The Both Sides escrita por auter_delacor


Capítulo 10
Capítulo 10 - Guerra Predestinada




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-Lobisomens? – Jasper tossiu exasperado. – Organizando um exército? – ficou de pé. – Desde quando lobisomem tem controle suficiente para poderem, sequer, pensar, quanto mais planejar uma batalha! E o que os Volturi estão fazendo em relação a isso? – parecia perder a compostura como Psique nunca o vira perder.

         -Eu e Doug estávamos estudando a possibilidade de nos comunicarmos com eles, mas ficamos receosos. – todos os Cullen se entreolharam ao mesmo tempo. A mestiça fingiu não notar e deu prosseguimento. – Doug conhece nômades que estão sempre em constantes mudanças entre a o mediterrâneo, eles nos informaram que existe uma pequena ilha na costa da Florença que tem tido uma grande movimentação de vampiros. Achamos que os Volturi estão recrutando um exército também.

         O silêncio se instalou novamente entre eles de forma pesada. Carlisle passou as mãos pelos cabelos nervosamente.

         -O mais claro a se acontecer seria os Volturi informarem os maiores clãs sobre esse risco, deixarem todos em alerta, no mínimo. – Carlisle era o mais antigo de todos os presentes, sabia bem como Aro sempre agiu em relação a assuntos como esse.

         -Talvez Aro seja pretensioso o suficiente para acreditar que ainda não estão em verdadeiro risco e queira esconder de todos a guerra que está por vir. – Psique sugeriu dando de ombros. – Pouco nos importa o que ele pensa ou deixa de pensar. Outros confidentes de Doug disseram que os lobisomens estão concentrados na Grécia e no Egito. Falaram que eles encontraram um caminho por entre as pirâmides para seus interiores, e que lá estão protegidos e escondidos dos vampiros indesejados.

         Edward estava recluso em seus pensamentos, a preocupação pontuando seus olhos enegrecidos. Pressionou os dedos de Bella entre os seus e suspirou profundamente fixando sua atenção em Psique. Notava somente agora como sua face estava mudada. Parecia quase que experiente.

         -O que faremos? – virou-se para o criador.

         -Não faço ideia. Se os Volturi não querem que ninguém se envolva em seus assuntos... Não se tem o que fazer. Vamos deixar que eles resolvam os problemas. São os líderes dos vampiros, é o dever deles manter nosso mundo seguro.

         -Mas a questão é: eles conseguirão evitar retaliações? – Jasper comentou com um escárnio tenso. – A maior defesa que tínhamos contra os lobisomens era nosso veneno, antes mortífero a eles, mas agora nem isso temos mais. É bem provável que eles comecem a atacar clãs dispersos por todo mundo. Lobisomens não querem harmonia, eles acham que devemos ser eliminados.

         -Como todo vampiro acha que lobisomens devem ser eliminados. – Rosalie retrucou certeira.

         -É uma questão de sobrevivência. Dois seres equivalentes não podem sobreviver no mesmo espaço. Somos inimigos por natureza, não existe equilíbrio entre nós, sempre haverá discussões e mortes. – Edward se pronunciou soturno. – Um não pode viver enquanto o outro estiver vivo.

         -Receio que já estão havendo retaliações. – Psique se intrometeu. – Estive com Eleazar Denali antes de vir até vocês. Me reuni com ele e as outras. Ele disse que os Volturi já haviam deixado-o alerta, mas pedindo discrição. Ele não imaginava que estava em uma fase tão avançada.

         Os vampiros olharam surpresos para Psique. Os Denali sabiam sobre sua existência, mas nunca a haviam visto ao vivo. Imaginar-la indo em clãs grandes e conversando com cada um dos integrantes parecia algo meio surreal. Ela não negava ao pai. Psique nascera para ser uma Volturi diplomática.

         -Enquanto eu viajava para Mônaco, passei por nômades em fuga. Eles estavam tão desesperados que nem pareciam me notar, disseram que avistaram uma matilha impressionante de lobisomens indo em direção ao sul, e que pretendiam subir até não poderem mais. Estarem o mais afastados o suficiente.

