Você Estará de Volta escrita por VenusHalation


Capítulo 13
Capítulo 12 - Raiva




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Então, aquilo era poder. Adônis, pela primeira vez, sentia a corrente de choque espalhar por suas veias e tomar cada centímetro de seu corpo.

Ele havia seguido Beryl e encontrado Neherenia do outro lado do espelho. Bastou um simples e leve toque no reflexo da mulher para que conseguisse todo o poder escuro que tinha. Havia tomado a decisão de juntar-se a Beryl após ter certeza de que Venus não o daria qualquer chance com Kunzite em seu caminho. Era tudo culpa da princesa da lua e estava convencido disso. A influência do poder negro, misturado aos sentimentos de rejeição, foi fácil convencê-lo.

– Como se sente? - A voz de Beryl invadiu-lhe os ouvidos, enquanto ela o abraçava pelas costas. - Esse é o poder que Neherenia me mostrou, nós dispertamos Metallia... Podemos conseguir tudo!

– Me sentir melhor é impossível. - Afirmou em um sorriso delicioso.

– Já sabe o que fazer, querido? - A ruiva girou e acariciou o rosto dele, parando a sua frente.

– Exatamente o que fazer... - Desceu as mãos até a cintura da mulher e a beijou fervorosamente. - Minha rainha.

O general e a líder senshi estavam novamente na sala de guerra, e não faziam questão de sair. Ela, sentada de um lado da mesa, selando mais um relatório para envio. Ele, riscando algum mapa que - com toda certeza do universo - havia sido borrado pelos dois no dia anterior. Trocavam olhares divertidos e cheios de desejo, parecia que adrenalina era sua maior amiga e correr perigo era o maior prazer dos amantes.

Venus olhou por cima da carta que soprava na esperança de fazê-la secar mais rápido e viu o companheiro de sala rir divertido.

– Qual o problema, há algo engraçado? - Parou de soprar.

– Tem tinta em seu rosto. - Sorriu de lado e apontou.

– Onde? - Colocou a carta de volta a superfície e esfregou a bochecha.

– Está piorando a sua situação! - Gargalhou e deu a volta pela mesa parando ao lado dela. - Está aqui… - Abaixou o corpo até ela, passando a mão enluvada pela bochecha que corava.

Era extremamente confortável sentir o calor da mão dele - mesmo com luva - encontrar seu rosto, mesmo que parecesse apenas um movimento de "limpeza" via carinho e cuidado no ato. Venus amava a forma delicada com a qual ele a acariciava e amou mais ainda quando sentiu sua mão parar e abraçar o lado direito do seu rosto e puxá-la para perto, a respiração do prateado era tranquila em comparação a sua, tê-lo por perto era sempre motivo para o coração da venusiana disparar. Ela já quase podia sentir o toque dos lábios urgentes sobre os seus quando a maçaneta da porta estalou. Kunzite afastou-se em um pulo, disfarçando procurar algo na prateleira logo atrás dela e Venus voltou a se debruçar sobre a mesa. Quando a pesada porta abriu, revelou o sorridente Jadeite a olhar para dentro.

– Lady Venus, Kunzite… - Cumprimentou com um estranho bom humor.

– General Jadeite! - Venus tentou não parecer tensa.

– O que o trás aqui? - Kunzite agia ocm a mesma tranquilidade de sempre.

– Apenas reportando a Lady Venus que sua princesa está aqui hoje. - Impressionante como aquele homem parecia um anjo de tão bonito.

– Ela veio com quem? - Indagou confusa, Serenity havia prometido que não viria sem supervisão.

– Veio junto com a guerreira de fogo, disseram que queria lhe fazer uma pequena visita. - O sorriso do shitennou cresceu mais ainda. - Apenas vim chamá-la, lady.

– Mars está aqui? - A loira sentiu o estômago gelar e virou para Kunzite. - Se me der licença, general, vou ao encontro de minhas… visitas.

– Podemos apenas terminar o que estávamos fazendo, Lady Venus? - Lançou um olhar de entendimento a ela.. - Juro que não levará mais de cinco minutos.

– Bem… - Céus, como ele poderia ser tão lindo? - Se me der licença, Sor Jadeite.

– Esperarei do lado de fora. - O homem loiro sorriu em deboche e saiu fechando a porta, era certo que sabia o que iriam terminar.

