The Both Sides escrita por auter_delacor


Capítulo 4
Capítulo 4 - Fatos Decisivos




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Bella ficou com as palavras de Edward por dias em sua mente. Psique com certeza seria dotada de algum dom, mas o que seu marido desconfiava... Era demais. Grande demais. Perigoso demais. Agora ela temia ao tocar na pequena, e seus dedos vacilavam ao acariciar-la.

         Rosalie ficou furiosa com as insinuações de Edward para com Psique. Seu estado era um dos piores, mas estava cega demais para querer notar, seu senso materno estava mais acesso que o racional. Alice e Bella começaram a usar luvas para tocarem na mestiça, e Psique percebia isso.

         A ideia das luvas funcionara perfeitamente. O cansaço não as abatia mais, e o temor pelo dom que havia nela aumentava a cada semana. Rosalie ainda se recusava a usar luvas, e só percebeu que adoecia quando se olhou no espelho e viu um tufo de seus cabelos caírem no chão.

         Psique ia fazer um ano, e já tinha um rosto amadurecido de uma menina de seis. Continuava muda, e as únicas demonstrações que tinha de possuir voz era em suas risadas melodiosas. À medida que ia crescendo, os familiares começavam a tirar as luvas de seus dedos, e a serem colocadas nela.

         O fruto de todo esgotamento não estava no resto de seu corpo, e sim nas mãos. As luvas se tornaram uma peça indispensável no guarda-roupa dela. Carlisle a explicara o porquê daquela necessidade, Psique sempre foi muito condolente em tudo que tinha relação com os Cullen, aceitou sem objeções usar-las. Era uma pequena lady dotada de conhecimento e sabedoria, mas que possuía uma carência de cordas vocais.

         Renesmee nunca tentou esconder seu desagrado com a menina, mas nos últimos meses fazia questão de mostrar seu desdém em frente à Psique em demonstrações de pura e dolorosa hostilidade. Não poupava palavras maldosas para apelidar-la, não permitia que ela se aproximasse do piano, e estava em constante batalha por atenção.

         Nessie estava excepcionalmente indulgente nesse dia, Psique foi deixada as cuidados de Emmet, e ele ensinava a ela uma luta mais bruta, diferente da estrategista que Jasper explicava, aplicados com uma delicadeza desajeitada. Renesmee entrou na garagem onde colchonetes haviam sido espalhados por todo canto e soltava comentários provocativos a todo o momento.

         Psique fingia não notar, e continua a tomar lições com o tio, mas um em especial fez-la parar e mirar Renesmee perigosamente.

-Não perca tempo tio Emmet, se ela não pode nem mesmo falar, como poderá um dia lutar? Será uma inútil pelo resto da vida. Um fardo para todos nós. - Psique ficou estática no mesmo lugar, as mãozinhas contraídas em punhos cerrados.

         Renesmee conseguira o que queria; quebrar a perfeita e intacta paciência da menina, e estava se deliciando com isso enquanto mordiscava uma maçã suculenta. Arqueou as sobrancelhas ruivas em desafio. Psique se mostrou com uma calma invejável.

         -Só quem não sabe quem é o fardo aqui é você Renesmee. – sua voz escapou por entre os lábios cheios. Era madura demais para o rosto que ostentava. Não era uma voz de menina, e sim de mulher. Forte e retumbante. Possuía um timbre insolente que fez os dois perderem a compostura.

         A mais velha ficou pasma demais para sequer responder. Emmet ergueu Psique nos braços e a abraçou parabenizando-a pelas primeiras palavras. Foi rapidamente contar a todos sobre o último passo finalmente conquistado. Se manteve evasivo sobre as primeiras palavras, ou melhor, primeira frase, mas Psique conseguiu distrair a todos tagarelando sem parar.

         No dia que completava seu primeiro ano de vida, Alice e Esme organizaram uma maravilhosa e colorida festa para ela. Como se desse modo pudessem apagar outra fúnebre data. Psique tinha um vigor em sua juventude que era de se admirar. Nunca reclamava de nada, e sempre estava satisfeita com tudo que tinham a oferecer.

