Second Love escrita por minsantana


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Ahhh demorei hein?? *foge*
Mas consegui escrever mais 2 caps!!! *ooohhhh*
Vou postar o 17 aqui procês e depois de revisar eu posto o próximo. Ahhh agora vai ficar mais fácil, afinal TERMINEI A FACULDADE E AGORA SOU FORMADA!! Uhuuuuuu



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Pedi ao Jason que me deixasse na casa de Frank. Eu precisava buscar minha filha e desabafar com meu melhor amigo.
Bati na porta e imediatamente Frank a abriu.
- Gerard, o que houve? Você está péssimo.
- eu descobri o que aconteceu com Lauren. Ela não me traiu, foi tudo um mal-entendido.
- eu sabia! Ela nunca faria isso! Então vocês fizeram as pazes?
- ela está doente, Frank. Ela pode morrer.
- morrer?? Como assim?? – Frank ficou chocado com a notícia.
- sim. Ela tem leucemia.
Olhava pra Frank que ainda tentava absorver o que tinha acabado de ouvir quando senti um ser pequenino agarrando as minhas pernas com força. Era Angela.
Eu abaixei e fiquei da sua altura, então pude ver que ela chorava.
- papai?
- sim, meu amor.
- o que é “lucamia”?
Frank concordou com a cabeça que ela deveria saber de tudo. Eu não podia e nem conseguiria esconder aquela dor da minha própria filha. Simplesmente, não conseguiria.
- minha anjinha, papai vai lhe explicar.
Me sentei no sofá e coloquei Angela sentada em meu colo. Ela usava um dos braços para envolver o meu pescoço e o outro para secar as lágrimas que caíam de seus pequenos olhinhos.
Fiz de tudo para tentar explicar de um jeito fácil para que ela entendesse e não se assustasse com a gravidade da situação. Mas o pior de tudo era que eu não conseguia mentir.
- então... a Mell pode morrer, papai?
- sim, querida. Ela pode morrer, mas ela não vai. Papai não vai deixar isso acontecer, ok? Ela vai ficar bem, você vai ver.
- eu sei disso papai. Eu acredito em você.

Aquela noite foi horrível para mim. Eu ainda não conseguia aceitar que a situação estava daquele jeito. Há pouco, Lauren estava bem e nós iríamos nos casar. Agora ela estava na cama de um hospital, à beira da morte.
Angela dormia em sua cama, ainda com algumas úmidas lágrimas em seu rostinho e abraçada ao ursinho que Lauren havia dado a ela de presente de aniversário.
Eu simplesmente não sabia mais o que pensar. A única coisa que não saía de meus pensamentos era a idéia de ficar sozinho novamente, sem a mulher que curou meu coração daquela solidão horrível, pra sempre.

Naquela noite eu não consegui dormir. Ao invés disso, passei a noite olhando a cidade pela janela do meu quarto e chorando.
Ao amanhecer, Angela entrou em meu quarto coçando os olhos com as pequeninas mãos e ainda sonolenta.
- papai, preciso ir pra escola.

Dei um banho na minha filha e vesti seu uniforme. Repetimos a mesma rotina de sempre, pegamos um táxi até a escolinha e nos abraçamos antes dela entrar com as outras crianças. A diferença foi que nenhum de nós disse mais uma palavra sequer até ali.
Foi Angela que cortou o silêncio.
- não fique triste papai. Ela vai ficar bem. Você irá salvá-la. – Angela disse com tamanha convicção que até me deixou espantado.
Angela deu um beijo na minha bochecha enquanto eu estava ajoelhado e entrou. Aquele olhar que ela havia me lançado causou uma estranha sensação em meu peito. Uma idéia inesperada surgiu em minha mente. Parecia que aquele pensamento já estava ali, escondido, esperando apenas um “empurrãozinho” para ser percebido.

Peguei o próximo táxi e pedi que o motorista corresse. Eu estava com pressa.

Dentro do carro, peguei meu celular e disquei um número. Um toque, dois toques, três toques... Até que a voz atendeu do outro lado da linha.
- alô?
- Jason? É o Gerard.
- ah, oi Gerard. Como está?
- acho que vou ficar bem. Preciso saber uma coisa agora.
- o que?
- qual o tipo sanguíneo da Lauren?
- A-, por quê?
- eu preciso desligar. Depois eu te explico. – e desliguei.
Um sorriso surgiu em meus lábios.
- por que eu não havia pensado nisso antes?? – falei sozinho e depois percebi que o motorista me olhava de um jeito estranho.

Ao parar na porta do hospital, deixei o dinheiro nas mãos do motorista e nem esperei pelo troco. Abri a porta de entrada e corri para a recepção. Diante de tanta euforia eu estava até sem ar.
- bom... dia. – disse tentando recuperar o ar.
- bom dia, senhor... – a recepcionista olhava assustada.
- Way. Gerard Way.
- ahhh eu sabia que te conhecia! Você num é aquele cantor...
- eu preciso marcar um transplante de medula óssea. – eu a cortei no meio da frase. Não havia tempo para fotos e autógrafos. – e precisa ser ainda hoje.
- como... ?? – a recepcionista tentou dizer alguma coisa, mas ao invés disso ela deu um sorrisinho sem graça e pegou algumas fichas. – tudo bem, mas antes eu preciso preencher algumas coisas...

A recepcionista, que depois eu descobri se chamar Marie, preencheu todas as fichas e marcou alguns exames de saúde que eu deveria fazer antes do transplante. Eu disse que era urgente e vendo que seria complicado, acabei contando toda a história para ela. Como qualquer mulher, ela ficou emocionada ao saber que o que eu fazia era por amor e fez de tudo para agilizar o processo.

Depois de alguns minutos na espera, me encaminharam para uma sala onde fiz alguns exames de sangue para saber se realmente eu era compatível como doador. Durante a espera do resultado, rezei.
Minhas preces foram atendidas ao saber que eu estava perfeitamente bem (apesar das altas doses de álcool que eu havia ingerido semanas atrás...) e eu poderia sim, ser o doador de medula.
No mesmo dia, depois de algumas horas de espera e uma pequena cirurgia que durou cerca de 2 horas, eu havia enfrentado meu medo de agulhas e doado uma parte da minha medula para salvar a vida da mulher que eu amo.

Agora eu rezava para que tudo desse certo com ela.

Jason apareceu no hospital e me encontrou descansando na sala de espera. Eu ainda sentia um pouco de dor devido às várias picadas de agulha e punções feitas na altura da minha bacia. Minha cara também não devia estar nada boa, pois ele levou um susto ao me ver daquele jeito.
- Gerard, você é maluco?? Acabei de saber que você fez a doação de medula.
- eu fiz isso para salvar sua irmã e a mulher que amo.
Por mais que ele estivesse chocado, ele não conseguia esconder um sorriso.
- e como você descobriu que...
- foi a minha filha. – ele levantou as sobrancelhas sem entender. – eu também não entendo como, mas... ela sabia. Ela me fez perceber o que estava bem na minha frente o tempo todo. Lauren faz parte da minha vida agora. E eu da dela.
Jason não se conteve e chorou. Sim, ele chorou de emoção, talvez. Mas eu acabei chorando junto. Apesar das dores eu estava feliz. Algo me dizia que tudo ia dar certo. Tinha que dar.


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Notas finais do capítulo

Será??? =P