O general segurou a deusa do amor com força, fazendo-a levantar e colar seu corpo no dele.

– Você é louco! - Disse baixo, suspirando pelo movimento que ele fazia.

– Não poderia suportar que fosse sem que antes me beijasse. - Pressionou sua boca na dela, roubando um beijo profundo e quente. Sentiu a espinha estremecer quando se separaram e ela respirou em um gemido buscando oxigênio.

– Um dia vamos nos dar muito mal. - A senshi afirmou, ainda arfava.

– Você pode se dar mal, Lady Venus, eu pretendo me dar muito bem. - Gargalhou em seu ouvido e a soltou, voltando para os mapas.

– Deveríamos ser exemplos! - Deu um tapinha brincalhão no ombro de Kunzite.
– Eu juro, que se depender de nossas ações, estamos sendo exemplos maravilhosos! Nossos protegidos estão agindo conforme nós mesmos! - Roubou-lhe um selinho e a soltou. - Sua princesa a espera.

– Você não tem jeito! - Venus balançou a cabeça negativamente enquanto ria sozinha e abriu a porta encontrando o mesmo Jadeite sorridente e perspicaz.

– Terminou? - Perguntou, os olhos verdes do homem eram divertidos sobre ela.

– Não tão bem quanto eu gostaria. - Andou na frente em sinal de deboche. - Me leve até elas.

Jadeite mostrou um sorriso safado de compreensão e passou a caminhar na frente da venusiana. Não haviam segredos entre os shitennous, não que Kunzite tivesse contato qualquer coisa, mas ele foi realmente pressionado pelo próprio Jadeite a revelar seu relacionamento. O que era excelente, pois nunca em todos os anos como parte da guarda de Endymion, Jadeite havia visto o general agir da forma como agia com ela. Na verdade, todos os soldados o conheciam como o homem feito de pedra e era impressionante descobrir que seu líder também tinha um lado descontraído apesar de tudo.
Jadeite olhou a mulher caminhando atrás dele sobre os ombros e não pode evitar sorrir, ela era realmente encantadora e estava feliz pelo amigo.

Não tardou muito até ambos atravessarem calmamente os corredores e encontrarem as duas novas hóspedes no salão principal, sentadas em um grande divã a espera da líder senshi.

– Venus! - Serenity se jogou em seus braços. - Estou sentindo tanta falta de você! Mars é tirânica, volte pra mim!

– Majestade… - A senshi estava sem graça, mas retribuiu o abraço mesmo assim.

– Tirânica? - Mars estava com o olhar em fúria, algo que Jadeite achou extremamente atraente naqueles olhos violetas.

– Ela não me deixa fazer nada e briga comigo quando não quero estudar com a Mercury.

– Sempre tão mimada, Serenity! - A guerreira do fogo franziu o cenho.

– Princesa, estudar é importante. - Afirmou a loira, separando a princesa do abraço.

– Eu não quero saber essas coisas... - Fez beicinho. - Sou bonita demais para gastar meu tempo com matemática!

– É por ser tão bonita que queremos que seja inteligente. - Venus afagou a cabeça de fios prateados com carinho.

– Não é justo!

– O que as trazem aqui? - Caminhou até Mars.

– Serenity disse estar com saudades. - Ainda estava furiosa, odiava essa forma irresponsável de Serenity agir. - Encheu-me por três dias!

Venus olhou para trás encontrando o olhar de súplica da princesa lunar. Era mais do que óbvio que não era bem da líder de da guarda lunar que ela sentia saudade, desde a visita de Endymion à Lua eles não podiam mais se encontrar, embora ela desconfiasse piamente que ela o fazia.

– Saudades, claro… Mas estou muito ocupada, querida. - Sua expressão era de total reprovação para a coelha. - Porém, não podemos dar uma viajem perdida e acho que seria uma oportunidade fantástica para que Endymion apresente os jardins de Elysion para Serenity. Poderia, Jadeite?

– É seguro, V? - A morena apoiou uma das mãos no ombro da outra.

– Não precisa sussurrar, Lady Mars. - Jadeite, até então em silêncio, sorriu de lado para ela. - Garanto que pode confiar em mim.

