Ele foi até ela e a envolveu em um abraço, um abraço tão apertado, como se quisesse protegê-la de algum mal.

 - Eu também te amo Any.

Estavam prestes a se beijar, quando Maite chegou com compras do supermercado, abriu a porta e entrou correndo, estabanada, batendo as sacolas nos móveis.

- AAAAAAI eu não agüentava mais, se tivesse que ficar mais um minuto no trânsito, acho que eu explodiria, quase atraso o jantar. – vendo que Poncho e Any estavam abraçados, perguntou, com um sorriso de quem descobriu um segredo – Huum... perdi alguma coisa?

Poncho afastou-se de Any e ela passou a mão nos olhos, para certificar-se de que as lágrimas haviam secado.

- Não, nada. – respondeu Any, sorrindo.

Maite fingiu ter acreditado em Any e mudou de assunto:

- E o Chris, onde está?

- Dormindo, eu acho. – respondeu Poncho.

- Vou acordar aquele safado, é a vez dele fazer o almoço!

Maite subiu a escada pulando e cantando alto, para acordar o Chris:

- QUIERO PODER, CONOCER A ALGUIÉN CON UN PODER DE ARREBATAR MI ALMA, CON UNA MIRAADA ♫

Mais uma vez, Poncho e Any estavam sozinhos na sala.

- Poncho, eu não quero me intrometer na sua vida, se você quiser ir de verdade...

Poncho chegou mais perto de Any e agarrou as mãos dela. Com um sorriso cheio de ternura, disse:

- Nem se me pagassem eu sairia daqui.

Ela teve um ataque de felicidade, pulou nos braços dele e chorou. Com um sorriso cheio de alegria, falou:

- Eu sabia que não iria.

Any pegou a mala dele e disse:

- Nem sei por que se deu ao trabalho de arrumar a mala.

Ela abriu e ficou surpresa com o que viu.

- Mas... seu safado! Essa mala está vazia!

Ao dizer isso, deu um tapa no braço dele. Poncho ria.

- Acreditou que eu iria!

- Eu vou te pegar depois! – Any já estava rindo com ele.

-Ah, é? – Poncho se aproximava dela.

- É.

Poncho tentou beijá-la. Mas era impossível, pois nesse momento Maite e Chris estavam descendo a escada. Suas vozes ecoavam pela casa.