Aventuras Descontroladas De Percabeth escrita por bloodymary


Capítulo 9
Rabadas na cara e Rachel de olho no futuro


Notas iniciais do capítulo

Nyah! lento demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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Dormi pouco tempo depois. Sonhei com um campo de flores, com um pôr-do-sol bem bonito. No sonho, eu estava sentada no chão, mas eu não era eu... Sabe? Eu me via de longe, parecia que eu era como uma câmera. Entendeu?

Do meu lado, tinha uma pessoa, que no começo eu não identifiquei. O meu eu sentada no campo encostou a cabeça no ombro da outra pessoa. O “eu câmera” foi chegando mais perto e eu percebi que a outra pessoa era Percy. Estranhei. O meu eu sentado deitou e Percy também. O “eu câmera” chegou ainda mais perto, há um metro de Percy. De repente eu voltei a ser uma só, e essa uma foi a que estava deitada com Percy.

Olhei para ele no sonho e sorri e ele se aproximou de mim (não que estivéssemos tão longe assim um do outro) e beijou a minha bochecha esquerda, depois passou para a direita, depois a testa e logo o nariz. Ele se afastou e sorriu um sorriso completamente novo. Mais bonito que o meu sorriso, se é que isso era possível. Ele mordeu o lábio e me puxou. Seus lábios se contraíram nos meus. Foi bom. Ficamos uns belos 6 segundos e meio assim. Depois ele se separou e suspirou, olhando nos meus olhos. Corei e sorri. No sonho eu não tinha vergonha de fitar o fundo de seus olhos também. Quando ele ia se aproximando outra vez, quando o nariz dele roçou o meu, eu vi uma sombra gigante de alguma coisa batendo as asas atrás de mim. Olhei para trás e Percy beijou o ar, coitado. Mas não havia tempo para se desculpar. A Fúria não me atacou, mas chego perto. Me levantei rápido demais e fiquei tonta. Mas não havia tempo para tonturas.

-Pare! – eu gritei e a Fúria me obedeceu. – Não quero matar Percy!

Ele pulou do meu lado e segurou minha mão.

-Não quero só o fantasma de Luke atrás de mim! E não vou deixar que você o mate! Se ele morrer, eu morro junto! – torci para que Percy não estivesse tendo o mesmo sonho que eu.

-Ah querida, tarde demais... Me mate ou eu mato os dois! – ela me desafiou.

-Claro sua velha enrugada! – eu gritei o mais alto que pude.

-Agora... ACORDE! – ela falou mais alto que o bater de suas próprias asas.

E eu despertei, chorando.

-Ei, o que foi? Calma, vem aqui. – Percy me ajudava a me sentar.

-Eu... Eu... – solucei – Ou ela nos mata, ou eu tenho que matá-la. – eu torci para que ele soubesse do que eu estava falando, porque eu não queria explicar muito mais.

Olhei para ele com os olhos embaçados de lágrimas e cerrados por causa da claridade.

-Temos que ir agora para o acampamento. – ele se levantou, decidido.

-Claro. – eu assenti.

Eu me pus de pé e peguei o cobertor do chão, sacudindo-o. Percy abria a minha bolsa e pegava um pedaço de ambrósia. Ele se levantou e o colocou na minha boca, enquanto mastigava o dele. Senti gosto de bolo de laranja e engoli. Senti meus olhos ficando atentos, enquanto a dor nas costas de ter dormido no chão duro desaparecia.

-Não, eu dobro. – ele pegou o cobertor das minhas mãos.

Ele dobrou mais rápido do que eu, e o cobertor virou um quadradinho de 10x20. Ele olhou para mim e sorriu confiante, mas triste.

-Anos de prática... – eu lembrei.

Ele assentiu. Fiquei travada, pois não havia o que fazer. O fogo apagado soltava fumaça. Tirei a jaqueta e deu na mão de Percy.

-Obrigada, foi bem útil. – eu falei.

