Um Amor Quase Impossível escrita por stehrj, Gabriele


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/186849/chapter/3

Como eu odeio matemática! Tive vontade de tacar meu livro de matemática pela janela, mas acho que não seria uma coisa boa de se fazer. Agora preciso falar com a Vic porque falta 1 hora para eu me encontrar com o Carlos, então tenho que ser rápida.

Eu: Oooooi Vic!

Vic: É, não tenho nada pra fazer hoje, então adoraria ir com você.

Eu: Que?

Vic: Sempre que você vem com um oi de cinco “os” e um “i”, é óbvio que vai me convidar pra ir junto com você em algum lugar. Acha que eu não te conheço, Kessy? Que horas?

Eu: As 7:30, no píer. O Carlos também vai.

Vic: Hummmmm. O Carlos também vai. Tá podendo, hein dona Kessy? Aposto que vão se beijar!

Eu: De novo com essa história Victória?! O Carlos não está apaixonado por mim e nem eu por ele. Que cisma!

Vic: Cisma? Todo mundo já sacou. Você vai ver lá no píer. Vamos perguntar pra quem for.

Eu: Eu não acredito nisso. Você está mesmo convencida, né?

Vic: Não só eu, como todo mundo. Menina, você anda muito desligada! Até há alguns dias o Roberto veio me perguntar o que estava rolando entre você e o Carlos, se estavam namorando, se estavam envolvidos, e eu falei que não, mas ele saiu não com muita certeza disso. Se até o Roberto já notou, quem dirá os outros.

Eu: Vocês estão todos enganados, ou melhor, loucos. O Carlos gostar de mim? De onde vocês tiraram isso?

Vic: Presta atenção, Kessy: se você visse o jeito que o Carlos olha pra você, teria certeza. Um olhar carinhoso, atencioso, como se estivesse ali só para cuidar de você. Imagina que fofo vocês dois juntinhos, aiai.

Kessy: Não vou ficar aqui ouvindo besteiras! Falta 1 hora e meia, então se arrume. Tchau!

Vic: Então tá, mas lembre-se: o Carlos sempre amará você.

Kessy está offline.

Nossa, falta só meia hora. Passei tanto tempo assim conversando com a Vic? E ela de novo com aquela história ridícula de que o Carlos me ama. Vou até perguntar pro Roberto se ele pediu isso mesmo pra Vic, porque eu não acredito muito. Vou me arrumar e vou logo pro píer. Mal posso esperar para o que o Carlos vai me dizer!

Pronto, aqui estou eu procurando o Carlos nessa multidão enorme. Ah, já achei. Ele está acenando lá. Vou correndo, ansiedade é o que não falta.

- Oi Kessy! Tudo bem? – ele disse com aquele sorriso lindo que ele tem.

- Tudo, e com você?

- Estou bem. Bom, eu não vou esperar pra te falar o que quero dizer... E, eu quero que saiba antes, que eu já sinto isso faz muito tempo.

- Sente? Não estou entendendo... – eu falei, confusa de verdade.

Ele ia começar a falar, quando chegou um homem com cara de bêbado. Ele ficou parado na nossa frente e começou a falar.

- Oi amiguinho. – ele começou, com uma típica voz de bêbado. – Vejo nos seus olhos alguma coisa estranha... Conta pra ela o que você está sentindo logo, quero saber.

Após falar isso, se sentou no chão e começou a tomar alguma coisa que estava dentro de uma garrafa que ele carregava. O Carlos olhou pra mim e rindo, disse:

- Acho melhor você maneirar na cachaça, cara.

- Mas isso não é cachaça! É limonada. Espera! Nanico, volta aqui, nanico. Eu conheço esse nanico. Vem junto amiguinho. Chama o nanico.

Eu não estava entendendo direito o que ele estava falando, mas comecei a rir. O Carlos também. Todos a nossa volta pararam pra ouvir, e estavam rindo, alguns filmando, outros só observando. Só sei que nunca tinha visto algo tão engraçado. O homem saiu correndo atrás de um outro cara bem baixinho, mas que aparentava ter uns 30 anos. Olhei para o Carlos ainda rindo, e ele ainda estava olhando para onde o bêbado estava. Logo, quando percebeu que eu o observava, se virou para mim.

- Existe louco pra tudo, né?

- E o que você estava dizendo? – eu sorri.

Ele olhou para baixo, suspirou e, sério, olhou para mim novamente.

- É difícil para eu explicar... Eu acho que isso pode interferir na nossa amizade e não sei como você vai reagir a isso. Vou falar logo o que quero... Kessy, eu te...

Nesse momento a Victória chegou gritando feito uma louca, dizendo que finalmente tinha nos achado e que queria que nós fôssemos urgente com ela na roda gigante. Só faltei esganá-la! Bem quando o Carlos ia falar, ela chega que nem uma desesperada. Essa menina é neurótica, acho que ela precisa de um psicólogo urgente. Corremos atrás dela sem entender o motivo de tanta pressa, e quando chegamos lá ela só parou na fila e ficou sem falar nada.

- Qual era a urgência, Victória? – eu perguntei, quase dando um soco na cara dela.

- Que vocês viessem comigo na roda gigante, oras. – ela falou como se fosse óbvio.

- Eu não acredito que você trouxe a gente aqui só pra isso. – o Carlos levantou as mãos.

