Beijos Roubados E Sorrisos Marotos. escrita por Ketlen Evans


Capítulo 7
Corvinal, Grifinória, Lufa-Lufa e Sonserina.


Notas iniciais do capítulo

oi leitores. Esse cap era para ter sido postado antes, mas a mãe do meu melhor amigo faleceu essa semana e foi um verdadeiro caos.
Mesmo a história não tendo muitos reviews eu estou bem feliz porque parece que vocês estão gostando (se não estiverem me contem).
Esse cap vou dedicar a Nati Potter que foi uma fofa e me mandou reviews nos dois ultimos capitulos. Espero que gostem.



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Os pequenos alunos moviam-se tão juntos, que pareciam querer fundir-se uns aos outros. A magnificência da escola era inegável. Subiram uma pequena escada de pedras e o homem os levou para uma sala onde estava Minerva McGonagall.

     A professora tinha o mesmo ar severo de que Lílian se lembrava e os alunos ficaram mais intimidados por ela que pelo gigante.

    - Boa noite – disse séria. – O ano letivo inicia-se com um banquete que acontecerá depois da seleção. Hogwarts tem quatro casas. Sonserina, Grifinória, Corvinal e Lufa-Lufa. Todas elas têm uma longa história de glórias e conquistas e vocês iram ser selecionados conforme as qualidades que apresentam. – Ela fez uma pequena pausa. – Assim que eu voltar vocês me acompanharão ao salão principal. – E assim ele saiu deixando os alunos sozinhos.

      Era possível contar nos dedos os alunos que não pareciam nervosos.

     Marlene estava em um canto conversando animada com uma menina baixinha que parecia prestes a desmaiar. Severo também parecia completamente relaxado acompanhado por mais dois garotos atarracados. Os dois meninos que haviam se sentado com Lílian no começo da viagem estavam tão tranqüilos que pareciam fazer isso todos os dias.

   Lílian sentia algumas borboletas no estômago, mas estava visivelmente melhor que Dorcas que estava pálida enquanto apertava com força o braço de Lily.

   Alguns minutos se passaram e então McGonagall voltou lançando um olhar mal humorado aqueles que estavam falando demais.

   - Vocês devem ir comigo agora. A casa para qual forem selecionados será como sua família aqui. – Falou a professora. – Vocês comerão, dormirão e assistirão às aulas com seus companheiros e passarão o tempo livre no salão comunal da sua casa.

    Dizendo isso ela saiu levando atrás de si uma fila meio desorganizada de alunos baixinhos e parou em frente a grandes portas douradas.

   - Arrumem essa fila e fiquem em silêncio agora. – Falou dando uma olhada para trás.

   As portas se abriram e eles entraram em um grande salão com quatro mesas compridas lotadas de estudantes vestidos completamente de preto. No final do salão tinha uma mesa não tão grande onde se sentavam as pessoas que Lílian julgou serem os professores.

   O teto era exatamente como Lílian havia lido em  “Hogwarts uma história”. Hoje ele mostrava um céu escuro com poucas estrelas e várias nuvens. O salão era iluminado por centenas de velas que flutuavam acima das cabeças dos alunos e lançavam uma luminosidade dourada e aconchegante no lugar.

    McGonagall conduziu-os até a frente do salão e eles se encontraram em frente a um banquinho de três pernas onde repousava um chapéu de bruxo completamente surrado e remendado. O Chapéu Seletor.

   Mesmo sabendo o que iria acontecer a seguir Lílian levou um grande susto quando um dos rasgos do chapéu se transformou em uma boca e ele começou a cantar.

     Ah, vocês podem me achar pouco atraente,

     Mas não me julguem só pela aparência

     Engulo a mim mesmo se puderem encontrar

     Um chapéu mais inteligente que o papai aqui.

     Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,

     Suas cartolas altas de cetim brilhoso

     Porque sou o Chapéu Seletor de Hogwarts.

     E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.

     Não há nada escondido em sua cabeça,

     Que o Chapéu Seletor não consiga ver.

     Por isso é só me porem na cabeça que eu vou dizer

     Em que casa de Hogwarts deverão ficar

     Quem sabe sua morada é a Grifinória,

     Casa onde habitam os corações valentes

     Ousadia, sangue-frio e nobreza

     Destacam os alunos da grifinória dos demais.

     Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,

     Onde seus moradores são justos e leais.

     Pacientes, sinceros, sem medo da dor.

     Ou será a velha e sábia Corvinal

     A casa dos que tem a mente sempre alerta

     Onde os homens de grande espírito e saber

    Sempre encontrarão companheiros seus iguais.

     Ou quem sabe a Sonserina será a sua casa

     E ali fira seus verdadeiros amigos,

     Homens de astúcia que usam quaisquer meios

     Para atingir os fins que antes colimaram.

     Vamos, me experimentem! Não devem temer!

     Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!

     Porque sou único, sou um Chapéu pensador.

   Todo o salão explodiu em aplausos e Lílian estava tão absorta na musica que quando finalmente se lembrou de aplaudir todos já estavam novamente em silencio assim como o Chapéu.

   A professora McGonagall se adiantou segurando um rolo de pergaminho.

  - Quando eu chamar seus nomes, vocês sentam no banquinho e põem o Chapéu para serem selecionados. Avery, Ludovico. – Chamou a professora e um menino moreno de nariz empinado tomou a dianteira e sentou-se no banco. Mal o chapéu tocou seus cabelos escuros já anunciou: SONSERINA!

    A mesa mais da direita explodiu em aplausos e Lílian viu que todos os alunos de lá tinham um brasão com uma serpente no peito.

    - Black, Sirius. – O menino de cabelos espatifados que havia insultado Severo no trem foi até o banco, mas diferente do outro o Chapéu não foi rápido. Parecia que vários minutos tinham se passado quando: GRIFINÓRIA!

    Silêncio. Algumas pessoas aplaudiram na mesa da esquerda, primeiro meio tímidas, depois outros se juntaram a elas e deram para Black uma grande ovação. Quando os aplausos já haviam cessado Lílian ainda podia ouvir os sussurros de “Um Black na Grifinória, onde já se viu”?  “O Chapéu deve estar louco”.

    Particularmente Lílian não havia gostado muito da Grifinória. Para ela bravura levava a atos estúpidos. Preferia ficar na Corvinal ou na Lufa-Lufa.

     - Bones, Amélia.  – LUFA-LUFA!

     - Crevey, Melinda. – CORVINAL!

     - Digory, Amos. – LUFA-LUFA!

     - Evans, Lílian.

     Nervosa demais, Lílian foi até a frente tropeçando em seus próprios pés. Pegou o Chapéu e colocou na cabeça. Ele era tão grande que cobria seus olhos.

    “Inteligência. Sim, você é muito inteligente. – Lílian se assustou quando ouviu uma voz falando na sua cabeça. – Não gosta da Grifinória? Mas você vai descobrir que coragem e bravura são apenas estágios mais elevados de lealdade. Atos de bravura sem motivos aparentes são apenas atos estúpidos, mas se existe um propósito a estupidez se torna a verdadeira coragem e você é cheia desse tipo de coragem. Não há nenhuma outra opção para você além da GRIFINÓRIA!”

     Lílian ouviu quando o Chapéu gritou a ultima palavra para todo o salão, mas ficou lá sentada por alguns segundos a mais, até que percebeu que estava bancando a boba e foi tropeçando para a mesa da casa que agora ela fazia parte.

    A seleção continuou normalmente e quando chegou ao fim nove dos quarenta e três alunos haviam sido selecionados para Grifinória. Por incrível que pareça Lílian conhecia quase todos. Fora ela mais três meninas haviam sido selecionadas, eram elas, Marlene, Dorcas e Alice Spineet uma garota de cabelos castanhos cacheados, baixinha e de rosto arredondado, porem bastante bonita e simpática. Lílian ficou feliz com as selecionadas, pois teria que dividir o dormitório com elas pelos próximos sete anos então era bom que todas se dessem bem.

   Sobre os garotos Lílian tinha ficado apenas parcialmente feliz. Sirius Black recebeu a companhia de Frank Longbottom, – o menino que estava na loja de vestes – Remo Lupin, - Lílian aplaudiu muito quando ele foi selecionado, - Pedro Pettigrew, – um menino baixinho de olhos aguados, - e por ultimo James Potter, - o irritante amigo do Black.

