The 75th Hunger Games escrita por giovanna everdeen


Capítulo 4
Capítulo 4




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Agora já está feito. Eu e Sam fizemos uma aliança. Espero que tenha sido a coisa certa a fazer... será que foi? Ainda estou apertando a mão de Sam.

– Você está machucando minha mão - diz ele. Eu a solto, e vejo que estava apertando a mão dele com muita força mesmo, porque sua mão está vermelha.

– Hm, er, desculpe - digo. - Tem uma coisa que eu preciso fazer - saio rapidamente, deixando-o para trás. Estou agora andando no vagão, à procura de Finnick. Por sorte ele está em uma pequena sala com Meverlin. - Finnick!

– Sim? - Ele se vira para mim. Ele espera eu falar, mas não tenho certeza de como dizer isso. Eu solto:

– Você sabe como eu posso falar com o Avox que cuida do meu quarto? - Me arrependo de ter perguntado, mas já foi. Ele me olha confuso, mas é Meverlin que responde.

– Ah, querida - diz ela vindo em minha direção - não tem como. Você não pode simplesmente sair falando com os Avoxes - inventa alguma coisa ordeno a mim mesma.

– Não é isso, é que - penso - eu quero saber onde ele colocou uma coisa minha. - Minto.

– Mas ele não vai te contar, ele não pode falar - diz ela como se eu não soubesse. Eu dou um olhar suplicante para Finnick, mas ele não parece entender.

– Diga-nos o que é, que mandaremos alguém mandar ele pegar. - diz Finnick.

– É uma coisa íntima - digo sem pensar. Que vergonha.

Meverlin suspira. E olha para Finnick.

– Você acha que ele roubou? - pergunta ela para mim.

– Não, de jeito nenhum. - Meverlin fala alguma coisa para Finnick, e ele sai da sala. Eu fico lá esperando. E quando Finnick volta, um homem alto e grande o segue. E atrás desse homem, o garoto Avox o segue de cabeça baixa. Eu devo ter quebrado mais de 50 leis fazendo isso, mas era preciso. O homem diz, com uma voz grossa, que chega a dar medo:

– Sejam rápidos, os dois. - Eu faço que sim com a cabeça e saio, o garoto Avox me segue. Entramos em meu quarto e ele faz um gesto com a cabeça, provavelmente querendo saber o que eu estava procurando.

– Eu menti - digo - menti sobre essa coisa de você me mostrar onde estava sei lá o que - ele me olha confuso, e eu balanço a cabeça. - Não importa muito agora. O que eu quero te contar, é que eu fiz uma coisa, que eu prometi a mim mesma que eu não faria - agora estou andando de um lado para o outro. - Eu fiz uma aliança com o Sam, o garoto desprezível do meu Distrito. Mas só porquê ele me falou que sabia uma coisa sobre meu irmão, e só me contaria se eu fizesse a aliança então eu fiz e agora eu não sei o que fazer para matar ele na arena e agora eu não vou vencer esses jogos e ele vai e eu nunca vou voltar para casa porque só um pode vencer e ele vai me matar antes de eu ter a chance de matá-lo porque ele é um carreirista e eu não e ele só fez essa aliança para me matar mais rápido - percebo que estou falando rapidamente e sem parar assim que o Avox coloca sua mão em meu ombro, um gesto que eu sabia que queria dizer para eu me acalmar. Eu inspiro e expiro calmamente. Ele pega um pequeno caderno, uma coisa que eu trouxe na esperança de usar para desabafar, mas acabei esquecendo dele. O Avox escreve em letra de forma. Uma única palavra. Mas uma palavra que me faz acreditar que ainda tenho chances. Uma coisa ruim, que eu não faria. Mas que é a minha única alternativa.

Ele vira o caderno para mim. "TRAIÇÃO" e sorri para mim. Eu dou um olhar mostrando minha incerteza, mas ele volta a escrever. "ÚNICA MANEIRA" e me dá um olhar triste e depois um sorrisinho. Eu suspiro e digo:

– Ok, vou tentar. - O Avox coloca o caderno em cima da minha cama rapidamente quando ouvimos a porta abrindo. O homem grande pergunta sério:

– Achou?