         Seus olhos tinham um brilho feroz e os cabelos contornavam suas costas caindo em longos cachos do dourado mais reluzente já visto. No dia da comemoração de seu aniversário, Seth surgiu pela primeira vez para ver-la de perto.

         O pequeno lobo cor de areia vinha em patadas vacilantes. Jacob que estava no canto ao lado de Nessie rosnou baixinho. Seth enfiou-se no matagal e voltou usando suas roupas rasgadas. Ergueu uma mão desengonçada.

         -Oi. – murmurou olhando para a híbrida no meio dos vampiros. – Ela tem os olhos da mãe. – disse constrangido. Coçou a cabeça e parou a alguns metros de distância.

         -Não fale como se eu não estivesse aqui. – protestou com sua voz madura. Seth ficou imóvel por alguns momentos, olhando surpreso para a criança e depois se recuperou balançando a cabeça.

         -Você tem os olhos de sua mãe. – repetiu.

         -Meu nome é Psique. – saiu da proteção da família andando com o braço esticado. Parou a alguns centímetros dele, com a mão estendida esperando por uma resposta. – Prazer. – insistiu com os olhos pedintes.

         -Prazer, sou Seth. – segurou a mão dela com cuidado.

         -Porque vocês queriam me matar? – perguntou sem pudor.

         As bochechas do lobo ficaram instantaneamente vermelhas. O sangue todo se concentrou em suas maçãs e em suas orelhas. Coçou a cabeça novamente, esse parecia ser um hábito que cultivava quando tinha vergonha de algo.

         -Achamos que você era perigosa. – disse em voz baixa, a cabeça encolhida como se dessa forma pudesse se desculpar. – Mas foi uma terrível burrice. Você também é uma de nós, ou pelo menos pela metade.

         Os olhos dos Cullen se arregalaram em sincronia. Psique virou o rosto para eles com curiosidade. Voltou-se para Seth enquanto sua cabecinha tombava para o lado, os cabelos claros brilhando luminosos aos fracos raios de sol que embebiam o céu.

         -O que quer dizer com isso? – perguntou estreitando os olhos.

         -Eles não te contaram? – olhou para os vampiros com receio nas pupilas. Psique piscou diversas vezes seguidas e sentou-se no chão, o vestido rodeando-lhe as pernas como uma flor azulada. As mãozinhas douradas estavam circundadas por luvinhas de seda.

         -É sobre minha mãe? – sua cabeça caiu para o lado. – Nunca falam nada sobre minha mãe. – completou esticando o tronco delgado e esperando uma resposta. O ar instigante que havia em sua face tornava impossível uma negação.

         -Sua mãe tinha o poder de ser o que ela queria Psique. – Bella respondeu antes que Seth tivesse a oportunidade. – Conseguia se transformar em animais. – a híbrida olhou para a vampira com ânsia. O estrago já estava feito. Ela suspirou e começou a comedir as informações sobre Eve para a menina.

         Na verdade tinham poucas informações convictas, e falou apenas o que podia ser dito com certeza. Quando terminou o relato as mãos de Psique estavam suando de ansiedade dentro das luvas. Seth olhava nervoso de Nessie para Jacob e Psique e depois para Nessie e Jacob novamente.

         -Posso fazer o que ela fazia? – perguntou ficando de pé.

         -Não sabemos ainda querida. – passou os dedos pelos cabelos claros dela. Psique franziu os lábios juntamente com as sobrancelhas. Ficou de pé rodopiando gentilmente até chegar diante do bolo feito por Alice.

         Pegou a faca e partiu um grosso pedaço. Colocou a fatia no prato de porcelana francesa de Esme sobre os olhares zelosos, foi até Seth esticando o objeto para suas mãos grandes e desajeitadas. Os modos polidos de Psique assustavam Seth. Nem mesmo Nessie era tão educada.

         -Ninguém come aqui. – encolheu os ombros. – E soube que lobos comem bastante. – passou o indicador sobre o merengue italiano e colocou na boca estalando os lábios. – Está uma delícia.