    Os dois pareciam completamente a vontades na mesa e Sirius conversava com os colegas completamente sem se importar com o fato de que metade das conversas do salão era sobre um Black ter ido parar na Grifinória. Lílian não conseguia entender essa paranóia toda em volta do menino. Na verdade ela estava prestando bem pouca atenção uma vez que estava quase sempre olhando para Severo que havia tido seu desejo realizado e agora estava sentado na mesa da Sonserina, ao lado de um garoto mais velho de cabelos loiros claríssimos, pele pálida e olhos azuis cinzentos.

    De um momento para o outro o salão caiu em grande silêncio e Lílian olhou para frente tentando detectar o motivo que instantaneamente ficou bem claro.

    Um dos homens que estava sentado na mesa dos funcionários levantou-se e parou em frente a uma pequena bancada dourada decorada com uma coruja de ouro que se movia. Ele usava uma veste roxa com estrelas prateadas que tinha a frente quase escondida por uma profusão de barbas brancas que ia quase até a cintura. Mesmo de longe Lílian podia ver que seus olhos eram azuis e que cintilavam o brilho das velas. Lílian concluiu que só podia ser Alvo Dumbledore o diretor. 

     - Bem vindos – disse com uma voz bastante clara e abrindo os braços como se quisesse abraçar cada uma das pessoas lá. – Tenho alguns avisos importantes para dar, mas acredito que possam ficar para depois do banquete. Sei que os doces do Expresso não deixam ninguém de barriga cheia por muito tempo. – Ele sorriu enquanto voltava para o seu lugar e Lílian observou que ele tinha aquele tipo de sorriso Monalisa, que diz sei muito mais que você, não discuta, apenas acredite, mas olhá-lo sorrindo dava vontade de sorrir também.

     Absorta que estava em observar o velho bruxo Lílian levou um belo susto quando olhou para a mesa e percebeu que as travessas antes vazias estavam agora cheias de vários tipos de comidas deliciosas. Sem esperar mais, serviu-se de purê de batatas, rosbife, costeletas, frango e várias outras coisas que ela nem sabia o que era, mas que eram deliciosas.

    - Do que é esse suco? – Lílian perguntou para uma garota de cabelos negros de uns 17 anos aparentemente que estava sentada ao seu lado.

    - É suco de abóbora oras. – Disse com cara de obvio, mas vendo a surpresa nos olhos de Lílian ela falou novamente. – Você nunca tomou suco de abóbora?

    - Não. – Lílian falou baixo.

    - Meu Merlin! – Ela exclamou. – De que mundo você vem?

    - Do mundo Trouxa. – Lílian disse sorrindo. – Onde as pessoas bebem suco de laranja e limonada.

    - O que é limonada? – Perguntou parecendo curiosa sem se importar com o fato de que Lílian era nascida-trouxa.

    Lílian explicou que limonada era suco de limão e depois teve que explicar que limão era uma fruta azeda e pequena. Assim Lílian passou o jantar conversando com a garota mais velha que se chamava Eleonora e que era monitora da Grifinória junto com um rapaz magro e pálido chamado Marcus.

     Quando Lily achou que não conseguiria comer mais nada os pratos ficaram magicamente limpos e apareceram tantos tipos de doces que Lílian teve que arrumar um jeito de provar pelo menos alguns.

    Marlene estava do outro lado da mesa conversando com o Potter e quando Lílian considerou-se satisfeita ficou sentada observando os colegas conversarem.

    - Está gostando da escola Lílian? – Marlene perguntou quando notou o olhar da colega.

   - É esplendida. – Lílian respondeu simplesmente dando de ombros.

   Potter olhou para Lílian e depois para Marlene com cara confusa.

   - Vocês se conhecem? – Perguntou rispidamente.

   - Sim. – Marlene respondeu. – Ela estava na nossa cabine.

   Um sorriso começou a brotar no rosto do menino, aquele tipo de sorriso que liga um alerta de PERIGO.

   - Então foi pra lá que você fugiu com seu amiguinho seboso ruivinha?

   Lílian sentiu seu rosto quente e sabia que estava corando.

   - Meu amigo não é seboso. – Ela disse com raiva. – E não me chame de ruivinha. É Evans.

   - Espera! – Marlene ergueu as mãos no ar num gesto de “para tudo“ – Vocês se conhecem? – Disse apontando para Lílian e para Tiago.

   - Sim. – James deu de ombros. – Ela estava em uma cabine comigo e com o Black.

