Namorada Adormecida escrita por Luisavick


Capítulo 11
Capítulo 11 - Me with you


Notas iniciais do capítulo

Uma homenagem a nossa diva Jenn. Porque essa musica tem tanto haver com esse capitulo, porque agora a Sam ja suspeita que o Freddie gosta dela e o Freddie ja sabe que a Sam gosta dele.
Letra e video da musica → http://letras.terra.com.br/jennette-mccurdy/1733561/traducao.html
Já sabem o esquema: As frases destacadas terão o seu significado abaixo. ;)



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Ponto de Vista de Freddie

Acordei naquele sábado me sentido o mais feliz dos mortais da face da Terra. Aliás, eu estava me sentindo um imortal - inabalável e cheio de energia. Hoje eu estava decidido a falar pra Sam tudo o que sinto por ela. Tinha plena certeza que ela não iria recuar... Depois daquela declaração que li na casa dela... “Ela me ama! Sim... Ela me ama também.”

Tomei banho, me arrumei e fui pra sala. Então, percebi que Sam já tinha acordado e saído. Não dei muita bola pro fato. Ela deveria estar com a Carly. Passei o perfume de sempre e fui tomar café com elas.

Ao mexer no trinco da porta do AP da Carly, notei que estava destrancada e fui entrando como de costume. As meninas estavam na cozinha e não havia sinal do Spencer.

¡Buenos días, muchachas!– cumprimentei-as e dei o meu melhor sorriso. Olhei diretamente pra Sam, mas ela parecia achar alguma coisa muito interessante na toalha da mesa.

_ Bom dia, Freddie! – Carly me cumprimentou de volta, toda sorridente, mas Sam continuou calada. _ Não vai dizer bom dia para o Freddie, Sam? – Carly falou como uma mãe que repreende o filho.

_ Bom dia! – Sam falou sem me olhar. “Ela parecia encabulada”. Sorri novamente, orgulhoso, pois eu causava esse efeito nela.

_ É impressão minha ou você está mais feliz hoje do que nos outros dias, Benson? _ Carly falou e eu percebi que ela queria dizer alguma coisa a mais com isso... _ E mais bonito também... Não acha, Sam? – dizendo isto ela cutucou Sam. Esta continuou calada e notei que ela ficou rapidamente ruborizada.

“Isso estava me cheirando a armação... Que será que essas duas estavam aprontando?”

Sentei-me cauteloso e desconfiado. Carly pegou uma jarra de suco e colocou na mesa que já estava arrumada para o café da manhã.

_ Vocês não estão aprontando alguma pra cima de mim, né? – perguntei enquanto beliscava um bolinho, ainda desconfiado.

_Relaxa, Freddie. – ainda era a Carly falando. _ A Sam está com cara de quem está aprontando alguma coisa? AII! – Carly gritou, pois Sam deu um cutucão nela.

Realmente a Sam não estava com cara de quem iria aprontar. Parecia doente. Estava quieta demais... Mas, sabe-se lá. Dela eu esperava qualquer coisa...

_Você não me parece bem, Sam... Está sentindo alguma coisa? – perguntei olhando diretamente para ela, mas ainda assim Sam não levantou a cabeça. Arrisquei segurar as mãos dela entre as minhas, as quais estavam quase totalmente enfiadas para dentro da manga da blusa que ela vestia. _ Nossa! – falei espantado. _ Suas mãos estão geladas!

_ Tá tudo bem, Freddie. – ela respondeu ainda sem me olhar e puxou as mãos. _ Só estou com um pouco de frio...

_ Tá saindo um chocolate quente já, já... – falou Carly. _ O tempo esfriou bastante mesmo.

_ Espera aí. – falando isso, levantei e fui ao meu AP buscar um sobretudo e umas luvas de lã que minha mãe tinha comprado para mim no inverno passado. A estampa era bem alegre e achei que Sam iria gostar.

Quando voltei percebi que as garotas falavam baixinho e Sam parecia discutir com Carly. Imediatamente elas interromperam a conversa. Fingi que não percebi e continuei caminhando até elas.

