoka fazer a cama, ele checou o banheiro e encontrou uma surpresa.

Copos estavam em todos os lugares no chão. As sobreas de um pequeno espelho estavam perto da pia. Hisoka se curvou e pegou os pedaços quebrados do chão cuidadosamente e os levou para a lixeira na cozinha, pensando se o espelho caiu e se quebrou sozinho ou se alguém o havia quebrado...

Hisoka olhou para o relógio que estava na parede. Dez para as sete. Ele se sentou em uma das cadeiras na sala de jantar, batendo os dedos na mesa, o tempo passava devagar. O relógio marcava sete horas quando um barulho de porta na entrada do apartamento começou do outro lado.

Os olhos de Hisoka estavam fixos na figura que estava na porta. Os olhos ametistas abriram-se em choque como uma onda de emoções batesse em Hisoka em um olhar. Um sussurro saiu de sua garganta, como se estivesse dominado por emoções. O que durou por apenas um segundo.

Hisoka sabia o que ele estava sentindo. Isso estava visível em seus olhos e em toda a tristeza de sua face quando ele entrou pela porta, mas ele continuava tentando o melhor possível esconder isso. Ele sorriu para Hisoka, mas não seus olhos.

“Hisoka! Eu não esperava por você! O que você esta fazendo aqui...”

Ignorando o aviso, ele pulou da cadeira e agarrou seu parceiro, enterrando sua cabeça no sobretudo preto. Braços quentes o envolveram enquanto o jovem soluçava silenciosamente.

“Hisoka?”

Hisoka balançou a cabeça, e Tsuzuki permaneceu quieto depois disso, continuando abraçado-o. Quando Hisoka sentiu que todas as suas lagrimas haviam acabado, ele olhou para os de Tsuzuki.

“Porque você não me disse?”

“Sobre o que?”

“Você sabe bem do que eu estou falando, seu idiota!”

“Hisoka! Não seja tão maldoso” Ele exclamou, o que fez Hisoka acenar para ele.

“Tsuzuki… estou sendo sério…”

O Shinigami com olhos ametista não respondeu e se afastou dele. Ele tirou seu sobretudo e pendurou no cabideiro, perto da porta.

“Eu só queria ficar sozinho hoje...”

“No seu aniversário?”

Ele se encolheu quando seu aniversario foi mencionado. Ele foi até uma cadeira e se sentou.

“É...” foi tudo que respondeu. Hisoka balançou a cabeça e foi até a geladeira e pegou a caixa. Um olhar confuso veio à sua face quando Hisoka empurrou a caixa para ele.

“Abra!”

Tsuzuki deu de ombros antes de puxar a fita que prendia a caixa. Ele abriu a caixa e olhou fixamente para o que tinha dentro dela.

“Foi eu quem fez...” Hisoka disse, com sua cabeça baixa.

“Obrigado, Hisoka!” Ele exclamou e Hisoka o olhou. Se a cara do Tsuzuki parecesse um pouco feliz, um coração teria aparecido em cima da sua cabeça no momento.

Hisoka foi até os armários e pegou algumas louças. Ele o abriu a gaveta para pegar facas e garfos. Tsuzuki procurou pela faca, mas Hisoka o parou. Ele pegou uma sacolinha, a qual continha uma simples vela e colocou no meio do bolo. Ele acendeu a vela e olhou para Tsuzuki, uma certa perplexidade tomou conta de tua face.

 “Você precisa fazer um desejo antes e depois assoprar as velas.”

 “Um desejo?”

 “É. Feche os olhos e faça um desejo em sua mente. Se você disser em voz alta, supostamente, ele não se tornará realidade”

Ele balançou a cabeça e fechou os olhos. Um minuto se passou e depois ele reabriu os olhos e assoprou as velas. Depois ele olhou para Hisoka.

“AGORA, posso pegar um pedaço?”

Hisoka balançou a cabeça, murmurando ‘idiota’ e passou a ele um prato e uma faca. E Tsuzuki foi direto ao bolo.

 “Um, isho ta bonnnn, Hishoka.”

 “Iditoa! Não fale de boca cheia!

Ele engoliu então e um pouco de chocolate cobriu o sorriso formado em sua face.

“Agora você tem creme de chocolate na sua cara. Aqui!”

Ele deu um guardanapo à Tsuzuki. Ele limpou rapidamente sua face e se dirigiu novamente ao pedaço de bolo que tinha, o qual foi devorado em 30 segundos. Hisoka esperava que ele fosse pegar outro pedaço, mas ele não o fez. Os olhos ametistas fitou os olhos esmeraldas.

“Hisoka, você estava me procurando?”.

Ele queria desviar o olhar, mas ele descobriu que não podia. Dessa vez, tristeza não estava refletida naqueles olhos ametistas.