         As mãozinhas de Alice apertaram a borda da mesa. Essa era uma batalha em que seu dom era completamente inútil. Ela não poderia nunca ver no que resultaria tudo isso. O desespero começava a consumir seu coração eternamente parado como fogo líquido.

         -Continuaremos passivos? – a voz de Bella era um fiapo.

         -Precisamos consultar os Volturi. – a voz de Carlisle estava pesada de resignação. – Sei que nem todos vocês concordam com isso, mas somente saberemos como agir, ou quem sabe interceder, com o consentimento deles. Não podemos corromper alguma lei. Criar guerras e batalhas é algo terminantemente proibido, eles precisam estar cientes, nós sabemos disso.

         -O que fará? Iremos nos arriscar em ir exatamente para o núcleo das tensões? – Rosalie franziu o cenho.

         -Enviaremos uma carta formal, vamos esperar por sua resposta e então teremos noção de como reagir. – voltou os olhos dourados e tensos para a filha adotiva. – Presumo que ficara algum tempo entre nós, pelo menos.

         -Algum tempo? – Rose ficou de pé em um salto interrompendo. – Psique nunca voltara para a Europa até dez anos depois de a guerra ter cessado. É muito perigoso. Não a ouviram? Esses lobisomens estão seqüestrando mulheres da espécie delas e estuprando-as! Se descobrirem que ela é, certamente farão coisas terríveis. – uma quietude densa ocupou a mesa.

         Bella arregalou os olhos e prendeu a respiração. Rose sentou-se lentamente sem tirar os olhos dourados de Psique, prevendo seus atos, o que faria a seguir. A mestiça entrelaçou os dedos sobre a mesa e levantou os olhos seriamente.

         -Se refere ao fato de eu ser uma mestiça, ou ser filha de Aro Volturi?

         Edward flexionou os dedos.

         -Há quanto tempo sabe disso? – indagou em voz baixa.

         -Achavam mesmo que eu não percebia os cochichos quando eu estava na cama de noite? Renesmee jogava sempre na minha cara que eu era filha de um assassino. Acreditavam mesmo que eu nunca me toquei disso, que ela nunca falou abertamente sobre minhas origens? Ou são muito ingênuos, ou acharam que eu era ingênua demais.

         Renesmee e Jacob chegaram fazendo um grande alarde de gargalhadas divertidas. Destrancam a porta, mas Nessie para de rir naquele exato segundo. Arregala os olhos para somente estreitar-los depois de forma descrente. Balança a cabeça e vai correndo até a sala de reuniões.

         -Isso não está acontecendo. – murmura pasma com a jovem loira sentada na extremidade da mesa. Não estava realmente acreditando no que via. Jake foi correndo atrás dela e para no meio da frase ao avistar a mestiça. – Digam que isso é só uma ilusão da minha maldita mente fértil.

         -Se isso melhora um pouco, eu também não estou nem um pouco feliz em te ver de novo. – rebateu orgulhosamente. – Vim aqui apenas para deixar vocês atentos a qualquer coisa fora do normal. Pretendo voltar a Paris amanhã mesmo.

         -Não pode nos abandonar de novo Psique! Seu lugar é conosco. – Rosalie se largou das mãos de Emmet desesperada.

         -Você não entende Rose, nunca entenderá. – Psique ficou de pé com um rosto totalmente devastado. – Era diferente antes, eu era jovem e tinha sonhos bobos de encontrar minha família, os amigos de minha mãe e que tudo se resolveria em um passe de mágica. Aprenderia a controlar meu corpo e que meu dom não resultaria em mais nenhum problema, mas não foi dessa forma.

         Gotas transbordaram de seus olhos.

         -Toda família de minha mãe foi morta e seus amigos massacrados sem piedade. Existem dezenas de crianças órfãs e sem nenhuma estrutura precisando de ajuda! Eu tive muita sorte de ter vocês para cuidarem de mim, quero conceder um pouco dessa sorte para essas crianças. Não serei egoísta ao ponto de deixar-las desprotegidas e a mercê desses lobos. Se for necessário lutar... Então eu lutarei.

         -Meu deus Psique, você perdeu a razão! Não existe uma mínima chance de vocês conseguirem lutar contra os lobisomens. Vocês têm um organismo muito frágil para poderem batalhar. – a vampira loira passou a ponta da língua pelos lábios. – Deve ter outra forma.

