Um Ano Quase Tranquilo escrita por Tye


Capítulo 5
Reconciliações


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a vocês que estão acompanhando, e não desistam hein? KK, se eu estiver enrolando demais os capitulos me avisem! Estou tentando fazer tudo o melhor possivel :)
Boa leitura >,



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– MAS O QUE...? – Hermione começou.

– ELE ESTAVA INDO PARA O SEU QUARTO HERMIONE! – berrou Rony apertando ainda mais Draco contra a parede.

– Mas você é mesmo um grande idiota! – rugiu Malfoy.

– CALA A BOCA! AGORA ME DIGA O QUE ESTAVA FAZENDO! – berrou Rony de volta.

– Ugh, Ronald. Fica difícil te defender quando você manda a pessoa calar a boca, mas espera que ela te dê explicações. - Hermione suspirou, irritada com a situação que já tinha tomado proporções ridículas.

– ESTA DEFENDENDO ELE?

– Weasley! – gritou Malfoy, atraindo a atenção dos outros dois – Eu estava só indo ver o que era este terceiro quarto! Não ia para o quarto da Granger! Agora se controle antes que eu pegue a minha varinha!

– E o que é que você pensa que vai acontecer se pegar a droga da varinha? Vai gritar "ACCIO PAPAI"?

Malfoy parecia ter engolido uma abelha. A veia em sua testa pulsava, e era possível ver que Rony, realmente, tinha conseguido deixá-lo enfurecido.

– Olha aqui, Weasley, a culpa não é minha se minha masculinidade te intimida, ou se a sua namorada é tão depravada que você precisa ficar vigiando cada movimento. Então, me solte, antes que eu perca a cabeça. - Malfoy falou lentamente. Cinismo escorria por sua voz, como se ele estivesse escolhendo cada palavra muito bem, com a intenção de machucar.

Hermione estreitou os olhos, vermelha e ofendida. Expirou o ar, procurando se conter. Ron, por outro lado, não foi bom aceitando as ofensas. Em uma fração de segundos, desferiu um soco tão bem colocado, que a cabeça de Draco Malfoy se chocou contra a parede, com um ruído oco e horrível. O sonserino gritou.

– Ronald! - berrou Hermione. - Pare agora! Ah, por Merlin, o que é que te deu?

Rony, ouvindo o tom de Hermione, se afastou de Malfoy, que tinha o nariz absolutamente quabrado, sangue nas vestes e um olhar furioso, apesar de parecer um tanto zonzo. O sonserino pareceu entrar em um dilema pessoal, que durou alguns segundos. Talvez, se decidindo se valia a pena entrar na briga. Por fim, após lançar um olhar gelado para cada um dos outros dois, deu-lhes as costas e rumou em direção a seu quarto.

– Se não se importam, eu vou dormir. – disse calmamente. - Tentem não me acordar durante a noite, nem gemer demais. Obrigado.

Hermione ignorou a ofensa, exasperada, e disse:

– Você não quer ir à enfermaria? Ou, eu podia te ajudar com o nariz, eu...

O sonserino a olhou, com um misto confuso de escárnio, agradecimento, admiração contida e raiva.

– Eu sei me virar. Não se preocupe. Boa noite.

– Ronald! - chiou Hermione, depois que Malfoy se fechou no quarto. - Você não tinha vindo me pedir desculpas? Ugh, isso foi ridículo! Que ceninha! Parece um garoto mimadinho, brigando por tudo!

– Hermione, ele estava... Eu... Mas como sabe o que eu vim fazer aqui? – Ron tentou se esquivar do assunto, e acabou pegando Hermione desprevenida. Ela tinha bisbilhotado a conversa de Rony, coisa que não seria boa admitir.

– Eu, hã... bom, o que mais você poderia estar fazendo aqui, não é? – Hermione tentou improvisar.

– Ora, Hermione, muitas coisas! Sou monitor e posso entrar aqui sempre que eu...

Hermione decidiu por bem que seria melhor terminar com aquilo logo. E –finalmente - tascou um beijo demorado e apaixonado em seu namorado. Quando se desgrudaram, Rony deu um sorrisinho e disse:

– Isso significa que você me desculpa? – o ruivo parecida consideravelmente envergonhado.

– É claro que eu te desculpo, Ron. – e se beijaram novamente.

Sendo namorada do ruivo, Hermione tinha aprendido que insistir em determinados pontos só piorava qualquer situação. Se ela quisesse fazer dar certo, tinha que abdicar do orgulho. Era complicado, mas, na maioria das vezes, Hermione não se importava em ceder. Ela gostava demais dele para tentar estar sempre certa - mesmo que, realmente, ela sempre estivesse.

– Eu prometo que não vou ser um idiota novamente, ok? Sinto muito, muito mesmo. – Ron fitava o chão, talvez se dando conta do escarcéu absurdo que armara.

– Não seja bobo, amor. Eu já te desculpei, certo? E... Ah, acho que você podia ficar aqui um tempinho, hã? – disse Hermione.

