My Boy Circus escrita por Tally


Capítulo 4
Wonderful Week With You


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei para postar, mas eu estava sem criatividade e não queria fazer só por fazer... Queria algo legal para vocês.
Sei que mesmo assim não ficou muito legal, mas espero que gostem... Boa leitura!



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A cada dia que se passava eu me convencia mais ainda de que Justin era perfeito, era perfeito para mim e pra mim. Nunca imaginei que levando a minha irmãzinha e a amiga dela ao circo tudo isso iria acontecer, não esperava que um simples passeio mudasse todo o rumo da minha vida. Mas é como dizem: “A vida é uma escalada, mas a vista é ótima”, e quando se está em uma escalada nunca se sabe o que está por vir... Às vezes não é bom, mas às vezes é maravilhoso, igual à minha vida está sendo após conhecer ele.

            Domingo, como combinado com Justin, fui ao Starbucks com ele e foi o melhor café da manha de toda a minha vida. Pude conhecer mais um pouco sobre ele e foi sem dúvidas muito incrível e animador, ele era super talentoso. Tocava quatro instrumentos.


***

*Flash Back*

            – Hey o que você gosta de fazer? – Disse empolgada enquanto esperávamos nossos pedidos. – Quero dizer, você tem um hobby não é?! Todos têm!

            – Ser palhaço não conta? - Falou e logo deu uma gargalhada gostosa. – É legal! Eu gosto... E francamente, não considero como um trabalho.

            – Tudo bem, mas você deve ter mais alguma coisa! Vamos lá, me conte. – Insisti tentando ser o mais convincente possível.

            – Hm, está bem! Deixe-me ver... – Fez uma careta e um gesto indicando o ato de estar pensando. – Eu toco. Gosto de música. E canto um pouco talvez.

            – Legal! – Falei realmente empolgada. – Eu amo música também! O que você toca?

            – Violão! O meu predileto. Mas também sei tocar piano, bateria e trompete.

            – Wow, quantos dons Senhor Bieber! – Disse dando risada. – Eu realmente adoro música.

***

Foi também naquele dia que contei uma coisa que poucos sabem sobre mim. Apenas Noah, Margarete, mamãe e papai. Mas eu, de certo modo, sabia que podia confiar nele. Eu precisava de um amigo – mesmo querendo (talvez) que ele fosse mais que isso – contei. De fato, se abrir com ele fez bem a mim, foi reconfortante, mesmo se tratando de algo não muito agradável de comentar, se tratando de trazer muitas lembranças das quais eu não gostava – de maneira alguma – lembrar. E quando contei também me aliviei de um fardo.

***

*Flash Back*

            Estávamos voltando, a manhã tinha sido fantástica e eu adorei poder passar esse tempo com ele.

            – Sabe... Tem algo que eu gostaria de te contar. – Suspirei – Você foi totalmente leal comigo, e me contou tudo sobre você. Também quero lhe contar algo importante sobre mim.

– Olhe, se não quiser contar, não conte. OK?

            – Não, está tudo bem. De verdade!

            –- Então me diga... Coisas sobre você realmente me interessam. – Ele deu uma pequena risada, e eu também.

            – Eu também sei tocar, piano. Toco desde os meus seis anos. Acho! Não tenho muita certeza, talvez menor... Não sei!

            – Uau, então não sou só eu o “Senhor talento” afinal.

            – Quero dizer... Eu tocava, não toco mais. Já deve fazer uns dois anos que não olho para um piano. – Falei já com lágrimas nos olhos. Ainda faltava bastante até a minha casa. Suspirei.

            – E por quê? Por falta de um piano acho que não é, porque até eu que vivo por aí arranjo um às vezes.

            – Quer mesmo saber? – As lágrimas já queimavam meus olhos, mas eu devia contar, eu queria.

            – Sim, mas apenas se quiser. Não quero te obrigar a nada, é sério.

            – Eu aprendi tocar com a minha irmã mais velha, nós tocávamos sempre juntas. Era incrível como eu me sentia bem tocando, era a melhor forma de demonstrar os meus sentimentos, além de me acalmar. Uma sensação tão boa, prazerosa que eu jurei nunca mais tocar depois do acidente. O piano não era só a minha paixão como a da minha irmã também, era um psicólogo tanto pra ela quanto pra mim. E como eu iria sentir essa sensação maravilhosa sem ela? Como eu podia fazer isso sem ela? Não tem como. Eu não posso me permitir sentir algo tão bom sabendo que ela não pode mais sentir isso também. – As lágrimas presas antes, agora escorriam livremente pela minha face. Cada vez em mais quantidade e velocidade.

            – Eu não sabia! Desculpe-me! Pare de chorar, por favor. – Disse Justin parando de andar e me segurando. Seus dedos passaram pelas minhas bochechas limpando minhas lágrimas, o que não adiantou muito, pois logo depois tinham mais milhares ali novamente.