-“Soube que lobos comem bastante”. – Renesmee imitou a voz da menina de uma forma fina e esganiçada. Balançou as mãos ao lado do corpo de modo zombeteiro. – Quando é que os Volturi virão buscar essa pirralha? – jogou seu corpo sobre o sofá da casa de Jacob.

         -Não gosto daqueles sanguessugas. – Jacob falou rosnando e sentando no chão ao lado dela. Pousou a grande mão quentes sobre a coxa de Nessie. Desde que Psique havia chegado eles se tornaram mais próximos. Só que Nessie não estava com paciência para aquele tipo de coisa, ficou de pé e começou a andar de um lado para o outro. Bufou cruzando os braços e esfregando os olhos.

         -Se essa menina não se mandar logo, acho que irei enlouquecer! – gritou abrindo os braços em volta de seu corpo. – Desde que ela chegou vem tomando tudo de mim! Minhas roupas, meus brinquedos, minha mãe, minhas tias!

         -Porque esta reclamando? Você nem brincava mais com aquilo. – franziu as grossas sobrancelhas mostrando que não entendia a razão de tanta raiva por apenas um mero motivo estúpido.

         Renesmee olhou para ele como se mostrasse o quão obvio era aquilo.

         -Acontece Jake, que não são os brinquedos em si que importam. – sentou ao lado dele segurando seu tornozelo. – Aquela monstrinha está tirando tudo de mim aos poucos, tomando meu lugar. Eu sou a única híbrida daquela família, e não ela.

         -Ela é uma órfã sem família Ness. – disse baixo.

         -Que vocês queriam matar. – arqueou as sobrancelhas ruivas.

         -Nessie... Também queríamos matar você no início. – murmurou.

         -Meu caso é diferente... Não sou filha de um vampiro centenário e assassino. – Jacob ficou em silêncio.

         Renesmee ficou de pé.

         -Tenho que ir para casa, daqui a pouco meu pai terá um ataque. – parou de andar e olhou Jake sentado fitando-a da forma que sempre a olhou, com carinho e amor. Aquilo a deixou enjoada. Sentia-se mal por ter aqueles sentimentos, mas não podia impedir.

         -Eu te levo. – ficou de pé em um salto.

         Os dois saíram em disparada pela floresta. Os pelos avermelhados de Jacob balançavam brilhantes pela clareira. Diferente da mãe, Nessie preferia Jake com os cabelos aparados, o que causava uma grande confusão na pequena cabeça do lobo.

         Pararam na porta da casa, alguns degraus abaixo. Se ela subisse três deles ficava da mesma altura que seu lobo. Ness ficou nas pontas dos pés e envolveu o pescoço de Jacob em um abraço. Pelo menos ela não roubara Jake de mim. Pensou possessiva.

         Olhou por sobre o ombro. Edward estava sentado sobre seu piano, mas havia parado de tocar e mantinha os olhos dourados voltados para os dois. Um sorriso de pura malícia surgiu nos lábios da híbrida quando se virou e uniu a boca na de Jacob em um beijo libidinoso.

         Escutou na hora seu pai batendo os pulsos e ficando de pé. Riu com esse som que se difundia com o bater acelerado do coração de Jake. Separou o rosto o suficiente para ver a expressão satisfeita e mais do que apaixonada do lobo.

         -Até amanhã. – deu-lhe mais um selinho e entrou.

         -O que foi isso? – Jasper e Emmet seguravam os braços de Edward para que não avançasse sobre a filha. Seus olhos ficaram de imediato negros e furiosos. Estava a ponto de correr até La Push e duelar pela integridade da filha.

         -Um beijo papai, você dá em mamãe o tempo todo. – riu-se grata. Pela primeira vez em toda sua vida se via satisfeita em causar a fúria em seu pai. Encontrara o objeto perfeito para realizar esse feito. Colocou as mãos nos quadris.

         -Jacob Black, Renesmee? – falou com nojo. – Você nunca gostou dele.

         -Estou gostando agora. – encolheu os ombros.

         -Não está não. – Jasper falou.

