The 75th Hunger Games escrita por giovanna everdeen


Capítulo 7
Capítulo 7




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A luz do Sol entra pelas janelas do meu quarto, já está amanhecendo e eu não dormi nada. Eu ainda tenho um tempo antes do café-da-manhã. Eu fico deitada, mirando o nada, enquanto o Sol começa a iluminar mais o quarto. Eu me levanto e vou direto para o chuveiro, preciso relaxar um pouco. Depois de sair, vou até o quarto para me trocar, e ouço Finnick me chamando para o café, digo que já vou. Coloco uma camiseta e uma calça simples e vou até a sala para comer. Domus e o estilista de Sam estão na varanda conversando e Sam e Finnick estão comendo. Me sirvo de coisas variadas, e sento-me ao lado de Finnick.

– Está descansada? - Pergunta ele.

– Sim - minto. Na verdade, eu estou acabada. Nem sei como vou treinar hoje, mas tentarei. Domus e o estilista de Sam, que eu ainda não sei o nome, se sentam na mesa e começam a comer. Sam e Finnick conversam sobre pesca, anzóis e como isso pode ajudar na arena. Eu não me interesso nem um pouco neste assunto, mesmo sendo do Quatro. Eu acho os dois bem parecidos na personalidade e na aparência. Menos pelo cabelo. De um certo modo, eles têm uma relação juntos. Parece que eles são amigos há muito tempo, mas eu sei que não é verdade. Por um minuto eu sinto remorso em ter que matar Sam, porque eu gosto tanto de Finnick e não quero deixá-lo triste, porque é óbvio que ele prefere Sam a mim. Se ele tivesse que escolher um de nós, ele escolheria Sam para sair vivo da arena. Balanço levemente a minha cabeça afastando esses pensamentos. Mordo o lábio. Sam olha para mim, eu disfarço, preciso parecer confiante. O café continua assim, e eu não falo nada. Chegamos no treinamento quando só os tributos do Dois e do Um estão lá. Usamos uma roupa com o número de nosso distrito atrás. Os outros vão chegando e finalmente o treinamento começa. Uma mulher alta, forte explica como será. Poderemos ir de uma estação à outra livremente. Finnick nos instruiu à mostrarmos no que somos bons, assim os outros Carreiristas confiarão mais em nós, mas eu não farei isso.

Primeiramente eu vou para a estação de camuflagem, o instrutor me ensina várias técnicas e depois de meia hora eu já aprendi quase tudo. Depois vou para a estação das armas, como lanças e facas. O instrutor me ajuda com as lanças, mas não temos sucesso. Passamos para as facas, ele fala para eu tentar fincar uma no boneco que está a uns seis metros de mim. Eu consigo, e nós continuamos, cada vez mais longe, cada vez mais difícil. Estou ficando boa nisso. Ótimo penso. O sinal para o almoço toca, eu me despeço do instrutor e vou almoçar. Eu me sento em uma mesa no canto, enquanto o lugar vai enchendo. Vejo Sam com os tributos do Distrito 1. Ele acena para mim, mas eu não retribuo. Eu começo a comer, e vejo os três se servindo e vindo em minha direção. A menina, com cabelos curtos e pretos senta ao meu lado

– Sou Breadim - ela sorri. - Sam nos contou que nós vamos fazer uma aliança.

– Ah, é? - pergunto em um tom meio sarcástico olhando para Sam. Breadim balança a cabeça em concordância e Sam sorri. Eu continuo comendo, ignorando-os completamente. O garoto, de cabelos louros e olhos cor de mel, estende sua mão e se apresenta.

– Sou Seeds - ele sorri e eu aperto sua mão.

– Sou Maine - digo. Eles começam a comer e a contar sua estratégia. Pelo que me parece, eles não se deram muito bem com os tributos do Dois.

– Eu tentei fazer aliança com os dois - diz Sam calmamente, olhando para mim e para Breadim - mas acho que eles não ficaram muito animados com a ideia - ele dá de ombros. Olho para o lado, os tributos do Dois estão na mesa ao lado, mas longe o suficiente para não nos ouvirem.

– Por quê? - pergunto.

– Não sei - responde Sam.

– Eles são mais reservados do que os outros tributos do Distrito deles - diz Breadim.

– E se eu tentasse? - pergunto. Mas quando percebo a besteira que acabei de falar, já é tarde demais,

– Tente - Sam sorri. Eu suspiro, tentando achar algum modo de escapar dessa, mas não há. Levanto e vou até a mesa deles. Os dois, ambos de cabelos pretos e olhos castanhos, me olham confusos. Eu me apresento e eles fazem o mesmo, com uma certa desconfiança. Eu começo com um papo sobre a arena, os meus conhecimentos, que não existem, e coisas assim. Finalmente falo sobre uma possível aliança. A garota, Jess, diz, friamente:

– Com você, sim. Mas não com o seu amigo. - Eu olho para Sam que está conversando com Seeds.

– Por quê não? - indago.

– Ele não é de confiança, parece que se fizermos, ele irá nos trair - diz o garoto, Prives. Errado, penso. Essa sou eu.

Fico minutos tentando convencê-los de que ele é de confiança, e que eu garanto que ele não os trairá. Finalmente, depois de eles ficarem de saco cheio da minha voz, a aliança está feita. Eu resolvo ficar na mesa deles mesmo, para ganhar a confiança dos dois. Descubro que Jess era irmã de Clove, uma Carreirista que morreu nos jogos do ano passado. Conto que o meu irmão também morreu nos mesmos jogos. Eu até que gosto de Jess, mas o garoto me assusta. Sem dizer uma palavra, ele só me observa, começa a ficar desconfortável até. Jess também quer vingar a morte de sua irmã. Ela olha para os tributos do Distrito 12, uma garota loura bonita e um garoto ruivo, mas ambos magros demais. Ela o olha como se eles fossem caças. Sinto pena dos dois, porque sei o que os espera.

Em uma hora de conversa, eu já me arrependo de ter feito isso. Não serei capaz de matar Jess.



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