Hadéfone escrita por Filha de Apolo


Capítulo 9
IX


Notas iniciais do capítulo

Então, inspiração brotou aqui, então eu acho que talvez, mas só talvez, eu até poste mais um hoje *u*
Recomendações fazem eu escrever mais rápido, sabem...? (:



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-PERSÉFONE!?

Hades e Deméter se encontravam em uma caverna pelos arredores da entrada para o Submundo. A caverna estava muito escura e imunda para ser habitada, mas com um cheiro de fumaça, como se alguém houvesse acendido uma fogueira para se aquecer. A caverna era enorme, e Deméter saíra gritando o nome da filha em todos os lugares que eles haviam ido.

-A minha intuição me diz que ela não responderia.

-Ela tem de me responder.

-Nós a enlouquecemos.

-Você que a traiu.

-EU. ESTAVA. CONVERSANDO. COM. A. MINHA. FILHA!

-Exatamente. Filha que você teve fora do casamento.

Hades ficou em silêncio. Odiava quando Deméter ganhava uma briga.

-Merda.

-Exatamente.

Ambos suspiraram. Eles estavam há 5 horas procurando-a em lugares muitas vezes aleatórios. As brigas curtas estava ficando cada vez mais distantes. Eles já haviam entendido que brigar não os levaria a ela.

Chegaram à uma conclusão silenciosa de que ela não estava ali, então Deméter, relutante, segurou-se ao braço de Hades, e eles viajaram pelas sombras.

x----x----x----x----x

-Eu acho que ela não estaria em nenhuma caverna, Hades, sem ofensas, mas ela já deve estar cansada de viver sem céu.

Eles estavam visitando a 10ª caverna nas redondezas do Submundo.

-Ou deve estar acostumada.

-Acho que não.

-Deméter, nós precisamos tentar – Havia súplica nos olhos de Hades, e Deméter apenas assentiu, enquanto eles caminhavam pela caverna.

Eles andavam em silêncio, quando um rosnado saiu do fundo da caverna e, num impulso impensado, Deméter se jogou nos braços de Hades, que se assustou não com o rosnado, mas com Deméter se escondendo em seus braços. Ele hesitou, mas a abraçou, observando um pouco de fogo ser lançado contra eles, seguido de uma lamentação dolorosa do animal.

Deméter se prensou mais contra o peito de Hades.

-Ãn... está tudo bem... - Hades sempre fora desajeitado para consolar alguém. Perséfone achava isso fofo nele, ele se lembrou. A voz dele lembrou a Deméter de quem ele era e ela se afastou, vermelha como um pimentão.

Hades se aproximou do animal, ele não tinha medo, sabia que era um dragão. Ele sempre teve uma adoração inexplicável por dragões¹ e sempre encontrava um ou dois sobrevoando a entrada do Submundo, como se protegesse-o.

-Eu acho que ele está machucado.

-Hades, saia daí, esse bicho vai atacar.

-É só um dragão, Deméter, não vai lhe fazer mal.

-Ah, tá, que susto, é um dragão – O sarcasmo e o medo presentes na voz dela fizeram Hades rir.

De fato, o dragão estava machucado. Estava preso a correntes, provavelmente havia escapado de seu torturador (sim, pois um dono não faria isso), e se enrolara nas correntes, machucando as pernas. Hades murmurou algumas palavras em uma voz calma, transmitindo tranquilidade e confiança ao animal, e o acariciou perto dos machucados, de leve.

Com muitos gritos e gemidos vindos do dragão, Hades conseguiu libertá-lo das correntes. Deméter levou tempo para perder seu medo, mas o dragão a olhava tão tristemente que ela não pôde temê-lo. Ela se aproximou e o deu algumas frutas para comer, enquanto Hades, de algum modo, fazia curativos em seus machucados.

-Desde quando sabes fazer essas coisas?

-Há um milênio atrás, mais ou menos. Sua filha, na verdade, é uma das razões de eu ter aprendido. Eu não queria ter de transportá-la sangrando para Apolo, caso algo acontecesse, então comecei a treinar. Meus servos me ajudavam bastante. A própria Perséfone deve ter aprendido algo também, já que passava observando. Ela nunca treinara, mas creio que se algo acontecer, ela saberia se virar.

Em caso dela estar machucada” Hades se consolava com essa ideia de que ela estaria bem, pois sabia se virar sozinha, mas ele sempre imaginava o pior, sempre imaginava o que poderia dar errado, por isso que seu plano do sequestro de Perséfone funcionara tão bem, ele havia cuidado de todos os detalhes.

-Seu otimismo me comove.

-Ãn?

-Você fez um curso pensando que algo pudesse dar errado.

-Antes prevenir do que remediar.

-É, talvez você... tenha razão.

-Eu sempre tenho razão.

-Não abuse - Hades riu, fazendo Deméter rir também.

x---x---x---x---x---x

De algum modo, que Deméter não conseguia entender, Hades e o dragão haviam se entendido. Pelo que Hades explicou, o dragão havia agradecido pelos cuidados e Hades havia pedido para ele avisar os outros e pedir para que procurassem Perséfone.

-Com seu cheiro inconfundível, os dragões, que tem os sentidos aguçados, a acharam facilmente. - Hades acrescentou um “eu espero” baixo, mas que Deméter conseguiu ouvir. Ela estava começando a ficar com pena do irmão. Ela entendia que ele havia perdido a mulher que ele amava, por mais que sempre negasse isso, ela sabia o quanto ele era louco por sua filha.

-Há alguns bosques que eu conheço, que eu fui com ela quando ela era pequena. Eu duvido que ela lembre, mas não custa tentar.

-Ah, ok.

Ela se agarrou novamente no braço de Hades e juntos eles se transportaram.


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Notas finais do capítulo

¹: Eu sou simplesmente APAIXONADA por dragões, então o Hades vai ser também, porque eu acho ele fodão u.u mas sério, awn, como alguém pode não gostar de dragões?
Ficou meio light, mas eu gosti (sim, gosti, com i só) de escrever. REVIEWWWWWWWWWWWWWS PARA DEIXAR UMA SEMIDEUSA FELIZ
e recomendações
pode até ser só para os amigos
eu fico feliz
com leitores
novos
e daí
eu escrevo
mais rápido
eu amo
escrever
assim
mas é
tão
chato.
tá, tchau.
reviews
para
mim.