A Preferida escrita por Roli Cruz


Capítulo 16
Pela primeira vez, sinto falta


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer - de nooovo - aos leitores e os reviews que eu recebo *o*
Meu dia fica mais feliz com vocês kkk
Aqui está mais um capítulo, ainda hoje eu posto outro.
Queria lembrar sobre a escolha da capa. Esse capítulo não vai ter Banner, vai ter TRÊS capas. Sim. TRÊS. Meu querido leitor VincentDeLeon mandou uma para adicionar às opções.
Brigada Vince ;*
Agora, sem mais enrolação.
Enjoy =D



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CAPA 1 -


CAPA 2 -


CAPA 3 -


– Eu estou falando sério.

– Eu também, Amani. – Eu o olhei suplicante. – Você não sabe mesmo quem ele é?

– Não. – Ele respondeu secamente.

– Não sabe nada? Nem reconhece o nome Nicholas? – Insisti.

– Já disse que não. – Ele me olhou de cara feia.

– Você não precisa ser grosso. – Eu rebati ofendida.

Ele simplesmente se limitou a balançar a cabeça negativamente e me olhar com frieza.

– E eu realmente pensei... – Ele hesitou – Eu realmente acreditei que você iria mudar. – Amani desviou seus olhos de mim e foi andando até a cozinha. Fui atrás.

– Mudar? Porque eu mudaria?

– Nada não, Jennifer. Esquece.

– Porque você está sendo assim comigo? – Eu perguntei, tentando me manter calma.

– Assim como?

– Como se eu fosse um rato de laboratório com um erro grave.

– Eu não te trato assim. – Ele foi até o refrigerador e pegou uma lata de alguma bebida que eu não vi.

– Não? Eu vou gravar nossas conversas de quando eu venho aqui, pra você ver como eu sou obrigada a me sentir. – Eu o segui pela cozinha enquanto ele preparava o pedido de um cliente.

– Se eu te trato tão mau assim, porque você continua vindo aqui? – Ele continuou seco.

– Porque eu tenho a esperança de que você ainda vai pôr a mão na consciência e ver, que ainda é meu amigo e não precisa me tratar desse jeito! – Eu disse rápido, antes que começasse a gritar.

– Olha Jennifer, - Ele se virou e me fez parar para encará-lo. – Você tem sempre todas as pessoas que te admiram, do seu lado. Porque precisaria de mim por perto?

Eu o olhei, totalmente incrédula. Não fazia sentido ele me perguntar isso.

– Porque eu gosto de te ter por perto. – Eu murmurei. Ele deu um sorriso de escárnio e recomeçou a andar pela cozinha.

– Algum dia você parou para pensar que todas essas pessoas podem estar sendo falsas com você? Já parou pra pensar nos amigos que você realmente tem?

– Já... – Eu abaixei minha voz para que ficasse em um sussurro.

– Então porque você ainda corre atrás das pessoas erradas? – Ele perguntou ainda frio.

– Amani... Aonde quer chegar? – Ele abaixou a cabeça e suspirou profundamente.

– Eu não posso lhe dizer, você vai ter que descobrir isso sozinha. Desculpe. – Então ele saiu e voltou para o balcão.

– Não! Espera aí! – Eu fui atrás. – Agora você vai me explicar o porquê de você me tratar assim!

– Jennifer! – Ele me repreendeu e voltou para a cozinha, provavelmente para os clientes não nos ouvirem.

– Amani! Eu preciso saber o motivo de não ser mais bem recebida por você!

– E eu continuo sem entender o motivo de você se importar! – Ele rebateu.

– Por que você é meu amigo! – Lágrimas se acumularam nos meus olhos, porque ele estava sendo tão grosso comigo?

– É mesmo? Sou? Pois não parece! – Ele deu as costas para mim e saiu pela porta dos fundos. Lógico que eu fui atrás.

– Amani Di Mario! Volta agora aqui! – Saí pelos fundos e não me preparei para o que vi. Meu amigo estava abaixado, segurando fortemente os joelhos e com a cabeça enterrada nos braços. – Amani... – Eu sussurrei e fui para perto dele. O corpo dele tremia. – Você está bem?

– Não se preocupa co... comigo! – A voz dele falhou enquanto ele continuava na mesma posição.

– Como não? Você está tremendo! Que foi?

– Vai embora Connor. – Ele continuou com a cabeça abaixada.

– Hey... Me conta o que... – Eu parei assim que ele levantou os olhos para me olhar.

– Já... Falei... Pra você... Ir embora. – Ele tremia entre as palavras. Seus olhos estavam cheios de lágrimas, e eu sabia que ele fazia força para não deixá-las cair. Seu rosto estava vermelho e ele continuava a tremer. Temi que fosse de raiva.

– Eu... – Arregalei os olhos com jeito que ele falava. Levantei-me devagar e fui andando até a rua. Mas parei assim que ele me chamou com a voz fraca.

– Sabe do que mais? – Ele tentou sorrir, mas parecia uma careta. – Quando eu disse que não queria ser um dos mil homens que você vai quebrar o coração, você nem se importou em saber o porquê de eu falar assim. Sinceramente, ou você é muito ingênua, ou muito cega. – Ele tentou se levantar e ficou em pé com alguma dificuldade. – Sabe que conclusão eu tiro disso tudo? – Ele me olhou provavelmente querendo uma resposta.

– Eu... Não. – Abaixei a cabeça. – Que eu sou uma idiota? – Chutei. Olhando-o de canto.

– Não Jennifer. – Ele tentou sorrir novamente. – Outra coisa. Muito pior.

– O que? – Me atrevi a perguntar e na mesma hora, me arrependi:

– Você não sabe o que é amor.

*

– Jenny? Você está bem? – Meu pai se levantou do sofá e foi atrás de mim quando percebeu meu estado.

– Não. – Eu respondi e fui direto para o quarto.

Peguei meu celular disquei o número de Piper.

– Alô? – Ela atendeu.

– P-Piper. – Chamei enquanto tentava me recompor.

– Que aconteceu? – Ela perguntou com urgência.

– Eu fui hu-humilhada. – Eu soluçava enquanto minha voz falhava a cada palavra.

– Por quem?

– Pe-pelo Amani. – Não aguentei. Comecei a chorar e quando agucei meus ouvidos, vi que ela tinha desligado. Caí na cama e quis me afogar em minhas próprias lágrimas. Tinha perdido dois grandes amigos no mesmo dia.

Passaram-se cinco minutos e eu ainda chorava perdidamente. Bateram na porta do quarto, mas eu não disse nada. Sabia que se eu falasse, choraria mais ainda.

– Jenny? – Uma voz doce soou da porta e eu levantei minha cabeça imediatamente. Minha melhor amiga estava vindo na minha direção com os braços estendidos. Levantei e a abracei. – Hey... Não fica assim. – Ela tentava me acalmar. – Pode deixar que eu vou dar uma lição naquele metido à besta. – Piper sussurrava nos meus ouvidos e eu me sentia mais feliz por não a ter perdido também.

– Eu... Ele... Não sei... O que é... – Eu tentava falar, mas não conseguia, minha voz falhava e mais lágrimas caíam.

– Shh. Shhh. Pode deixar que depois você vai me contar tudo. – Eu a encarei, e a negra sorriu para mim em resposta.

– Ah, Piper. – Voltei a abraçá-la e pela primeira vez, senti que precisava de uma mãe. Para fazer exatamente o que Piper estava fazendo agora.


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Notas finais do capítulo

Por favor, ajudem com a decisão da capa. É muito importante!
beijoos.
;*