-Disponha.

Ele dobrou a jaqueta e colocou na mochila. Ele pegou minha bolsa, levantou, pisou na ultima fagulha nos galhos secos que sobravam e veio até o meu lado e colocou a bolsa na minha mão.

-Vamos? –ele perguntou, sorrindo, mas foi um sorriso forçado.

Eu fiz que sim com a cabeça e ele começou a andar. Olhei para o céu e vi que ainda estava cedo.

-Que horas são? – eu perguntei, chegando perto dele.

-Sete e meia. Chegamos no acampamento umas nove.

-Aham.

Andamos bastante, mais eu não prestei atenção no tempo e na distância. Quando vi, faltavam 10 metros para a entrada do Acampamento Meio-Sangue.

-Nossa. Já chegamos? – eu disse, surpresa.

-Sim. – ele disse.

Passamos pelo pinheiro de Thalia e eu suspirei. Entramos e vimos os campistas em suas atividades. Alguns filhos de Apolo faziam um torneio de arco e flecha, filhos de Iris lavavam o chão em volta do chalé (o que, lógico, formava um arco-íris), filhas de Afrodite se maquiavam e riam dos sapatos dos filhos de Hermes, filhos de Ares colocavam mais alguns metros de arame farpado em volta do chalé, bom... Filhos de Hipnos não estavam a vista. Filhos de Niké jogavam esgrima com meus irmãos e irmãs, filhos de Hefesto andavam até as forjas com novas barras de bronze celestial, uma filha de Hebe perguntava para um campista de Tique, um filho de Hécate brigava verbalmente com uma filha de Dionísio e uma filha de Deméter beijava um filho de Éolo, enquanto alguns filhos Nêmesis discutiam qual semente plantar na frente do chalé 16. Eu sorri. Olhei para Percy e ele sorria também.

-Casa. – falamos em uníssono.

Corri para meus irmãos, que haviam ganhado contra o chalé de Niké.

-Annabeth! – chamou Lisa.

-Oi! – eu gritei, a abraçando.

Jennifer chegou a mim e tirou Lisa dos meus braços, me abraçou e falou:

-Chegou com o filho de Poseidon, hein? – ela sorriu, maliciosa.

-Idiota, eu só achei ele no caminho. – eu menti, e me surpreendi. Eu tinha mentido bem.

-Ah, claro.

Falei com o resto de meus irmãos e ignorei os filhos de Niké, rindo. Fomos andando devagar para o chalé. Entrei e me sentei na minha cama. Suspirei o ar com cheiro de livros e mapas antigos. Era bom. Eu já tinha me acostumado. Peguei minha bolsa e abri. Tirei a adaga e coloquei no criado mudo, com a garrafa de néctar e o pacote de ambrósia. Ah não! Isso era de Percy. Tinha que devolver. Franzi os lábios e peguei a garrafa e o pacote e sai do chalé. Andei até o chalé 3 e gritei:

-Percy!

-Ele não está ai... – ouvi uma voz atrás de mim.

Pulei de susto e me virei.

-Grover! – eu pulei para ele, abraçando-o.

-Ei, como vai? – ele perguntou.

-Ah, vou bem... E você?

-Claro! Viu alguma cosa de diferente? – ele perguntou, virando se e fazendo biquinho.

Observei bem. Hmm. Cascos polidos? Não. Pêlo tratado? Também não. Subi o olhar. Camiseta de sempre... Subi mais ainda. Olhei para a cabeça dele. Ah! Chifres maiores.

-Belos chifres! – eu falei, sorrindo.

-Ah, você percebeu... Mas fala aí... O que queria com Percy? – ele perguntou, ingênuo.

-Eu queria devolver isso. – e eu mostrei a garrafa de néctar e a ambrósia.

-Sei. Vamos, te mostro onde ele está.

