New Girl escrita por BerryFabray


Capítulo 24
The Berry Family


Notas iniciais do capítulo

Sei que demorei, e como sempre peço minhas sinceras desculpas. Estou estudando para o vestibular todos os dias e isso tem tirado meu tempo para escrever a fic :/ Tristes com o final da terceira temporada?! Eu já separei meus lenços de papel por serão lágrimas para todos os lados hoje :( Mas ai está, capitulo bem grande pra compensar a demora..boa leitura :D



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– Quinn, você não podia ter feito isso sem ter falado comigo antes!

– Rachel, eu não pude! Minha mãe me perguntou de maneira muito direta, eu não podia mentir.

Alguns segundos de silêncio e ela voltou a falar, parecendo mais calma.

– E como ela reagiu?

– Pediu que eu prometesse a ela que eu seria muito feliz com você.

– Sério? – Seu tom agora era de surpresa

– Muito sério. Também me espantei um pouco no início, mas confesso que fiquei muito feliz com a reação dela.

– Agora temos um problema.

– O que?

– Meus pais. Temos que falar com eles também então oras.

– Aí complica um pouco. Não acho que seus pais vão reagir tão bem quanto minha mãe.

– Eu tenho uma idéia, que talvez dê certo.

– Diga – Deixei meu corpo cair sobre a cama, me deitando sobre a mesma, então Santana veio e se sentou ao meu lado

– Que tal um jantar? Já estou te devendo um mesmo, lembra que eu prometi te mostrar meus dotes culinários?

– Claro que lembro, estou esperando por esse convite até hoje! – Brinquei

– Então, é a oportunidade perfeita. Meus pais são um pouco detalhistas em algumas coisas, então um jantar um pouco mais formal fará a diferença na opinião deles.

– Quando?

– Quanto mais cedo, melhor. Que tal hoje a noite mesmo?

– Tudo bem então. Levo alguma coisa?

– Claro que não. Venha linda como sempre, apenas.

– Duvido, jamais chegarei aos seus pés.

– Que nojo vocês duas hein, chega dessa melação! – Santana pegou o celular de minha mão – Hey Berry, a Quinn vai no jantar está bem. E estará bem vestida, prometo. Agora chega, vai arrumar alguma coisa pra fazer!

Quando terminou, ela me devolveu o celular.

– O que foi isso?!

– Sei lá, Santana tirou o dia para implicar comigo, e conseqüentemente, com você. Mas fique tranqüila, estarei aí ao anoitecer.

– Está bem.

– Até mais tarde então.

– Até, meu amor.

Dei um sorriso bobo e desliguei o telefone.

– Então vai rolar jantar com os Berrys – Santana ironizou

– Parece que sim.

– E você já sabe o que vai dizer à eles?

– Sinceramente? Não. Não faço a mínima idéia.

– Então é melhor começar a pensa logo, Fabray. Acredite, conhecer os pais da namorada pode ser bem traumatizante para a relação, dependendo de como tudo acontecer.

– É, eu sei.

Santana tinha razão. Muita razão. Se alguma coisa saísse errada, os pais de Rachel poderiam muito bem tentar impedir nosso namoro. Mas como garantir que tudo sairia perfeitamente bem?

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RACHEL’S POV

– Rachel? – Ouvi a voz de meu pai me chamando, então imediatamente larguei o celular e tratei de tirar aquele sorriso bobo, com o qual eu sempre ficava depois de falar com Quinn, do rosto.

– Sim pai… – Leroy entrou pela porta

– Eu e seu pai teremos que sair por algumas horas. Ou melhor, acho que só voltaremos no final da tarde. Comporte-se. Acho que depois de tudo que aconteceu ontem, você precisa ficar um pouco em casa. E sozinha.

– Eu entendi pai. Mas por favor, deixe-me chamar o Kurt para passar o dia comigo.

– Só o Kurt, e mais ninguém. Ninguém, entendido? – Era fato que ele falava de Quinn

– Sim pai. Mas preciso falar mais uma coisa com você.

– Diga.

– Eu queria uma maneira de agradecer à Quinn por ter me deixado ficar lá ontem, então eu gostaria de oferecer à ela um jantar hoje, com a presença de vocês dois, é claro.

Ele hesitou um pouco em responder, ficando com uma feição pensativa.

– Tudo bem. Mas não poderemos te ajudar em nada, pois só chegaremos quase na hora do jantar.