Cheguei perto de Sam e a fiz levantar-se da cadeira. Claro que com muita reclamação. Carly ria.

_ Mas o quê...? – Sam perguntou enquanto eu colocava os braços dela na manga do casaco. _ Não, Freddie! – ela reclamava. _ Não precisa. Mesmo com bastante reclamação da parte dela, consegui vesti-la com o sobretudo.

_ Fica quieta, Sam! – pedi. _Estica os braços pra frente. – ela teimou.

_ Não vou pôr essas luvas ridículas coisa nenhuma. – “Ô coisinha pequena de temperamento difícil”. – pensei. – “Mas eu tô amarrado nela... Era tão quietinha quando dormia...” – e continuei segurando com firmeza enquanto tentava pôr as luvas nas mãos dela.

_ Deixa de ser mal-agradecida, Sam. – Carly me ajudava. Sam fez careta e mostrou a língua pra ela.

Enquanto ela se distraía com a Carly, eu aproveitei e segurei um das mãos dela com força e, mesmo ela rodando, coloquei uma das luvas. Carly segurou o outro braço e eu coloquei a outra luva.

_ Pronto! – disse Carly. _ Até que você está bonitinha nesses trajes...

_ Estou parecendo um esquimó. – Sam reclamou. _ Como é que vou segurar a xícara desse jeito? – ela perguntou erguendo as mãos cobertas. Voltamos para a mesa.

_ Assim.... – mostrei para ela. _ Você segura com as duas mãos, bem firme, de um lado e outro da xícara.

Nesse momento nossos olhares se encontraram. Os olhos de Sam estavam com uma tonalidade mais clara de azul. Observei os lábios dela, ligeiramente entreabertos. Ela estava sem maquiagem, mesmo assim era linda. Mais uma vez ela desviou seu olhar de mim e se concentrou no prato a sua frente.

_ Com certeza não há esquimó mais linda no mundo inteiro... – Carly falou. _ Não acha, Freddie?

_ Cla... Claro. Com certeza. _ quase engasguei. “Foi impressão minha ou Sam deu a Carly um olhar fuzilante?” Carly apenas sorria.

Comemos calados durante alguns minutos. Para mim era torturante observar Sam comendo aqueles donuts cobertos com glacê de açúcar. A cada migalha que ficava em sua boca, ela passava a língua pelos lábios para capturar essas sobras e a minha vontade de beijá-la aumentava cada vez mais...

_ A que horas nós vamos para o Shopping? – resolvi perguntar para desviar minha atenção daqueles lábios tentadores.

_ Spencer quer nos levar por volta das treze horas, para almoçarmos por lá. – respondeu Carly _ O que vocês acham?

_ Por mim tá tudo bem. – respondeu Sam.

_ Pra mim também. – respondi.

_Ótimo então. – Carly falou.

Terminamos de comer e ajudamos Carly a arrumar as coisas na cozinha. De repente, Sam me questionou:

_ Você não sente frio?

Soy dueño de calentamiento natural, chica mía...* – respondi, oferecendo a ela meu melhor sorriso. Sam fez uma careta. Carly também. _ Estou brincando, suas chatas. Claro que sinto frio, talvez menos que você, Sam.

_ Hum... Certo, então. – Sam respondeu meio azeda. _ Acho que vou pra casa agora e começar a me arrumar para irmos ao Shopping mais tarde.

_ Eu também vou começar a me arrumar logo. – Carly falou animada. “Por que as garotas precisam começar a se arrumar com dias de antecedência para irem a algum lugar?” _ Quero ficar bem bonita hoje para o Griffin. - ela falou com um olhar sonhador.

_ Eu não preciso disso. – respondi estufando o peito. _ Já sou belo por natureza. “Mais uma gracinha pra provocar Sam.”

_ Você é muito  belo mesmo, Freddie. – Sam falou calmamente e eu me surpreendi com a doçura de sua voz. _ Um belo de um convencido! – agora ela parecia brava e enciumada. Carly ria sem parar. Sam foi caminhando pra porta. _ Até mais pra vocês.