         -O que sugere Rose? Que eu traga cinqüenta crianças para o Alaska? Você acha que meu corpo é frágil, mas está enganada. Posso aguentar um frio terrível como esse por dias, mas eles não. São jovens demais para suportar isso. – bateu as palmas na mesa focando toda sua atenção para ela. - Eles precisam de mim. Tenho que voltar. – completou sentando-se lívida.

         -Pode parar de se fingir de bondosa, Psique. Não ache que vai ser beatificada por ninguém por se passar por Madre Teresa de Calcutá. Todos nós sabemos de sua índole. – Renesmee se intrometeu estalando os lábios e destilando seu veneno como há tempos não fazia. Psique ficou de pé novamente, dessa vez com o rosto encolerizado.

         -O que está sugerindo? – rosnou intempestiva, seus olhos brilhavam com uma intensidade que fez todos grudarem suas costas na cadeira. Renesmee estava afastada o suficiente para não sentir a aura revoltosa da mestiça.

         -Ah... Por favor, Psique. – revirou os olhos debochada. – Você nasceu com o mesmo caráter de seu nobre pai, nunca foi uma dúvida para ninguém nessa casa. Só quer voltar para seu gigantesco clã, de cinqüenta crianças, porque tem uma sede doentia por poder e controle. Aposto que no fim das contas vai entregar todos de bandeja para os Volturi se achar que isso for lhe conceder crédito com seu adorável progenitor. Tudo que você sempre quis foi se tornar uma deles. Estava apenas esperando a hora cert...

         Foi calada com um tapa em sua face esquerda. Nessie virou o rosto para o lado imersa em surpresa. Jacob rosnou se transformando em lobo e intercedendo entre as duas. Jasper e Emmet seguraram o lobo pelos flancos e o arrastaram para fora de casa enquanto Edward agarrava os braços de Renesmee impedindo-a de retaliações.

         -Sabe que mereceu isso sua vadia! – Psique gritou enquanto era contida por Carlisle. – Nunca soube canalizar o amor que recebia de sua família para o bem! Sempre foi um fardo para todos. Você é má Renesmee. Má! Nunca obedeceu aos limites e se transformou em uma tirana terrível!

         -Você tem inveja de mim, de quem sou, do que tenho! Você sempre quis roubar tudo!

         -Eu? Roubar tudo de você? – apontou para si mesma rindo em um sórdido escárnio. – Você é uma doente! Uma psicótica. Nunca aceitou que eu tivesse sequer uma pequena parcela da atenção de alguém. Sempre quis tudo para si mesma. – eles nunca tinham visto Psique levantar a voz, nem mesmo para as provocações de Renesmee.

         -Não tenho culpa se sua mãe era uma prostituta que resolveu deixar a filhinha monstro para os cuidados de outros. – os músculos de Psique relaxaram sobre as mãos de Carlisle, o rosto assumindo feições novamente equilibradas.

         -Se quer saber a verdade Renesmee, eu sempre soube quem era meu progenitor, nunca me interessei por nada que tivesse relação com ele, não me juntaria a eles nem que me obrigassem. Desprezo a forma de vida deles. Nunca machucaria um humano. Não importa se sou filha de um rei, ou de um mendigo, não muda quem sou.

         Carlisle soltou gentilmente os cotovelos da jovem. Psique empinou o queixo orgulhosamente e se retirou com passadas comedidas em direção a porta dos fundos. Escutam quando ela bate sem nenhuma delicadeza e some entre a neve.

         -Não acredito que você fez aquilo Renesmee. – Edward a repreendeu soltando seus braços. Bella estava parada com a boca entreaberta em uma surpresa decepcionada. – Você não tem o direito de fazer falsas suposições sobre alguém dessa forma. Tem noção do que você sequer disse?

         -Estou terrivelmente desapontada com você filha. – Bella estava com a voz embargada de tristeza. – Dói dizer que isso é culpa minha. Psique tem razão, você não tem limites. Fala tudo que lhe vem à cabeça sem se importar com as conseqüências. Isso não pode continuar dessa forma. Você está de castigo.

