Clã Haruno E A Akatsuki escrita por Maju


Capítulo 11
Crucify Me


Notas iniciais do capítulo

A música é de Bring The Horizon.
Espero que gostem do capítulo e a demora ocorreu devido a problemas técnicos com a internet. Mas ele já está aqui e vocês podem comentar, acompanhar, etc. Não sou movida a eles, entretanto é bom ouvir críticas sejam elas positivas ou negativas para melhorar.
Bem espero que gostem e obrigada por lerem!
Bjs



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Crucify Me

Crucify me, nail my hands to a wooden cross.

There is nothing above, there is nothing below.
Heaven and Hell lives in all of us,
And I've been cast astray.

I am an ocean, I am the sea,
There is a world inside of me.
Lost in the abyss, drowned in the deep,
No set of rules could salvage me.
Only a shipwreck, only a ghost,
Merely a graveyard of your former self.
We just watched the waves crash over.
I've been cast astray.

O clima na cozinha estava tenso, podia-se notar que a conversa era sobre algo muito sério. Itachi tem uma boa percepção para as coisas, mas não consegue identificar do que se tratava. Sabia o básico pelo que Mandara-san havia falado. Estava se sentido muito bem naquela casa- apesar do clima tenso - estava se sentindo num lar aconchegante, confortável e quentinho.

Sakura decidiu começar contando a historia do inicio:

– Itachi, precisamos que você ceda o seu chakra para salvar à vida do meu irmão. Para você entender vou lhe contar como tudo começou - disse ela esperando uma confirmação, mas quando o viu calado prestando atenção continuou - Há alguns meses atrás, acabamos sendo atacados e ele foi envenenado e, também, tentaram invadir a mente dele. Na época eu consegui manter a proteção das crianças, mas não a dele. Quando derrotei os poucos que sobraram o encontrei desacordado perto de um rio que existe aqui. Trouxe-o para cá e consegui retirar quase todo o veneno do corpo, mas acabei descobrindo que o efeito do veneno acaba servindo como uma espécie de gatilho para um coma. A mente dele ficou bloqueada e precisamos fazê-lo acordar. – suspirou, tomou um pouco mais de ar para conseguir forças e prosseguiu- Pode me interromper se quiser para fazer algum comentário ou observação.

– Entendido. Pode continuar com o seu relato – disse ele terminando o pedaço da torta de chocolate.

– Nós, Harunos, possuímos uma coisa chamada Nin ou Ni. Ele, basicamente, funciona da mesma forma que o chakra.Porém é mais especial, pois nos permite ter certas habilidades.Eu tentei utilizar o Ni para salvá-lo, mas, infelizmente, não fui bem sucedida e ele entrou em coma profundo.

– Como funciona esse Nin? – questionou ele curioso

– É como uma Kekkei Genkai, uma linhagem sanguínea única que só surge quando ambos os pais são Harunos. Várias pesquisas foram feitas e foi descoberto que isso tem uma relação com a nossa segunda alma. Todo Haruno que possuir uma segunda alma vai ter o Ni, mas nem todo membro do clã tem o que chamamos sangue A ou puro. Costumamos nos referir a pureza do sangue por ter ou não certos antígenos que só existem em crianças Haruno.Estas podem desenvolver ou não a sua segunda alma. Ou seja, as crianças que desenvolverem a segunda alma tem a probabilidade maior de ter o Nin por causa da maior presença desses antígenos no sangue. – ela parou em busca de tomar ar e notou no relógio que já eram 21h e 30min. Lembrou que há essa hora o soro de Kotaro já devia estar sendo reposto - Esses antígenos são o que permitem que nós sejamos imunes a algumas coisas a mais que o resto da população. Elas são substâncias que - ao entrar no organismo - ativam o sistema de defesa do corpo. E é justamente neles que temos um problema.

– Pode deixar Sakura que eu continuo a explicação- disse Obito notando o cansaço mental dela. Sabia que remexer nessa historia não a fazia bem – Uma vez que forcemos a entrada na mente dele utilizando Ni o veneno age como uma faca de dois gumes. Se tentarmos invadir a mente dele com Ni a quantidade de antígenos aumenta e podemos correr o risco de não suportar esse bloqueio e nossa mente entrar em colapso ou há a chance de o coma dele se tornar irreversível já que o corpo vai passar a expulsar todo e qualquer ser vivo que forçar a sua entrada.