– Eu não tinha intenção de ofendê-lo, general. - Foi seca, mas ao mesmo tempo corou e desviou os olhos do soldado.

– Posso acompanhá-la, Lady Serenity? - O loiro estendeu o braço para a princesa que o agarrou completamente feliz. - Levarei-lhe até meu mestre.

– Mars, precisamos conversar. - Segurou pelo braço a amiga que mantinha a guarda fechada e acompanhava cada movimento do loiro que guiava a princesa.

A maçaneta da porta estalou mais uma vez. Kunzite olhou confuso, não era possível que Venus pudesse ter voltado tão rápido. Realmente um corpo feminino havia entrado em no aposento, mas tratava-se mulher bela e ruiva. Trazia consigo uma bandeja de chá e o olhava inocente.

– General, boa tarde. - Cumprimentou deixando a bandeja em cima do criado mudo afastado da mesa.

– Lady Beryl. - Continuou concentrado no mapa.

– A princesa da lua está aqui, não é? - Perguntou docemente.

– Está. - Deu de ombros, Beryl estava sendo estranhamente gentil. - Lady Venus foi encontrá-la.

– Imaginei… - Fingiu se afastar chegou mais perto do homem. - General, posso ser indelicada?

– Hein? - Parou a pena no mapa e olhou para cima.

– Sabe… Os empregados dizem… - Ela era uma ótima atriz. - Dizem que você e Lady Venus, vocês dois estão… Juntos?

– Não diga besteiras, Lady Beryl. - Fungou tentando disfarçar.

– Dizem que a escutam… Oh! Que os deuses me perdoem! - Levou as mãos a boca em um movimento falsamente puritano, afim de tampar a fala.

– As pessoas gostam de inventar todo o tipo de história. - Kunzite tentava manter-se sério, mas era difícil não sentir os lábios curvarem em um sorriso quando lembrava-se de que Venus não era capaz de fazer qualquer coisa calada.

– Perdoe-me, Sor. - Suspirou no falso alívio. - Pensei que Danburite estava a ser traído.

– Como? - Foi impossível não mostrar surpresa.

– Oh! Falei demais! - Balançou a cabeça negativamente várias vezes.

– Do que está falando?

– Ele é venusiano, Sor! Todos dizem que sempre conversam sobre seu planeta. Ouvi, até mesmo, que se ele quer voltar à Magellan para ser recebido com honras, ser aceito como homem para a princesa. - Juntou os braços tentando parecer recatada. - Dias atrás, quando o senhor saiu, os vi trocando um beijo aqui mesmo nessa sala.

– Não diga asneiras, garota. - A voz saiu brutal, ali estava o general frio que todos conheciam.

– Desculpe, Sor! - Escondia o prazer em vê-lo irritado. - Afinal, não é da sua conta saber dessas coisas, fofocas do reino, perdoe-me!

– Deveria prestar mais atenção em seu trabalho, não em fofocas! - Desviou o olhar.

– Desculpe, mas sabe o que dizem das mulheres da corte venusiana, não é? - Andou de volta para a porta. - As traiçoeiras jogam seu feitiço sobre os homens, se apaixonam e amam mais de um, são intensas e nada reservadas. Por isso achei que os rumores com o Sor eram reais, me perdoe.

Beryl fechou a porta atrás de si e encostou-a vitoriosa quando ouviu um barulho alto, a energia de Metallia agindo com fortes emoções parecia funcionar muito bem. Do lado de dentro Kunzite sentiu-se um pouco idiota por ver o quão óbvio era. Afinal, aquele cara estava sondando-a o tempo inteiro, além disso ela disse que ele era atraente em certa conversa. Não queria acreditar em nenhuma palavra de Beryl, mas sentia raiva só em pensar que qualquer palavra daquela podia ser verdade. A parede sentiu a fúria do homem em um soco.


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Notas finais do capítulo

Postadinho~~
Agora terei mais tempo pois sou, oficialmente, uma pessoa desempregada. ToT
Acho que terei mais tempo de escrever. AAAAh, não revisei de novo e meu teclado está um cool, me avisem onde estão os erros. PFV xD
Gostaria de dizer que vi o número de acompanhamentos e queria MUITO que meus leitores fantasminhas aparecessem, pq né... Gosto de saber a opinião de vocês! xD~
Enfim, é isso. See ya!



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