Following Stars escrita por Claire Weasley Berry Cullen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo está um pouco maior que o anterior. Espero que gostem, boa leitura.



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Parei em frente à porta da casa dos Berry. Não sei por que, mas me sentia ansioso. Toquei a campainha e aguardei, um tanto inseguro. A última vez que vira Rachel fora a duas semanas na sala do coral, comemorando a vitória nas Nationals. A última vez que falara com ela... Bem, não me lembro direito, mas acho que foi em Nova York. Assim que soubemos do resultado ela foi a primeira pessoa que abracei, talvez porque estivéssemos lado a lado quando lemos a placa que dizia “1° colocado New Directions”. Só sei que ela retribuiu ao abraço com mesma intensidade e, quando nos separamos, pude reparar na carranca que se espalhou pelo rosto de Finn. Ela, porém, não pareceu notar: estava em êxtase com a vitória.

Perdido em meus pensamentos, mal notei quando a morena abriu a porta. Mas quando a vi, reparei que tinha um enorme sorriso no rosto e parecia surpresa em me ver.

– Noah? – Ela disse, com a voz mais doce do mundo.

Ela usava uma saia de cintura alta branca um pouco acima do joelho e uma blusa de linho lilás perfeitamente arrumada para dentro da saia. Calçava um par de mocassins marrom e meias brancas até a metade da canela.

– Não esperava que você viesse.

– Eu... – Tentei começar, mas ela logo me cortou.

– Não importa! Fico feliz que tenha vindo! – Ela disse enquanto me puxava para dentro e fechava a porta atrás de nós. – Hoje eu recebi a notícia mais importante da minha vida e preciso urgentemente compartilhá-la com alguém.

Seu sorriso se alargava em seu rosto e ela agarrava com força um papel em sua frente. Suspirou fortemente antes de dar a notícia:

– Eu fui aceita em NIADA! – Ela gritou empolgada.

– Parabéns, Rach! Nossa, eu to muito feliz por você! Você realmente merece! – E, com isso, ela se jogou em cima de mim e me abraçou. – Eu sabia que você ia conseguir! – Disse retribuindo ao abraço e sustentando-a no ar.

Ficamos assim por alguns segundos, até que ela se afastou.

– Ai meu Deus eu nem acredito! Eu ia contar aos meus pais, mas achei melhor fazer uma surpresa para eles hoje à noite. Contar pelo telefone tiraria toda a emoção... – Ela desandou a falar ao mesmo tempo em que se virava para subir as escadas. Eu a segui, tentando acompanhar seus passos apressados.

“Eu ia ligar para o Kurt, mas eu achei melhor esperar ele me ligar. Não quero dar essa notícia e parecer egoísta. Afinal, e se ele não foi aceito? Nossa, eu não sei como eu sobreviveria em Nova York sem ele! Ele é meu melhor amigo, e parte do meu sonho é ir para Nova York com ele...”

Ela não parava de falar sequer por um segundo e fiquei me perguntando onde ela arranjava tanto fôlego.

– Ai meu Deus! – Ela parou de repente assim que entramos no quarto.

– O que foi? – Perguntei, fechando a porta atrás de nós.

– Eu preciso contar pro Finn. Como será que ele vai reagir? Ficará triste, feliz, com raiva, perturbado, empolgado...?

Eu a interrompi segurando suas mãos e puxando-a para mais perto, para que olhasse em meus olhos:

– Rach, eu tenho certeza que ele ficará orgulhoso de você.

Seus olhos castanhos se tranquilizaram quando encontraram os meus, e a forma intensa como ela me olhou fez meu estomago revirar um pouco. Era uma sensação estranha, mas, de certa forma, boa. Embora, ao mesmo tempo, aterrorizante.

Ela suspirou e me abraçou novamente, dessa vez de forma calma e gentil.

– Obrigada, Noah. – Ela disse ternamente.

Ouvir meu primeiro nome saindo dos lábios de Rachel não soava tão ruim como quando saia dos lábios de outra pessoa: era doce e, de certa forma, sexy.

Nós nos afastamos novamente e eu me sentei na beira de sua cama. Ela agora estava de frente para mim, recostada em sua cômoda. Porém, o sorriso radiante sumira de seu rosto e ela encarava o chão.