_ Hey, Sam! – falei pra ela. _ Posso acompanhá-la até em casa... – sugeri.

_ NÃO! – Carly gritou e eu e Sam olhamos para ela surpresos. _ Quer dizer... Preciso te mostrar algumas coisas para o ensaio de amanhã, Freddie... Tem uns vídeos... Queria aproveitar um pouco o tempo antes de sairmos.

“Eu não queria ficar. Queria estar perto de Sam, ter oportunidade de falar com ela...”

_ Ainda sei achar o caminho de casa, Benson. – Sam respondeu e fechou a porta antes mesmo que eu pudesse abrir a boca pra responder.

Assim que Sam saiu, Carly foi logo se explicando, meio atrapalhada. Meu instinto acusava que eu estava em situação de perigo. Quando Carly ficava assim, era um tormento.

_ Desculpa, Freddie. Sei que queria ficar com a Sam, mas é que eu precisava falar com você sobre... sobre... Ah! Você sabe...

_ Vídeos? – perguntei me fazendo de desentendido, apesar de ter quase certeza sobre o quê ela queria falar. Carly não era burra.

_ Não, Freddie – Carly respondeu. _ É sobre a Sam.

Sobre a Sam?” – fingi que não escutei. _ Pegadinhas com o Lewbert? – arrisquei desviar o assunto. “Que diabos ela queria falar comigo sobre a Sam? Acho que eu já sabia... Mas tinha que tentar fugir dali...

_ NÃO, Freddie! – ela estava perdendo a paciência. Ela cruzou os braços e bateu o pé no chão. _ Sobre você e Sam na quinta à noite.

_ Minha mãe está me chamando, Carly. – tentei uma saída rápida, mas Carly correu pra porta trancando-a à chave, a qual enfiou dentro da blusa.

_ E agora, Freduardo? – ela perguntou com as mãos na cintura e arqueando as sobrancelhas. _ A mamãe não está te chamando. Qual vai ser a próxima desculpa?

Agora? Agora eu estava ferrado.” – pensei e resolvi me sentar no sofá desistindo de lutar contra o fato de ter que conversar com a Carly sobre meus sentimentos pela Sam.

_ O que você quer saber? – perguntei. 

_ Vamos lá em cima. – ela falou menos dura. _ Quero te mostrar uma coisa.

Imediatamente fiquei curioso e subimos as escadas até o estúdio do iCarly. Chegando lá, Carly colocou uma gravação para rodar e reconheci minha voz falando com Sam na primeira noite em que a beijei. Ouvi a voz de Sam também. Eu fiquei sem saber onde me enfiar de tanta vergonha, ainda mais porque Carly parecia estar se divertindo.

Era muito estranho escutar minha voz falando de meus sentimentos. Eu dizia:

Não. Eu gosto da Carly como amiga, como irmã. Só confundi as coisas no passado.

Depois de mais alguns minutos de tortura, Carly interrompeu a gravação.

_ Quer dizer, meu amigo, que você ama Sam Puckett?

_ Sim. – respondi de cabeça baixa.

_ E você já falou pra ela? – Carly perguntou. _ Acordada, claro! Por que nesse dia aí ela estava dormindo, certo?

_ Ela estava dormindo sim. – falei. E não, ainda não falei para ela enquanto acordada.

_ E por que não?

_ É difícil, Carly. – falei enquanto andava de um lado para outro tentando ordenar meus pensamentos. _ Não entendo por quê... É a Sam...

_ Sei... Acho que entendo o que se passa com você. – ela falou. _ Era mais fácil chegar e dizer que gostava de mim e que queria uma chance, não é?

_ Era... Era bem mais fácil. – concordei.

_ Sabe por quê? – ela fez uma pausa. _ Por que não era amor de verdade, Freddie. Era como uma brincadeira... Mas você demorou pra perceber isso. Faz muito tempo que notei que você era apaixonado pela Sam... Aliás, eu, Spencer, Gibby...

