Céu de Paixão escrita por Karoleen


Capítulo 5
Salve-me Naruto!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostemm.. ^^ é bem triste =(



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Salve-me Naruto!

 

-Então foi isso o que aconteceu? – Perguntei para minha amiga de cabelos róseos.

 

-Sim, mas logo depois ele me deixou em casa. – Disse sorrindo.

 

-Hum, eu e o Naruto-kun ainda não fizemos nada, mas sabe, eu não estou nem planejando isso no momento, nós estamos bem assim. – Disse dando outro sorriso. – Então você e o Sasuke-san estão definitivamente juntos agora não é?

 

-Na verdade eu não sei. – Disse meio desanimada. – Mas eu acho que sim.

 

-Acha? – Bom, pra dizer a verdade eu também não sabia se namorava Naruto ou não.

 

-É, mas hoje vou perguntá-lo sobre isto.

 

Assistimos á mais um dia de aula, fui a caminho banheiro e encontrei Naruto conversando com o Sasuke no corredor.

 

-Na-Naruto-kun.

 

-Oi! Hinata-chan, erh, Sasuke falo com você mais tarde. – Disse Naruto empurrando Sasuke para dentro da sala de aula. – O que está fazendo no corredor? Não deveria estar assistindo aula?

 

-Você também! – Disse retrucando com um sorriso.

 

-I-isso não vem ao caso.

 

-Naruto-kun, eu gostaria de lhe perguntar algo.

 

-Pergunte, sobre o que é?

 

-É, é sobre nós dois. Nós estamos ou não namorando? – Corei.

 

-Ma-mas é claro que sim. –Disse corando também. – Hinata, porque não vamos hoje ao shopping? Encontre-me em frente ao ponto de ônibus perto de minha casa as 18:00hr.

 

-Está bem.- Sorri gentilmente.

 

Naruto voltou para sala de aula, continuei o meu caminho indo até o banheiro. Quando acabou as aulas fui para casa, fiz o que sempre faço em minha rotina diária, arrumei-me colocando apenas um vestido preto básico até o joelho, deixei os cabelos como de costume, cheirava a um perfume maravilhoso do “O Boticário”, aquele banho que tomara antes estava tão bom que não dava nem vontade de sair, coloquei a sandália e peguei minha bolsa, cheguei no ponto de ônibus e olhei meu relógio.

 

-Chegue cedo de mais! – Faltavam ainda 13min pras 18:00hr. Olhei para aquele entardecer e vi as nuvens negras chegando. – É melhor o Naruto-kun chegar logo, hoje deve chover.

 

Peguei um brilho dentro da minha bolsa juntamente com um espelho, passei o brilho, resolvi apressar um pouco Naruto, peguei meu celular e liguei para ele.

 

-Naruto-kun?

 

-Hinata? O que foi?

 

-Já estou te esperando aqui, não demore muito.

 

-Ah, desculpe já estou chegando. –Desligou.

 

Guardei meu celular na bolsa e sentei no banco que havia ali, via os carros passarem, estranhei quando um carro parou bem na minha frente dois homens saíram de dentro dele puxando-me para dentro do carro, minha pulseira caiu no chão quando um deles puxou meu braço.

 

-Me solta! – Coloquei minha cabeça para fora do carro na esperança de ver Naruto. – Narutooo! Me ajuda! – Gritei em vão, o homem puxou minha cabeça para dentro fechando a janela do carro.

 

Os homens me levaram para um campo logo ali perto, quando abriram a porta do carro saí correndo o mais rápido que pude tentando escapar, infelizmente tropecei em uma pedra caindo no chão, os homens me alcançaram viraram-me para eles, levantaram meu vestido arranhando minha perna, um dos homens abriu as calças pondo seu membro para fora.

 

-Nãooo! Pare por favor, pare! – Gritei suplicando. Ouvi meu celular que havia caído ao meu lado tocar, com certeza era Naruto me procurando. – Narutooo! – Gritei tentando pegar o celular, mas não conseguia.

 

-Fique quieta! – Deu-me um tapa no rosto.

 

O homem rasgou minha calcinha eu chorei, grite, supliquei. Tudo em vão. O nome de Naruto para mim era um tabu, eu o chamava mesmo sabendo que não apareceria, o homem apertou meus seios violentamente machucando-me, minhas lágrimas caíam sem parar, batia, arranhava, socava e chutava aquele homem, mas ele não parava de me machucar, tentou me violar várias vezes, mas eu sempre fechava a perna. Aquele homem me beijava a força, enfiando sua língua na minha boca, mordi o homem, foi a primeira coisa que pensei em fazer. Ele me deu outro tapa e começou a beijar meu pescoço forçadamente tentando abrir minhas pernas.

