We All Live In Yellow Submarine! escrita por Jonathan Bemol


Capítulo 7
Mar dos Monstros - I




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São várias as histórias por trás do Submarino Amarelo. Alguns dizem que ele é mais antigo que o próprio Universo. Outros, que ele é apenas mais um brinquedinho para crianças brincarem na banheira que foi recriado em tamanho real. Mas a verdade é que era apenas mais uma espelunca velha, de um velho.

O Sr. Honald Dickes era um velho cientista aposentado, que vivia aos redores de Pepperland. Na verdade, ele vivia em seu próprio país, com suas próprias leis, e sem precisar pagar imposto, pois o país era dele, e se estendia até os limites de sua casa. Mas sua mulher estava muito brava por ele ficar trancado no porão criando leis para seu país que na verdade não existia, ao invés de cuidar dos filhos. Então o senhor Dickes decidiu inventar alguma coisa para deixar sua esposa... distraída. Ficou trancado no porão por semanas, e depois saiu de lá com um enorme Submarino Amarelo. Colocou no jardim, e o mostrou para sua mulher. A esposa e os filhos ficaram encantados com todos os botões que havia dentro daquela coisa amarela. As crianças também passaram dias lá dentro brincando com todos os botões.


Os botões eram os mais inusitados possíveis. Tinha um que era só apertar e um filé saia pronto de um compartimento. Outro quando apertado fazia bolhas, outro fazia chover e tinha aquele que se apertado, apertava todos os outros botões automaticamente


Infelizmente alguns assessores do prefeito de Pepperland chegaram e levaram o submarino embora, pois o prefeito também gostaria de experimentar. Desse dia, o submarino não voltou mais para a casa do Sr. Dickes.


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O Submarino Amarelo tinha acabado de sair do Mar do Tempo. Os Beatles voltaram a sua idade normal, John recuperou sua visão e estavam todos normais. Haviam experimentado apertar alguns botões, e estavam se divertindo muito.


- Bem vindos ao Mar dos Monstros! – disse o Capitão, como se fosse algo bom.


- E onde estão os monstros? – perguntou George, que estava olhando pela janela.


- Estão escondidos é claro! Esperando o momento certo para saírem do esconderijo e nos abocanharem!


- Ah não! – disse Paul – mas e se nos abocanharem? Temos de terminar nosso álbum!


- É se não terminarmos – disse Ringo – provavelmente alguma banda vai pegar nossas gravações e vai terminar. E o dinheiro não virá para nós...


- Não entrem em pânico! – disse o Capitão – nós vamos pelas rochas alaranjadas como disse o bilhete. Tem menos monstros e é mais seguro!


- Eu não iria por lá – disse uma voz de mulher.


- Ei, olhe – disse John – a cafeteira está falando! – o Capitão ignorou aquele comentário e disse:

- Meu bem, no bilhete estava escrito para irmos pelas rochas alaranjadas. O próprio prefeito escreveu!


- De novo não é? – disse a cafeteira – você vai dar ouvido a um velho gagá ao invés de sua querida esposa?


- Não, quer dizer – Capitão se enrolou todo – ele tem... mais experiência em navegação...


- O que?! – a cafeteira deu uma risada um tanto forçada – eu tenho mais experiência em navegação do que todos vocês! Eu tinha uma vida antes de conhecer você Capitão, então eu digo para irmos por outro caminho!


- E que caminho seria esse?


- Pelos jardins de algas. São bem tranquilos e bonitos.


- Certo amorzinho, vamos pelos jardins então.


Os Beatles olhavam aquela discussão abismados, com uma cara de “Hã?”.


O Mar dos Monstros realmente parecia um mar de verdade. Tinha de tudo: corais, peixes, algas, estrelas do mar, e água obviamente. Os jardins de algas eram realmente lindos, as algas verdes dançavam no ritmo suave e calmo do mar.


- Nós podemos descer um pouco? – perguntou John.


- Hã? Você está louco? – perguntou Ringo


- Ah vamos, estamos trancados nesse submarino a quanto tempo? Vamos aproveitar um pouco.


- Podemos parar sim – disse o Capitão – mas tem de ser rápido!