         -Parem de cuidar da minha vida. Já sou maior de idade e faço o que quero. – falou onipotente dando as costas para eles. – Vou para a minha casa, já que parece não me quererem aqui. – olhou para Psique sentada no tapete com um livro grosso no colo. – Só tem espaço para uma híbrida na família. – destilou veneno.

         Psique baixou a cabeça aloirada enquanto Renesmee partia, ficou em silêncio como todo o clã. Quando ergueu o rosto, seus olhos estavam marcados por lágrimas que desciam por seu queixo como uma trilha dolorosa. As mãos estavam apertadas

         -Porque ela me odeia? – perguntou com um fio de voz.

         -Nessie está com ciúme, só isso. – Rosalie abraçou-a.

         -Não... Eu sinto outras coisas no coração dela, não apenas ciúme. Vejo ódio e uma raiva incondicional. – suspira convicta alisando a capa de couro do caderno. – Já me decidi Rose, quando eu ficar adulta vou embora e não causarei mais problemas para ninguém.

         -Não Psique... Não diga isso meu amorzinho. – havia uma intensidade certeira no rosto de Psique, como se ela houvesse tomado uma decisão de que nunca esqueceria, e nunca esqueceu.

O crescimento de Psique começou a desacelerar quando ela fez dois anos e meio. Tinha as joviais expressões de alguém com quinze, e possuía uma inteligência distinta. Renesmee a tratava com a mesma amargura de sempre, mas ela manuseava a mais velha com uma benevolência digna de louvor.

         Carlisle achava melhor que Psique ficasse enclausurada em casa, e apenas saísse quando o estritamente necessário. Psique nunca havia interagido com um único humano, mas ele acreditava que era arriscado deixar que ela perambulasse livremente entre mortais.

         Como não podia sair de casa, Carlisle cuidava para que ela tivesse todos os aprendizados que achava necessário. Ensinava ele mesmo grande parcela das matérias, quando estava trabalhando deixava para Esme ou Alice lhe ajudarem.

         Jasper gostava de ensinar-la coisas que ninguém aprenderia na escola. Táticas de batalha, estratégias elaborados, passavam horas ininterruptas jogando xadrez. Emmet ficava com a parte mais física da luta, enquanto Rosalie e Esme olhavam de longe como mães zelosas.

         Quando Psique estava a ponto de completar três anos, teve um súbito surto de amadurecimento. Quando dormiu tinha tenros quinze anos, e ao acordar seu corpo foi convertido em um voluptuosas curvas finalmente adultas. Acordou com dores terríveis em suas articulações, sentia que o pijama estava pequeno demais e lhe apertava em todas as partes.

         Espreguiçou-se diante do espelho de corpo todo e se viu diferente. Ansiava pelo dia que teria um corpo semelhante ao de Rose. Renesmee sempre debochava em relação ao seu corpo de curvas amenas e quase invisíveis. Agora não poderia criticar nada, Psique estava belíssima.

         Encostou os ombros na parede em que Carlisle costumava medir-la. Colocou a mão sobre sua cabeça e se afastou para ver o quanto crescera naquela noite. Quase dez centímetros. Devia estar do tamanho de Renesmee agora, que sempre se gabava de sua altura mais avantajada.

         Vestiu-se e desceu as escadas devagar, tentando aprender como seu novo corpo funcionava. Sentia-se desengonçada, mas estava esguia e esbelta. Quando chegou ao último degrau foi abordada por uma Alice alegre e repleta de compras.

         -Veja o que comprei Psique! – parou no meio da frase ao ver-la por completo. – Meu deus... Carlisle, Bella, Esme, venham ver isso! Não devíamos deixar você dormir mais. Vai para a cama com uma idade e quando acorda tem outra.

         Todos a circundaram com rostos surpresos. Psique sorriu suavemente sentindo-se fantástica e majestosa diante de tantos elogios. Olhou no calendário preso a parede e notou que estava a uma semana de seu aniversário de três anos.

         Carlisle não tinha plantão no hospital vez ou outra, e era nesses momentos que ele se ocupava em dar atenção a filha adotiva. Mesmo com as mudanças excepcionais do dia, Psique insistiu em continuar tento as aulas com ele. Gostava desse momentos para poderem conversar sem serem interrompidos.