         Renesmee parou com um sorriso cínico no rosto.

         -Só pode estar brincando não é? Psique voltou não faz duas horas e já estou de castigo levando um sermão?

         -Só faço isso porque te amo Renesmee. Um dia temos que aprender. Suba para seu quarto e saia de lá apenas quando eu disser que pode. Se eu souber que fugiu... As coisas ficarão feias. – sua voz estava baixa e perigosa. Apontou para as escadas. Nessie arregalou os olhos e bufou em indignação. Subiu os degraus batendo os pés.

         Jacob volta vestindo roupas novas e com uma expressão totalmente irritada no rosto. Gira os olhos entre todos os presentes com feições preocupadas e surpresas.

         -O que está acontecendo aqui? – indaga aborrecido.

         -Problemas Jacob, é isso que está acontecendo. Graves problemas.

Psique arrancou as roupas raivosamente enquanto se transformava em um lobo e corria o máximo que suas patas furiosas podiam. A mágoa havia dado espaço para a raiva e o doloroso ódio. Detestava Aro Volturi com todo o fulgor de seu ser. Ele matara sua mãe e causara tudo aquilo. Prometeu a si mesma que ele pagaria caro.

         Afundava as pernas na alta camada de neve fofa enquanto galgava a montanha em um ritmo controlado. Chegou a um ponto em que o gelo ultrapassava seus flancos, cobrindo todo seu corpo e deixando apenas o focinho comprido de fora. Seu pelo alvo como a neve que a contornava se perdia na imensidão branca, era impossível reconhecer-la naquele meio.

         Saltou sobre uma pedra alta e sacudiu as cristas presas em sua pelagem. O frio penetrava seus ossos como dedos esquálidos. Ela ergueu a cabeça para o céu azul e uivou. Um uivo que veio do fundo de seu interior. Saiu de suas entranhas como víboras famintas que escapavam de uma prisão alquebrada.

         Psique sempre temeu aquela parte intrínseca em sua alma. Sabia que no fundo Renesmee tinha razão. Havia um alter ego terrível no caráter dela. Uma parte animalesca difícil de ser controlada. Não era à toa a forma com que ela comandava seu clã, a necessidade que tinha em opinar sempre, e na maior parte das vezes manusear as pessoas para aceitarem o que ela queria.

         Tinha que ter uma força hercúlea para controlar sua parte negra. Via-se por diversas vezes seduzindo promotores e advogados para conseguir documentos que pudessem ajudar em sua busca por sua mãe, ou até mesmo contornar a lei para seu bel prazer. Uma dor aguda atingiu seu coração.

         Seus pelos tombaram no chão enquanto reassumia sua forma humanóide. Os flocos de neve que caiam em sua pele derretiam. Ela sentia aquele terrível ardor que vez ou outra consumiam seu corpo. Debruçou-se sobre a pedra tentando resfriar-se. Gritou como se dessa forma pudesse espantar a dor.

         Enfiou os dedos na pedra e sentiu-a afundar como terra sobre suas unhas. A rocha derreteu sob a pressão. Sentiu as ondas de energia bruta escapando de tudo a sua volta e indo para seu corpo. Árvores jovens tombaram em um raio de dois metros de onde estava, um delicado pássaro caiu morto no chão.

         A dor foi esmaecendo aos poucos. Psique ergueu os olhos ardentes para suas mãos e pode ver o poder emanando delas. A vida roubada. Era como avistar uma miragem em meio a um deserto, quando a ar está se desdobrando a sua volta e tudo se duplica. Deixou que suas pálpebras caíssem sobre seus olhos e desmaiou.

Ah meus deus, onde essa menina se meteu em uma noite de plena nevasca? Será que ela realmente voltou para Paris? Uma vozinha insistente e irritante invadiu a cabeça latejante de Psique. Ela entreabriu os olhos e viu somente escuridão. Demorou cerca de cinco segundos para que suas pupilas pudessem se adaptar a falta de claridade.  

         Sentiu algo áspero contra sua pele. Olhou para uma rocha que parecia ter sido derretida por lava. Seu corpo estava nu e frio como uma pedra de gelo. Lembrava de pouco além de uma terrível agonia do que havia acontecido há horas atrás.