“Sim, eu estava...”

“Por quê?

“Porque você acha, seu idiota!?”

Uma mão tocou suas bochechas, o que fez travar e se levantar da cadeira. Tsuzuki se levantou novamente e foi de encontro a Hisoka, mas acabou voltando. O olhar em seus olhos o assustou, mas ele não pode tirar seus olhos do que eles fitavam. Hisoka sentiu suas costas se chocarem na parede da sala de estar quando Tsuzuki se aproximou, olhando para baixo.

“Me diga. Eu quero ouvir as palavras saírem da sua boca, não da minha cabeça...”

“Porque eu estava preocupado! Tatsumi-san me disse o que você faz todo o ano!”

Tsuzuki deu as costas a Hisoka. Ele andou até a janela de se apartamento e olhou para o céu noturno. Relaxando um pouco, ele andou até seu companheiro.

“Você sabe por que eu quero ficar sozinho todo ano no meu aniversário?”

Hisoka não disse nada, sabendo que ele ia lhe contar de qualquer jeito; não importa se ele quisesse ou não.

 “Todo o ano que eu passo, me lembra da minha própria existência. Então, toda a noite, eu penso sobre tudo aquilo que aconteceu no ano que passou um depois do outro. E eu lembro cada caso em que eu estive... Todas as pessoas que eu tive de tirar aqueles que amavam... Então para cada pessoa que eu machuquei durante o ano, eu passo por suas lapides. Eu deixo flores lá e pergunto a eles por perdão. Claro, quem iria perdoar alguém como eu? Eu tirei a felicidade deles...”

 “Pare com isso...”

Tsuzuki virou-se para Hisoka. “Mas é a verdade”

 “Não é...”

 “E então, eu pensei sobre este ano...”

Hisoka viu lagrimas se formando nos olhos de Tsuzuki. “Eu me senti muito mal... Por que quando eu pensei sobre o ultimo ano... eu estava feliz... Eu nunca tinha me sentido tão feliz a um ano atrás, nunca...”

Suas mãos cobriram sua face.

 “O que há de errado em ser feliz?”

 “Por que eu sou aquele que tirou a felicidade dos outros... O que me da o direito de não ser feliz quando eu...”

 “Pare com isso, Tsuzuki! Você não tirou a felicidade dos outros!”

 “Um monstro como eu não merece a felicidade...”

 “Eu já lhe disse... Você é humano... Você provavelmente é a pessoa mais humana que eu já conheci. Eu não sei o que se passa nesse seu cérebro idiota para pensar que você não é humano...”

Tsuzuki riu timidamente e fechou os olhos. Ele apoiou a cabeça perto do peito de Hisoka, o que levou o jovem adolescente a corar.

 “Idiota, o que você está fazendo!?”

Ele não disse nada. Hisoka abriu a boca para repetir, mas ela foi fechada quando Tsuzuki se sentou e olhou diretamente para os olhos do adolescente, suas faces viraram-se uma ao contrario da outra.

 “Hisoka, me diga como você se sente sobre mim?”

 “Ele sentiu um calor crescer em suas bochechas e do sorriso de Tsuzuki; ele sabia que Tsuzuki podia ver ele corar.

“Que tipo de pergunta é essa?”

 “Por que eu preciso saber... Ninguém nunca veio atrás de mim no meu aniversário... ninguém... mas você o fez...”

Hisoka virou sua cara para o outro lado, querendo esconder o rubor que era evidente em suas bochechas pálidas, mas uma mão virou sua face de volta para o homem mais velho. Ele sentiu-se com medo, mas, ao mesmo tempo, se sentiu excitado.

 “Você veio para mim. Voltou em Kyoto também, quando eu pensei que ninguém mais iria... apenas como hoje... então, por que Hisoka?”

 “Por que... eu não quero ver aquela tristeza em seus olhos... você tenta esconder isso... você pode pensar que ninguém nota isso, mas eu noto... e... isso machuca...”

Tsuzuki sorriu apenas. “O que mais?”

 “Por que eu estava preocupado sobre você... sabendo que estava sozinho e se ferindo por dentro...”

 “E?...”

 “O que mais você quer que eu diga?”

 “Você deveria saber...”

E de repente Hisoka soube o que ele queria ouvir. Mas, em verdade, ele estava extremamente assustado. Ele repreendeu a si mesmo, em seguida. Ele era Tsuzuki, apesar de tudo.