_ Era tão óbvio assim? – perguntei incrédulo.

_ Era. – Carly sorriu. _ Você dizia gostar de mim, mas seus olhos ficavam vidrados nela. Todos os seus sorrisos eram pra ela...

_ Me desculpe. – falei.

_ Que desculpe o quê, Freddie!!! Deixa de ser bobo. Você tem é que se declarar pra Sam de uma vez por todas! Ela te ama!

_ É. Eu sei.

_ Sabe como? – Carly perguntou. _ Ela te disse alguma coisa ou você conseguiu perceber isso sozinho? – o tom dela era sarcástico.

_ Ah, Carly, não enche! – inspirei profundamente antes de continuar. _ Sempre achei que a Sam tinha uma queda por mim, mas acho que não quis acreditar seriamente nisso. – fiz uma pausa. _ Eu li algo que ela escreveu...

_ Mesmo? – ela perguntou interessada. _ Quando? Como? Onde?

_ Calma! – falei, me sentando em um dos pufs. Carly fez o mesmo. _ Foi... Foi algo que ela escreveu no verso de uma foto minha. – nesse momento torci que ela não me fizesse mais perguntas, mas logo notei que seria impossível encerrar o assunto sem detalhar tudo para Carly.

_ Você leu algo que ela escreveu numa foto sua? Quando? Onde? – ela não ia mesmo me deixar em paz enquanto eu não contasse. _ Vocês não me contam mais nada mesmo... – ela respondeu cruzando os braços e fechando a cara.

_ Foi ontem, Carly. Depois da escola.

_ Ontem? Depois da escola? Como assim?

_ Nós passamos a tarde na casa dela... Estudando. – falei finalmente. _ E lá eu vi uma foto minha no painel de fotos dela. Coincidentemente essa foto caiu no chão e eu li o que estava escrito no verso. Foi por isso que eu e ela brigamos ontem à noite. Ela não queria que eu te contasse que estávamos juntos.

_ Sei. – Carly falou zangada.

_ Não diz pra ela que eu te contei, Carly. Deixa ela mesma falar...

_ Eu acho que sei por que a Sam não queria que você me falasse nada, Freddie. – Carly falou, pensativa.

_ Por quê?

_ Ela acredita que pode atrapalhar alguma coisa entre eu e você... Tenho quase certeza disso.

_ Mas você namora o Griffin e eu não gosto de você pra namorar.

_ Eu sei disso, Freddie. Você sabe disso. Mas ela não. Você passou a vida inteira dizendo que gostava de mim...

_ E o que é que eu faço?

_ Você vai ter que convencê-la que não sente mais nada por mim. Demonstrar seu amor por ela. Não só em palavras, entende? O Shopping pode ser uma boa oportunidade para que isso aconteça... Só nós quatro... Vocês dois segurando vela... Deixa comigo, Freddie. Vou pensar em várias maneiras de nos divertirmos hoje e de criar um clima pra vocês. O resto é contigo.

_ Ok, então. – falei. _ Ela já escutou essa gravação? – perguntei desconfiado. _ Por que se ela escutar pode ficar chateada.

_ Não, Freddie. Desencana. Além do mais isso foi armação minha e do Spencer. E deu certo, não deu? – ela indagou com uma cara marota.

_ Deu sim. – consegui sorrir finalmente. _ Só vocês mesmo!

Íamos saindo do estúdio quando Carly ainda falou:

_ Hey! Vou enviar um torpedo pra Sam e avisar que vamos passar na casa dela. Estou morta de curiosidade pra ver essa tal foto.

_ Caarlyy! – repreendi.

_ Relaxa, Freddie. Darei um jeito de ver a foto sem que a Sam saiba... Ou saiba...

_ Olha lá...


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Notas finais do capítulo

Soy dueño de calentamiento natural, chica mía... Tradução → Eu possuo aquecimento natural, querida.
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Gostaram meu divos? Se quiserem mais um capitulo é só dizer ^^,