– Não tem problema algum. Sairei apenas para comprar algumas coisas no mercado, está bem?

– Está bem. Até mais tarde – Ele saiu e fechou a porta – Estiquei-me e peguei meu celular novamente, discando o número de Kurt.

– Alô?

– Oi Kurt

– Oi Rachel!

– Kurt, preciso conversar com você. Será que você poderia vir aqui em casa hoje?

Claro! Que horas?

– Pode ser agora?

– Está bem – Ele riu leve – Estou à caminho.

Desliguei a ligação e larguei meu celular na cama. Resolvi procurar logo por uma receita. Peguei meu livro “mágico” de receitas. Sim, ele era mágico. Todas as receitas que haviam ali eram deliciosamente perfeitas ao paladar de qualquer pessoa. Comecei a folhear o livro, tentando acabar com minha indecisão em relação ao o que fazer para o jantar, mas não tive tempo de me decidir entre minhas duas preferidas, porque em menos de dez minutos, minha campainha tocou e eu larguei o livro por ali mesmo e desci, abrindo a porta para Kurt.

– Oi Rach – Nos abraçamos – Seus pais estão? – Ele perguntou enquanto entrava em minha casa

– Não, por quê?

– Eu já previa. Você disse que precisava conversar, e pra dizer isso, deve ser algo sério. E eu sabia que você não me convidaria para vir logo aqui conversar se seus pais estivessem em casa.

– Eu só aproveitei a oportunidade, porque na verdade, o assunto tem a ver com eles – Nos sentamos ao sofá

– Conte-me tudo…

– Quinn contou à mãe dela sobre nosso namoro.

– Oh God! E como foi isso?!

– Eu ainda não sei bem, mas parece que a mãe dela percebeu, e perguntou diretamente. E como ela não quis mentir, ela contou.

– E qual foi a reação da mãe dela?

– Bem melhor do que eu imaginava. Parece que está levando numa boa, tanto que desejou que Quinn fosse muito feliz comigo.

– Nossa, isso foi realmente surpreendente.

– Pra mim também. Eu não esperava mesmo uma reação dessas.

– Agora me deixe adivinhar, você quer contar para os seus pais…

– Exatamente. Mas eu não sei bem como fazer isso.

– Primeiro escolha uma boa ocasião.

– Eu já a tenho. Jantar, aqui em casa, hoje à noite.

– Boa idéia.

– Mas eu não sei como começar a contar a eles, entende?

– Olha, não vou dizer pra você que foi fácil contar ao meu pai. Mas ele aceitou muito bem. E seus pais também vão, por razões meio óbvias, não é?

– Verdade – Dei uma risada

– Deixe que o jantar aconteça. É óbvio que Quinn será super simpática com eles. Diga a ela que os conquiste. Fale de coisas que eles gostem. E a diga para não exagerar nos elogios. Depois que o jantar já tiver acabado, vocês podem se pronunciar.

– Direi isso a ela. Eu só queria poder vê-la hoje, ainda antes do jantar.

– E porque você não vai à casa dela, ou a chama para vir aqui?

– Se meus pais descobrirem que eu saí de casa hoje, eles me trancam pelas próximas duas semanas! Prometi a eles que iria apenas ao mercado.

– E porque isso tudo?!

– Eu dormi na casa dela noite passada, Kurt. E nem avisei aos meus pais. Leroy apareceu na casa dela para me buscar. E foi depois disso que ela contou para a mãe dela.

– É verdade! Eu me esqueci de te perguntar! Você sumiu da festa ontem, o que houve?

– Creio que eu tenha bebido demais, então ela meio que me forçou a ir embora. Levou-me para sua casa e eu acabei dormindo lá mesmo.

– Eu fui embora logo um pouco depois que percebi que você também tinha ido. Procurei pelo Finn, mas também não o achei, então voltei com Blaine.

– Verdade, eu não tinha reparado que o Finn tinha sumido.

– Quando cheguei em casa, ele já estava dormindo, e quando saí agora de manhã, ele não estava em casa.

– Estranho – Pensei alto

– Muito. Mas mudando de assunto novamente, eu vou te ajudar. Marque com ela em algum lugar. No Breadstix talvez. Eu vou com você ao mercado, compramos as coisas que você vai precisar, depois vamos até o Breadstix. Vocês aproveitam e almoçam juntas.

