Um Ano Quase Tranquilo escrita por Tye


Capítulo 10
Duas confusões, um beijo


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu voltei o//. Foi mal ae, quase uma semana sem postar, mas ta ai um novo capitulo... Eu amei esse, espero que gostem, fiz de coração :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/185937/chapter/10

Os monitores estavam reunidos na sala de reuniões, analisando – outra vez – os nomes dos candidatos a banda do baile. No final das contas, tiveram muitos candidatos bons.

– Vamos confirmar – disse Padma. – Os dez selecionados são: Katy Parrel, Lufa-Lufa; Lisa Smith, Corvinal; Evandro e Armando, sendo um deles da Sonserina e o outro Corvinal; O casal Bruna e Diego, Grifinória; Astoria Greegrass, Sonserina; The Little Witches, as três garotas da Sonserina. Mel Elias, da Corvinal. Symon Duck, Grifinória; Luna Lovegood, Corvinal e The Bad Wizard Boys, Grifinória.

– É isso mesmo, está certo. Mas, estive pensando... Dez é um número um tanto alto... - Malfoy parecia mesmo preocupado, a boca em uma linha fina.

– Ei, Malfoy! Eu tive uma idéia. Quer dizer, sua preocupação é: dez músicas é pouco, mas como dar um número de músicas igualitário para todos os candidatos, certo?

– Exatamente Weasley.

– Então nós podemos fazer algo dinâmico. Veja, primeiro cada um se apresenta a sua maneira. Digo, a banda de Dino, aquelas duplas, os cantores solo. Ai depois juntamos eles. Por exemplo: imaginem uma música cantada na voz de Astoria Greengrass e Luna. Iria ser incrível! Agora pense: Astoria, Luna e aquele cara da Grifinória, Symon. – Ron viu a excitação nos olhos dos outros e continuou – Podemos juntar o trio de garotas com a dupla dos garotos. A Mel com os Bad Wizard Boys. Depois podemos fazer duetos. Teremos música de todos os ritmos, estilos, tons e jeito durante toda a noite. Vai ser divertido, emocionante, bonito, e, vai agradar a todos! Então, o que acham?

– Rony, amor! Você é um gênio – disse Hermione tascando um beijo no namorado.

– Sempre o tom de surpresa. – respondeu ele rindo.

Após a reunião, os monitores tinham ainda mais tarefas, que deveriam estar prontas até o fim daquele domingo. Cada dupla estava responsabilizada por uma parte.

Os oito monitores se dirigiram ao salão principal, e imediatamente sentiram duzentos e dez pares de olhos – ou ainda mais – colocados sobre eles. Os alunos queriam os resultados – que Padma havia acabado de colocar no saguão.

O almoço como sempre, estava maravilhoso. Hermione comeu bastante e bem devagar, já que precisaria passar a tarde inteirinha com os monitores.

Por mais que enrolasse, Hermione não pôde atrasar muito, e logo, ela e Draco estavam na sala comunal dos monitores. Durante uma hora só falaram sobre o baile, fizeram os planejamentos, algumas contas, o que faltava, quanto tempo ainda tinham, etc. Até que os dois se sentiram sufocados demais para continuar.

– É, eu também não aguento mais ficar aqui dentro – queixou-se Draco – Vamos pegar as coisas e ir para o jardim. Lá teremos ar puro, ao menos.

Hermione concordou, satisfeita, já que, ao menos, poderia se movimentar um pouco.

Os corredores estavam apinhados de alunos. Algumas vezes, um ou outro que tinha sido reprovado no teste da banda, lançava aos dois olhares desdenhosos ou magoados. Mas para Hermione isso pouco importava, já que o essencial era que tudo ficasse bem feito. Os dois continuaram caminhando sem dar atenção aos olhares e se dirigiram ao jardim.

POV RONY

Passar a tarde nos jardins geralmente era uma coisa que Ron adorava. Estava sentado em baixo da uma grande árvore, na beira do lago. Os raios solares penetravam nas folhas e refletiam uma agradável luz verde. O clima estava bom e não tinha muito barulho. Estaria tudo perfeito, se não tivesse que dividir isso tudo com Pansy Parkinson. Ultimamente estava passando tempo demais com a cara de buldogue, por conta do trabalho com os monitores. Estavam trabalhando na porcaria do baile durante toda a semana, tentando equilibrar as outras tarefas de monitor, as lições e as aulas. Mais um tempo disso e poderia muito bem ficar doido.