Ele foi trotando em direção à casa grande. Eu o segui. Quando chegamos, Percy e Quíron conversavam na varanda, e Sr. D tomava suco de uva, fazendo careta. Grover apontou para eles e piscou para mim. Depois saiu correndo para perto das garotas de Afrodite. Me virei de volta para Percy e Quíron. Peguei o final da conversa:

-Mas precisamos sair e matar Alecto. Mesmo que ela volte a vida depois. Precisamos consultar Rachel, quero dizer, o Oráculo. – Percy balançou a cabeça depois de se confundir.

-Percy... será muito perigoso, não é só Alecto... Vão encontrar muitos monstros no caminho.

-Mas ela vai nos matar se não fomos atrás dela...

Quíron suspirou e me viu pelo rabo do olho.

-Ah, Annabeth! – ele virou o corpo de cavalo e sorriu.

-Oi.

Percy ficou com um sorriso bobo, mas voltou ao Planeta Terra quando o rabo que nunca para de Quíron bateu no rosto dele. Eu ri. Quíron percebeu e sorriu ainda mais. Percy ficou vermelho. Eu só esperava que Percy não levasse um coice.

-Está tudo bem?

-Na medida do possível... – eu respondi, falando a verdade e torcendo para que Grover não estivesse atrás de mim, ouvindo. Mas pensei melhor, Grover não sairia tão rápido de perto das filhas maquiadas de Afrodite.

-Bem... Percy, Annabeth, vão lá falar com Rachel... –Quíron suspirou.

O rosto de Percy se iluminou e ele passou pelo lado direito de Quíron e pegou minha mão e me puxou para dentro da casa grande. Eu entreguei a garrafa e o pacote para ele.

Entramos na sala atorada de fotos de campistas e vimos Rachel sentada em uma cadeira, lendo um livro grosso.

-Rachel! – eu a chamei e ela desviou o olhar do livro, sorriu, colocou o marcador no livro, e o tacou na cadeira quando se levantou.

-Annabeth! – ela me abraçou e eu cheirei o seu cabelo. Tinha cheiro de avelã e noz moscada.

-Oi. – Percy disse, sorrindo. Ela deu um gritinho e abraçou Percy.

Os cabelos cor de fogo dela tinham várias mechas coloridas.

-Bonito cabelo. – eu disse e Percy concordou.

-Gostaram? – ela perguntou, mas não deu tempo para responder. Aquela névoa verde começou a se formar em volta dela e Percy me puxou para trás. Ele foi rápido em pegar o banquinho dela. Ela caiu com tudo nele e seus olhos ganharam uma luz verde.

No norte o inferno se encontra.

O mar e a inteligência,

Juntos matarão a criada da Morte,

 Com a espada e o escudo,

Voltarão para casa lentamente.

Olhei para Percy e ele se virou para mim também. Rachel tossiu e se levantou com dificuldade. Ela olhou para as nossas caras e cuspiu:

-Mas que droga eu falei agora?

-Nada. – eu a abracei mais forte que antes. Ela pareceu surpresa mas depois retribuiu.

Saímos do abraço e ela falou:

-Mas quero explicações...

-Rachel... Depois nós conversamos. Eu e Percy precisamos mesmo ir... – eu suspirei – Desculpe.

-Mas, mas... – Percy me puxou e eu fiquei com dó de Rachel.

Quando estávamos longe o suficiente da casa grande, Percy falou:

-Ela está no norte e vamos matá-la. Só precisamos saber em que local do norte e porque vamos voltar mais devagar. E...

-Calma! Cada linha em seu tempo. – eu falei.

Percy respirou fundo e disse:

-Claro. Mas precisamos falar com Quíron.


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Notas finais do capítulo

Então, quase que eu desisto de postar mais um capítulo e responder os reviews novos, mas desisti só de responder os reviews, porque hoje, cara... O Nyah! ta lento pra caralho. Desculpe o palavreado, mas porra. ¬¬' Amanhã ou depois eu respondo os reviews novos e posto mais um capítulo. BEIJ*



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