CAPA 1 -

CAPA 2 -

CAPA 3 -

Hesitante, bati na porta.

 Não ouve resposta.

 Tentei bater de novo, mas a mesma se abriu e eu o vi.

 - O que você está fazendo aqui? – Ele perguntou com um meio sorriso nos lábios, embora a confusão a visível.

 - Senti sua falta. – Eu sorri inocentemente. Ele ficou paralisado por um tempo, mas então me olhou como se tivesse entendido tudo.

 - Que história foi aquela do pai da Piper?

 - Posso entrar? – Ignorei a pergunta e ele saiu da porta para que eu entrasse. O apartamento dele era pequeno e aconchegante, cheio de livros e estantes espalhados por todos os lugares. Tinha uma escrivaninha que estava repleta de jornais e cadernos e o sofá estava coberto de cobertores.

 - Não liga a bagunça não. – Ele fechou a porta e se sentou no sofá, tirando alguns dos cobertores.

 - Ah, tudo bem. – Eu sorri, sentando-me ao seu lado.

 - Então? A que devo essa visita, Jennifer? – Ele me olhou no fundo dos olhos e eu pensei se não teria ido longe demais, cedo demais.

 - Não te vejo há um tempo. – Dei de ombros.

 - Eu tenho estado ocupado.

 - Estou vendo. – Olhei ao redor.

 - Foi por sua causa que a Piper veio me pedir meu endereço, né?

 Assenti lentamente a fim de ver se ele estava irritado ou alguma coisa assim, mas tudo o que vi foi seu lindo meio sorriso.

 - Você é a primeira aluna que entra aqui. – Ele se levantou e começou a pegar todos os cobertores e ir para um cômodo que deveria ser seu quarto.

 - Você me vê realmente como só uma aluna, né? – Eu sussurrei enquanto o seguia pelo apartamento.

 - O que quer dizer com isso? – Ele juntou as sobrancelhas e colocou as cobertas em um grande baú.

 - Você disse que estava apaixonado por mim... – Hesitei. – Mas no fim, sou só mais uma aluna para você.

 - E eu sou só mais um dos professores que você beija. – Ele não olhou para mim enquanto falava, mas eu percebi na voz dele uma pontada de... Arrependimento?

 - Como você...?

 - Ontem, quando eu tinha acabado de dar aula para sua amiga. Uma professora chegou perto de mim e perguntou se eu já queria me demitir. – Ele terminou de arrumar os cobertores no baú e virou para me olhar. – E então eu fiquei sabendo que você é assim com todos os professores, só pra eles se demitirem depois. – Sua expressão era fria e eu não sabia o que falar. – Jennifer, isso é verdade?

 - É. – Eu murmurei.

 - E você está esperando que eu me demita também?

 - Eu... Não! – Juntei as sobrancelhas. – Eu não quero que você seja só mais um.

 - Não mesmo?

 - Não. – Podia sentir seus olhos me atravessarem enquanto eu respondia à suas perguntas.

 - Porque não prova? – Ele perguntou, mas eu não sabia do que Dylan estava falando até... Até ele chegar a centímetros de mim e passar a mão pela minha cintura, fazendo com que meus lábios se encostassem aos dele.

 - O que está fazendo? – Eu sussurrei.

 - Mostrando-lhe como é que você deve se sentir. – Ele sussurrou de volta e tomou meus lábios carinhosamente.

 Eu não sabia muito bem até onde ele deixaria chegar, mas estava feliz que finalmente tinha fisgado-o.

 Ele traçou uma linha de beijos pelo meu pescoço, fazendo-me arrepiar até os pêlos da nuca. Fechei os olhos e deixei que ele finalmente se tornasse especial para mim.

 - Porque a súbita necessidade de me beijar? – Perguntei enquanto ele me guiava até a cama.

 - Não quero ser só mais um na sua lista. Quero que você se lembre de mim com os melhores pensamentos possíveis. – Ele me lançou um olhar malicioso.