– E se meus pais descobrirem?

– Eu vou estar com vocês. Qualquer coisa, diga que você saiu comigo, e não com ela.

– Então chame o Blaine também, para almoçar conosco.

– Está bem, me dê um minuto e vou ligar para ele.

– Fique a vontade. Eu vou tomar um banho rápido e mudar minha roupa.

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QUINN’S POV


Santana havia conseguido me arrastar até sua casa, para passar o dia com ela e com Brittany. Em outras palavras, segurar vela. Até que até aquele momento, as duas estavam se controlando bem. Mas eu já não via a hora de ir embora. Nada contra as duas, mas vê-las tão juntas assim só dava mesmo era saudade da minha Rachel. E, além disso, ocupando minha mente, ainda tinha toda essa história de jantar. Com que cara eu olharia para os pais dela e diria que estamos namorando?!

– Quinn, quer parar de viajar e assistir o filme? – Brittany exigiu minha atenção

– Oi Britt…

– O filme! Você não está prestando atenção em nada!

– Desculpe Britt, estou pensando em algumas coisas aqui…

– Jantar com os Berry’s? – Santana perguntou

– Exatamente.

– Fica tranqüila, vai dar tudo certo – Santana tentou me tranqüilizar – Tudo que você precisa fazer é…

Sua fala foi interrompida pelo o toque de meu celular. O peguei rapidamente e logo vi o nome de Rachel no visor, se tornando impossível conter meu sorriso, e é claro que Santana não perdeu a chance de me perturbar.

– Agora vai começar a sessão melação Brittany, tape os ouvidos.

– Quinn?

– Oi Rach

– Você está em casa?

– Na verdade não, estou na casa da Santana. Por quê?

– Eu queria saber se você não quer almoçar comigo no Breadstix.

– Mas você não está proibida de sair de casa?!

– Tecnicamente sim, mas meu pai disse que eu poderia sair para comprar algumas coisas para nosso jantar com o Kurt. Então ele deu a idéia de almoçarmos com ele e com Blaine. É bom que poderemos resolver algumas coisas sobre hoje à noite.

– Eu adoraria. Só não quero que você se meta em problemas com seus pais, Rach.

– Fique tranqüila, não terá problema nenhum.

– Está bem então. Que horas?

– 13h. Dará tempo suficiente para que eu e Kurt compremos as coisas do jantar. Nos vemos lá então.

– Okay.

– Um beijo meu amor, até daqui a pouco.

– Até, beijos.

Desliguei a ligação e coloquei meu celular de lado, e logo reparei que Britt e Santana me olhavam curiosas.

– O que foi?!

– Diz logo ai, que história é essa da Rachel se meter em problemas.

– É porque os pais dela tinham proibido-a de sair de casa hoje, mas ela resolveu sair e ainda me chamou para almoçar com ela no Breadstix.

– Você não recusou, não é? O Breadstix é o único restaurante onde eu jamais me recusaria a ir!

– Claro que não recusei.

– Então o que está esperando? Vá encontrar sua garota, Fabray.

– Ainda está um pouco cedo…

– Então venha nos ajudar… Minha mãe não virá para o almoço então eu e Britt teremos que nos virar

Fui arrastada até a cozinha. Procurei ajudar as duas com a coisa do almoço, mesmo não sabendo quase nada de culinária.

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RACHEL’S POV


Duas horas já haviam se passado desde a hora que eu havia falado com Quinn. Kurt e eu já estávamos com tudo que eu poderia precisar comprado, e as sacolas já estavam no carro, e nós estávamos no mesmo, nos dirigindo para o Breadstix. Chegamos no local na hora exata, mas nem Quinn nem Blaine estavam lá. Nos sentamos mas não pedimos, e ficamos jogando conversa fora enquanto esperávamos ansiosamente pelos dois. Passados alguns poucos minutos os dois chegaram juntos, rindo de alguma coisa enquanto caminhavam até nós.

– Nos perdoem pelo atraso. Nos encontramos no meio do caminho e viemos conversando, acabamos andando mais devagar por conta disso – Blaine contou enquanto Quinn parou ao meu lado e depositou um leve beijo em meus lábios, em seguida, os dois se sentaram à nossa frente.

– Já pediram? – Quinn perguntou

– Ainda não, resolvemos esperar por vocês – Conclui

Kurt então chamou a garçonete e fizemos nosso pedido.