         -Está quieta hoje querida. – replicou. Havia dezenas de cadernos espalhados pela mesa, e Psique se entretinha em escrever uma dissertação de dez páginas sobre a queda da bastilha em um deles. Ela ergueu os olhos cinzentos e um esboçou um sorriso fraco.

         -Pensando. – dá de ombros. Ela para com o lápis no ar e o lábio inferior preso entre os dentes. Virou o rosto para o homem que era sua única referência de pai. Tinha Jasper e Emmet bem presentes em sua vida, mas os considerava mais como irmãos mais velhos. Edward preferia manter as relações com Renesmee calmas, então não se aproximava muito. Suas pupilas demonstravam a angústia e aflição deles. – Sei que sou diferente, papai, mas vocês nunca falam nada sobre quem eu sou. De onde eu vim... As únicas referências de transmorfos que tenho são Jacob e Seth, mas sei que eles não são como eu.

         Carlisle não sabia bem o que responder a ela.

         -É que não sabemos muito sobre sua espécie Psique. Eve morreu logo depois de chegar, na houve tempo para perguntas. - ele esperou pelo momento que ela perguntaria quem era seu pai, mas ficou calada.

         -Ela não disse nada? Um lugar, um nome, qualquer coisa?

         -Bem... – ele aquiesceu à cabeça. – Ela disse que conheceu um morfo chamado Adam, e que foi entre a Espanha e a Itália, se bem me recordo. Disse que os dois se separaram após serem atacados por uma matilha de lobisomens, e que nunca mais se viram.

         Psique balançou a cabeça lentamente enquanto pensava. Carlisle receava com o dia em que ela começaria a perguntar sobre suas origens, lembrava claramente da promessa que ela fizeram sobre partir quando chegasse na idade adulta.

         -Queria pedir algo de aniversário, papai. – ele esperou por sua requisição. Psique sempre foi muito cautelosa com as coisas que pedia. Ela abaixa os olhos e estala às juntas de seus dedos. – Queria que me deixasse ir à cidade livremente. – ela nunca tinha mostrado interesse antes por Forks ou Seattle. – E... – gagueja checando a expressão dele. – Queria arranjar um emprego. – isso sim chocou ele.

         -Mas... Como assim? Trabalho? Da onde tirou essa ideia?

         -Sei que pode parecer bobagem, já que pertenço a uma família multimilionária, mas gostaria de ter meu próprio dinheiro e ser independente. – ele recuou. Isso era o primeiro passo para que fosse embora. Psique estava planejando partir.

         -Renesmee está botando esses pensamentos em sua cabeça não é?

         -Não Carlisle. – replicou direta. – Estive pensando nisso bastante. Quero me envolver com humanos, saber como eles agem e como pensam. Acho que são fascinantes. Sabe que nunca faria sem sua permissão. – acrescentou baixando os olhos novamente.

         O vampiro suspirou.

         -Prometo que pensarei, mas... Já que pediu isso de aniversário, o que farei com seu presente? – enfia a mão no bolso e tirou lentamente uma tira fina e escura de veludo. Era parecida com a gargantilha de Alice, e havia o emblema Cullen no centro. Sorriu com a expressão reluzente em seu rosto. – Eu e Esme mandamos fazer especialmente para você.

         Ela sorri em meio a lágrimas emocionadas.

         -É linda. – balbuciou alisando o emblema. Afastou os cabelos longilíneos das costas enquanto Carlisle prendia a gargantilha com delicadeza. Uma lágrima rolou por seu rosto quando os longos cílios de prata recaíram sobre as maçãs.

Virou-se e abraçou-o com força, prensando as mãos nas costas dele com carinho extremo.

-Lembre-se Psique – segurou o queixo dela erguendo sua face molhada. - Pessoas especiais nunca são normais. Por isso são especiais. – passou a mão pelos cabelos cálidos dela. – Sempre a amaremos. – completou.

-Sei disso papai. Sei disso.


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