 Sorri e guiei seu rosto até o meu, intensificando o beijo a cada toque. Ele passeava com suas mãos pelas minhas costas, fazendo-me tirar a blusa fina que sobrepunha outra.

 - Você não é virgem, é? – Ele parou de repente e me encarou com seus profundos olhos castanhos.

 - Por acaso eu tenho cara de virgem? – Arqueei uma sobrancelha e ele sorriu. Fui jogada na cama e ele caiu em cima de mim.

 Eu passava as unhas nas suas costas, por baixo da camiseta, enquanto ele segurava forte minhas coxas. Em um rápido movimento, joguei a parte de cima da roupa de Dylan no chão e consegui uma boa visualização de seu peito definido. Aquela paisagem só me fez querê-lo ainda mais. Rolei na cama e agora quem estava por cima era eu, beijando-o com tal ferocidade e desejo, que era difícil saber a quanto tempo estávamos assim.

 Dylan colocou a mão por baixo da minha blusa e me olhou como se quisesse pedir permissão. Eu sorri e em dois segundos, as peças de roupa que antes estavam no nosso corpo, agora se encontravam esparramadas pelo chão.

 - Jennifer Connor. – Ele chamou enquanto brincava com o feixe do meu sutiã.

 - Sim, Dylan Tunner? – Eu o fitei enquanto suas mãos desabotoavam a peça.

 - Tenho que admitir. – Ele sorriu maliciosamente enquanto deslizava com as mãos pelas minhas costas nuas. – Você é a aluna mais gostosa que eu já dei aula.

 - Isso são modos de falar com uma estudante? – Eu sorri e mordi a parte inferior dos lábios, enquanto via a imagem de um cara extremamente delicioso beijando minha barriga.

 Ele sorriu e continuou a beijar meu tronco, indo até meus seios e descendo novamente à altura da calcinha. Desabotoei seu cinto e baixei sua calça até visualizar uma cueca Box branca.

 - Que sexy. – Ri, divertindo-me com a expressão de Dylan, que variava entre vergonha e malícia.

 - É bom aproveitar então. – Ele sorriu e se lançou novamente em cima de mim, tomando meus lábios com ferocidade, enquanto passava as mãos em minhas curvas.

 Eu alisava seus cabelos castanhos e arranhava suas costas, fazendo-o tremer. Meus pensamentos naquela hora... Acho que só conseguia me concentrar na imensa onda de prazer que me fazia arrepiar. Dylan agora parecia estar focado na última peça de roupa que tinha restado. Minha calcinha.

 Ele estava pronto para tirá-la, e eu sabia que ele o faria, quando ouvi um toque familiar. Vindo de debaixo da cama. Parei o beijo ofegante e saí da cama, pegando qualquer blusa que encontrei no chão para me cobrir parcialmente.

 Encontrei meu celular e atendi, tentando recuperar o fôlego.

 - Alô?

 - Jennifer. – A voz do meu pai soou do outro lado.

 - Que foi? – Sentei novamente na cama, dando as costas ao Dylan.

 - Está muito longe de casa?

 - Não. Por quê? – Tentei ficar séria, enquanto sentia o moreno beijar minhas costas delicadamente.

  - Venha para cá. – Ele disse simplesmente e desligou.

 Olhei para Dylan, mordendo a boca.

 - O que? – Ele pareceu preocupado.

- Desculpe, preciso ir. – Peguei minhas roupas e comecei a me vestir.

 - O que? Por quê? – Ele ainda não tinha saído da cama.

 - Eu... Não sei, mas preciso ir.

 - Não pode ficar só mais um pouco? – Ele fez cara de cachorro abandonado. Sorri a contragosto.

 - Não. Desculpe. – Acabei de colocar a sandália e beijei meu professor de português novamente, antes de ir para o Inferno na Terra.