Malibu Vodka escrita por Caroline Marinho


Capítulo 20
Sapatinhos cor-de-rosa


Notas iniciais do capítulo

Esse é o final. E também o começo.
Nathan e Ashley terão uma filhinha!! Agora eles têm de estar preparados para tomar um rumo completamente diferente em suas vidas.



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- Bom dia! - Nathan disse, acariciando e beijando minha barriga, que já estava enorme.

Eu me encontrava em 9 meses de gestação. A garotinha poderia nascer quando bem entendesse.

Sim, uma garotinha. Do modo como Natasha vivia me repetindo antes do primeiro ultrassom.

Nathan se aproximou ainda mais, e me beijou.

- Ai, credo! Espera um bebê sair, pra depois fazer outro, ok? - Natasha disse, aparecendo na porta.

Resmunguei um palavrão, antes de olhar pra porta e dizer:

- Você conhece uma coisa chamada campainha?

Ela fez uma careta.

- Sim. E conheço uma coisa chamada chave, que dispensa o uso da campainha.

- E privacidade, já ouviu falar?

Ela ficou em silêncio, me encarando por um tempo, sem saber o que falar.

- M-Mas eu trouxe um presente.

Suspirei.

- Já disse pra parar, Natasha. Você já comprou o enxoval inteiro da menina.

- Comprei algum sapato?

- Só uns 20.

- Algum deles é cor-de-rosa? - ela perguntou, tirando um par minúsculo de sapatinhos de dentro de uma sacola.

- Só uns 5.

- Ah, foda-se. Mais um pra coleção.

Minha mãe chegou por trás de Natasha, olhando para mim e Nathan.

- Vocês estão bem?

Desde que descobri que estava grávida, minha mãe havia se mudado para o meu apartamento, indo em casa uma vez ou outra pra ver como estavam as coisas.

Nathan, por outro lado, já havia se instalado. Ele não iria voltar pra casa tão cedo, e nem planejava. Planejávamos o nosso casamento, e estávamos prestes a comprar um casarão perto de Laguna Beach, o que não era surpresa.

Sorri. Mesmo sabendo que eu era nova demais, que a gente ainda tinha muito o que viver, me sentia feliz com o rumo que minha vida havia tomado. E, graças a Deus, Nathan também sentia.

A sensação de ter pessoas que eu amava por perto era maravilhosa.

Até o momento em que eu sentia uma dor estranha, e logo percebi do que se tratava.

- Nathan, acho que eu tive uma contração! - eu disse, gemendo.
- Meu Deus! E agora? - ele disse, desesperado.
- Eu conheço um obstetra -Natasha disse, mais calma do que deveria -, ele mora aqui perto.
Todos olhamos para ela, abismado. E realmente esperei que alguém perguntasse como ela conhecia um obstetra, mas não era uma boa hora.
- Já vou ligar pra ele - ela disse, relaxada, enquanto tirava rapidamente o celular de dentro do decote.

Em poucos minutos, eu conheceria a minha filha.

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Acordei sozinha, em uma cama de hospital. Apesar do silêncio, o choro dela ainda ecoava em minha cabeça, e eu agradecia por estarmos vivas.

Só esperava que ela estivesse saudável.

Abri os olhos novamente, e a vi, ao meu lado.

Minha filha.

Eu a observei mais um pouco. Branca, cabelos loiros e olhos azuis - como eu - e perfeita, sem nenhum defeito.

Ao ver seus olhos, me veio um só pensamento. Eu a amava. Mas não era aquele amor comum, que você vê em filmes, ou em músicas. Era um amor intenso, inesplicável. Só de vê-la, eu já tinha a certeza de que morreria por ela. E que iria ao fim do mundo para protegê-la.

Nathan apareceu no quarto, sorrindo, observando nós duas.

- É linda. Como você - ele disse, aproximando-se.

Eu sorri.

Ele a pegou no colo, e a balançava lentamente em seus braços, com todo o cuidado.

Minha mãe e Natasha entraram, logo em seguida.

- Graças a Deus, você está bem! - mamãe exclamou, com um sorriso enorme, mas com os olhos carregados de preocupação.

- Correu tudo bem - eu respondi. Na verdade, me sentia um pouco exausta. Mas não queria dormir. Queria me manter acordada, pra poder vigiar a criança.

- Ela precisa de um nome, Ash - Natasha disse.

- Ashley, olha! - Nathan disse, todo feliz - Ela sorri eu canto uma canção de ninar.

Ele a trouxe mais perto, e, logo ao começar a cantar, ela sorriu, com o cantinho da boca.

Foi quando percebi o quanto ela se parecia com Nathan.

Canção de Ninar...

Lullaby...

Lullaby...

- Já sei qual vai ser o nome dela - eu disse, com um sorriso.

Todos me olharam, esperando que eu terminasse de falar.

- Lullaby - eu disse - Canção de Ninar.

Eles sorriram. E eu percebi que, realmente, era um ótimo nome.

Há menos de um ano, eu me via apaixonada por um cara que não me dava valor nenhum. Tive que perder minha virgindade pra perceber que estava me iludindo. Foi quando me apaixonei por Nathan... Mas estraguei tudo só pra poder fazer algo por conta própria. Me precipitei e envolvi com um cara que eu não amava, e que não me amava também, e, mesmo sem ter dado certo, me tornei amiga dele. Voltei com o cara que eu realmente amava, e, logo depois da nossa primeira vez, descobri que teria que construir uma família, pois estava grávida.

E apesar dessa enorme bagunça que minha vida se tornou, eu percebi que isso me fazia feliz. E que tudo aconteceu do modo que devia ter acontecido. E se eu voltasse no tempo, mesmo tendo sofrido tanto, eu não mudaria nada. Nada mesmo.

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TEQUILA CALIFÓRNIA

Uma prévia do que está por vir...

Prazer, sou Lullaby Benson. E minha vida virou uma grande confusão.

Me apaixonei por um garoto. Mas o passado dos pais dele envolve o passado dos meus.

E este último é escondido de mim há 15 anos.

Como se não bastasse, fui proibida de ter qualquer envolvimento com ele. Por motivos que eu não posso saber tão cedo.

Afinal, o que há de errado com ele? O que há de tão confuso no passado da minha família? E na família dele? Como a vida de um garoto inglês pode estar ligada com meus pais, de Malibu?

Essas não eram nem parte das perguntas que rondavam minha cabeça.

Mas, de qualquer forma, eu acharia as respostas.

Por bem ou por mal.


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Notas finais do capítulo

Quero mandar um beijo excepcional para meus poucos leitores, que tiveram a paciência de acompanhar Malibu Vodka até o final.
Um beijo pra Alícia Salviano, que foi basicamente quem me deu um empurrão pra seguir em frente com o capítulo dois de uma história que era pra ser, basicamente, um passatempo de uma aula chata de geografia.
Um beijo pra Felipe Borba, que insiste em dizer que é o fã nº1 da fic, quando na verdade ele é só o maior baba ovo que eu conheço!!
Um beijo pra Nicole Bárbara, que fazia questão de ser atualizada sobre a fic 24 horas por dia.
E um beijo ENORME pra quem pretende ter a paciência de acompanhar a próxima fic (que vai ser a continuação de Malibu Vodka) :::: TEQUILA CALIFÓRNIA.