Naquele momento, ele e Pansy estavam fazendo uma lista de músicas para o começo do baile, já estavam nisso há uma hora, na maior chatice, e Pansy estava mais irritante do que nunca.

– Weasley! – berrou a coisa que andava estragando seus dias, Parkinson.

– O que é? Terminou de escrever?

– Não. Estou cansada, faz dias que só trabalhamos! Acho que vou ver o Draco...

– Não, não vai. Malfoy e Mione estão tão ocupados quanto nós, talvez até mais, e você já nos atrapalha bastante, não é necessário fazer isso com eles também.

A expressão da garota foi definitivamente a de um buldogue. Ela parecia que ia explodir.

– Ora Weasley, não pensava que fosse desses! – disse em tom cortante.

– Desses...? - Rony estava confuso, de repente sentindo muito calor, o colarinho da camisa o incomodando.

– Exatamente. O Draco é o garoto mais bonito daqui, e gosta muito de se divertir. Dormindo de frente para uma garota estúpida como a Granger, que acha que vai acontecer? E ainda mais, quando quero ir dar uma olhada neles, insiste em deixar os dois a sós. O que se passa nessa sua cabeça de cenoura? Ansioso demais para levar um chute da sabe-tudo?

Ron estava vermelho, fitava a buldogue com fúria, mas não ia dar a ela o que ela queria.

– Buldogue? – disse – Vá atrás da Barbie Oxigenada, se não consegue se controlar. Só, tome cuidado para não tropeçar no caminho.

– Tropeçar?

– Ora, tentando achar seu cérebro, você pode acabar tropeçando. Provavelmente alguma ratazana o comeu?

– Ora Weasley, cale a boca!

Pansy se virou furiosa, mas deu apenas alguns passos e estacou. Julgou ter visto algo realmente assustador – como um bicho – voltou-se novamente para Ron, com o rosto lívido. A coisa – não a coisa Parkinson, mas que quer que seja que a tenha assustado - avançou contra a garota, que tentando fugir, tropeçou – que irônico – e caiu... bem, em cima de Ron. O garoto foi obrigado a se deitar na grama, por conta do peso de Pansy, e ela, por sua vez, acabou por deitar-se por cima dele. Por um momento, Ron só pensou em jogar ela longe, mas algo o conteve. Ali, sob a árvore, daquela maneira, Pansy Parkinson até parecia gente. Não via aquela coisa desprezível, e sim uma garota, que, a sua maneira poderia ser legal para alguém. Sem saber por que, Rony pousou sua mão na cintura dela. Estava pronto para colocá-la no chão, mas praticamente não teve tempo... Sua falta de sorte não poderia ter sido maior.

POV DRACO

Eu e Hermione saímos para o jardim, nenhum pouco apressados.

Ela me falou que queria ficar perto do lago, então fomos à procura de um bom lugar. Avistamos uma árvore grande, sempre disputada pelos alunos, mas achamos melhor ir pra lá do mesmo jeito, só por via das dúvidas. Mas ai chegamos mais perto e vimos com clareza quem já estava ali, e o que estavam fazendo.

Cara, você não vai acreditar! O Weasley estava deitado sob a árvore e Pansy (SIM PANSY!) estava deitada em cima dele (EM CIMA DELE, CARA!). Eu parei, boquiaberto. Pansy tinha as duas mãos apoiadas no tórax do Weasley, que por sua vez segurava a cintura dela (O TÓRAX DELE E A CINTURA DELA!). Na mesma hora olhei para Hermione. Esperava encontrar uma garota confusa, ou até mesmo destruída pelo que viu, mas pelo visto, os destruídos seriam os outros dois ali, e por ela! Weasley notou Hermione e, apavorado, levantou-se desesperado, dando de cara com a Pansy. Quando penso na cena, me pergunto como fui capaz de não rir... Mas, provavelmente, o choque que senti foi maior que todo o resto. Weasley empurrou Pansy e se levantou, pronto para se explicar.

– Mione, eu não, não...- olhou para Pansy e depois para mim – Não é o que você está pensando!

– Mas é obvio que não é! – disse Pansy – Você tá pensando o que? Eu sou demais para ele!

– LEVICORPUS! – Hermione berrou com tamanha fúria, que Pansy foi arremessada e não suspensa no ar. Hermione deixou-a em cima da árvore, enquanto se voltava para o Weasley, parecendo prestes a cuspir fogo.