– Já entendi as consequências de Harunos entrarem, mas qual a diferença do Ni pro chakra nesse caso? E, no caso, os antígenos aumentam a proteção do bloqueio, correto?

– Correto, utilizaremos o nosso Ni para potencializar o seu chakra e colocar você dentro da mente dele conectando sua consciência com o subconsciente dele. E, para isso, precisamos de chakra suficiente. Você possui o último estágio do Sharingan, o que pode facilitar esse processo – disse ela com toda a seriedade e calma que uma médica poderia ter em situações difíceis.

– Por que eu e não Mandara?

– Ele possui uma grande quantidade de chakra que vamos usar para conectar sua mente a do meu irmão. Eu teria algo para pedir de troca, mas, sinceramente, gostaria que você aceitasse por escolha própria.

– Por conta própria? Vinda de um assassino? – Itachi achou engraçada e interessante a inocência dela

– Itachi, não penso em vocês como assassinos sanguinários e frios. Ninjas realizam seu trabalho acreditando que aquilo é correto, pelos interesses de uma vila, de seu povo. E, também, existem os nossos próprios interesses que podem nos fazer matar pessoas que sejam totalmente inocentes. O mundo se guia por um ideal do que é correto ou não. No momento o meu interesse maior é salvar a vida dele. - disse ela terminando seu chá- Espero que considere tudo o que falei.

– Você pode ter o tempo que quiser para pensar Itachi, mas saiba que sua ajuda seria muito útil. Agora, por favor, estire sua língua, eu preciso colocar um selo para garantir o seu silêncio. Espero que você me procure quando formar uma decisão definitiva sobre o assunto. – pediu Mandara/ Obito concentrando chakra no dedo indicador.

Itachi colocou a língua pra fora como pedido e Mandara fez o selo. Isto iria impedir que ele falasse algo que não deve ou até mesmo escrever sobre. Se ocorresse aquele selo paralisaria o corpo dele. Havia a chance de ele morrer se o veneno chegasse rapidamente ao coração. Ambos não queriam matar Itachi, mas se a historia se espalhasse eles não teriam como garantir a segurança de todos ali. Quando ele foi embora Sakura estava muito cansada e preocupada porque Kaito ainda não tinha aparecido em casa. Ela já estava se preparando para sair à sua procura quando sentiu o chakra dele e este estava, razoavelmente, baixo. Foi até a porta, abriu e viu Kaito todo machucado e Sasuke andando um pouco mais afastado do menino. Ela então foi até o menino e disse:

– Nunca mais chegue tão tarde assim em casa, certo? – falou num misto de irritação e preocupação.

– Certo – disse ele chateado, pois não gostava de magoa-la. Ela o abraçou forte sendo prontamente retribuída.

– Ótimo, agora vá tomar um banho para por o pijama e desça para comer seu jantar. - disse soltando o abraço e levantando-se.

Foi só o tempo de Kaito se despedir de Sasuke e entrar que o Uchiha levou um soco no rosto totalmente inesperado. Ele não sabia o quanto ela havia evoluído e pode notar isso na velocidade, força e, principalmente precisão que havia naquele golpe. Não foi o suficiente para deixa-lo no hospital, mas conseguira deslocar o nariz dele. Era algo novo, principalmente, porque vinha daquela menina que ele tinha o costume de proteger. Aparentemente, ela demonstrava não precisar mais de proteção e muito menos da sua. Pelo menos foi o que ele teve tempo para notar e refletir até que ela se aproximasse e dissesse:

– Ouça bem Uchiha! Se você fizer alguma coisa com o meu filho eu juro que você não vai mais ver o sol nascer! – disse ela com a raiva clara no olhar. Ele sentiu um medo enorme ao ouvi-la falar- coisa que não acontecia com costume. - Agora vamos que eu tenho de tratar do seu nariz.

E foi assim que o Uchiha aprendeu que não se deve mexer com o filho dos outros, principalmente o de Sakura Haruno. Mas ele tinha que admitir que sentiu um pouco de orgulho de saber que ela era uma mãe coruja.Afinal, ele sempre havia achado que ela daria uma mãe maravilhosa, principalmente, pela maneira como costumava tratar os outros.