   Marlene começou a rir.

   - Agora vejo que Lílian não estava mentindo quando disse que estava numa cabine com alguns idiotas.

   - Lene! – James parecia ofendido. – Não me chame de idiota.

   - Eu te chamo de idiota todo dia Potter.

   - Mas não em publico.

    Os dois riram e voltaram a conversar, deixando Lílian meio no ar. Parecia que os dois eram amigos bem antes da escola, mas Lílian não entendia como uma pessoa tão legal quanto Marlene podia ser amiga de alguém tão arrogante como esse menino.

     Quase todos já tinham terminado de comer e o burburinho de vozes aumentava. Dumbledore percebeu que o jantar já tinha terminado e levantou-se novamente.

    - Agora que vocês estão devidamente alimentados creio que é seguro falar uma vez que não ficarão pensando em quão famintos estão. – O diretor começou e Lílian pensou que era incrível o jeito como ele fazia todos ficarem presos as suas palavras. – Alunos novos devem saber que é proibido andar pela floresta da propriedade e todos aqueles que desobedecerem a essa regra serão punidos.

     “Nosso zelador pediu para lembrá-los de que magia é proibida nos corredores e resolveu criar uma lista com objetos proibidos. Essa lista está anexada na porta da sala do Sr. Filch para quem quiser consultá-la. Devo acrescentar que vocês estão gastando a paciência do nosso zelador rápido demais. Ele começou apenas ano passado então sejam bonzinhos.”

    “Os testes para as equipes de quadribol começarão em uma semana. Os interessados devem falar com o capitão do time de sua casa. E agora vamos todos para cama, porque amanhã vocês começam a preencher novamente essas cabeças ocas. Boa noite!”

   Houve um grande barulho de cadeiras sendo afastadas quando todos começaram a se levantar.

    - Alunos do primeiro ano, acompanhem-me – disse Eleonora com o outro monitor logo atrás dela.

     Os calouros saíram seguindo os dois alunos mais velhos e vários estavam com uma cara de sono lastimável. Subiram uma escadaria de mármore que parecia não ter fim onde os vãos mudavam frequentemente de lugar tornando o simples fato de subir as escadas uma aventura.

    Andaram pelo que pareceu vários minutos e Lílian já estava com as pernas extremamente pesadas quando chegaram a um corredor onde havia o quadro de uma mulher muito gorda espremida em um vestido de babados rosa.

    - Senha? – Perguntou a mulher do quadro. Lílian teria caído para trás se não tivesse visto quadros se mexerem e conversarem por todo o caminho.

    - Diabinhos de pimenta. – Respondeu Eleonora.

    - Eu realmente adoro esses doces. – Disse a mulher enquanto o quadro se abria revelando uma passagem arredondada.

    A sala aonde eles chegaram era muito aconchegante. Toda a decoração era em vermelho e ouro com várias poltronas distribuídas pelo cômodo e uma lareira onde crepitava um forte fogo. No fundo havia duas escadas.

     - Meninos escada da direita e meninas da esquerda. – Disse o monitor que se chamava Marcus e se retirou.    

      Lílian olhou para suas novas colegas e todas pareciam cansadas.

     - Vamos subir logo. – Disse Marlene. – Estou exausta.

     - Tchauzinho Lene. – Disse Potter mandando beijos. – Nos vemos por ai ruiva. – Ele se virou e subiu para o lado dos meninos acompanhado pelos outros antes que Lílian pôde-se insulta-lo da pior forma possível.

    As meninas subiram uma escada em caracol e se depararam com uma porta onde dizia: “Alunas do primeiro ano: Lílian Evans, Marlene McKinnon, Dorcas Meadowes e Alice Spineet”. Apreensivas entraram no quarto que continha quatro camas fofas com cortinas vermelhas de veludo em volta.

     Houve uma pequena discussão amigável sobre quem tomaria banho primeiro e Lílian ficou com o terceiro lugar. Quando todas já tinham tomado banho e se enfiado em seus pijamas deitaram-se na cama, mas o cansaço que Lílian sentia não era o suficiente para fazê-la dormir. Agradeceu internamente quando Marlene começou a conversar.

     - Os Sonserinos têm constante cara de mau humor. – Disse fazendo um biquinho. – Foi assim que eu soube que seu amigo iria para lá Lílian.

