Um Amor Quase Impossível escrita por stehrj, Gabriele


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/186849/chapter/1

Às vezes é difícil entender quando alguém gosta de você de verdade.

Com o tempo e com ajuda você começa a perceber. Mas, sabe, demora mais ainda para perceber quando você realmente gosta de uma pessoa.

Foi assim que aconteceu comigo.

Mas é melhor eu contar desde o começo...

Bom, meu nome é Kessy Anderson, tenho 17 anos e estudo numa escola perto da minha casa. E, sim, fui obrigada a ir para lá porque a mãe de uma amiga minha convenceu a minha mãe de que lá era mais seguro e a qualidade de ensino era melhor. É claro, pura invenção. Só sei que quando pisei naquela escola tive vontade de sair correndo. Sentia-me excluída e ninguém falava comigo, até o dia em que uma menina da minha sala chamada Victória, a qual eu não tinha contato algum, veio puxar papo comigo. Tornamos-nos melhores amigas na hora. Ela também não era popular na escola e todos a achavam estranha, não sei por quê. Ela me apresentou ao melhor amigo dela, o Carlos, o menino dos olhos mais sinceros que eu já vi. Ele era e ainda é uma graça. Começamos a passar muito tempo juntos. Na verdade, eu, ele e a Victória. Ele sempre adorou escrever poesias, e quando me dava uma, queria nada menos que a minha opinião e eu sempre elogiava, pois eu nunca vi alguém escrever tão profundamente como o Carlos... Aquelas poesias sempre me encantavam e eu ficava horas relendo.

Carlos também tinha outro amigo, o Logan. Eu adorava aquele menino. Sempre tão gentil e atencioso, mas eu só o via na escola, até que ele me pediu em namoro, ontem. Ficou meio enrolado no começo, mas ele finalmente conseguiu pedir. Eu disse que precisava de um tempo para pensar e prometi que lhe diria hoje. Ainda nem decidi e fico pensando o que vou dizer a ele quando passar aqui em casa, as 15:00. É melhor eu pedir ajuda para uma expert: a Victória.

Na verdade ela só namorou um garoto, e foi numa outra escola, em outra cidade. Lá eles não a achavam estranha como acontece na nossa escola, agora. Enfim, foi um namoro que não durou muito tempo, apenas dois meses, mas ela não estava realmente apaixonada por ele. Ela diz que não sabia o que estava fazendo direito porque era muito nova. Mas já que ela é minha única opção, vou bem rápido pro computador e peço ajuda.

Kessy: Vic, você está aí?

Vic: Oie! Tudo bem?

Kessy: Sim, sim, mas não vim aqui pra ter um dos nossos “papos normais”, e sim pra te pedir ajuda.

Vic: Xi, vindo de você, Kessy, é preocupante. O que foi?

Kessy: Você sabe que o Logan me pediu em namoro ontem, não sabe?

Vic: Claro que sei. O Carlos não para de falar nisso. Hoje ele me ligou antes do almoço (e eu estava dormindo, claro, porque é isso que eu faço todo sábado de manhã) e pediu se você já tinha decidido se ia ou não aceitar.

Kessy: Sério? E o que você disse?

Vic: Eu disse que não sabia, que estava com sono e era pra ele não ligar mais na minha casa, disse tchau, desliguei e voltei a dormir.

Kessy: Sempre fofa e gentil...

Vic: Eu sei. Mas a questão não é essa minha filha, a questão é: por que ele ligou só pra saber isso?

Kessy: Não, essa também não é a questão, e fui eu que comecei essa conversa. Eu aqui toda preocupada com o que vou fazer com o pedido de namoro do Logan, te pedindo ajuda, e você nem aí. Quer saber Vic? Fui!

Vic: Afe, que estresse. Aceita logo de uma vez e vamos ver a reação do Carlos!

Kessy: Eu não quero ver reação de ninguém. Vou aceitar mesmo. Acho que até gosto dele e ele foi fofo em me dar aquela poesia.

Vic: Estranho, né...

Kessy: O que?

Vic: O Carlos sempre te dá poesias.

Kessy: E daí?

Vic: O que você ainda não entendeu, boba? Tá na cara que foi o Carlos que escreveu pra você!

Kessy: Endoidou?

Vic: Já até imagino: o Carlos disse que era para o Logan entregar a poesia para você, e assim te conquistaria rapidinho, mas na verdade era uma forma de expressar o que sente por você sem ter que fazer isso diretamente.

Kessy: Que história ridícula! Não é nada disso!

Vic: Acredite no que quiser! Hahahaha.

Kessy: Não tenho que ficar aguentando sua imaginação fluindo, tá?

Vic: Kessy e Carlos. Até os nomes combinam. Que coisa fofa!

Kessy: Dá pra parar com isso?

Vic: Como será o casamento de vocês?

Kessy: Que raiva! Tchau.

Vic: Hahahaha.

Kessy pode não responder porque está offline.

Ai, essa Victória! Peço ajuda pra ela e olha o que acontece. Eu mereço! E daqui a cinco minutos o Logan vai aparecer pedindo uma resposta. Acho melhor eu aceitar. De onde será que a Vic tirou uma ideia tão maluca assim? O Carlos? Querendo dizer o que sente? Por que ele faria isso sabendo que o Logan ia me dar a poesia e me pedir em namoro? Acho que a Victória não bate bem. E eu ainda tenho que aguentar! Vou me arrumar logo para receber o Logan. Que nervoso!

Estou pronta. Espero que ele venha logo para terminarmos com isso. Que sensação é essa que estou sentindo? Acho que é ansiedade. Ai, a campainha. Respira fundo. Ok, vamos lá!

- Oi Logan, entra.

- Oi Kessy. Então, já decidiu? Eu posso esperar mais um tempo se você quiser.

- Não, não. Eu já decidi. Eu...

Não sei o que me deu. Não sei mesmo. Só sei que a conversa que eu tive com a Vic passou toda pela minha cabeça de novo. Me deu até um arrepio. Como nós estávamos sentados no sofá, o Logan chegou mais perto de mim, quase sentou no meu colo (o que eu achei realmente estranho porque meninos não agem assim geralmente) e colocou seu braço em volta do meu corpo. Eu me surpreendi. Olhei para ele involuntariamente, e batemos nossas cabeças. Eu não sabia onde enfiar a cara. Ele riu e então nossos rostos se aproximaram novamente. Eu pensei que não podia ficar pior, mas quando fomos nos beijar eu bati meu dente no dele e senti um gosto de sangue, logo me desesperei e comecei a gritar “MEU DENTE CAIU, MEU DENTE CAIU” e ele disse “Calma gatinha, não aconteceu nada com seu dente, que tal você sentar aqui e começamos do zero?”. Eu quase saí correndo, mas como não tinha escolha sentei no sofá novamente e finalmente conseguimos nos beijar. Foi como um beijo qualquer, não como nos filmes que você ouve um coral fazendo “OOOH” e uma luz estranha cai sobre quem está beijando. Não aconteceu nada disso. Foi bem normal. Então eu disse que aceitava o pedido dele e ele disse que me via segunda na aula, ou me ligava amanhã. Despedimos-nos, ele saiu do meu apartamento e eu deitei no sofá e enfiei minha cara numa almofada. Amanhã vou contar pra Vic o que aconteceu, ou talvez a noite. Só sei que estou muito cansada e envergonhada para fazer qualquer coisa agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi pessoal :D Esta não é a nossa primeira fic, mas com certeza é tão especial quanto as outras! Por favor deixem reviews, opinem quando a história, elogiem, critiquem, mas por favor comentem! Beijos,
Stéh e Gaby!