 

-NARUTOOO!!! – Gritei mais uma vez.

 

Percebi que não tinha mais nada a se fazer, fechei meus olhos já me entregando e desistindo de mim mesma, pude sentir o homem saindo de cima de mim, abri meus olhos e vi um rapaz brigando com os homens que tentaram me estuprar. O rapaz bateu nos homens o suficiente para fazê-los desistir de me estuprar e irem embora, o rapaz olhou-me, catou as coisas que haviam caído de minha bolsa e colocou tudo de volta nela, estendeu a mão para mim, mas recusei, estava em prantos, não fazia mais força para chorar, as lágrimas caíam sozinhas. Fechei meus olhos e adormeci, não porque estava com sono, mas sim porque lutei com todas as minhas forças contra aquele homem que tentou me violar enquanto o outro me segurava.

 

-Coitada, está pálida de tão assustada. – O rapaz retirou seu próprio casaco e me cobriu, pegou-me no colo e me levou para uma casa que havia ali naquele campo.

 

Abri meus olhos e fitei aquele teto de madeira, olhei a minha volta e vi uma pequena mesa ao lado da cama aonde estava deitada, ouvi uma voz vindo de algum lugar daquela casa.

 

-Eu a encontrei no nosso campo pa, estava sendo estuprada! – Dizia o dono da voz que me salvara

 

-Isto é um absurdo, eu vou ter que cercar aquele campo todo para que não aconteça isso de novo. – Dizia outra voz masculina.

 

-Eu vou ver como ela está, parecia muito assustada quando á encontrei.

 

Levantei-me um pouco sentando na cama, uma toalha dobrada e úmida caiu em meu colo, obviamente estava em minha testa, olhei para o lado e vi a compressa de água quente, a porta se abriu assim revelando o meu salvador.

 

-Você está bem? – Perguntou sentando ao meu lado na cama.

 

-Hum... – Respondi que não com a cabeça.

 

-Que pergunta boba a minha, desculpe perguntar, mas, eles conseguiram estuprá-la?- Pegou a toalha em meu colo e colocou-a na vasilha com a água.

 

-Hum... – Respondi que não.

 

-Que bom não é? Acho que cheguei a tempo! – Deu-me um sorriso carinhoso. – Sou Kiba, como se chama?

 

-Hi... – Fazia força para falar, mas quando tentei lágrimas caíram de meus olhos.

 

-Não se preocupe, se não puder falar não se esforce, fique aqui que eu já volto.

 

-O-obrigada.

 

-Não á de que. – Se retirou do quarto levando a compressa de água quente.

 

Limpei minhas lágrimas com a manga de meu vestido que era longa e por reflexo vi a hora, já eram 21:10hr, já estava tarde eu não podia permanecer ali, naquela casa desconhecida, levantei-me da cama quase caindo, apoiei-me na parede e peguei minha bolsa, andei até a janela do quarto e pulei, por ser uma casa baixa e de apenas um andar não me machuquei. Corri por aquele campo escuro, algo machucou meu pé e pude ver que havia esquecido-me de colocar as sandálias e as havia esquecido na casa daquele tal Kiba.

 

Corri até o fim do campo chegando até a estrada, quando deparei-me com Naruto com o celular na mão vindo de bicicleta, escondi-me atrás do poste agachada, Naruto passou direto com a bicicleta, mas infelizmente meu celular tocou, tentei abafar o som abraçando á bolsa aonde o celular estava, Naruto ouvindo o som parou a bicicleta a jogou no chão.

 

-Hinata? – Andou até aonde o barulho do meu toque estava mais forte.

 

Levantei de pressa e corri, mas Naruto segurou-me no braço.

 

-Aonde esteve? Eu fiquei preocupado. Encontrei sua pulseira ... – Olhou-me de cima a baixo percebendo os machucados. – Hi-Hinata, o que é isso?

 

-E-Eu caí. – Comecei a chorar.

 

-O que fizeram á você? – Abraçou-me subitamente. – Minha...Hinata, o que fizeram a você?

 

-E-eu, apenas caí! – Mentia, não sei o porque, mas não consegui falar a verdade. Sentia-me suja, empurrei Naruto para longe de mim, não queria que ele me tocasse, não queria, não queria que ninguém, nenhum homem, me tocasse outra vez. – Sai... Naruto...Por favor, vá embora.

 

-Não Hinata, me diga ...Por favor me diga.... o que fizeram com você! – Disse com a voz quase falhando.

