Eu acordei. Minha cabeça doía e meu pulso também. Abri meus olhos, eu estava em um tipo de galpão, não me lembrava porque. Meus pulsos estavam amarrados por isso doíam. Olhei pro lado e vi uma criança de cabeça baixa, ele devia ter uns 13 ou 14 anos, seus cabelos eram louros e cacheados, seus pulsos também estavam amarrados, e ele parecia meio fraco, como se não comesse a algum tempo.
- Oi Eu disse
Ele levantou a cabeça e me olhou, seus olhos eram acinzentados como os de Annabeth.
- Oi Ele disse Você finalmente acordou.
- Quanto tempo fiquei desacordada?
- Não sei bem, umas duas horas.
Eu me encostei na parede, estava me sentido fraca e cansada, minha cabeça girava, aos poucos eu ia me lembrando do que tinha acontecido. Eu tinha saído em missão, atrás de um filho de Atena, mas no meio do caminho fui raptada.
- Você é um filho de Atena? Perguntei
- Sim Ele respondeu Meu pai que me contou.
- Entendo.
- Alguém vem nos salvar?
- Sim Eu disse Espero que sim.
Pensei no meu irmão, em como ele devia está, pensei também em Leo, queria que ele abrisse aquela porta agora, chegasse perto de mim, me abraçasse e disse-se que tudo ia ficar bem. Me lembrei de Fred ,ou Apolo, e como ele tinha mentido para mim.
- Você está chorando? O menino perguntou
Olhei pra ele. Eu nem tinha percebido, mas parece que eu estava realmente chorando.
- Qual seu nome? E quem é sua mãe? Ele perguntou
- É Suze. E minha mãe é uma senhora que vive em Manhattan.
- Como assim? Achei que você era semideusa.
- E sou, só que minha mãe é mortal, meu pai é que é um deus.
- E quem ele é?
-Hermes Respondi Qual seu nome?
- Caio Ele respondeu
- É um nome diferente.
- É brasileiro. Sou de lá
- Sério? Falei rindo
- Que foi? Algum problema em eu ser brasileiro? Ele falou zangado
- Não Respondi rápido Desculpa, é que eu imaginei Atena indo até o Brasil.
- Ah. Ele disse rindo. Meu pai é um escritor famoso, considerado um gênio por lá. Acho que foi assim que ele chamou a atenção dela.
- Ah.
Nesse momento alguém abriu a porta.
- Olá crianças Disse uma mulher.
- Quem é você? Perguntei
- Não importa. Ela respondeu
- Ela é Lukia. Uma ninfa. Disse Caio
- Cala a boca garoto. Disse Lukia
- Uma ninfa, e por que você raptou a mim e a Caio? Perguntou
- Ele era uma isca, eu queria você. Ela disse
- Eu? Por que? Perguntei
- Porque eu odeio você. Você é uma simples garota, o que você tem de especial?
- Nada. É por isso que eu não entendo o que você quer comigo.
- Isso não interessa Ela gritou irritada
- Ela tem raiva de você por que, pelo o que eu ouvi, o deus Apolo tem fama de correr atrás das ninfas, mas ele nunca correu atrás de Lukia, o maior desejo dela era que ele se apaixonasse por ela...
- Cala a boca. Ela gritou
- E o deus Apolo está apaixonado por você...
- Cala a boca Ela repetiu
- Por isso ela te odeia.
Ela chegou perto dele e deu um soco na cara dele.
- Eu mandei você calar a boca.
- Não bate nele. Ele não tem culpa se Apolo gosta de mim e não gosta de você.
Ela chegou perto de mim e bateu na minha cara.
- Cala a boca. Ela se levantou e sorriu Apolo vai vim até mim uma hora ou outra. Agora eu vou embora, não tenho obrigação de ficar olhando para essa sua cara estúpida.
- Me solta! Gritei Eu não vou fugir, mas Caio está sangrando, eu quero ajuda-lo.
Ela riu
- Você quer ajuda-lo?
Ela chegou perto dele e deu outro soco em seu rosto. Ele caiu.
- CAIO! Gritei Caio, por favor acorda, sua irmã tá vindo ver você. Caio.
Ele não respondeu, continuava caído.
- Me deixe ajuda-lo... Por favor.
- Tudo bem. Ciclope! Ela chamou
O ciclope que tinha me carregado apareceu na sala.
- Sim senhora.
- Tranque as janelas, solte-a e fique na porta de guarda. Não...Deixe...Ela...Sair. Entendeu? Falou Lukia
- Sim senhora.
Lukia saiu da sala e nos deixou sozinhos. O ciclope trancou as janelas, e depois me soltou e saiu para ficar na porta. Eu me levantei e corri na direção de Caio. Coloquei a cabeça dele no meu colo. Sua boca e seu nariz sangravam. Ele estava inconsciente.
- Caio acorda. Falei desesperada
Ele abriu seus olhos lentamente.
- Que bom que você acordou. Falei abraçando-o.
- Minha cabeça. Ele disse colocando a mão na cabeça.
Ele tentou se levantar, mas caiu.
- Fique deitado. Você está machucado, perdeu uma boa quantidade de sangue. Eu disse colocando sua cabeça de volta em meu colo.
Ele deitou e fechou os olhos novamente.
- Nós vamos morrer? Ele perguntou
- Não, tem gente vindo salvar a gente. Eu disse
- Como você tem tanta certeza? Ele perguntou abrindo os olhos.
- As pessoas são de confiança, eles vão chegar mais cedo ou mais tarde, pode ter certeza. Eu disse enquanto rasgava um pedaço do meu casaco para poder limpar o rosto sujo dele Agora tente dormir um pouco.
Ele suspirou e fechou os olhos de novo, enquanto eu pressionava o pano em seu rosto para poder tentar controlar o sangue.