Você Estará de Volta escrita por VenusHalation


Capítulo 23
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eu enganei todo mundo! huashuashuashuashuas... *Ouçam minha risada maligna*
Mas, sério, esse é o fim definitivo!



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Já havia alguns anos desde que tudo estava em paz. Finalmente Usagi estava com Mamoru e já eram conhecidos por seus títulos de monarcas, - embora preferissem manter também uma vida"normal" na Terra - além de que há muito que ameaças grandes não apareciam, apenas alguns youmas inconvenientes, e o reino da lua crescia próspero e feliz como sempre deveria ter sido séculos antes.

A pequena lady de cabelos rosas corria pelos campos do palácio de cristal acompanhada pelo Sailor Quartet, sua própria guarda, sob o sol frio da manhã. Venus observou de longe as meninas rirem, Chibiusa estava crescendo, apenas 3 anos e já tinha tanta energia, o tempo havia passado rápido.

A loira apoiou sobre o cotovelo na sacada e prestou atenção nas palavras ditas, palavras apaixonadas e felizes, inocentes e amáveis. Viu a pequena princesa tropeçar e ser aparada pela criança mais velha, Ceres a segurou e abraçou como uma irmã. Lembrava muito ela mesma, tão responsável e dedicada como uma verdadeira guardiã.

– Divagando, lady Venus? – Uma voz chamou no interior.

– Olá Artie! – Riu da formalidade. – Insiste em me chamar assim aqui?

– Mina, não seja tão casual! – Abriu um sorriso torto, o gato também odiava tais títulos.

– E você, não seja tão chato. – Balançou a cabeça negativamente.

– Como acha que elas irão ficar? – Mirou as meninas no jardim.

– Vão ficar bem. Eu as estou treinando, lembra?

– Sim, eu não duvido de sua capacidade como senshi! – Respondeu alegre e se adiantou. – Mas me preocupo com você como pessoa...

– O que quer dizer? – Arqueou as sobrancelhas.

– Como seu tutor e amigo, me perguntou várias vezes se você é realmente feliz... – Artemis suspirou pesadamente. – Sabe, se não lhe falta algo.

– Não seja bobo! – Seu sorriso saiu forçado, porém já muito bem treinado. – Eu tenho meu dever, você, as meninas, tenho a Aliança de Prata formada e em paz, o que mais eu poderia querer? Eu sou feliz!

– Um namorado, talvez. Sabe, é engraçado ver a senshi do amor assim... Sozinha. – A palavra parecia sair meio dura ao vir de Artemis.

– Eu tenho todo amor de que preciso, Artie. – Mais uma vez o sorriso doce e treinado apareceu em seus lábios. – E isso inclui o amor que tenho por você.

– Não é sobre a maldição de Ace* ou algo do tipo, não é?

– Não quero falar sobre Ace e suas cartas estúpidas. – Bufou. – Eu estou bem, é sério. Além disso, todas nós estamos sozinhas, exceto Haruka, Michiru e Usagi

– Faz sentido... – Podia ler, no fundo dos olhos azuis de Mina, que não era verdade, mas o guardião não seria tonto o suficiente para argumentar. – Mas estou aqui por outro motivo.

– Não fale em diplomacias, por favor.

– Na verdade, vai parecer estranho... Mas o rei que vê-la. – Coçou a cabeça. - Você precisa vir comigo.

– Diplomacias! – Revirou os olhos. – Eu estava adivinhando!

Riram juntos da falsa indignação da loira e foram juntos para poderosa sala do trono de Tóquio de Cristal. Minako foi agarrada pela rainha em um salto no pescoço com um abraço apertado e visivelmente feliz.

– V-chan! – Manteve o abraço sufocante.

– Minha rainha, não aperte tanto! – Tentou empurrar a amiga o quanto pode, estava sentindo a falta de ar pelo aperto.

– Minako Aino, nós somos amigas! Não deveria me tratar assim! – Fez beicinho se afastando um pouco. – Você está ficando má e velha como a Rei!

– Não é possível, Usagi, você não vai crescer nunca! – Deu passo para trás e reverenciou a outra figura sentada olhando a cena tranquilamente. – Rei Endymion.

– Lady Venus. – Acenou com a cabeça.