     As outras meninas riram, mas Lílian não achou engraçado, embora não tivesse ficado com raiva.

    - Severo é uma boa pessoa. – Disse para descrença das companheiras. – Foi ele quem me contou que eu era uma bruxa.

    Marlene ficou quieta por um tempo e Lílian achou que ela já tinha dormido quando ela voltou a falar.

    - Não fique chateada Lílian, - começou a garota, - sei que ele é seu amigo, mas não acho que ele seja bom. As pessoas atribuem uma má fama a Sonserina, com a qual eu não concordo. Não são todos os bruxos de lá que são ruins apenas os que desejam ir para lá e pelo que eu vejo Snape queria ser um Sonserino mesmo sabendo da má fama do lugar. – Ela fez uma pequena pausa. – Para mim isso não é um bom sinal.

    Lílian já estava sentindo seu rosto começar a ficar quente. Não queria ficar brava com Marlene, mas às vezes seu gênio era impossível de controlar. Dorcas que tinha a cama mais próxima de Lílian viu que a amiga estava prestes a explodir e mudou de assunto.

    - Você já conhecia o Potter Marlene?

    McKinnon bufou.

    - Conheço aquela peste desde que nasci. – Falou meio irritada. – Somos vizinhos e nossas famílias são muito amigas. – Ela fez uma pausa. – O garoto é um verdadeiro terror. Já perdi as contas de quantas bombinhas jogou pela janela do meu quarto, mas no final as bombas sempre explodiam flores, ou estrelinhas. – deu um pequeno risinho debochado. – Mesmo sendo como um maldito diabrete ele ainda é uma fofura quando quer.

    Nenhuma das meninas disse nada. Lílian apenas não conseguia encaixar James Potter e fofura na mesma frase.

   - Cortando o assunto “James Potter”, - começou Alice – aquele tal de Black é bem bonito.

   - Verdade. – Concordou Dorcas. – E Lupin tem cara de doente.

   - Quase cai para trás quando o Chapéu colocou o Black na Grifinória. – Disse Marlene.

   - Eu não entendi isso. – Falou Lílian. – Por que todo mundo pareceu abismado quando ele caiu na Grifinória?

    Marlene e Alice suspiraram pesadamente como se fosse um assunto chato e trágico.

    - Os Black são uma das famílias mais tradicionais do mundo bruxo. – Explicou Alice. – Eles não têm uma fama muito boa, grande parte da família é metida com artes das trevas e eles sempre foram da Sonserina. Nunca nenhum Black tinha ficado em alguma outra casa, imagine agora essa casa sendo a Grifinória. – Completou soando quase meio histérica.

     - Qual o problema com a Grifinória? – Lílian perguntou novamente.

     - Nenhum. – Marlene respondeu dando de ombros. – Mas Grifinória e Sonserina são grandes rivais em Hogwarts.

     Mais um longo silêncio se seguiu e as garotas começaram a bocejar.

     - Acho melhor dormirmos agora. – Falou Dorcas. – O dia provavelmente será bem puxado amanhã e não queremos nos atrasar.

     - Não queremos? – Perguntou Marlene com uma falsa decepção e inocência na voz.

     - Não. Não queremos. – Falou Alice e jogou uma pequena almofada que estava em sua cama na colega.

     Lílian fechou o cortinado da cama e virou-se de lado sentindo falta de Fufi e da sua coberta e da sua cama e da sua casa e da sua mãe lhe desejando boa noite. Ela estava com medo do seu primeiro dia de aula. Não saber o que esperar era frustrante.

    - Boa noite! – disse Marlene em meio a um bocejo.

    - Boa noite. - respondeu Lílian em coro com as outras meninas.


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Notas finais do capítulo

Quando eu comecei a escrever a fic eu tinha intenção de usar Tiago Potter ao invés de James, mas acabei mudando de ideia então se tiver algum Tiago perdido no capitulo não estranhem.
A canção do chapéu seletor é a mesma do livro Harry Potter e a pedra filosofal porque eu não tive criatividade suficiente para fazer outra.
Esse capitulo vai ter um bonus com ponto de vista do James e do Sirius, mostrando como foi a seleção pelo olhar desses dois pestinhas e o que foi dito pelo Chapéu. Esse bonus vai ser postado ou hoje a noite ou amanhã dependendo de como o cap for recebido. Até logo.