 

-Eu... – A chuva começou a cair. – Chamei por você.... – A chuva ficou mais forte. – Mas você não apareceu.

 

Chorei mais ainda, minhas lágrimas se misturavam com a chuva, não demorou nem minutos para ficarmos todo ensopados, Naruto abaixou a cabeça aproximou-se de mim, tentou colocar a mão em meu rosto, mas dei um passo para trás impedindo-o de o fazer.

 

-Sinto muito, me perdoe Hinata, por... – Pude ouvir a sua voz falhar. – Por não ter sido... Um homem para poder salvá-la. – Vi as lágrimas em seu rosto caírem, foi a primeira vez que vi Naruto chorar. – Me... me perdoe Hinata. – Caiu de joelhos no chão. – Eu não ouvi você me chamando... – Socou o chão.

 

-Na-Naruto-kun...- Naruto socava o chão com força, vi o sangue de sua mão escorrer junto com a água da chuva, ajoelhei-me e segurei a mão dele. – Não... Não faça isso. Assim você... Machuca-me mais ainda. – Abracei Naruto.

 

Abraçados ali debaixo daquela chuva forte, Naruto não poderia saber a dor que eu sentia, mas mesmo ele não sabendo o quanto eu sofri, ele sofreu ali por mim, mesmo não sabendo o quanto chorei, ele chorou ali por mim, mesmo não sabendo o quanto eu lutei, ele lutou contra seu ego ali por mim.

 

-Eu, vou sempre, sempre proteger você, nem que seja a última coisa que eu faça neste mundo. – Abraçou-me mais forte. – Hinata... Você é tudo, tudo o que um dia eu sonhei pra mim, você fez o sorriso em meu rosto voltar a brilhar, se você sofrer eu sofro, se você morrer eu morro, se você chorar eu choro e o mais importante... – Olhou-me nos olhos. – Se você sorrir meu mundo fica mais completo e mais feliz, seu sorriso é a única prova que eu tenho, de que você está feliz ao meu lado. Perdão!

 

Meus olhos se encheram novamente de lágrimas, mas foram lágrimas felizes, lágrimas que eu jamais me arrependeria de ter derramado sobre minha face.

 

Naruto me levou até em casa, bati na porta e para minha surpresa e decepção quem abriu foi meu...Pai. Desde quando voltara de viajem? Aquele definitivamente foi o pior dia de minha vida.

 

-Pa-pai? – Disse surpresa.

 

-O que aconteceu Hinata? – Abaixei minha cabeça. – O que significa isso, você toda molhada e machucada deste jeito? – Gritou meu pai. – Entre agora!

 

Entrei sem me despedir de Naruto.

 

-E você “moleque” se tocou em minha filha vai se arrepender. – Bateu a porta na cara de Naruto.

 

Neji que antes estava deitado no sofá levantara rapidamente e fora até á mim, perguntou-me várias vezes o que havia acontecido, mas nada respondi. Subi as escadas com Neji me perseguindo, entrei em meu quarto fechando a porta, Neji batera várias vezes, mas não abri.

 

-Hinata! Abre essa porta, me fala o que aconteceu com você! Hinata abre logo! – Bate na porta fortemente.

 

Eu não queria ver ninguém muito menos falar com alguém, Neji então parou de bater na porta e quem me chamou desta vez foi meu pai.

 

-Hyuga Hinata abra essa porta agora mesmo se não eu a ponho no chão! – Ordenou.

 

Com medo abri a porta, Neji e meu pai invadiram meu quarto.

 

-Quem era ele e o que fez á você? – Perguntou meu pai enfurecido.

 

-Me-meu namo... – Tive medo de continuar a frase.

 

-O que ele fez á você Hinata? – Perguntou Neji sacudindo-me.

 

- Nada, ele não fez nada! 

 

-Não minta menina! – Disse meu pai levantando a mão para me bater, mas Neji o segurou.

 

-Tio não está vendo que ela está toda machucada? – Virou-se para mim. – Hinata o que fizeram, me conta! Vamos te levar para um hospital.

 

-Não... Eu não quero dizer.

 

-Diga logo se não eu acabo com a raça daquele moleque de cabelos loiros! – Disse meu pai.

 

-Não papai por favor! Ele não me fez nada.

 

-Então diga Hinata, o que aconteceu?

 

-Tentaram.... Me, me...Estuprar. – Minhas lágrimas caíram mais uma vez, lembrar do que havia acontecido era muito doloroso para mim.

 

-O que?!?!?! – Neji se enfureceu.