– Ah, isso seria ótimo! Ah, Hermione... agora que paro para pensar, como eu fui estúpido! Eu nem sei como você tem paciência comigo. – os dois riram e foram se acomodar nas confortáveis poltronas da sala comunal dos monitores.

Lá ficaram até tarde, conversando e brincando. Tomaram nota das tarefas monitoriais daquela semana e examinaram cada espacinho da estante, tudo em meio a beijos e carinho. Quando se deram conta já estava tarde demais até para Ron ir para o salão comunal da Grifinória, então decidiram que ele teria que dormir ali mesmo, em um dos sofás, talvez. Hermione foi até seu quarto pegar um travesseiro e um cobertor, e quando voltou Ron estava quase dormindo. Ela lhe entregou as coisas e, com um beijo de boa noite, foi dormir.

Quando subiu para o quarto, Mione sentia-se tão cansada e esgotada que nem trocou de roupa. Apenas tirou toda a bagunça de cima da cama, se cobriu e ficou pensando. Que dia, não? Ela havia se tornado monitora-chefe, brigado com Ron, feito as pazes com Ron... tudo em apenas um dia! E ela nem sequer tinha comido. Provavelmente a parte da qual mais se ressentia - perder o banquete de abertura, ugh! Mas, ainda assim, estava feliz. Um dia que tinha absolutamente tudo para dar errado, no final tinha sido bastante bom. Hermione, contudo, não estava conseguindo dormir. Talvez tivesse passado por muitos momentos de tensão... a garota só sabia que estava elétrica. Ficou se revirando na cama por uma hora, quando finalmente decidiu acender a luz e pegar um livro. Esse era um ponto positivo em ter um quarto só para ela. Se ela estivesse no dormitório com as outras garotas, nunca poderia ter se levantado e acendido a luz daquela maneira. Hermione pegou seu exemplar de Os Contos de Beedle o Bardo, presente de Dumbledore. Ele sempre a acalmava, apesar de as lembranças que vinham com ele não serem as melhores. A garota se pegou pensando no último ano, em como ela e os amigos tinham sorte por estarem ali. Vivos. Até que, de repente, bateram em sua porta. Só podia ser Ron, então foi direto abrir.

– Ah... Oi Granger, boa noite. – não era Rony, era Malfoy.

– O que é que você está fazendo aqui? – Hermione se pegou meio surpresa, meio receosa. Não pôde evitar o tom rude em sua voz.

– Hã, nada, é só que... Bem, eu vim pedir desculpas.

– Você o que? Desculpas? – Draco Malfoy pedindo desculpas? Eu devo estar sonhando...

– Entenda: quando a batalha acabou, eu e minha família nos demos conta de que muitos dos nossos conceitos estavam errados. Decidimos que seríamos diferentes. Pelo menos, eu decidi. Não quero continuar com essa richa ridícula entre nós. Até porque, ela nunca teve bons motivos. Eu... sempre tratei você, o Potter, Weasley, Longbottom, de um jeito não tão legal... Acho que agora seria a hora de me redimir, eu não sei... É claro que o orgulho é uma coisa absurdamente difícil de se superar mas... Ah, por Merlin, estou fazendo um discurso. O que eu quero dizer, é: não se preocupe, vou simplesmente deixar seu caminho livre. E vocês também podem fazer isso por mim, certo? – Malfoy passava as mãos pelos cabelos loiros freneticamente, evitando olhar diretamente nos olhos de Hermione. – E eu também achei que devia pedir desculpas por hoje, quando fui motivo de briga entre você e seu namorado. É claro que eu sei que você não é... Hã, depravada nem nada do tipo. Eu nunca acharia uma coisa dessas de você, qualquer outra coisa, talvez, mas não isso. E desculpas por todos os outros anos, também.

Hermione perdeu a fala por uns segundos, Malfoy finalmente criando coragem para encará-la. A morena liberou o ar dos pulmões, estranhamente sensibilizada.

– Bom, se for assim, devo desculpas também. Quer dizer... sua cara não é tão parecida assim com a de uma fuinha... – disse, por fim.

– Fuinha? – Malfoy arqueou uma das sobrancelhas.

Hermione riu, e o ato pareceu estranho, naquele contexto, naquelas condições, com aquele garoto.

– O que eu quero dizer é, eu também me desculpo... Por qualquer coisa que lhe tenha ofendido, ok? E é muito bom que vocês tentem ser pessoas melhores. É que... Sabe, como malzinho você não ia durar muito tempo, não é? – Hermione viu a cara que Malfoy fez, sem saber se a garota estava falando sério. – Só queria aliviar o clima, desculpe. - acrescentou rapidamente.

– Tudo bem Granger, não quero seu perdão. Só vi que estava acordada e... Achei que já era hora de tomar alguma vergonha na cara. Bem, boa noite.

E, então, antes que Hermione pudesse se dar conta, Draco Malfoy já estava fechado em seu quarto, deixando a grifinória com um milhão de pensamentos confusos.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu acho que vocês esperavam um cap. mais emocionante, espero não ter decepcionado ou sei lá. Esse era um capitulo bem importante, mas eu juro que vou entrar mais na historia.
BjBj.
Reviews?