O Coração De Brenda escrita por VehMoreira


Capítulo 2
Ficar x Buddy


Notas iniciais do capítulo

Buddy foi o real motivo pelo qual eu agüentei tantos anos calada... E eu o amava muito.



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     Depois que comi, fui para o meu quarto, quer dizer o quarto de visitas, peguei um pijama confortável, minhas coisas pessoais, e fui tomar banho. A água quente me fez lembrar de Buddy que adora tomar banho em água quente. Pensei em Mamãe.

Sai do banho e estava morrendo de sono, deitei-me na cama olhei para o relógio eram 05h30min, e adormeci. Sonhei algo estranho, um lugar estranho, escuro, com muitas arvores. Alguém gritava:

-Brenda! Corra Brenda! Corra.

E eu acordei com Paul tocando meu rosto.

- Bre meu amor, acordou? Que bom...

- Ahhh, Oi Paul. – Esbocei um sorriso falso, pois não queria ter acordado, queria continuar sonhado para saber o que ia acontecer.

- Bebe acabei de chegar do trabalho e vim ver se precisa de alguma coisa.

- Não obrigada, estou bem. Que horas são? Eu dormi... Você já... Ah Paul...

      - Calma querida, não se importe com a hora, o importante é que você descansou... Vou pedir pizza, de que sabor você vai querer?

- Tanto faz. O que você achar melhor. – Eu estava Faminta.

- Tudo bem, quatro Queijos e strogonoff de frango, Prestigiam e Chocolate, Calabresa e Tradicional?- Ele me olhava com curiosidade.

- Sim claro. – Desta vez sorri com sinceridade. Aqueles eram os meus sabores prediletos.

Olhei para o meu celular, vi meu papel de parede com a foto do Buddy, meu pequeno Buddy. Liguei meu notebook e fui ver meus e-mails. Minhas amigas, minha mãe, todos haviam me mandado e-mails, muitos e-mails. Respondi todas. Peguei meu celular e liguei para minha mãe. Enquanto chamava, eu estava muito nervosa.

- É... Mãe?

- Brenda? Oh minha filha. Onde você está? Está tudo bem?

-Mãe estou... Ótima. Estou na casa de Paul Wencher.

      -Graças a Deus! – Minha mãe conhecia Paul e o adorava, queria que eu o namorasse, mais eu não o amava, não dessa maneira. Ele também não gostava de mim dessa maneira, creio eu. – Paul, Ah Paul! Mande um beijo para ele. Filha eu te amo, e você sabe se quiser voltar... – Eu a interrompi.

- Mãe, para, eu estou bem, ok? Quero falar com Buddy!

- Ele está aqui, ansioso para falar com você. – Acho que ele tomou o telefone de sua mão.

- Brenda, - Ele gritava.

- Meu amor, como você está?

- Eu quero te ver. Você vai voltar? Vem logo...

 Ele estava chorando? Eu me perguntei.

- Logo voltarei, só não esqueça que eu... Te amo muito. – E assim desliguei, para que eu não começasse a chorar.

Quando fui para a sala, Paul estava na porta pagando as pizzas, eu já fui logo comendo, estava faminta, como sempre.

Ele virou-se para mim e disse:

     - Hum... Está com fome bebe? – E riu da minha cara.

- Sim. – Eu disse de boca cheia e nós dois rimos.

Começamos a beber vinho, e cinco minutos depois eu já não conseguia distinguir muita coisa. Acabamos de comer e ele me chamou para assistir a um filme. Olhei para ele confusa.

- O que Paul? Assistir ao que? – A taça caiu da minha mão, e se espatifou no chão.

- Ou não Paul, me desculpe. – Abaixei-me para pegar os cacos, mas paul me deteve.

- Brenda, deixe, você vai se cortar... deixa que eu limpo...

E assim ele se foi para cozinha, me deixando só naquela sala, com a cabeça girando, e as lembranças voltando. Paul voltara com um pano. E logo começou a limpar o vinho e os cacos.

Paul era tão calmo... Tão moreno lindo e se parecia muito com ele... Meu primeiro e único amor.

Não sei o que foi que aconteceu depois, só sei que de repente eu o estava beijando, e ele me empurrava dizendo que não, que eu iria me arrepender depois, mais eu não importava, ele estava ali, seus lábios nos meus, eu o agarrava e tentava beijá-lo. Até que finalmente, ele cedeu.

     Acordei de manhã e estava em minha cama. Foi um sonho tudo aquilo?