No meio do pacífico, em uma ilha conhecida como Ilha das Cerejeiras, na cidade do clã Haruno, uma mulher guardava suas roupas e equipamentos em uma mochila, pois planejava fugir dali. De tão distraída que estava ela não notou a presença de uma mulher na porta do quarto, só notou quando a mesma disse:

– Planeja ir embora Sara?- disse ela fechando a porta atrás de si. O que fez com que Sara estanca-se no local por uns minutos.

– Desculpe-me Maya-sama. Mas eu não vou ficar aqui esperando Jin-sama e o conselho resolverem a situação deles. Não vou ficar de braços cruzados esperando, enquanto meu marido está desacordado e todas as pessoas que eu gosto estão segurando as pontas de uma guerra. Ninguém aqui está se importando com eles da maneira correta. – disse ela seriamente e com um pouco de raiva de estar separado deles.

– Sara, ninguém mais do que eu e Kazuaki estamos preocupados com eles. Antes de tudo você está falando dos meus netos e meus filhos. Não pense que só você está preocupada. Você precisa se acalmar antes de partir. – disse ela se sentando com Sara na cama.

– Gomenasai. Mas, não consigo ser como vocês que tem de ficar por questões burocráticas. Preciso ir lá ajudar e dar apoio. – disse ela tristemente.

Maya-san, então, pegou a mochila de Sara colocou o resto das roupas, equipamentos ninja e pôs a bolsa nas costas da moça, dizendo:

– Vou lhe ajudar a sair daqui, mas preciso que leve um pergaminho para a Cherry. Ponha a palma da sua mão encima da minha, por favor- disse ela concentrando chakra na mão.

Sara pôs a mão já sabendo o que viria a seguir. Sentiu um pouco de dor ao receber o selo, mas ela sabia que valeria a pena. Maya saiu do quarto na esperança que tudo desse certo e Sara foi se preparar mentalmente para ir embora.

Mais tarde, naquele mesmo dia, Maya tratou de retirar a proteção da vila para permitir que Sara, que já estava pronta, ir embora. Não tardou e tudo voltou a normalidade naquela vila, porém, uma pessoa notou a retirada momentânea da proteção e já imaginava quem teria feito.

Maya foi tomar banho e antes de ir dormir decidiu ver o álbum de fotografia de seus filhos. Ela estava pensativa e relembrando tudo o que tinha ocorrido de bom na sua vida, lembrou-se de quando Ichiro tinha nascido tão gordinho, fofinho e bonito. Aprendeu a andar tão rápido, era o gênio do clã aquele menino. Dois anos depois nasceu o seu bombom de morango Raiden, ele era forte e tinha olhos tão grandes e fascinantes. Cinco anos depois nasce Kotaro, uma criança magra e que acabou perdendo a visão devido a um acidente.

No começo ter três filhos para cuidar era difícil, mas ver cada um crescer e se tornarem homens com caráter foi gratificante. Eles não esperavam terem tido a sua menininha, sua flor. Ichiro,naquela época, já estava com 11 anos, Raiden tinha 8 anos e Kotaro tinha apenas 3 anos.

Mas, eles estavam no meio de uma guerra e temendo sua vida e por ser impossível criá-la sem um lar, um apoio médico, um ambiente propício para o crescimento de uma criança recém-nascida eles haviam decidido entregá-la para um de seus cunhados. Kazumi e Aya não possuíam filhos, pois ela era estéril, então, para salvar seu bebê o melhor jeito era entregar a criança e se separar dela de vez.

Foi durante muito tempo àquela família havia sido sua única ligação com Konoha, eles não queriam destruir uma família apenas para ter a sua menina de volta. Sabiam os prejuízos que teriam se ela soubesse a verdade. Mas, estava na hora de tomar as rédeas da situação e fazer algo para ajudar, nem que ela tivesse que enfrentar o clã inteiro e, principalmente, seu marido que havia assumido o cargo de chefe da família ha pouco tempo. Ela faria de tudo para manter sua família unida e não iria perder tudo que havia conquistado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo capítulo!



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