 “Hisoka... você provavelmente já sabe sobre como eu me sinto...” Tsuzuki disse, afastando mechas loiras dos olhos verdes esmeralda. “Mas mesmo assim eu posso lhe dizer... Você não tem ideia de como suas simples ações me afetam. O jeito que você faz bico, o jeito que você fica irritado, o jeito que você chora, as palavras que você diz... tudo... Primeiramente, eu pensei que isso era por que você era meu parceiro e o mais importante, meu amigo. Eu queria estar lá par você, quando você precisasse de um ombro para chorar, ou apenas alguém para conversar. Eu queria que você se sentisse querido... como se você sentisse que pertencesse... eu odeio ver você sofrendo... Mas o incidente que ocorreu em Kyoto me fez perceber algo. Eu apenas queria lhe confortar e deixar você chorar no meu ombro, eu queria que você também me confortasse... e quando você veio para mim, eu percebi que você era mais do que apenas um amigo, um parceiro e até mesmo um membro da família... tanto quanto você precisa de mim, eu preciso de você... Eu te amo, Hisoka...”

Hisoka fechou os olhos e esperou. Não foi uma longa espera até ele poder sentir os lábios de Tsuzuki suavemente roçar nos seus. E Tsuzuki se afastou bem rápido antes dele olhar novamente para os olhos do parceiro.

“Eu não sou um empata, Hisoka. Então eu preciso que você me diga como se sente...”

 “Eu... não sei como...”

 “Apenas me diga aquilo que vem do seu coração...”

Hisoka, acenou com a cabeça e respirou profundamente. “Bem, quando eu te conheci, eu pensei que você era um idiota”. Um sorriso escapou dos lábios de Tsuzuki depois ele deixou seu companheiro continuar.

“Você tinha um simples prazer por comida, você matava o tempo, e vadiava muito. Eu nunca pensei que você levasse o trabalho a sério, já que você sempre estava procurando por algo doce ou algo para comer. Nós somos totalmente opostos... Mas... quanto mais eu conhecia você, mas eu achava que nós éramos muito parecidos. Muito mais do que eu pensei. E eu também comecei a ver que mesmo que você parecesse e agisse como se estivesse feliz por fora, por dentro, você estava se machucando. E, você tentou tanto esconder tudo isso dos outros, porque você não queria que eles se preocupassem com você... Eu via você como meu parceiro por um tempo, mas nada a mais. Eu pensei que seria melhor se nós apenas trabalhássemos juntos. Mas quando você foi possuído por aquele demônio... eu percebi que eu te via mais do que um parceiro, eu te via como um amigo. Isso foi até você ser levado de nós... que eu percebi o quanto você significava para mim. E quando eu vi que você estava quase se matando... se livrando da própria existência... eu não pude agüentar aquilo... pensar em andar até o trabalho sem te ver ou ouvir sua voz... pensando na minha existência sem você... eu percebi o quanto eu preciso de você...”

Ele sentiu lagrimas caindo por sua face. “Eu sou um tolo...”

Uma mão secou as lagrimas que caiam por suas bochechas. “Isso não é tolice, não querer que uma pessoa que você gosta morra, Hisoka...”

“Mas…”

Um dedo em seus lábios o silenciou. “Eu posso dizer se nossas posições fossem contrarias, eu teria vindo atrás de você”.

Hisoka balançou a cabeça e continuou. “Quando eu estava perto de você, eu sempre sentia as mesmas emoções vindo de você. Então eu fiquei confuso por muito tempo. Eu pensei que eu só me sentia desse jeito porque eu estava lendo suas emoções não as minhas. Mas hoje, eu finalmente entendi. Quando você não estava por perto, eu continuava sentindo aquelas emoções dentro de mim. Aquelas emoções eram minhas mesmo. Eu senti exatamente do mesmo modo que você se sente sobre mim...”

“Eu... Eu te amo, Tsuzuki...”

Um sorriso veio aos lábios de Tsuzuki. Mas o que importava para o Hisoka, era o sorriso refletido em seus olhos. Ele retornou o sorriso como favor.

Ele sentiu algo quente pressionado em seus lábios. Diferentemente de antes, Tsuzuki não o empurrou e Hisoka se perdeu em um amontoado de sentimentos. Tsuzuki quebrou o beijo quando sentiu que o jovem começava a tremer.

“O que foi?”

“Estou um pouco assustado...”

“Eu sei o que você está pensando... Hisoka, nós não precisamos ir tão longe. Eu estou contente apenas o abraçando assim...”

“Eu sei... mas... eu não quero que você apenas fique contente...”

“Hisoka…?”

Antes que Tsuzuki pudesse falar alguma coisa, o jovem garoto envolveu com seus braços ao redor do pescoço do homem mais velho e famintamente devorou os seus lábios. Os olhos ametistas de Tsuzuki se abriram com tamanha surpresa e a mudança por parte do garoto quando ele abriu sua boca, sua língua pedindo entrada, o que Tsuzuki não poderia negar.

