Debaixo Das Terras Sagradas escrita por Katty


Capítulo 28
Capítulo 26 - A guerra dos botões


Notas iniciais do capítulo

Maaano! Mil desculpas por só postar agora no fim das férias, mas o desânimo me abateu. Terrível! Terrível! Oh deus, Oh vida!
Pois bem, agora o bicho vai pegar o/
Preparem-se para a batalha!
Preparar as armas! Içar as velas! Carregar os canhões!
- Preparar, apontar... Fogo!



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Zunido irritante. Dor impertinente. São os sinais que mais odeio na face da terra, melhor dizendo: São os sinais que alertam a chegada do que eu mais odeio na face da terra.

- Denachi. Eles chegaram. – Alertou-me meu servo com voz de veludo.

- Eu sei. – Respondi sonolenta, faziam quase dois meses de ataques a nossa casa. Desde que descobriram que estávamos aqui mandavam ataques espaçados, mas parece que agora finalmente se irritaram e estão querendo interromper meu sono.

O sol ainda não havia nascido e eu já sentia as pontadas de dor no estômago que me alertavam sobre a chegada deles. A barreira em volta da cidade posta por mim mesma funcionava, mas eu não esperava que tão bem, tudo que era indesejado por mim, quando passava por essa barreira me causava dor. Não poderiam ser cócegas?

Lys já estava transformado com suas três asas despontando da parte esquerda do corpo. Pus-me de pé e fiz o mesmo. Abrindo as portas da varanda de frente de casa voei para o front de batalha.

- Lys, vá proteger a parte de trás da casa, quero-a intacta.

Quanto a Nagai? A traidora havia deixado a própria casa com medo de morrer, uma covarde sem limites. E Katsugo? Minha irmã prodígio? Já fez um ano que a vagabunda não volta e espero que continue assim!

Pulando da varanda abri as asas para cair mais calmamente no chão, já podia ver algumas asas brancas batendo no horizonte. Bati o pé descalço duas vezes no chão para fazer o tempo parar, ainda bem que era madrugada. Não havia ninguém nas ruas.

Mas você deve estar se perguntando: Por que eu continuaria na casa? A resposta está na sua cara pessoa irrelevante me minha vida: Não consigo me desfazer de nada que adquiro.

O s celestiais chegaram à frente de casa. Apontando a mão esquerda para o céu fechei o tempo e criei uma tormenta. Molhando suas asas eles ficavam bem mais lerdos, assim criei uma dobra no espaço e apareci no meio deles. Com as asas negras e pútridas fiz um escudo que ao mesmo tempo em que protegia soltava penas que os cegavam e envenenavam.

Bufei o sopro da morte e o espalhei por toda a minha frente vendo os anjinhos perecerem. Oh coitados! Agora basta de maldições, quero me diverti. Parti pra o abate com os olhos famintos por morte e os caninos a mostra. Enquanto rasgava um ao meio com a unha, esfaqueava e outro e estraçalhava com os dentes o da minha frente. Essa cena se repetiu por alguns segundos em que eu dizimava metade do batalhão que veio para cima de mim. Contudo, como nunca antes fizeram, eles atacaram a minha casa.

Quando ouvi o barulho do primeiro estilhaço de vidro caindo ao chão olhei para trás e me enfureci como nunca antes.

Embainhei a espada de volta e apontei as duas mãos para cada um dos lados como se quisesse receber uma ordem divina. Fechei os olhos e as mãos, não sei como, mas os trouxe como um imã para mim.

Todos os combatentes foram tragos de volta para perto de mim formando um círculo de celestiais esmagados. Com uma mão ainda os segurando no lugar e a outra apontada aos céus chamei os trovões e assim os raios. Virei-me para eles e com e desci com uma chuva de raios, a verdadeira fúria dos céus caiu sobre eles que morreram eletrocutados.

Finalmente e já indisposta com toda a demora da batalha voltei ao meu quarto. Já deveria ter se passado dois minutos e eu estava ansiosa para dormir novamente. Fiz com que o vidro voltasse ao normal e bati o pé no chão para que o tempo voltasse a rodar. Fui deitar-me já observando meu Chevalier voltar atrás de mim com algumas poucas feridas. Deitou-se na minha cama e dormiu comigo. Nada como dormir junto com um homem vistoso.

Passados poucos minutos quando já estava começando a dormir uma criada me acorda com batidas na porta. Levantei-me e atendi com um rosto provavelmente medonho. A criada, cabisbaixa e tremendo, disse com voz falha que minha irmã havia chegado.

Nada como duas notícias péssimas em um só dia, não é mesmo?

Vesti meu robe e desci as escadas com passadas frenéticas a fim de ver a chegada de minha irmã a essa hora da madrugada.

- Mas que impertinência cara irmã! Como ousa chegar a essa hora? – Disse desaforada.

- Não esperava outra recepção de você minha irmã. Faço tudo para o seu bem e ainda me rejeita? – A vagabunda deu uma risada. – Não tem problema, ainda assim eu te amo minha irmã. – Deu-me um abraço não retribuído. –Faça uma cara mais feliz sua idiota, só estou atuando. – sussurrou em meu ouvido.

Mas é muito atrevida essa idiota! Não sabe onde se mete.

- Suba com seu marido. Seu quarto está a sua espera.

- Claro, já estava indo para lá. – afirmou a dama em vermelho.

- Depois preciso conversar com você Katsu, agora me deixe dormir. Estou exaaaaausta! – Gritei.

- Realmente, suas feições são as de quem passou por uma batalha e voltou moída. – murmurou subindo as escadas.

- Você não tem idéia. – murmurei entre pequenas risadas. Ela me olhou de soslaio e eu lhe dei a língua, sendo seguida de risadas suas.