            - Eu não consigo. – Solucei e abaixei minha cabeça. Ele me puxou para seus braços, me envolvendo de uma maneira que me fez sentir-me protegida, amada e o melhor ainda, feliz.

***

Ele me levou pra casa e eu passei o resto do dia sem fazer nada, nada além de pensar nele e no quanto ele é maravilhoso.

            Na terça-feira fiz um programa de garotas, não vi Justin durante o dia todo, saí com minha mãe, Noah e a mãe dela. Fomos ao shopping e gastamos tudo o que tínhamos direito e mais um pouco, nos divertimos e chegamos em casa apenas à noite, super cansadas.

            Quarta-feira Justin me levou para conhecer o circo com ele... Foi maravilhoso, ele estava super carinhoso comigo e muito bonito – como sempre. Como não ia ter nenhuma apresentação aquele dia nós passamos a tarde toda lá e o começo da noite, Justin me deixou fazer carinho e até mesmo alimentar os animais, o mais legal foi quando fomos ver o elefante.

***

*Flash Back*

            – Vem! Não precisa ter medo. – Justin disse me puxando para perto do enorme elefante que tinha lá.

            – Ele vai me morder! – Falei dando risada.

            – Ele não vai te morder! Ele não morde Ronnie! – Justin disse dando gargalhadas.

            – Tudo bem, mas se ele fizer alguma coisa à culpa é toda sua! – Disse me rendendo. Ele riu e assentiu, seguimos até o lado do elefante. Fizemos carinho e até mesmo alimentamos ele. Depois de um tempo o dono do circo pediu para que Justin lavasse o animal, e eu – é claro – me ofereci para ajudar.

            Justin foi buscar a mangueira e as outras coisas enquanto eu esperava conversando com o elefante, que agora parecia fofo e não uma ameaça para mim. Quando ele voltou começamos logo, molhamos o animal e pegamos as esponjas, cada um de um lado, fomos ensaboando enquanto ele cantava uma música e eu ria tentando dançar e ensaboar o elefante ao mesmo tempo. Quando acabamos Justin começou a enxaguar.

            – Me deixa tentar enxaguar ele? – Pedi parando ao lado de Justin.

            – Claro! Pegue aqui. – Disse me dando a mangueira. Fui jogando no elefante que bebia a água que Justin tinha colocado pra ele.

Quando percebi que ele estava distraído direcionei a mangueira pra ele o molhando inteiro, não aguentei e logo comecei a rir. Justin fez menção de se aproximar e eu joguei mais água nele, nós dois riamos sem parar. Ele correu em minha direção e eu tentei fugir, o que não deu muito certo, fazendo com que ele me pegasse pela cintura e a mangueira que estava em minhas mãos molhasse eu e ele – mais do que ele já estava molhado. Brincamos mais um pouco e depois terminamos de enxaguar o elefante.


***

O dia foi superdivertido e eu adorei poder ter tido aquele momento com ele. Voltei pra casa e ainda tive que explicar para a minha mãe o porquê de minhas roupas estarem molhadas, depois da minha mãe rir de mim fui tomar um banho, jantei enquanto Lissa ficava rindo de mim e dizendo que eu estava apaixonada – não que não fosse verdade, mas não era legal ouvir isso na frente de seus pais – fazendo papai me encarar estranho e minha mãe ajudar com os comentários.

Quinta-feira passei o dia sem fazer nada, fiquei com Lissa em casa e logo depois Noah chegou com a Vick, tinha combinado com Justin de irmos à praia de noite e minha mãe já tinha deixado, então aproveitei que Noah estava lá e escolhemos minha roupa e ela ainda fez um penteado e uma maquiagem muito fofa em mim antes de ir embora – depois de eu ter tomado banho – me arrumei e esperei um pouco até a campainha tocar. Ele estava tão lindo. Era o meu lindo. Passamos a noite abraçados na praia, dividimos três pacotes de Doritos e uma latinha de coca-cola. Beijamo-nos algumas vezes e foi tudo tão mágico, ele me fazia me sentir diferente. Eu gostava disso.


A semana foi legal e agitada, hoje é sexta-feira e eu estou me arrumando, vou sair com ele novamente e depois vou ao circo, hoje vai ter um espetáculo e o senhor Willian – dono do circo –, me convidou para ir assistir dos “bastidores”. Tornei-me amiga dele, ele é um senhor muito simpático e, ao que parece, gostou de mim.

Coloquei um vestido fofo, clarinho e bem delicado, perfeito para as duas situações. Combinei tudo com a minha mãe, ela disse que vai me pegar no circo quando acabar o espetáculo. Sento no sofá terminando de tomar o copo de água, coloco ele na mesa de centro e deito minha cabeça nas almofadas, não passa nem dois minutos e escuto a campainha, sinto meu coração bater mais forte e sei que é ele que está lá fora – não apenas por ter combinado o horário com ele –, mas também pela explosão de sentimentos que acontece dentro de mim.