– Ei, o que foi? – Perguntei, segurando sua mão direita, enquanto inclinava a cabeça buscando por seus olhos.

– Não é nada. Eu apenas percebi que, indo para Nova York,... provavelmente eu e Finn não poderemos mais ficar juntos. – Ela disse olhando para mim.

Não consegui refrear a vontade de revirar os olhos. Mas logo me arrependi amargamente de ter feito isso: ela voltou a encarar o chão com uma expressão ainda mais triste que antes.

Droga! Eu precisava mudar de assunto o mais rápido possível. Ela estava prestes a chorar e eu não consigo ver uma garota chorando. Especialmente Rachel Berry, que leva as emoções tão a sério.

– Er... Rach, na verdade eu vim aqui para te perguntar uma coisa. – Tentei.

Seus olhos curiosos encontraram os meus e ela piscou para espantar as lágrimas que haviam se acumulado neles.

– O quê? – Ela perguntou.

– Bem... Eu só queria saber do que exatamente você me defendeu.

– Ãh?? – Ela perguntou juntando as sobrancelhas. Estava, claramente, confusa.

– Eu também não entendi muito bem. A Shelby disse isso um pouco depois do Natal. E falou algo sobre a Quinn também.

– Ah! – Ela disse sorrindo. (Aparentemente, a operação “mudança de assunto” funcionou.) – Nossa isso tem uns seis meses! Foi na época das Sectionals. A Quinn descobriu que você e a Shelby se envolveram romanticamente e pretendia contar tudo ao Figgins antes das Troubletones se apresentarem. Assim, nós ganharíamos e a Shelby seria demitida. Isso poderia acabar fazendo com que um juiz desmiolado passasse a guarda da Beth para a Quinn, mas...

– Você impediu a Quinn de fazer isso? – Eu perguntei, sem tirar os olhos dela.

– Não, mas eu disse a ela que isso era errado. E a alertei que fazer a coisa errada nos faz sentir péssimos. Eu sabia bem do que estava falando. Assim, consegui convencê-la a, pelo menos, falar com a Shelby antes. E ela sim, conseguiu convencer a Quinn a não fazer isso. Ah, eu também disse que você tinha 18 anos e que, mesmo sendo nojento e totalmente inapropriado, o que você e a Shelby faziam ou fazem não é ilegal. Além disso, a fiz refletir que, se a Shelby fosse demitida, isso prejudicaria Beth, e...

Eu a interrompi subitamente, levantando e puxando-a pela cintura, colando seu corpo no meu. Sem desgrudar meus olhos dos dela, eu coloquei a mão em seu rosto, e puxei seu cabelo para traz da orelha. Ela ofegava, e seus olhos estavam arregalados. Eu me repreendi quando me inclinei para mais perto dela, podendo sentir seu hálito quente e doce em meu rosto. Estava muito perto de beijá-la.

Mas, ao invés disso, virei meu rosto para o lado e apenas a abracei, enterrando meu rosto em seus cabelos. Ela retribuiu ao abraço, seu corpo pequeno um tanto trêmulo, devido ao quase beijo.

– Obrigado – Sussurrei, sorrindo quando ela estremeceu em meus braços ao sentir minhas palavras sopradas em seu ouvido.

Fiquei na casa de Rachel por mais umas duas horas. Falamos basicamente sobre Nova York (quer dizer, ela falou, mas fui um bom ouvinte). Dessa vez procurei prestar atenção ao que ela falava, e ela até que não é tão chata quanto parece. Tudo bem, o falatório contínuo às vezes é bem irritante, mas já percebera que isso só acontecia quando estava nervosa ou ansiosa, (não que ela já não falasse muito em seus dias normais) fora isso ela é até suportável (e convenhamos com aquele par de pernas fica ainda mais fácil aturá-la).

Ta, a verdade é que Rachel é sexy, mesmo que não tenha intenção de ser. Eu sei que não deveria pensar esse tipo de coisa, afinal ela é namorada do meu melhor amigo (como se eu ligasse pra isso) e eu transei com a mãe dela, mas não conseguia evitar em ter sonhos um tanto pornográficos com Rachel Berry.


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Notas finais do capítulo

Reviews?
PS: Eu agora já tenho uma beta, mas se puderem me dar dicas de como melhorar meu texto agradeceria, bjs.



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