– Vocês dois são muito chatos. – A rainha estendeu a palavra "chatos" mensurando a estranheza do comportamento do marido e amiga e voltou ao seu trono.

– A que devo o chamado, vossa graça?

– Preciso que prepare uma cerimônia de boas-vindas. – Mamoru foi breve em seu pedido.

– Quem vamos receber, senhor? – A senshi olhou interrogativa.

– Alguém importante, algo que diz respeito somente a mim, por enquanto. – Manteve-se sério. – Só peço para que faça algo reservado e simples para essa noite.

– Me desculpe, vossa graça, mas não poderia deixar a segurança de minha rainha ser prejudicada por tal sigilo, gostaria de saber com quem estou lidando. – Minako foi ríspida, mesmo depois de tantos anos, ela tornara-se desconfiada e não aceitava receber ordens que não da mulher que jurou proteger.

– Mina, confie em mim, não há problema. – Neo Queen Serenity interveio, fazendo-se presente antes da Usagi brincalhona com seu olhar bondoso e aura extremamente calma. – Apenas faça-o, prometo que será melhor manter a surpresa.

– Mas... – A expressão de súplica da rainha sobre ela a fez amolecer. – Certo, eu vou prepará-lo.

– V-chan, você é ótima! – A rainha saiu correndo, pulando no pescoço da amiga outra vez.

– Usagi! – Repreendeu sem conter o divertimento e se soltou do abraço.

– Desculpe.

– Posso saber ao menos com quantas pessoas estou lidando?

– Apenas uma, milady. – O homem sorriu compreensivo.

– Menos mal. – "Talvez seja Helios vindo da terra dos sonhos", pensou. -Com a licença de vocês, majestades, tenho muito a fazer. – Reverenciou e saiu da sala do trono.

Minako parou os pensamentos ruins, afinal, haviam muitos anos que nada acontecia e tentou manter a alma tranquila solicitando Artemis para ajudá-la nos preparativos daquela noite.

Passaram primeiramente pela cozinha, onde deu as primeiras ordens claras para o jantar às pressas. Como algo simples e apenas para um, pediu para manterem o cardápio normal do e solicitou a presença de Makoto para que caprichassem na sobremesa, doces eram sempre especiais e ela sabia que agradaria a rainha com algo feito pela guerreira de Júpiter.

Seguiram ao encontro de Rei, a princesa de marte estava na arena de treinamento, lançando flechas em alvos já gastos e marcados pelos rastros negros deixados pelo fogo. A ela foi solicitado os preparativos do cerimonial de recepção, o que Artemis viu mais como sendo o comitê de proteção a rainha e a pequena lady com um nome menos ofensivo, afinal, a loira tinha feito questão de sugerir Haruka como a principal ajudante da montagem.

Ami ficou responsável pela logística da recepção e Michiru pela decoração junto com Hotaru, Setsuna foi escalada para supervisionar o preparo do Sailor Quartet. Tudo caminhou tranquilamente, a recepção do desconhecido foi combinada pontualmente às nove da noite.

A lua dava o ar de sua graça, cheia e refletindo a poderosa luz do sol sobre o Palácio de Cristal, fazendo a edificação reluzir em vários pontos furta-cor sobre as cortinas brancas escolhidas por Michiru para enfeitarem a sala do trono. Guardas formavam um corredor pelo tapete marfim estendido da porta até os três tronos, onde o rei e a rainha eram separados pela filha – Que balançava as perninhas no ar alegremente - ao centro. As Scouts estavam em seus fukus, divididas em grupos seis de pé ao lado de seus soberanos, haviam recebido ordens bem claras de manterem a guarda alta. Ao lado de Usagi, Minako tentava manter-se paciente, mexia no cabo da espada sagrada em sua cintura diversas vezes e trocava olhares com Artemis que aguardava com Luna na porta fechada.

– Vai ficar tudo bem. – Sailor Venus fez a leitura labial do amigo do outro lado, que sorriu com satisfação. Aquele olhar do gato denunciava que ele já sabia quem estava por vir e aquilo a tranquilizou.