– Sim - eu digo - obrigada. - O Avox se retira e o homem fecha a porta. Eu pego o caderno e sento na cama. Releio as palavras que o Avox escreveu. "Traição. É o único jeito". Será que ele estava certo? Bom, essa é a minha única opção agora. Mas na arena eu vou ver o que acontece, até lá eu não sei o que vai acontecer. Quando chegamos na Capital ainda estou em meu quarto e é preciso que Finnick bata na porta várias vezes para me fazer sair. Eu me levanto e arranco a página do caderno em que o Avox escreveu, amasso e coloco no meu bolso. Encontro Meverlin, Finnick e Sam na porta do trem me esperando. Finnick pede que eu e Sam fiquemos na frente. Nós obedecemos. Quando a porta do trem se abre vários flashes me cegam. As pessoas estão loucas para terem uma foto dos Carreiristas do Quatro. Mal sabem eles que eu não sou uma deles. Nós descemos e andamos com muita dificuldade. Finnick nos ajuda a chegar até o prédio onde iremos para o centro de transformação para a cerimônia de abertura.

A equipe demora para me preparar, mas agora já estou esperando meu estilista. Mas uma mulher baixinha e com roupas mais esquisitas que as de Meverlin, sombra verde, delineador dourado e com um batom amarelo, ou seja, uma maquiagem super estranha, entra, se apresenta como Domus e começa a me analisar. Eu estou vestindo só um roupão.

A Cerimônia de Abertura é daqui a duas horas, e eu estou faminta. Acho que Domus percebe, porque ela pergunta o que eu vou querer comer. Eu a informo que qualquer coisa está bom. Nós nos sentamos e ela aperta dois botões. Um prato com peixe grelhado, arroz selvagem, verduras e batatas sobe. Peixe, é claro. Eu e Domus não conversamos muito, ficou claro nós duas não nos damos muito bem. Ela só fala de como a Capital é linda e blá blá blá e eu só sei falar da minha família etc. E quando ela pergunta sobre meu irmão, eu fico quieta.

– Ele era um bom garoto - ela diz.

– Você o conhecia? - pergunto.

– Eu fui sua estilista. - Ela dá de ombros. Eu me lembro do traje dele ano passado. Bem simples.

– Bom, precisamos te deixar pronta. Eu pensei em um traje perfeito para você! - Diz ela animada. Ela se levanta e vai até um pequeno armário e traz o vestido. Ele é azul, bem forte em cima e vai clareando até chegar a um azul bem suave no final. O vestido é revestido com uma renda, bom não é bem uma renda. Lembra uma rede de pesca, não ficou feio. Deu um charme ao vestido, e na cintura uma faixa, com alguns peixes, e essa faixa vai descendo até o final do vestido, envolvendo o vestido. Eu até que gosto dele, mas nunca usei uma coisa parecida. A equipe de preparação fez uma maquiagem básica em mim, delineador azul e sombra branca no começo das pálpebras e azul no final, lembrando o mar e a espuma que ele produz. O meu cabelo está preso em um coque elaborado.

Domus me ajuda a colocar o vestido e estou pronta. Agora precisamos encontrar Sam e sua equipe para irmos à cerimônia. Quando encontramos Sam, ele está vestindo um um terno que parece com o meu vestido, mas totalmente diferente. Complicado. Não tem nada de redes ou peixes, o que o estilista dele fez, foi uma brincadeira com os tons de azul.

– Você está perfeita - Sam diz para mim.

– Shh, cala boca - eu respondo.

Nós vamos até o local onde a cerimônia vai acontecer. E quando chegamos lá, eu vejo uma multidão gigante. Provavelmente todo o povo da Capital está aqui. Eu sinto o vômito subindo pela minha garganta. Ah, não.


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Notas finais do capítulo

esse não ficou muito bom, porque eu não queria deixar a viagem do trem muito longa >< desculpa.



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