Voltei ao quarto e me toquei na cama, preferiria nunca mais acordar de tanto sono.

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Assim que chegamos à cidade notei que havia algo de diferente, tudo estava muito parado... Abri a janela e percebi que ainda era madrugada, mas mesmo assim algo de entranho acontecia. Foi aí no meio da cidade, perto de onde ficava a minha casa que vi um clarão seguido de muitos raios, tanto que fizeram os cavalos se assustarem e correrem a tona enquanto o cocheiro tentava inutilmente pará-los. Por sorte não batemos em nada e conseguimos chegar em casa antes do previsto.

Por entre o clarão, porém, pude ver uma criatura em seu cerne, comandando aquela chuva de raios. Devia ser coisa da minha imaginação... Era somente uma tempestade.

Aliás, se fosse realmente uma pessoa, ou minha casa estaria em apuros ou era Nagai, o que provavelmente não aconteceria. Minha avó ir para o fronte de batalha? Era mais fácil a fazer beijar as asas de um Serafim.

Sai da carruagem com a ajuda de Kushi que nada falava, provavelmente cansado da viagem. Bati a porta e logo fui atendida por criadas extremamente surpresas com a minha volta.

- Bem vinda de volta senhorita Katsugo! - Uma serviçal loira de belos traços me atendeu.

- Sentimos muito a sua falta minha senhora! - Outra que parecia ser irmã gêmea da primeira reforçou.

- A casa não foi a mesma sem você! A senhora Nagai está há muito fora, ficamos cuidando somente da senhorita Denachi. - Completou a ultima uma morena dos olhos verdes puros e sinceros.

Logo vi a minha irmã descendo as escadas com a cara péssima como se tivesse acabado de ser mastigada por um porco. Como sempre me tratou muito bem dando as boas vindas mais calorosas que já vi. Claro que é brincadeira.

Depois da sua aparição rumei ao quarto, abraçada a Kushi que já quase dormia em meu ombro. Ele estava fraco demais, havia dividido sua energia comigo e eu ainda sugava a pouca que existia. Precisava aprender a controlar isso.

Coloquei-o na cama e como uma boa esposa tirei seus sapatos e tudo que poderia o incomodar. Desamarrei as fitas do meu vestido fazendo a maios parte do pano cair, revelando assim um robe rosa e fui dormir com o meu querido chevalier.

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- Minha rainha, os exércitos celestiais foram mais uma vez massacrados em questão de segundos. – Informou-me meu General de guerra, Gui Bondhan.

- Agora chega! Até quando elas ficarão nessa mesmice? Já faz um ano que tentamos inutilmente pegá-las, mas a única coisa que conseguimos é prejuízo contra somente dois combatentes! – Gritei exasperada enquanto levantava e rodeava a mesa de cedro. – E quanto a Katsugo? Encontram-na?

- Não senhora. Mas parece que ela voltou para casa, agora será totalmente inútil mandarmos qualquer tropa para lá. – Falou o General com tom de resignação frente a situação delicada.

- Temos de arranjar um jeito de trazê-la para o abate. Mesmo que seja difícil, contra mim ela não pode. Sou treinada e inteligente, com certeza uma novata não me venceria.

- Que tal mandarmos um simples convite? Talvez funcione... – Sugeriu ele.

- Besta! Denachi viria junto e eu não posso matá-la. Além de que você sabe que duas demonizas de seu porte juntas seria perda total. Principalmente se Nagai viesse.

- Mas senhora, meu batalhão de serafins treinados está pronto. Poderíamos chamar Katsugo enquanto atacamos Denachi em sua casa. Damos a impressão de mandar anjos normais como sempre e logo em seguida vêm os serafins. – Disse Gui com um sorriso no rosto.

- Esta idéia não me parece tão ruim. Mas se perdermos haverá um desfalque enorme de combatentes. Você sabe que os outros reinos estão ficando receosos, a demora desta batalha os está deixando apreensivos. Posso compreendê-los, tantas histórias sobre demônios que eles ouvem nas escolas instaladas de ensino celestial que se eu fosse um deles também estaria com medo. – Parei para bufar um pouco. – Até mesmo o rei Minos veio falar comigo.

- Minos? Impossível acreditar Minos receoso com alguma coisa. Ele é o rei dos bravos e temidos minotauros! – Disse o general assustados e de olhos arregalados, mas sempre com sua voz calma e rouca de velho.

- Ele tem experiência com demônios. Ele pode ver sua raça ser quase extinta em um dos motins demoníacos. Ele pode ver o poder que aqueles seres estúpidos guardam e que mesmo sabendo quase nada sobre a magia profunda puseram seu império em decadência, chegando a beira da extinção. – Expliquei. – Onde o senhor estava quando tudo isso aconteceu? Você já era vivo com certeza.

- Sim senhora, eu era uma criança. Como vossa alteza sabe, nossa família tem saúde frágil e envelhece rápido como os humanos, foi uma maldição. –Relembrou-me ele tristemente.

- Oh, sim havia esquecido. – Contornei o fato com frieza. – Então está feito, pode mandar a carta para Katsugo e preparar o seu tão formoso batalhão. Hoje de madrugada haverá um abate. Lembre-se não mate Denachi, mas não seja carinhoso.

- Vossa Senhoria, com licença. – Pediu o gordo velho para se retirar. Mas que belo será esse dia! Vou tomar um banho!


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Notas finais do capítulo

Meus Queridos me respondam uma pergunta? Eu tava vendo aqui sabe no inicio da fanfic, e pude perceber que tenho 13 leitores e 11 favoritos.
Cade vocês? e.e
Gostaria muio de saber quem vocês são kkkk'
Beijundas povo. Qualquer erro me avisem.



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