A primeira corneta soou, a pesada porta de cristal foi puxada pela forma humana dos guardiões felinos, assim que o som cessou. Ao centro, o homem veio de queixo erguido e ar real, dentro de um uniforme branco que as inners conheciam muito bem. Os olhares chocados foram trocados entre elas, acompanhados das expressões confusas das outers que sentiram a tensão daquelas que eram mais próximas a princesa da lua.

O homem se ajoelhou diante do trono, Sailor Mars foi a primeira a querer intervir, mas foi impedida por um movimento rápido do rei que se levantou e caminhou até o outro pedindo para que se levantasse recebendo o homem loiro com um abraço.

– Meu irmão, é bom tê-lo de volta. – Falou baixo o suficiente apenas para que ele ouvisse, deu tapinhas em suas costas e virou-se para as guerreiras e a família. – Miladys, tenho o prazer de apresentá-las o novo membro de minha guarda: Este é Jun Aoki, general do extremo oriente. Sei que costumavam conhece-lo como Jadeite no passado, mas creio que precisamos olhar para o futuro.

– Majestades. – O loiro subiu as escadas, beijou as mãos das rainha e princesa, e voltou a descer voltado para as outras. – Miladys. – Reverenciou.

– Seja bem-vindo! – Um sorriso genuíno esboçou o rosto de Usagi. – É muito bom que um amigo tão próximo do meu Mamo-chan esteja de volta.

– Sei que isso parecerá muito confuso para todas vocês, principalmente as outers que não tiveram contato com meu Shitennou, mas garanto que tudo será explicado com o passar dos dias. - Endymion desembainhou a espada da cintura e ficou de frente para o soldado.

Jun ajoelhou-se, conhecendo bem aquele movimento, sentiu o aço gelado da espada tocar-lhe ambos os ombros parando sobre a cabeça.

– Jura, sobre essa espada, que será leal a mim como seu rei, a minha família e ao reino de Tóquio de Cristal? – A voz de Mamoru ecoou pelo salão.

– Sim, eu juro. – A satisfação era palpável na voz do outro.

– Jura proteger aos meus súditos como um legítimo general Shitennou?

– Sim, eu juro.

– Jura ser leal, cumprir com seu dever dando a vida se necessário?

– Sim.

– Jura, que acima de qualquer coisa, independente do que possa acontecer... – O homem fez uma pausa, aguardando o olhar do outro sobre o seu. – Que vai ser feliz?

– Meu rei... – Os orbes quase saltaram das órbitas.

– Jure pra mim, Jadeite... Não, Jun: Jure que vai tentar ser feliz.

– Sim, eu juro! – Não pode evitar sorrir e lançar um olhar de soslaio para Sailor Marte mais adiante.

– Declaro-te um membro Shitennou, meu único e primeiro general em comando! Bem-vindo de volta! – Voltou a espada para a cintura e ajudou o homem a se levantar. – Alguém quer jantar? – Bateu as mãos e os guardas mudaram o corredor com direção ao salão de jantar.

Endymion e seu novo guarda saíram na frente, acompanhados pelas mulheres. Sentarem-se a mesa em um clima um pouco sem graça, o rei conversava animadamente com Jun e não sorria tanto desde o nascimento da própria filha.

Conversas casuais foram formadas entre perguntas curiosas das pequenas meninas do Sailor Quartet e a confusão das outers – com exceção de Setsuna que sorria enigmática ao ver como a cena se desenrolava – as inners abriam a boca apenas quando lhes era solicitado, principalmente Rei, que parecia mais nervosa do que de costume ao receber os olhares do novo general sempre que ele podia. O jantar terminou com um belo bolo de chocolate e cerejas feito por Makoto sendo servido e elogiado por todos, inclusive, Chibiusa tinha uma boa quantidade da iguaria em seu rosto, depois de adormecer em cima do prato sujo de cobertura.

– Imagino que hoje deva ter sido um dia cansativo para todos vocês, acho que já é hora de descansar, não é mesmo? – Neo Queen Serenity foi a primeira a se levantar e acariciou a cabeça da criança deitada sobre a mesa fazendo todos soltarem um riso sobre a cena. – Luna, leve Jun para seus aposentos, as outras já sabem que caminho tomar.

– Sim, majestade. – A mulher se levantou e esperou o loiro.

– Com suas licenças. – Empurrou a cadeira para longe e também se colocou de pé. – Foi uma noite muito agradável, obrigada pela recepção, majestades.