Fui tomar um banho e vesti um short curto de jeans azul, uma bota estilo cowboy marrom clara, uma blusinha regata básica branca e por cima dela uma camiseta social masculina branca, eu me sentia bem assim.

Era sábado, Paul não iria trabalhar, então desci para sala, ele não estava ali. Eu estava nervosa, pois não tinha certeza se tinha sido um sonho ou tinha acontecido de verdade. Então fui para a cozinha, um cheiro bom vinha de lá, não identifiquei de primeira, mas depois me lembrei da primeira vez que estive aqui, ele me serviu ótimas panquecas, só podia ser isso.

      - Bom dia Paul.

Ele estava normal, então acho que foi um sonho, mas parecia tão real.

- Bom dia bebe. – Disse ele como sempre.

Comemos as panquecas e tomamos chocolate quente, ele nem sequer olhou para mim, comeu no balcão, em pé, de frente pra mim e eu estava sentada na mesa de vidro da cozinha.

- Bre... – Ele se interrompeu.

- Sim Paul. – Esbocei um sorriso de alegria.

- Me desculpe Brenda, não vou fazer de novo, eu juro! – Só ai percebi que não havia sido um sonho. – Me perdoe querida.

- Não Paul, não diga isso, foi maravilhoso e eu quero que aconteça de novo. – Eu disse quase chorando.

      - Bre! Você ficou comigo, porque eu pareço com o seu grande amor, não porque gosta de mim. E você sabe disso. – Ele me olhava com culpa nos olhos.

- Não! – Eu já estava histérica. – Eu fiquei com você... Porque eu te amo. Eu não tinha certeza disso.

- Não me engane Brenda, e também não tente se enganar. Por isso acho melhor você procurar outro lugar para ficar. – Seu rosto era triste.

- Não Paul, eu quero ficar aqui com você, e eu não tenho outro lugar para ir...

Ele me olhava com preocupação. Ficamos um breve momento sem falar.

- Tudo bem... Fique mais não me procure mais.

Eu fiquei nervosa, levantei da cadeira onde estava fui ao seu encontro, levantei minhas mãos eu queria bater nele, enche-lo de tapas. Ele segurou meus braços no ar, numa proximidade que fazia meu coração bater mais rápido e minhas pernas tremerem. Tentei me soltar mais ele era incrivelmente forte e não consegui. Comecei a ofegar.

- Paul, você me ama? – Eu olhava dentro de seus olhos.

     - Mais do que minha própria vida.

- Então me beije. – Eu suplicava.

Eu havia esquecido que o meu celular estava no meu bolso, e para o meu azar ele começou a tocar, eu o deixei tocando por um tempo, não queria atender queria que ele me beijasse, então Paul me soltou para que eu pudesse atender.

- Alô?

- Brendaaa! Olha, eu aprendi a falar eu amo você em inglês. – Era Buddy.

- Que ótimo meu amor. – Eu estava feliz por ele, mais triste porque ele havia interrompido o meu momento com Paul. - Então fala.

- Ai love Iu. – Buddy pronunciou as palavras um pouco errado mais não o culpo, ele é pequeno demais para falar inglês.

Paul deve ter ouvido, pois riu e eu não resisti ri junto.

- Brendaa, você ta rindo? O que foi que eu falei de errado? Aaa... – Buddy começou a choramingar do outro lado do telefone, e eu parei de rir imediatamente, e dei um tapinha no ombro de Paul e ele entendeu e também parou de rir.

     - Ah Buddy claro que não meu amor, você disse certinho... E estava rindo porque o Paul caiu você lembra-se do Paul não é meu amor? – Paul me olhou e a vontade de rir voltou então ele saiu da cozinha.

- Eu lembro. Bree volta pra casa hoje? A Mamãe disse que você ia voltar... – Pude sentir a euforia de Buddy ao dizer aquilo.

- Não meu amor eu ainda não vou voltar. – Escutei um barulho estranho vindo do quarto de Paul. – Buddy meu amor tenho que desligar, beijos te amo.

Não esperei Buddy responder desliguei o celular e sai correndo, subi as escadas cheguei no quarto de Paul e o vi caído, fiquei paralisada na porta por um longo momento. Depois me ajoelhei ao lado de Paul e verifiquei se ele estava bem, ele não reagia então me aproximei de seu rosto para sentir sua respiração.


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Notas finais do capítulo

Segundo capitulo, e ai gostaram?



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