– COMEÇA A FALAR, WEASLEY!

– Hermione, ela tropeçou! E caiu em cima de mim, eu juro, eu...

– E você pensou em beijar ela antes ou depois de colocar essas suas mãos ai nela? – Hermione tinha uma voz ácida, tentando manter o controle.

– Mas nós não nos beijamos! – berrou Weasley desesperado.

– Ah, mas foi por pouco não? – quando Hermione falou isso, fiquei imaginando o que teria acontecido se não tivéssemos chegado naquele momento. Quer dizer... dez segundos mais tarde e talvez Rony Weasley perdesse a namorada.

– Hermione, eu não...

– Me deixa Rony! – gritou ela, virando as costas e voltando por onde tínhamos vindo. Fui atrás dela, nem ligando para Weasley e Pansy ali naquela situação. Corri tentando alcançar Hermione, sinceramente preocupado e, torcendo para que ela não me evitasse, enquanto ouvia os passos apressados de Weasley atrás de mim.

~*~

Malfoy entrou na sala comunal e encontrou Hermione sentada em um dos sofás. Ela tinha lágrimas nos olhos. Malfoy sentou ao seu lado, fitou seu rosto em busca de coragem e começou:

– Hermione, não fica assim... Não se deve acreditar em nada do que a Pansy fala, e...

– Sei disso. Não acredito que Pansy tenha...

– Mas então por que é que ficou assim? – cortou ele.

– Eu não sei... eu... me senti estranha. Sem contar que, a maneira como eles se olhavam... Olha, a vida toda Rony olhava para as outras garotas como nunca olhava pra mim, e hoje, eu senti isso de novo. – Hermione respirou fundo, como que se dando conta do que estava fazendo.

– Hermione, você gosta dele? Digo, você gosta mesmo dele? - Draco perguntou de repente, para surpresa de Hermione.

– Eu... - por alguma razão, Hermione não sabia ao certo o que responder. E, a bem da verdade, talvez aquela fosse a real razão da tamanha revolta que sentia, e não um mal entendido bobo com Rony e Parkinson.

Hermione xingou baixinho, repreendendo a si mesma, se detestando por tal atitude.

– Está hesitando? Então parece ser verdade... – Draco a tirou dos devaneios, com um tom zombeteiro na voz.

– O que é que é verdade, Malfoy?

– Em primeiro lugar, devo dizer: Para você, não sou Malfoy, sou Draco. E, eu estava me referindo ao que dizem a respeito de garotas que brigaram com o namorado – ele sorriu – Dizem que elas, por um momento, esquecem do que sentem de verdade pelo companheiro e, - ele fez cara de quem tinha uma importante informação.- Que elas poderiam beijar qualquer um que vissem pela frente...

– Ora, isso é ridículo! – exclamou Hermione – Só estou brava com ele, decepcionada, confusa, e sendo uma grande covarde! E... bom, é obvio que não vou beijar qualquer um!

Malfoy deu um longo suspiro, olhou bem dentro dos olhos da garota e disse:

– Bem, então isso é uma pena.

Hermione perdeu a fala por uns instantes. O que? O que é uma pena? Ora Hermione não se finja de burra, ele está dizendo que preferia que você pudesse beijar qualquer um, inclusive ele. Não é...? Mas isso é ridículo. Que tipo de garoto se submeteria a isso? A ser escolhido somente em um momento de raiva?

– Draco, o que você... – Hermione interrompeu-se, subitamente tonta. O que ele estava dizendo? O que ela estava dizendo? Enfim, isso realmente importa?

Enquanto Hermione se perdia em pensamentos de confusão, Draco se aproximou mais, tão perto que podia ser tocado. Hermione sentiu seu perfume, constatando que era excelente. E então, com um novo sorriso Draco disse:

– Mas isso não importa. Você disse que não beijaria qualquer um... – se aproximou mais, seu nariz no nariz dela, seu hálito fresco no rosto dela, perigosamente perto ele completou – E por sorte, eu não sou qualquer um.

E então, Draco Malfoy beijou Hermione Granger.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No proximo cap. vocês ficam sabendo como foi! Bom, eu não sei quando vou postar o próximo capitulo mas vai ser logo. Ai cabe a vocês decidirem quais são as duas confusões. Reviews? Por favor gente, Dramione merece #.#
haha bjbj



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Ano Quase Tranquilo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.