Ela ficou sem falar nada. Quando chegou nossa vez, ela nos empurrou pra dentro de uma das cabines e falou para o responsável pela roda gigante ligar e ela começou a rodar. Eu e o Carlos ficamos sem entender e vimos que tinha um papel preso no banco. Eu peguei e comecei a ler, pois estava escrito “Para a Kessy”.

Sei que você deve estar pensando “O que deu com a louca da Victória?”, então vou explicar a razão de você estar presa com o Carlos aí em cima. Então, lembra quando eu disse pra você que o Carlos era apaixonado por você? Eu estava falando sério. Pelo menos foi isso que o Vinicius me falou naquele dia. Eu estava conversando com ele sobre você e o Carlos, como formavam um casal bonitinho, e ele disse que não era pra eu me preocupar, que eu podia ficar feliz porque o Carlos era perdidamente apaixonado por você, e ele ia te falar isso no píer, hoje. Eu não tive dúvidas: falei com o responsável pela roda-gigante e ele disse que gostaria de ajudar, e então aceitou. Agora vocês já devem estar bem no alto e a roda-gigante já deve ter parado de rodar. Vocês vão ficar aí aproximadamente até EU VER UM BEIJO ROMÂNTICO. É pro seu bem, viu Kessy?

Um beijo,

Vic (não me odeie por isso, só quero que tudo se resolva logo).

Eu não acreditei no que tinha lido. O Carlos tentava a todo custo deixar ele ler, mas eu nem ligava. Depois que terminei de ler a carta, ao perceber que a roda-gigante tinha mesmo parado, olhei pro Carlos.

- O que foi? – ele me pediu, sério.

- Quer terminar o que tinha pra me contar?

Ele olhou pra baixo. Era como se soubesse o que estava escrito no papel. Logo voltou seu olhar para mim.

- Promete não ficar brava? Que seremos amigos? E que não vai interferir em nada na nossa amizade?

Como pode querer me contar que é apaixonado por mim e querer que sejamos só amigos? Nem sei se acredito que ele dirá isso agora.

- Pode falar. É claro que seremos amigos. Pra sempre, tá?

- Pra sempre. – ele repetiu. – Amigos? Pra sempre?

- É. Por que? Não quer?

- Na verdade não é bem isso... – ele olhou para trás.

- Fala logo, Carlos!

- Eu estou namorando a Laura. – ele franziu a testa.

Eu fiquei sem palavras. Só sei que fiz uma expressão surpresa e então a roda-gigante voltou a rodar. Não sei nem o que senti naquele momento. “Como assim namorando?” eu pensei, mas quase falei. Eu sempre soube que a Victória estava louca de achar que o Carlos gostava de mim, mas seria melhor do que ele estar namorando. Na verdade eu nem conheço essa Laura, só sei que ela era muito querida por todos.

Quando a roda-gigante parou, eu joguei o papel em que estava escrito que o Carlos era apaixonado por mim no lixo. Disse tchau para ele, puxei a Vic para ela me acompanhar e ela começou o questionário.

- E aí? Como foi? Por que vocês não se beijaram? – ela me sacudiu.

- Não sei explicar... Foi... Foi horrível! – eu quase gritei.

- Horrível?

- Ele está namorando e você me prendeu na roda-gigante pra eu ouvir isso?

- Espera... Namorando? Pensei que ele ia te falar que... Ai, Kessy, eu sinto muito. – Ela colocou a mão na cabeça.

- Seria melhor que ele tivesse dito que gostava de mim, sinceramente! E que “carta” era aquela?

- Me conta o que rolou lá em cima. – ela falou, calma.

Eu expliquei tudo que ele tinha falado e, num certo ponto, ela sorriu e saiu dando pulinhos.

- Essa história de namoro só pode ser inventada! Sabe por quê? Porque ele disse que não queria ser seu amigo para sempre: ele quer ser mais que um amigo, quer ser seu namorado!

- Eu estranhei isso, mas nem dei bola. Só o mandei falar porque eu estava curiosa. Mas duvido que ele goste de mim. Fala sério, Vic!

- Vem comigo. – ela saiu me puxando.

Chegamos perto da lata de lixo da roda-gigante e paramos. Ela mexeu dentro da lata e sorriu pra mim.

- Viu? Cadê aquele papel que você jogou no lixo? Aquele que eu escrevi?

- Não está no lixo, não? – eu falei meio surpresa.

- Não. Isso quer dizer que alguém pegou, e esse alguém é o Carlos!

Ela saiu correndo e foi conversar com o responsável da roda-gigante, enquanto eu fiquei parada, olhando. Ela perguntou se alguém tinha mexido no lixo quando elas foram embora. Ele falou que foi o menino que estava com a gente antes. O Carlos. Ela agradeceu e fomos em direção a saída do píer, e nem acreditei quando vi quem estava lá. Como ele descobriu?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aqui está o novo capítulo! Desculpem pela demora, estou na praia e só entro as vezes, quando FINALMENTE a rede sem fio conecta. Postem reviews aqui com suas opiniões, elogios, críticas, enfim, precisamos de vocês nesses momentos de novos capítulos haha.
Obrigada pelos reviews até agora, eu e a Gaby estamos muito felizes por saber que gostaram *-*
Beijos! Espero encontrar mais reviews da próxima vez que vier aqui haha!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Amor Quase Impossível" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.