Blazel escrita por Kahlinna


Capítulo 2
A Floresta


Notas iniciais do capítulo

Oii gente , como todo primeiro capítulo , não tá muito bom , mas continuem lendo q vai ficar melhor e mandem reviews , ok?
Com críticas, sugestões, ou mesmo pra dizer " hey penguin_revolts , eu te odeio e vc escreve muito mal " mas conta tb *--* - rs
espero q gostem



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POV - NICKY


Era um daqueles dias de calor insuportáveis em que Nicky não conseguia ficar em casa. Ela tinha acabado de mudar de cidade e essa lhe parecia uma boa oportunidade de conhecer o lugar.

Foi avisar a sua mãe que ia sair, mas, como a encontrou dormindo, não quis acordá-la. Ela devia estar cansada da mudança, pois, carregou muitas caixas e, não foi fácil limpar aquela casa toda e pôr tudo no lugar. Quer dizer, quase tudo, porque ainda havia muitas caixas com coisas pessoais e outros objetos e livros. Ainda levaria algumas semanas para as coisas se ajeitarem e alguns meses para Nicky se acostumar á casa.

Por isso mesmo que decidiu não acordar a mãe, mesmo sabendo que se ela acordasse e Nicky não estivesse em casa ela ia ficar muito preocupada. Mas só planejava dar um pequeno passeio para tomar um vento no rosto como ela costumava dizer. Pegou sua bicicleta e saiu pedalando pela cidade. Era uma cidade de interior, as ruas eram de pedra ao invés de asfalto e era um lugar muito agradável, mas tinha todas as coisas que tem uma cidade grande. Quando se mudou, achou que aquela cidade era um fim de mundo e que nunca iria se acostumar, mas ao ver os rostos simpáticos das pessoas e perceber que até parecia uma bonita cidade, começou a achar que poderia até gostar dali. Nicky pedalou entre becos e ruas, passou por casas, pizzarias, padarias, cinemas e até alguns shoppings, passou por uma feirinha movimentada onde muitas senhoras faziam compras , algumas arrastando filhos emburrados que provavelmente preferiam estar em casa jogando videogame, e também passou por muitas escolas, levando ela a perguntar-se em qual delas estudaria.

Não era fácil ser um calouro, ela mudava muito de escola e nunca ficava tempo suficiente para realmente fazer amigos de verdade. Era o que Nicky mais queria. Fazer amigos verdadeiros, daqueles que duravam a vida toda, os quais ela saberia que sempre poderia contar. Mas, na verdade, ela não tinha irmãos (seu irmão mais velho, Tom, havia falecido, dois anos antes de um acidente - Nicky sentiu um aperto no coraçao ao lembrar disso) e não tinha nenhum amigo assim. Ela suspirou e desejou que aquelas férias demorassem muito a passar. Perdida em seus próprios pensamentos ela parou a bicicleta a tempo de bater em um menininho loiro que corria com uma bola pela rua.

Ele assustou-se e largou a bola, saindo correndo. Nicky desceu da bicicleta e encostou-a na parede de uma casa cor-de-rosa. Ela apanhou a bola e procurou o menino, mas ele não estava mais lá, então ela pôs a bola na cesta e foi andando ao lado da bicicleta. Chegou até onde a pista fazia uma curva, havia uma ladeira de terra que parecia prestes a desmoronar e também uma escada comprida e fina com alguns degraus quebrados e desgastados, e mais ao longe Nicky viu uma floresta com árvores de copas altas.

Ela pensou em ir até lá, pois ela adorava explorar lugares como florestas, e, aquela em especial lhe despertou interesse, mas como levaria a bicicleta por aquela escada torta e fina? Já era perigoso sem aquele trambolho, pensou ela. Decidiu por voltar no dia seguinte, mas, foi aí que percebeu que não tinha a menor idéia de onde estava nem de como voltar. Então, mesmo sabendo que poderia demorar e sua mãe poderia ficar muito preocupada e dar-lhe o maior sermão de todos e, mesmo sabendo que poderia ser perigoso e ela poderia se machucar e, sabendo ainda que ao deixar aquela bicicleta encostada naquele poste de luz ela poderia nunca mais vê-la, pois era muito provável que fosse roubada, mas mesmo assim começou, com cautela, a descer a escada. Tropeçou uma vez, mas como também andava de skate algumas vezes, seus tombos lhe ensinaram a ter equilíbrio.