Ele estacionou o submarino em cima de uma pedra enorme. A cafeteira explicou que eles podiam respirar naquele mar, assim como os peixes, pois não era um mar de verdade, e sim uma ilusão de um mar. Ela continuou falando e explicando enquanto os cinco saíram do submarino e a deixaram lá dentro.


O mar era realmente lindo, todos ficaram impressionados com a beleza dos jardins de algas. Andaram um pouco por lá conversando e rindo, até que Ringo disse:


- Pessoal, olhem isso!


Ele apontava para um Polvo enorme que estava dormindo. O Polvo era gigantesco e todos ficaram imediatamente com medo. Capitão disse:


- Todos em silêncio, vamos caminhar de mansinho para o submarino, devagar e com calma para não acordar o polvo. Quando eu disser 5. Um... dois... CINCO! CORRAM! – Gritou ele, e o Polvo acordou.


- Mas o que é isso? – disse o Polvo – o que estão fazendo no meu lindo jardim? O que vocês são?


- Somos apenas – disse John – bem... viajantes... do m-mar...


- O termo certo é “navegantes” rapaz.


- Tudo bem, mas estamos um pouco... – e John foi interrompido pelo Polvo.


- Certo, então para escaparem de mim, vocês tem de fazer uma coisa simples.


- E o que seria? – perguntou Paul


- Decifra-me ou devoro-te.


- O que? – perguntou George – não era a Esfinge que dizia isso?


- Sim – respondeu o Polvo – eu a devorei – e todos ficaram nervosos e em pânico – calma! Brincadeira, vocês não tem senso de humor?


- Ah bom – disse o Capitão, mas ainda estava nervoso – então podemos ir?


- Eu digo quando vós podereis ir! Será assim: para escaparem de meus tentáculos, que são muito perigosos e mortíferos, vocês tem de contar uma piada. Se eu achar engraçada talvez eu não coma vocês.


Assim que o Polvo disse isso, o Capitão correu para o submarino. Tentou abri-lo, mas estava trancado. “Cafeteira! Abra o submarino!” ele gritou, e lá de dentro a cafeteira respondeu: “Estou tentando! Não estou alcançando a porta.”


- Vamos! – disse o Polvo – façam-me rir!


- Bem – todos olharam para John, o piadista. Mesmo nervoso e tremendo ele tentou contar uma coisa engraçada – tinha um... um cego que queria atravessar a rua! Isso, então... ah não essa é muito ruim...


- Vai John! Rápido! – disse Paul.


- Ah sim, tenho uma boa! Tinham três mulheres... duas morenas e uma loira... ah, não vou conseguir...


- João! – gritou Capitão, não sabendo que o nome certo era John – rápido! Temos de salvar Pepperland esqueceu?


- O que?! – disse o Polvo espantado, como se aquela fosse a melhor piada de todas. Então ele deu uma risada gostosa – vocês nunca conseguiriam salvar Pepperland! O que aconteceu dessa vez lá? Fantasmas em Negrito?


- Malvados Azuis – disse o Capitão


- Vocês contra Malvados Azuis? – e deu mais uma excelente risada – vocês são um bando de perdidos, olhem só para vocês! Um Capitão que tem medo de nadar, quatro imbecis que nunca lutaram numa guerra antes e um submarino... amarelo! Podem ir, me contem depois se conseguiram! – e mais uma risada.


A porta do submarino abriu, e na entrada estava uma cafeteira jogada no chão, cansada de tanto tentar fazer uma coisa para qual não foi programada.

E não muito longe dali, dois Blue Manies estavam armando planos malignamente malignos. Enquanto um armava alguma coisa-que-é-melhor-não-ser-descrita (para não revelar o enredo) o celular do outro tocou:


- Ah, alô – disse ele no telefone – sim senhor, nosso agente aqui acabou de armar a armadilha! Sim, eles vão cair direitinho! Claro que vão cair, não tema!


Ele desligou e os dois ficaram olhando a maravilhosa armadilha que tinham armado.


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Notas finais do capítulo

E os Beatles continuam sua jornada pelo Mar de Monstros. Qual será a armadilha dos Malvados Azuis?



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