 

 Neji pegou-me no colo e desceu as escadas comigo o mais rápido que pode, colocou-me no banco de trás do carro de meu pai e foi até um hospital. Chegamos no hospital.

 

-Como assim não tem nenhum médico disponível? Minha prima foi estuprada será que você entendeu? – Disse Neji segurando a gola da camisa de um atendente do hospital.

 

-Senhor por favor, acalme-se. – Disse o atendente tentando manter o controle da situação.

 

-Me acalmar? Arranja logo um médico pra minha prima!

 

-Mas o que está acontecendo aqui? – Perguntou um homem de jaleco branco que se aproximou.

 

-Não te interessa! – Disse meu primo. – Anda logo arranja um médico! – Gritou mais uma vez com o atendente.

 

-Senhor, eu sou médico posso ajudá-lo mas antes se acalme, isto é um hospital não um ring de luta.

 

Neji soltou o homem, o médico me mandou sentar em uma cadeira de rodas, levou-me até o consultório.

 

-Diga-me o que aconteceu, mocinha? – Perguntou o médico tranqüilo.

 

-Estupraram ela! – Disse Neji.

 

-Por favor Senhor, eu estou tentando falar com ela, não interrompa.

 

-Como é que é?! – Exaltou-se Neji.

 

-Neji-san! Por favor... –Chamei meu primo. – Saia, eu quero conversar sozinha com o médico.

 

Neji olhou-me por um tempo e saiu, contei ao médico o que havia acontecido, ele tirou raios-X de meu corpo para verificar se eu não havia fraturado nada, enfaixou meu joelho machucado, colocou curativo em meu rosto. O médico mandou Neji entrar na sala novamente.

 

-Vou lhe indicar este remédio, você tem que tomá-los por três dias, ele vai desinfectar as feridas, troque os curativas sempre depois do banho, aconselho também que vá a um psicólogo, isto é tudo.

 

Antes de voltarmos para casa Neji passou na farmácia e comprou o remédio, chegamos em casa subi para meu quarto, tomei um banho e deitei-me na cama, mas o sono não vinha, tomei um remédio para poder assim pegar no sono.

 

-----------Narração Autora---------

 

-Então eles não chegaram á estuprar? – Disse um senhor de longos cabelos e olhos perolados com um semblante irritado.

 

-É, o médico falou que está tudo bem, mas que seria bom ela ir á um psicólogo.

 

-Ela não vai a psicólogo nenhum, essa menina tem que aprender a ser forte, ela não deve ter lutado o suficiente.

 

-Tio como pode dizer isto?

 

-Hum, esta menina é fraca. Não tenho tempo para me preocupar com Hinata, amanhã eu volto para o Brasil para fazer um acordo de negócios, não sei quando volto, então se garanta de que Hinata não vai chegar perto daquele moleque que a trouxe aqui nunca mais! – Retirou-se da sala.

 

-Sim, Senhor. – Subiu as escadas e bateu na porta do quarto da prima, mas a mesma não abriu, então ele o fez, percebendo que a porta estava aberta entrou e encontrou a prima dormindo. – Tomou banho, mas nem fez os novos curativos. – Foi até o banheiro no quarto da prima, abriu o armário e pegou uma caixa de primeiros socorros. – Acho que aqui tem tudo. – Tirou o cobertor de cima de prima, corou ao vê-la.

 

Como poderia dormir com um pijama tão curto? Aquele short pequeno e aquela blusa com a alça caída, dormia como um anjo, um anjo machucado, com a face vermelha de tanto chorar, com a boca cortada e o joelho machucado, com a perna arranhada. O monstro que havia batido em sua prima com certeza iria ter que pagar por aquilo, Neji esticou a perna de Hinata, porém a mesma não acordou, passou álcool no ferimento do joelho, depois passou uma pomada e enfaixou o joelho da prima. Fez o mesmo com o ferimento na boca cortada e botou um bandeide, [N/A: Não sei se é assim que se escreve!xP] cobriu a prima com o lençol fino, deu-lhe um beijo no rosto, olhou sua face por mais alguns minutos, passou a mão de leve no rosto de Hinata.

 

-Desculpe, mas não posso me segurar! – Sussurrou. Beijou os lábios da prima.

 

Sentiu em fim aquela boca quente, aqueles lábios delicados e pequenos, afastou-se de Hinata, guardou a caixa de curativos aonde estava antes.

 

-Boa noite... Hinata. –Saiu do quarto passando os dedos nos próprios lábios.

 

Continua no próximo capítulo...


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Notas finais do capítulo

É eu sei Hinata não parou de chorar, mas também né...

Mandem review faz um bem danado!



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