         Sinto o cheiro dela... Mas já faz algumas horas que ela passou por aqui, acho que deveria tentar ir para o sul. Era a voz de Seth. Ele estava procurando por ela. Psique sentiu seus membros enrijecidos. Tentou uma transformação em algo pequeno e prático, mas não conseguia se mover. Estava congelada.

         Ah meu deus, vou morrer aqui. Ela pensou em agonia tentando mover suas mãos. Seus ossos estavam envoltos em cãibras que tornavam um simples mover algo impossível. Tento gritar, pedir ajuda, sentia que a mente de Seth se afastava cada vez mais dela, partindo com suas esperanças.

         Psique sentiu as lágrimas congelando em seu rosto. Usou os últimos vestígios de forças que haviam em seu corpo enregelado e conseguiu rolar para o lado em um lamento de dor abafado. Caiu de cara na neve e rolou para o lado liberando o ar em seu peito.

         -Sefffh... – chiou por entre seus dentes trincados de frio. Estava convulsionando em meio à nevasca. O maxilar batia tão ruidosamente, que deviam ter sido eles a indicarem o caminho do lobo a seguir. Ele ergueu as orelhas em triângulo para o lado que acabara de desistir seguir. Inspirou com mais força captando um fiapo de voz. – Aider...

         Psique perdia a consciência novamente. Estava morrendo, sentia isso. Confundia o agora com lembranças de Paris. Começou a balbuciar em francês. Sua sanidade se perdia com a brisa gelada que percorria seu corpo sinuoso. Imaginou estar agonizando por horas em meio a seus delírios, sentiu mãos ferventes envolvendo sua cintura, semicerrou os olhos para o rosto moreno.

         -Seph... – murmurou.

         -Sim. Sou eu, Seth. – ele encontrara seu corpo pequeno e lascivo encolhido entre a neve. Quando tocou-a, ela não passava de um delicado floco de neve entre os outros. O rosto de Psique estava lívido e tinha os cílios repletos de gotículas congeladas. Em seu desespero, Seth nem sequer colocara uma calça.

         Só a emoção de ver Psique novamente já o deixava corado, mas ter-la nua em seus braços fez com que ele se sentisse mais embaraçado ainda. Como se corrompesse sua integridade. Não havia tempo para divagações recatadas agora, ele aconchegou Psique em seus braços e começou a descer a montanha noturna novamente.

         Sentia que o coração dela estava batendo fraco demais. Isso deixou-o recoberto de temores. Afastou os longos cabelos dela de sua testa e colocou a mão quente livre no lugar que estaria seu coração. Fechou os olhos enquanto fazia uma fraca massagem cardíaca.

         -Resista Psique... Sobreviva. – ele murmurava enquanto corria tentando ir cada vez mais rápido montanha a baixo. Podia ver a ponta do teto da mansão a alguns metros. Dava passadas mais largas em meio ao seu nervosismo. – Estamos quase lá. Quase lá.

         Tropeçou em uma falha no chão e saiu rolando com Psique alojada em seus braços. Os dois foram caindo encosta abaixo até estarem no quintal dos Cullen. A mestiça ainda estava bem acomodada em suas mãos quando ele se levantou com dificuldade.

         Carlisle saiu de dentro da casa ao ouvir o estrondo. Percebeu Psique desacordada nos braços de Seth e avançou furiosamente em sua direção e arrancou a filha dos braços do lobo. Esme surgiu com um cobertor grosso de pelego em seus braços e cobriu Psique.

         -Ela esta tendo hipotermia. Seus membros estão congelando. – Carlisle estava focado demais em Psique para notar a presença de Seth derretendo a neve a seus pés. Carregou a mestiça para dentro da casa apressadamente.

         -Obrigada Seth, entre, coloque uma roupa e se esquente. – Esme murmurou seguindo o marido.

         -Je n'ai rien fait, pas moi! N'ont rien à voir avec cet homme. – Psique começou a gritar dentro de casa. Carlisle prendeu seus braços na maca e pediu a ajuda de Alice. A híbrida se debatia quando foi sedada. Perdeu a consciência pela terceira vez, adormecendo em um mundo aparte de tudo.


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