Caminho até a porta e abro-a, me deparo com ele sorrindo e a mão direita atrás das costas, eu sorrio mais ainda. Ele estende a mão me entregando uma linda tulipa vermelha – minha preferida. Pego ela de sua mão e não consigo conter o sorriso bobo que se forma em meus lábios.

– Boa tarde... – Ele diz me dando um selinho. Posso esmagar?

– Boa tarde! – Fecho a porta e vamos caminhando. – Para onde vamos? Você ainda não me contou!

– Sei que já está enjoada, porque o lugar que mais vamos é à praia, mas estava pensando em um piquenique naquela parte aonde ninguém vai. – Olhou pra mim. – O que acha?

– Acho perfeito! – Ele sorri e entrelaça nossas mãos.

Vamos conversando coisas bobas durante todo o caminho, primeiro paramos no pátio do circo, pegamos a cesta de piquenique e seguimos para a praia. O dia estava lindo hoje, não só por causa do Sol que brilhava e do céu que estava da cor azul mais radiante possível, mas também por eu estar com ele.

Chegamos à nossa parte da praia e estendemos a toalha que ele tinha levado... Colocamos a cesta na areia e nos sentamos. A vista está perfeita, e se você pensa que é a vista para o mar se enganou, a vista que eu tinha dele, de seus olhos, boca, nariz, tudo, está perfeita – não que a vista para o mar também não esteja – sorri.

Começamos a comer as coisas que ele tinha levado, resumindo, apenas porcarias. Acho que nunca comi tanto Doritos como na última semana.

Olhei pra ele, que olhava pra mim, dei uma risada.

– Sua risada é gostosa! – Ele diz sorrindo. Tão fofo!

– Não mais que a sua! – Digo chegando mais perto dele.

– Vou sentir falta dela. Vou sentir falta de você. Vou sentir falta de momentos assim. – Ele tira alguns fios de cabelo do meu rosto enquanto fala.

– Não estou entendendo... – Digo meio incomodada com o que ele está querendo dizer.

– Ronnie, eu vou embora... O circo parte em dois dias. – Ele diz baixo. Eu o abraço.

– Não vai... Por favor... Não me deixa!

– Eu preciso, eu não tenho onde ficar, não tenho dinheiro.

– E eu preciso de você aqui, do meu lado. – Aperto mais ele, que corresponde na mesma intensidade. – Eu não sei mais como vou viver sem você! Agora você faz parte da minha vida... Justin, eu me apaixonei por você. – Digo já com os olhos lacrimejando.

– Não vamos mais falar sobre isso! Não quero te ver triste. Ronnie, eu te amo. De verdade! E isso vai ser tão horrível pra mim quanto pra você. – Ele me puxa para seu colo e eu deito enquanto ele acaricia meus cabelos. – Vamos apenas aproveitas o tempo que temos. – Ele sussurra.

– Eu nunca vou esquecer você! – Sussurro de volta.

– Eu jamais poderia esquecer você, porque eu não quero te esquecer.

Depois de um tempo – de um longo tempo – nos animamos novamente, terminamos de comer e até vamos andar um pouco na beira d’água. Conversamos e tentamos esquecer que ele iria me deixar, e talvez eu nunca mais fosse o ver. E isso partia o meu coração, em milhares de pedaços incontáveis.

Seguimos para o circo e o resto da noite foi perfeita. Assisti ao espetáculo ao lado de Will que narrava como tudo começou e como conheceu cada uma das pessoas ali. Contou como Justin era quando chegou ao circo e teimava em usar uma roupa de palhaço. Depois do espetáculo liguei para minha mãe e enquanto ela não chegava Justin me apresentou as pessoas, Alice a assistente do mágico e Jonh o mágico, Jenniffer e Katharine as contorcionistas, e todas as outras pessoas. Todos muito amigáveis e divertidos.

Minha mãe chegou e Justin me acompanhou até o carro. Paramos próximo e ele me abraça, um abraço bem apertado que devolvo na mesma intensidade.

– Eu te amo Ronnie. E nada vai mudar isso. Eu volto! – Ele disse olhando em meus olhos.

– Eu também te amo Justin. De verdade! Como nunca pensei que um dia poderia amar alguém, eu te amo desde o primeiro instante.

– Nos vemos amanha?

– E depois de amanhã também! – Chego perto dele e lhe dou um selinho, nem me importando com a minha mãe, ele pede passagem e eu dou. Terminamos o beijo com três selinhos e um último abraço. Corro até o carro e aceno para ele. Entro e minha mãe logo dá partida e seguimos em direção a minha casa enquanto me perco em pensamentos. Eu não conseguiria viver sem ele. Eu não queria viver sem ele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, eu fiz com muito amor e carinho pra vocês...
Bom, é verdade, a história já esta acabando e eu já tenho todo o planejamento pronto, só falta escrever.
Adorei os Reviews lindos que deixaram nos capítulos anteriores, vocês são muito fofas.
XOXO - Tally