Papai...

Ele ia a nossa casa, somente para ver minha mãe. Na verdade ela era somente amante, e era aqui que ele demonstrava seu outro eu... Um EU totalmente solitário, raivoso, e insuportável. Mesmo assim minha mãe o agüentava, mas isso se devia ao fato de ela simplesmente estar sugando sua força vital e poderes, tanto que foi assim que ele morreu...

Foi tão divertido vê-lo chamando:

– Ada! Ada! Porque fizestes isso comigo?

Até com lágrimas nos olhos ele estava... Foi muito divertido...

Após sua morte todas nós rimos, quando digo nós é porque existíamos 8, minha mãe mais as minhas 6 irmãs, contudo, não sabíamos que quando nosso pai morresse,levaria a alma de nossa mãe e a da maioria de minhas irmãs juntas.

O problema foi quando os celestiais descobriram, éramos, agora, somente 4, eu – Yami no Denachi– minha irmã Katsugo, e minhas duas irmãs – que eram gêmeas- Midori e Iro. Somente nós não seriamos páreo pra os celestiais, eles poderiam ser duros se quisessem.

Sempre me lembrarei deste incidente... Foi naquele dia que o viado do Cupitor Lucis virou o cavalheiro da Katsugo, tudo bem que ele esta longe de ser um cavalheiro de verdade, XD.

– Denachi! Leve Midori e Iro para longe daqui! – mandona, mas por hora vou obedecer, ate porque se não o fizer acabarei morrendo sem o meu dinheiro por perto. Existe morte pior?

Assim como minha Irma me aconselhou, fugi. Não sei como ela conseguira os segurar por muito tempo, não temos poderes como nossa mãe e nosso pai. Aliás, fico me perguntando por que.

Fomos para a parte de trás de nosso barraquinho – digo barraco porque a casa esta em péssimas condições, mesmo com um empregado nada aqui resolve, o problema é a maldade que corrói essas paredes... Por isso que eu acho tão interessante... – logo que tiramos a parede de um túnel secreto me lembrei que tinha que pegar minha pequena fortuninha.

– Midori, Iro, continuem aqui, não falem nada e não façam nenhum barulho! Eu já volto.

Assim que sai podia ouvi-las batendo boca. Elas não conseguiam fica quietas mesmo, teria que voltar rápido para podermos fugir.

Enquanto isso nos fundos da casa:

– Midori, você tem comida? To com fome!

– Não sua babaca! EU TE ODEIO.

– Affe, você é tão raivosa, só quero comida!

– você come direto! Pare de comer pelo menos um pouco sua gorda inchada!

– tanto faz, se eu comer de mais ou de menos não vou morrer mesmo!

Enquanto Mirodri e Iro discutiam, um general celestial chamado Fuyuu Utsukushisa, se aproximava ouvindo sua discussão.

– quem disse que és imortal? – um celestial lindíssimo falava. seus cabelos negros lizos e longos amarrados com uma seda fina roxa balançavam conforme o vento carregado de um cheiro forte. Sua roupa estava ensopada de sangue, e mesmo assim continuava sendo tão bonito como uma pintura.– Me diga! Que lhe disse tal tolice?

– Mi-minha mãe! – iro retrucou –

– Hum... Então é tão tola quanto ela. Burra ao ponto de pensar que poderia matar nosso líder e sair impune.

Ao falar empunhou sua wakizashi e com um golpe matou as duas. Um general atraente, contudo sem algum coração. Ele possui uma beleza mortal.

Na sala secreta de Denachi

– cinco milhões oitocentos e cinquenta e seis mil quatrocentos e dezenove, cinco milhões oitocentos e cinquenta e seis mil quatrocentos e vinte. Terminei. Será que eu demorei muito? Ah! Nem ligo meu dinheiro é mais importante que tudo no mundo!

Terminei de contar meu dinheiro agora eu, Midori e Iro vam...

–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!! MIDORI! IRO! QUEM FOI O VIADO QUE FEZ ISSO COM VOCES??? – Eu gritava escandalosamente enquanto tentava juntar a cabeça de minhas irmãs a seus corpos.

– sabia que faltava uma, a outra esta na sala tentando resistir enquanto você contava seu dinheiro, que coisa ridícula...

– foi você? FOI VOCE QUEM MATOU AS MINHAS IRMÃS?

Peguei-lhe pela roupa enquanto tentava dar bufetadas, contudo ele somente esquivava. Foi neste contexto que minha Irma Katsugo apareceu. Estava ensangüentada, cortada. Seus cabelos estavam embaraçados, coisa que ela nunca deixara acontecer. Sua roupa estava em frangalhos seu coração ,que eu achava inexistente, parecia estar em fragmentos, quebrado por esta luta pela nossa sobrevivência.

– largue ela agora! Fuyuu Utsukushisa! – o que? Como ela sabia o nome daquele homem? Será que era ele quem ela sempre seguia nas feiras? Será que era realmente ele? Minhas suspeitas foram reforçadas pelo olhar que Katsugo se dirigia a ele, seus olhos possuíam algum tipo de brilho que eu nunca tinha visto. Contudo, ao olhar para ele pude perceber que aqueles olhos, antes tão opacos, possuíam vida. Com certeza o sentimento de Katsugo era correspondido. Isso é o pior que poderia acontecer, um celestial se apaixonar por um demônio, que coisa sem sentido.

– e o que você fará a seguir? Me atacará? – disse ele com certo rancor na voz, mas de repente ele me largou e pegou Katsugo pelos braços e disso com uma voz totalmente amável: - eu não posso te proteger aqui, Katsugo, você sabe! Estou em missão. – ao dizer isso a largou e sacou sua katana.

– por favor, não a mate! – disse minha Irma com lagrimas nos olhos – mate somente a mim! Deixe-a viver! Por favor! Faça isso, por mim!

Um pouco relutante voltou seu olhar para minha Irma, a única ainda viva.

– por favor! Faça o que lhe peço! Ao menos desta vez! Dizia ela desabando em lagrimas.

– VÁ RAPIDO! – disse o homem que ameaçava minha Irma de morte – RAPIDO! Os celestiais já estão chegando aqui.

Assim como ele ordenou, eu fui e ao entrar no túnel tive de fechá-lo mesmo sabendo que minha Irma estava viva, ainda...