Entretanto, o corpo todo de Hisoka se sentiu fortemente quente e leve. Ele estava perdido em emoções que vinham dele e de Tsuzuki. O pequeno raciocínio de que estava o abraçando de volta instantaneamente se foi.

Ele finalmente se separou do Shinigami mais velho, mas ele não tinha acabado. Ele sentiu um pequeno desapontamento de Tsuzuki, mas aquilo não durou muito, logo que começara a dar beijos no pescoço do outro Shinigami. Ele ouviu Tsuzuki deixar sair um gemido, o qual o fez continuar o que fazia.

As mãos de Hisoka foram de encontro à camisa branca se atrapalhando com os botões. Quando eles estavam todos desfeitos, ele a desceu pelos ombros largos e deixou suas mãos vagarem. Um baixo gemido escapou dos lábios de Tsuzuki quando as mãos de Hisoka esbarraram em seus mamilos.

Deixando a gravidade fazer seu trabalho, eles dois foram de encontro ao chão, Hisoka olhando para o homem dos olhos ametistas. Ele levantou as mãos e jogou seu moletom laranja ao chão. Dessa vez, ele deixou suas duas mãos e sua boca vagarem, deixando beijos molhados ao longo do abdome do outro homem. Ele provocou o outro homem rastejando a sua língua em movimentos circulares em torno de um mamilo. Um protesto veio do outro homem enquanto ele corria as mãos através das mexas loiras. Ele decidiu que já era o bastante quando sua boca cobriu sua região sensível, o que acabou fazendo seu parceiro se arquear.

“Aaa, Hisoka…” Ele gemeu suavemente. Olhos esmeralda fitaram os olhos violetas.

“Eu quero que você seja feliz, Tsuzuki...” Hisoka sussurrou. “Eu quero fazer você feliz...”

“Tem certeza de que você quer isso?”

Sua resposta foi outro beijo desesperado em seus lábios. Tsuzuki se afastou de Hisoka. Um embaraço veio-lhe à face.

“Primeiramente, nós deveríamos fazer isso em um lugar mais confortável. O chão não é exatamente o lugar mais confortável para fazer algo assim.” E ele piscou para Hisoka, o que lhe fez enrubescer.

Relutantemente, ele se levantou e ofereceu sua mão ao parceiro. Tsuzuki a segurou e se levantou do chão. Depois, ele puxou o jovem adolescente para um abraço, seus lábios mais uma vez se entrelaçaram.

Hisoka sentiu-se sendo guiado da janela a outro cômodo. Ele abriu um dos seus olhos esmeralda e percebeu que ele estava de volta no quarto do Tsuzuki. Seus lábios ainda entrelaçados, os dois aproveitaram o momento para abrir a boca, explorando um ao outro, moldando e imitando se mutuamente. Sua pele tremia quanto mais se via afogado em emoções que vieram com o beijo apaixonado.

Depois disso, Hisoka deixou o instinto tomar conta dai em diante, perdendo se dentro de suas próprias emoções do amor, paixão e luxuria por seu parceiro. Por uma vez na vida, ele se sentiu realmente feliz. Mais importante, então, foi ouvir os gemidos satisfeitos de seu parceiro, que apenas fez aumentar seu desejo.

Isso foi uma experiência totalmente diferente, algo que ele nunca sentiu antes. E quando mais eles descobriam, mais o sentimento crescia, desesperadamente querendo se soltar. Ele perdeu a noção do tempo e espaço quando sentiu seu próprio clímax.

Como se ele sentisse desmaiar na cama junto com o seu amante, outra emoção o alastrou...

‘Felicidade...’

Braços quentes o envolveram, e dessa vez, foi a vez de Hisoka se aninhar no peito do parceiro.

“Você está feliz, Tsuzuki?”

“Aa, Hisoka…  Eu estou…”

Hisoka sorriu enquanto sentia mãos quentes se movimentando em sua costa. O sentimento quente o fez se aconchegar mais ao seu parceiro.

“Você se lembra o que você disse antes? Sobre fazer um desejo na minha mente?” Tsuzuki sussurrou calmamente para ele.

“Aaa…”

“Meu desejo... se realizou.”

Um sorriso se formou em seus lábios enquanto os primeiros traços do sono o enlaçavam.

“Feliz aniversario, Tsuzuki…”


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Notas finais do capítulo

Nada a comentar... espero que tenham gostado da fic... hehehe soooo sweet!
Será que alguem vai ler isso? Tipo Yami no Matsuei non é tão popular assim e ele já é bem velho, mas mesmo assim sempre me emociona ver o Tsuzuki na série de Kyoto...
Obrigado pela leitura... deixe um comentário se vc leu tudo, por favor!