– Não acostume-se com isso. – Mamoru brincou.

– Eu poderia me acostumar facilmente. – Retrucou. – Mas admito estar cansado, boa noite meu rei, rainha, princesa, miladys. – Reverenciou e foi acompanhado por Luna.

Assim que o homem deixou a sala, todas as senshis presentes foram dispersando-se, guardando as perguntas para depois do longo dia de choque, sabiam que o rei não gostaria de falar sobre o passado, como foi explanado por ele em seu discurso na sala do trono ao mencionar o novo nome de Jadeite. Todas sabiam, mas uma fazia questão em não esconder o incomodo em seu peito.

– Foi uma noite de surpresas. – Minako interceptou a saída de Mamoru, que tinha Chibiusa nos braços.

– Minako? – Olhou surpreso para a senshi.

– Querido, dê-me nossa pequena lady. – A rainha estendeu os braços e deu-lhe um olhar compreensivo de que aquilo era necessário. - Eu vou subir e vamos lhe aguardar voltar, certo?

– Usako, eu...

– Está tudo bem! – Esticou o pescoço para receber um beijo rápido e pegou a menina no colo. – Boa noite, Mamo-chan, Boa Noite, V! – Saiu, deixando o marido e amiga sozinhos.

O cômodo da sala de jantar foi tomado pelo som dos empregados retirando o resto das louças da mesa. O rei olhava impaciente para a senshi a sua frente e Minako tinha muitas perguntas, mas parecia que nenhuma delas conseguia se formar de forma coerente.

– Desde quando? – Foi a única frase que conseguiu formar diante de tantas outras.

– Vem comigo, Mina. – Virou-se fazendo a capa de sua roupa farfalhar.

Desceram para a pequena sala onde Mamoru, por vezes, gostava de ficar para estudar, ler ou manter um tempo só, raríssimas eram as pessoas a entrar no local, tanto, que o próprio era quem mantinha a limpeza e a organização da sala. O rei caminhou até uma cômoda simples e lá de dentro puxou uma pequena caixa de madeira, trazendo-a para Venus aberta, revelando em seu estofado de veludo vermelho, quatro pequenas pedras.

– Essas são... – Levou uma das mãos a boca.

– Sim, são as pedras que o Cristal de Prata fez ao restaurar meu Shitennou daquela vez. – Colocou a caixa sobre uma mesa de mogno. – Às vezes ele apareciam para mim e eu buscava seus conselhos.

– Por isso você passava tanto tempo aqui. – Soltou um riso baixo de desdém. – Não sabia que podia conversar com eles.

– Sim, eu podia.

– Por que nunca nos contou?

– Não sei, talvez medo de vocês destruí-los. – Deu de ombros. – Não pense que eu não entendi toda a sua segurança com Rei e Haruka.

– Talvez você estivesse certo. – Balançou a cabeça. – Mas não consegui sentir nada em Jadeite, Jun, seja lá qual for o nome dele...

– Acha que as outras sentem o mesmo? – Olhou suplicante.

– Se Rei ou Haruka não pularam em seu pescoço, imagino que sim. Pode não parecer, mas confiamos em você como nosso rei, um pouco. – Soltou uma risada triste.

– "Um pouco", você diz. – Devolveu a piada.

– Somos adultos, meu rei, sabemos que todos estamos suscetíveis a sucumbir as trevas. Veja Hotaru e, até mesmo, sua filha já caiu pro mal em outra era. - Alisou os próprios cabelos e enrolou um dos fios no dedo indicador. - Ambas voltaram para nós e confiamos nelas, então... Acho que podemos ceder a essa chance. Por que seria diferente com Jadeite?

– Fico feliz que compreenda.

– Então... – Mexeu os dedos nervosamente. -Ainda não me respondeu: Desde quando?

– Desde o nascimento de Chibiusa eles não apareciam mais quando eu chamava. – Olhou para a caixa. – Fiquei um pouco triste, confesso, mas imaginei que eles finalmente estivessem com as almas livres. Então, há pouco mais de um ano, eu estava trabalhando no hospital e Jun apareceu na emergência, o reconheci de imediato.

– E ele?