– Estou feliz em te ver – Quinn disse, esticando seu braço sobre a mesa para que sua mão pudesse alcançar a minha

– Eu também, Quinn – Sorri e segurei sua mão – Mas precisamos conversar algumas coisas…

– É sobre hoje a noite, não é?

– Sim. E exatamente por isso que eu chamei o Kurt e o Blaine para nos ajudarem. Quero dizer, os dois já passaram por isso, talvez possam nos dar alguns conselhos.

– Conselhos não, Rach – Kurt disse – Porque como eu já te disse, seus pais jamais interfeririam no namoro de vocês por esse motivo, já os dois também têm um relacionamento parecido. A única questão que eu acredito que poderia atrapalhar seria o fato de eles não aprovarem sua namorada.

Quinn mudou de feição, parecia assustada, como se não tivesse pensado nessa hipótese antes.

– E você acha que isso pode acontecer?! – Ela perguntou

– Talvez sim, talvez não – Ele respondeu – Mas se o caso for esse, eu posso ajudar sim. O caso é simples. Os pais da Rach, apesar de serem um casal gay, mantêm um tipo de família tradicional. São protetores, se importam com a filha, querem saber onde ela está e com quem está, e principalmente a consideram a coisa mais importante da família. Resumindo, no início, eles provavelmente aceitarão, mas continuarão mantendo aquela pose de durões, sabe? Como se fossem super protetores. Mas isso, com o tempo, vai passar, pois eles passarão a ver o bem que você faz à Rachel, e isso pra eles, com certeza, vale mais do que qualquer coisa.

– Desde quando você virou expert em “pais”?! – Blaine perguntou fazendo junto uma careta e eu e Quinn não contemos a risada

– Não é questão de ser expert, tudo que eu disse é totalmente óbvio. E eu vou provar.

– Ta, mas como eu devo agir na frente deles? – Quinn perguntou – Nas outras vezes, eu era apenas uma amiga da Rachel, ou pelo menos era isso que queríamos que eles pensassem.

– Seja você mesma, oras. Afinal foi por essa Quinn por quem Rachel se apaixonou – Quinn me olhou e me deu o sorriso mais lindo desse mundo – E é dessa Quinn que os pais dela devem gostar. Agora, uma regra mais do que básica. Nada de elogios muito extremos, vai parecer que você quer agradá-los momentaneamente com elogios fajutos. E é claro, nada de pegação na frente dos dois. Eles vão levar um tempinho pra se acostumar com vocês duas juntas, por isso é melhor evitarem grandes surpresas.

Kurt continuou dando seus preciosos conselhos, e quanto nossos pedidos chegaram, nos deliciamos com as maravilhas servidas pelo Breadstix, mas é claro que isso não cessou a conversa. Ficamos mais de duas horas ali, conversando, até que eu resolvi ir embora, pois teria que decidir o que faria para o jantar, então Kurt me deu uma carona até minha casa, e eu convidei Quinn para ficar um pouco, então os dois seguiram seu caminho enquanto minha namorada e eu entrávamos em casa.

– Não posso ficar muito Rach. Ainda preciso voltar para casa e decidir o que vestir, e ainda avisar a minha mãe, que não sabe de absolutamente nada.

– Está bem, não vou te prender. Mesmo que isso soe uma ótima idéia – Dei aquele sorriso malicioso seguido de uma risada assim que vi o jeito assustado com que ela me olhou – Estou brincando, Quinn.

Pude ouvi-la soltar a respiração antes presa. Deixei as sacolas com os alimentos na bancada da cozinha, e voltei à sala.

– Vem comigo. Preciso da sua ajuda em uma coisa.

A peguei pelo seu pulso e a puxei escada acima. Pedi que ela se sentasse à cama e quando assim fez, me sentei ao seu lado e pus o livro de receitas sobre seu colo.

– Rachel, já te disse que culinária não é exatamente meu forte, então se você tiver qualquer dúvida sobre isso, creio que eu seja a pessoa menos capacitada para te auxiliar.

– Não é nada disso. Eu só estou indecisa entre duas receitas. Escolha uma das duas – Apontei para as duas receitas na página

– Não, eu não quero escolher. Quero que seja surpresa.

– Ah Quinn… Por favor – Fiz bico

– Não, não. Nem adianta esse bico aí. