As duas últimas aulas de sexta-feira eram as mais aguardadas da semana, pois eram de artes, ou seja, menos cansativas. E o professor Guido havia prometido que passaria um filme na aula. Todos estavam acomodados na sala de vídeo, esperando o professor.

– Que filme será que ele passará? – perguntou Mônica, para Magali.

– Amiga... Nem sei. – respondeu Magali, balançando os ombros. – Mas vamos descobrir agora.

O professor entrou na sala. Depois de fazer todos se calarem, começou a falar.

– Eu trouxe um filme antigo. Tão antigo que é em preto e branco. É do famoso diretor, e meu xará, Guido Contini, um diretor italiano. – As garotas deram risadinhas.

– Peraí professor. Além de ser em preto e branco, ainda é em italiano? – Cebola não estava acreditando.

– Exatamente, Cebola. – respondeu o professor.

Cebola revirou os olhos.

– Cebola, eu achei que, como cantor, você era ligado nas artes. – o professor balançava a cabeça negativamente. As garotas riram.

– Mônica, não me diga que você...

– Sim, Cebola. Eu adoro os filmes dele. E se vocês, garotos, tivessem um pouco menos de sexo na cabeça, caberia um pouco de cultura.

Todas as garotas ficaram em pé.

http://www.youtube.com/watch?v=RFx2hUlizjE
Nine Soundtrack - Cinema Italiano

[Mônica]
Eu amo o preto e branco
Eu amo o jogo de luzes
O jeito que Contini joga sua imagem dentro de um prisma
Sinto meu corpo tremer
Me dá um arrepio especial
Toda vez que eu vejo o neo-realismo de Guido

Eu amo os caras morenos e bonitos com suas pequenas e lisas gravatas fazem seu estilo tão único
Eu adoro vê-los passando do ponto com seus sapatos laçados e usando sombras no meio da noite

De qualquer jeito Guido me faz sorrir
Ele é a essência do estilo italiano
Eu amo o glamour do mundo latino que apenas Guido pode dar

[Todas as Garotas]
O Cinema Italiano de Contini
Eu amo o seu Cinema Italiano
Ele me faz sentir o Cinema Italiano
Minha vida é real com o Cinema Italiano
Ele é o rei do Cinema Italiano

[Mônica]
Nenhum diretor tem uma visão tão única como as cenas que eu adoro ver do filme de Guido
Seus ângulos perfeitos
Cada momento parece tão certo
Ele mesmo define o estilo Italiano
Eu amo os carros pequenos e rápidos, as cafeterias estilosas, as mulheres em Positano
Guido é definitivamente um "homem Romano”

[Todas as Garotas]

O Cinema Italiano de Contini
Eu amo o seu Cinema Italiano
Guido, Guido, Guido
Guido, Guido, Guido
Guido, Guido, Guido
Guido, Guido

Caras morenos e bonitos
Pequenas e lisas gravatas
Sombras no meio da noite
Carros pequenos e rápidos
Cafeterias estilosas
Mulheres em Positano

Ele é o rei do Cinema Italiano
Ele me faz sentir o Cinema Italiano
Ele me anima, ele me anima, o Cinema Italiano me anima
Branco e preto, branco e preto, branco e preto, preto, preto
Cinema Italiano
O Cinema Italiano me anima
O Cinema Italiano me anima
O Cinema Italiano de Contini

O professor aplaudiu as alunas. Enquanto arrumava a sala para passar o filme, Mônica olhou para Cebola, que sorriu. Ela retribuiu com outro sorriso e foi sentar-se no seu lugar. O professor colocou o filme no DVD. Logo, Cebola, Cascão e os outros garotos já estavam dormindo, enquanto as garotas assistiam ao filme com atenção.

Na saída da escola, as meninas estavam conversando, quando alguém tapou os olhos de Marina com as mãos.

– Adivinha?

– Franja? – perguntou Marina, tirando as mãos de cima dos seus olhos e virando-se. O seu namorado estava parado lá. Ela deu um beijo nele.

– Você sabe que dia é hoje, Má? – Franja a encarou.

– Claro que sei. O nosso aniversário de namoro. 8 anos. – respondeu Marina.

– Eu tenho uma surpresa para você. Um jantar especial, apenas você e eu. Já avisei a sua mãe.

As garotas fizeram um “Aaaaahhhhh” coletivo. Marina despediu-se do seu namorado e foi para a sua casa.

– Ah, eu adoraria ter uma comemoração de 8 anos de namoro. – comentou Cascuda, em voz alta, fuzilando Magali, que estava com Cascão.

– Fica quieta, Cascuda. – ralhou Mônica.

Marina e Franja entraram no laboratório dele. O local estava todo produzido, com uma mesa no centro, coberta por uma toalha de renda. Sobre ela estavam dois pratos, talheres, duas taças e uma vela. A lua iluminava o local pelo teto de vidro.

Franja apertou um botão e as janelas do laboratório se fecharam, assim como o teto de vidro, deixando o local mergulhado em uma escuridão parcial. Ele foi até a vela e a acendeu. Depois, puxou a cadeira e indicou o local para Marina se sentar.

Ela, rindo, foi até lá e obedeceu. Franja foi até o forno que estava no fundo do laboratório e tirou uma macarronada de lá. Voltando até a mesa, serviu uma porção para Marina e uma para ele. Depois, pegou um champanhe sem álcool e encheu as duas taças com ela. Os dois ergueram as taças e brindaram.

Após terminarem, Franja limpou a mesa e jogou a louça na pia para lavá-la depois. Ligou o som e pegou Marina pela mão.

O casal começou a dançar uma valsa. Franja aproximou o sue lábio do ouvido de Marina e sussurrou em seu ouvido.

– Sabe, Má? Estamos juntos há 8 anos já. E acho que estamos prontos para dar um passo adiante no nosso relacionamento. O que você acha?

Marina fora pega de surpresa. Ela se soltou de Franja.

– Ah... Eu... Eu vou escovar os meus dentes.

Ela pegou a sua bolsa e foi correndo para o banheiro. Tirou um creme dental e a escova de dente de lá e começou a escovar seus dentes. Sabia que, um dia, Franja pediria isso. Mas ela não sabia se a sua mania de limpeza iria impedir que acontecesse.

Depois de um tempo, Franja bateu na porta.

– Má? Está tudo bem? Já faz dez minutos que você está escovando os dentes.

Marina saiu do banheiro. Pegou a mão de Franja e sentou-se na sua cadeira. Franja sentou-se na dele.

– Fran, posso ser sincera? Eu nunca fiz isso e não sei como fazer. Nunca tive intimidades com ninguém e ainda não tenho certeza se estou preparada. Preciso saber se você é a pessoa certa.

– Espera um pouco. Você não quer “ter intimidades” comigo porque acha que eu não sou a pessoa certa?

– Não... Eu...

– Má, eu também nunca tive intimidades com ninguém, porque namoro você há 8 anos. Acho que sei o que é: essa sua mania de limpeza.

– Fran... Por favor... – os olhos de Marina já expeliam lágrimas, deixando a face dela molhada.

– Se você não confia em mim depois de todos esses anos, acho que não podemos mais namorar.

Marina apenas virou as costas e saiu correndo do laboratório.

No dia seguinte, Franja apareceu logo cedo na casa de Marina. Como era sábado, ela ainda estava dormindo. Dona Alice deixou Franja esperá-la na sala.

Quando Marina desceu as escadas, o encarou.

– O que está fazendo aqui?

– Eu vim pedir desculpas. Sei que fui egoísta e...

Marina foi até a cozinha, como se não estivesse ouvindo o namorado, pegou uma xícara de café e um prato de torradas. Voltou para a sala e sentou-se no sofá.

– Fran, você sabe do meu problema. Mas sabe também que, desde os 13 anos eu vou ao psicólogo para tentar me livrar dessa minha mania? Eu tenho me esforçado, pois sabia que você pediria para termos intimidades uma hora ou outra.

Franja ia falar, mas Marina voltou para a cozinha, dessa vez para lavar a louça. Depois, abriu a porta e saiu. Franja foi atrás dela.

– Má... O que eu posso fazer para você voltar comigo?

– Você pode ver se eu estou na esquina? – Marina estava furiosa.

– Não, você está aqui.

– Claro, seria covardia roubar os clientes da sua mãe. – rebateu a garota.

Franja ficou calado. Diante do silêncio, Marina continuou:

– Querido, não fui eu quem terminou, lembra? Então não sou eu quem vai reatar.

– Então o que eu faço?

– Me convença. Eu não falarei novamente. Fran, você me deixou sem palavras ontem.

http://www.youtube.com/watch?v=IhEMxle0yEY

Lady Gaga - Speechless

[Marina]
Não acredito no que você disse pra mim
Ontem à noite quando estávamos sozinhos
Você jogou as mãos pro alto
Baby, você desistiu, você desistiu
Não acredito no jeito que você olhou pra mim
Com esses seus olhos brilhantes de James Dean
Nesse seu jeans apertado e cabelos longos
E seu cigarro manchado de mentiras

Podemos te consertar se você quebrar?
E seu slogan é apenas uma piada?

Nunca mais falarei novamente
Menino, você me deixou sem palavras
Você me deixou sem palavras, tão sem palavras
Nunca mais vou amar de novo
Menino, você me deixou sem palavras
Você me deixou sem palavras, tão sem palavras

Não posso acreditar como você gaguejou para mim
Com sua conversa fiada
Você estourou as cicatrizes do meu coração
Nos meus sonhos borbulhantes, sonhos borbulhantes
Não acredito em como você olhou pra mim
Com seus olhos de Johnnie Walker
Ele vai te pegar e quando conseguir
Não vai haver amor pra semear

E eu sei que isso é complicado
Mas sou um fracasso no amor, então baby
Levante um copo para consertar todos os corações quebrados
Dos meus amigos destruídos

Nunca mais falarei novamente
Menino, você me deixou sem palavras
Você me deixou sem palavras, tão sem palavras
Nunca mais vou amar de novo
Amigo, você me deixou sem palavras
Você me deixou sem palavras, tão sem palavras

E depois de todos os drinks
E bares que freqüentamos
Você desistiria de tudo?
Poderia eu desistir de tudo por você?
E depois de todos os meninos
E meninas por que passamos
Você desistiria de tudo?
Poderia você desistir de tudo, se eu te prometer, garoto

Que eu nunca mais vou dizer nada
E que nunca vou amar novamente
Que não irei escrever uma música
Sequer cantar
Eu nunca amarei de novo
Tão sem palavras
Você me deixou sem palavras, tão sem palavras
Porque você está sem palavras, tão sem palavras?

Você algum dia voltará a falar?
Garoto, por que você está tão sem palavras?
Você me deixou sem palavras
Alguns homens podem me acompanhar
Mas você escolheu "Morte e Cia."
Por que está tão sem palavras? Oh oh oh

Marina deixou Franja plantado no meio do campinho e foi embora. Franja colocou as mãos nos bolsos da calça e chutou uma pedra. Depois, caminhou até a sua casa, secando uma lágrima no caminho.

– Má, eu irei convencer você para que volte comigo.

Cebola e Cascão entraram na garagem da casa dos Cebola. Os dois começaram a arrumar o local para o ensaio da banda. Enquanto o amigo pegava o violão, Cascão começou afinar a guitarra.

– E aí. Como você está com a Mônica? – perguntou Cascão.

– Ah, cara. Eu sinto que estamos quase lá. – respondeu Cebola, tocando alguns acordes no violão. – Eu tô indo com calma.

– Careca, se vocês dois estivessem em uma corrida de lesmas, perderiam. – disse

Cascão, balançando os ombros e afinando a guitarra.

– Vai dormir, Cascão. – respondeu Cebola, fazendo uma careta.

Enquanto os dois afinavam os instrumentos na casa de Cebola, Mônica conversava com Magali na sua casa.

– E aí, Magá?

– E aí o que? – perguntou a amiga.

– Você acha que eu devo conversar com o Cebola?

– Acho. Inclusive acho que vocês deveriam se entender logo, porque toda a sala já está sentido o climão entre vocês. – disse Magali, rindo.

– Sério? – Mônica estava espantada.

– Aham. Já até disseram que o Cebola parece um cachorro atrás de uma cadela no cio e que, conste que não fui eu quem disse isso, você seria a cadela. – comentou Magali.

– Sei... Aposto que foi a Denise que disse isso. – Mônica fuzilou a amiga.

– Pode ser que sim, pode ser que não, mas o mais certo é que talvez. – retrucou Magali, balançando os ombros.

– É... Acho que vou falar com o Cebola mesmo, Magá. E depois vou ter uma conversinha com uma certa ruiva. – disse Mônica, estalando os dedos.

Um segundo depois, as duas caíram na gargalhada.

Mônica parou diante da porta da casa de Cebola. Respirou fundo e deu três pancadinhas nela. Quem a atendeu foi Dona Cebola.

– Oi, Dona Cebola. O Cebola está? – perguntou.

– Está sim, Mônica. Lá na garagem. – respondeu Dona Cebola, indicando a porta da garagem com a cabeça.

Mônica agradeceu e caminhou lentamente até a garagem. Quanto mais se aproximava, ela ouvia as vozes de Cebola e Cascão.

De repente, o som de um violão começou a vir do local. Mônica se aproximou da porta lentamente e posicionou o seu ouvido de maneira que pudesse escutar melhor.

http://www.youtube.com/watch?v=sIKBgw7OehQ

Across The Universe Soundtrack - Happiness Is A Warm Gun

[Cebola]
Ela não é uma menina que vacila muito
Do do do do do do do do ooh yeah
Ela conhece bem o toque da mão de veludo
Como um lagarto no parapeito da janela
O homem entre a multidão com seus espelhos multicoloridos
Sob suas botas de pregos

[Cascão e Cebola]
Mentindo com seus olhos com suas mãos ocupadas
Fazendo hora extra
Uma impressão feita de sabão de sua mulher do qual ele comeu
E doou para o National Trust

[Cascão]
Eu preciso de uma dose, pois estou indo
Indo atrás das bitucas que deixei pela cidade
Eu preciso de uma dose, pois estou indo
Madre Superiora sacou a arma

[Cascão e Cebola]
Madre Superiora sacou a arma
Madre Superiora sacou a arma
Madre Superiora sacou a arma
Madre Superiora sacou a arma
Madre Superiora sacou a arma

[Cebola]
Felicidade é um revolver quente

[Mônica]

(Bang, bang. Shoot, shoot)

[Cebola]
Felicidade é um revolver quente, ah é sim

[Mônica]

(Bang, bang. Shoot, shoot)
[Cebola]
Quando eu lhe seguro em meus braços

[Mônica]

(oh yeah)
[Cebola]
E eu sinto o meu dedo em seu gatilho

[Mônica]

(oh yeah)
[Cebola]
Eu sei que ninguém pode me fazer mal

[Mônica]

(oh yeah)

[Cascão e Cebola]
Porque felicidade é um revolver quente, mamãe

[Mônica]

(Bang, bang. Shoot, shoot)

[Cascão e Cebola]
Felicidade é um revolver quente
Sim, é sim

[Mônica]

(Bang, bang. Shoot, shoot)

[Cascão]
Felicidade é um revolver
Sim, é sim...

Yeahhh!

[Mônica]

(Felicidade… Bang, bang. Shoot, shoot)

[Cascão]
Você não sabe que felicidade

[Mônica]

(Felicidade)
É um revolver quente, mamãe

[Mônica]

(É um revolver quente, é)

Cascão e Cebola se surpreenderam com Mônica, que havia entrado no meio da música.

– Nossa... Que canção bonita, Cebola. – disse Mônica, limpando uma lágrima.

– Jura que gostou? Eu escrevi para você. – Cebola coçou a nuca.

– Ih, já vi que vou sobrar... – Cascão abafou um riso e saiu da garagem.

Mônica e Cebola riram.

– Mô, por que você veio aqui?

– Eu vim aqui falar com você. Não podemos mais ficar nesse enrolamento. Precisamos resolver essa situação. Ou ficamos juntos ou...

Cebola a calou com um beijo. Suas mãos puxaram Mônica para junto do seu corpo. A garota retribuiu o beijo.

O clima foi cortado por Cascão, que, com um pigarreio, disse que o resto da banda havia chegado para o ensaio.

– Alguém tem uma corda para amarrar esse ser flutuante? – perguntou Magali, indicando Mônica com a cabeça e rindo. Estalando os dedos, tentou chamar a amiga de volta para o Planeta Terra. – Amiga. Amiga. Câmbio.

– Ah, oi. Qual era o assunto mesmo? – perguntou Mônica, rindo.

– É sobre como iremos vestidas na festa de hoje. – quem respondeu foi Aninha. – Temos pouco tempo.

– Ué... Se é uma festa à fantasia... Temos que usar a criatividade. – Carmem já estava segurando um caderno e um lápis.

– Nossa! – exclamou Denise, encarando a porta da casa de Carmem. – Alguém já veio fantasiada.

Todas encaram o mesmo ponto que Denise. Marina estava parada diante delas. Os cabelos estavam um pouco acima dos seus ombros, um batom vermelho sangue estampava o sorriso da garota, que usava uma blusa super apertada, uma micro-saia e botas pretas.

– Má... Você está... Fantasiada? – Mônica tentou encontrar um elogio, mas foi em vão.

– Desculpem o atraso. Aproveitei a festa de hoje para arrumar uma fantasia que expressasse como o meu “eu” interior está se sentido. – disse Marina.

– Nossa, Má. O seu “eu” interior está bem saidinho para o meu gosto. – comentou Denise, analisando a fantasia da amiga. Após ser fuzilada visualmente pelas garotas, ela balançou os ombros. – Que horror, foi só um comentário.

– Não, Dê. O meu “eu” está despedaçado após o Franja ter terminado comigo. – retrucou Marina.

– Sei... Para mim, o seu “eu” está precisando urgentemente de sex... Ok, já me calei. – Denise levantou os braços, como se tivesse sido pega pela polícia.

De repente, Mônica lembrou-se do comentário de Denise.

– Falando nisso, Dê, que história é essa de cadela no cio?

– Eu só citei os fatos, Mô. – Mônica sentiu um tom de ironia quando Denise pronunciou a abreviação do seu nome. – Opa! Idéias estão vindo à minha brilhante mente! – Denise começou a estalar os dedos e arrancou o caderno e o lápis das mãos de Carmem. Ela rabiscou algo e arrancou a folha. Levantou-se e foi em direção à porta.

– Ei, maluca. Não vai nos contar a idéia? – perguntou Aninha.

– Não. Vocês podem tentar copiar se souberem. – respondeu Denise, batendo a porta ao sair.

– Eu juro que ainda sento a mão na cara dessa garota. – disse Mônica, erguendo os punhos no ar.

As garotas decidiram ir vestidas de animais. Elas estavam morrendo de curiosidade sobre a grande fantasia secreta de Denise. Mônica, que estava de coelhinha, ajeitava a orelha enquanto Magali também ajeitava a sua orelha, só que era de gatinha. Marina era a única que não estava de animal. Ela já estava na terceira caipirinha.

– Má, vai com calma. – alertou Aninha.

– Ah, Aninha. Me deixa. – resmungou Marina.

De repente, as garotas caíram na gargalhada. Denise se aproximou.

– Posso saber qual é a graça? – perguntou.

– É essa a sua maravilhosa fantasia? Vaqueira? – caçoou Mônica.

– Mô, não zoe com a Dê. Coitada. – disse Marina, se aproximando de Denise. Ela começou a acariciar as mechas ruivas de Denise. A ruiva aproximou os lábios de Marina e elas se beijaram. Depois do beijo, Marina deu um grito. – Vamos causar nessa porra!!

Ela foi para o centro da pista de dança. Denise riu e foi para a pista encontrar o seu “companheiro do dia”. Marina dançava de forma sexy e provocativa. Alguns garotos (e garotas) passavam as mãos nela, que gostava.

http://www.youtube.com/watch?v=rrXXJDREYXY

Christina Aguilera - Not Myself Tonight

[Marina]
Você sabe
Que essa noite estou me sentindo um pouco fora do controle
Essa sou eu?
Você quer ficar louco?
Porque eu não dou a mínima...

Estou fora do personagem
Estou em forma rara
E se você realmente me conhecesse
Você saberia que não é o normal

Estou fazendo coisas que normalmente não faria
Meu antigo “eu” se foi, me sinto nova em folha
E se você não gosta disso, foda-se

A música está tocando e eu estou dançando
Eu normalmente fico no canto, só esperando
Estou me sentindo incomum
Eu não me importo, porque essa é a minha noite

Eu não sou eu mesma hoje à noite
Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota
Eu não sou eu mesma hoje à noite
Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

Estou dançando muito, tomando doses, me sinto bem
Estou beijando todos os garotos e garotas
Alguém chame o médico, porque eu perdi a cabeça

Estou fazendo coisas que normalmente não faria
Meu antigo eu se foi, me sinto nova em folha
E se você não gosta disso, foda-se

A música está tocando e eu estou dançando
Eu normalmente fico no canto, só esperando
Estou me sentindo incomum
Eu não me importo, porque essa é a minha noite

Eu não sou eu mesma hoje à noite
Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota
Eu não sou eu mesma hoje à noite
Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

De manhã
Quando eu acordar
Eu voltarei a ser a garota que eu costumava ser
Mas, amor, não esta noite

Eu não sou eu mesma hoje à noite
Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota
Eu não sou eu mesma hoje à noite
Essa noite eu não sou a mesma garota, mesma garota

É, isso é bom
Eu precisava disso
Fique louco
Vamos lá
É isso aí
Venha
Me dê isso agora, não pare

– Geeeente... Isso que eu acabei de ver foi o babado do mês. – quem falou isso foi Denise, que havia se livrado do seu acompanhante e voltado para o grupo.

– Alguém tem que fazer algo com ela antes que o filme dela fique queimado. – disse Magali.

– Amada, mais queimado do que o filme dela nesse momento só mesmo um turista que acabou de chegar do litoral e esqueceu o protetor solar. – ironizou Denise.

– Ah, tá. Eu vou. Tudo eu. – resmungou Mônica.

Em um movimento rápido, ela pegou Marina pelo pulso e a arrastou da pista de dança. Vários garotos e garotas resmungaram.

.