– Bem, ele não se lembrava de nada e fiz com que ele voltasse diversas vezes ao hospital com a desculpa de que sua gripe comum podia ser algo realmente mais sério. – Coçou a cabeça reprimindo um riso.

– Você jogou sujo! – Minako permitiu-se dar um soquinho no ombro do moreno.

– Sim, eu joguei. – Apertou os lábios. – Mas eu não poderia perder um irmão de novo, acho que você entende... Acho que todas vocês devem entender esse sentimento.

– Acredite, mais do que ninguém. – Voltou os olhos para cima pensando nas vezes em que quase vira suas amigas perderem a vida. – E como ele recuperou a memória?

– Pouco tempo depois, visto que suas idas e vindas ao hospital não remetiam a nada eu deixei pra lá. Até que um dia ele bateu na porta do consultório e se ajoelhou, foi bem estranho. – Gesticulou com os braços ao lado da cabeça. – Então, passamos alguns meses planejando sua volta, conversei com Artemis, pois ele era o único homem com quem podia contar e ele disse que era melhor deixar em segredo por um tempo até ele poder avaliar a situação. Então, chegamos a hoje.

– Gato traíra!

– Pra mim ele foi muito leal. – Riu outra vez, era visível que estava muito alegre naquela noite. – Minako, me diga: O quão você lembra?

– Bom... – A pergunta a pegara de surpresa, desde que tinha treze anos ela parecia ser a única que tinha traços mais claros da memórias, além disso, vinha se lembrando de muitas coisas e era bem capaz que fosse a única a ter tais lembranças. – Acho que... De tudo.

– O que você realmente quer saber? – Um brilho surgiu dos olhos de Endymion naquele momento.

– Eu quero... – Mina levou uma das mãos ao peito, sentia uma dor pulsante ali, queria apenas uma resposta e estava ciente de que seu rei sabia disso.

– Olhe aqui, Minako. – Mamoru se aproximou e segurou seus ombros, encontrando os olhos da senshi marejados. – Eu sinto muito, mas não tenho essa resposta. Juro que eu gostaria de ter, ele era meu líder e meu melhor amigo, você sabe. Acho que você sabe que gostaria muito de saber o paradeiro dele, não apenas dele, mas de todos os outros. Talvez eles estejam como Jadeite estava, vagando como um civis mundo afora sem consciência de nada. Eu tenho a esperança de que estejam e o que nos resta é esperar.

– Eu acho que pra quem já esperou por um Milênio, pode aguardar mais um pouco, não é? – Uma lágrima teimosa escorreu pelo rosto alvo.

– Eu sei bem o que é a espera, milady. – O homem virou-se e pegou a pedra rósea de formato retangular de dentro da caixinha e estendeu a ela. – Um presente para você, essa pedra se chama kunzita.

– Obrigada, meu rei. – Segurou a pedra sentindo sua textura lisa e superfície gelada. – Devo ir e você também, Usagi deve estar impaciente e, com certeza, já fez uma bagunça tentando não despertar a pequena lady para limpar o bolo.

– Boa noite, lady Venus. – Fez um aceno com a cabeça.

– Boa noite, majestade. – Saiu da sala e dirigiu-se ao seu quarto.

Já dentro do cômodo, foi até a sacada e começou a analisar a pedra em suas mãos, passou o polegar pela superfície carinhosamente. A alma de Kunzite havia estado ali dentro, aquele que ela mais havia amado havia sido conteúdo daquele objeto tão simples em suas mãos. Seus lábios tremiam quando ela beijou o mineral, sabendo que se o destino quisesse eles estariam reunidos outra vez para cumprir uma velha promessa de uma vida antes dessa. Ela iria esperar.

Em uma cidade próxima, na noite japonesa, um jovem de cabelos grisalhos acordava suado e ofegante por consequência de um pesadelo que envolvia um palácio, uma guerra e uma visão borrada de uma deusa loira de olhos azuis.


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Notas finais do capítulo

Quer dizer... QUASE o fim!
Eu estou escrevendo outra fic. que é consequência dessa! HÁ! *Pegadinha do malandro*
A sequência está aqui e chama-se "Iterum Te":
http://fanfiction.com.br/historia/504942/Iterum_Te/
Acho que é isso



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