Quando terminou de descer, olhou para a bicicleta. Ainda estava lá. Não vou demorar., falou para si mesma. Enquanto descia, Nicky olhou para o céu e viu a lua. Era noite de lua cheia. Nicky começou a ficar com medo. Não era supersticiosa e não achava que um lobisomem apareceria do nada falando Junte-se a nós e a morderia. Mas ela simplesmente não gostava muito de noites de lua cheia. Quando terminou de descer a escada, um calafrio percorreu sua espinha. Ela começou a ouvir ruídos, barulhos estranhos... Olhou para a floresta á sua frente, estava a menos de dez metros. Ela parecia mais amedrontadora agora.

Quero mesmo fazer isso? Pra que?. Virou-se decidida a voltar, mesmo que passaria um bom tempo se intitulando uma covarde por causa disto. Um nó se fez em sua garganta. Virou-se e deu de cara com uma árvore. Uma grande arvore das mais altas, olhou para suas folhas lá em cima e tornou a olhar para frente assustada.

A escada. Onde estava a escada? Viu-se perdida em meio ao coração da floresta, em um canto iluminado pelo luar. Mas como ela havia ido parar ali? Nicky correu. Correu como nunca havia corrido antes. Depois de muito correr, tropeçou em um galho, abraçou os joelhos e começou a chorar desesperadamente. Ouviu o barulho de um galho se quebrando. Olhou para o lado e quase não acreditou no que seus olhos teimavam em lhe mostrar.

Nicky encarou aqueles olhões sem conseguir se mexer. O bicho virou a cabeça de lado como que perguntando Que coisa é essa?. Suas narinas abriam de vez em quando e seus olhos eram amarelados e suas pupilas, negras e grandes. Sua pele era coberta por, ao que pareciam, escamas. Não dava para dizer ao certo a cor, já que a única luz vinha de um raio iluminado de luar, mas parecia ter um tom meio azulado, não muito escuro, nem muito claro.

Seu focinho foi se aproximando dela e ela pôde sentir a respiração do... Dragão? Parecia um dragão, mas se era, era um bem desengonçado. Na verdade, se Nicky parasse para olhar ela pensaria que parecia mais um lagarto gigante com algumas mutações, mas o medo que sentia naquele momento o fazia parecer um monstro terrível matador de criançinhas inocentes e devorador de cérebros.

Ele não existe. Dragões não existem. Essa floresta não existe. Eu estou sonhando.. Nicky soltou um gemido e o bicho rosnou mostrando os dentes. Com um grito de pânico, a garota saiu correndo tropeçando entre galhos e folhas, devia estar muito arranhada e machucada, mas isso ela não sentia. Tudo que sentia era o medo. Ouvia os passos rápidos, porém desastrados, do bicho atrás de si. Começou a correr entre as árvores em zig-zag. Bem como ela havia pensado, ao tentar segui-la, ele esbarrava em todas as árvores aos trambolhões, mas, para sua infelicidade, ele agora corria batendo a cabeça contra as árvores, derrubando-as.

Nicky olhou para trás para analisar sua situação, mas, bateu de cabeça numa árvore grossa. Sabia que havia perdido tempo nessa queda, e precisava se esconder, ele estava a menos de sete metros. Rolou para trás de uma rocha e de repente, tudo ficou em silencio. Ela arfava e chorava silenciosamente. Mas o que estava acontecendo? Não podia ficar escondida atrás de uma rocha a vida toda!

Tinha que fazer alguma coisa. Tinha que sair daquele lugar! Mas como passar despercebida por... Aquela coisa? Ela podia ouvir os galhos que estavam no chão se quebrando quando ele andava. Ela prendeu a respiração. Sabia que estava se aproximando. Era o seu fim.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar postar o próximo capítulo o mais rápido possível ! >.



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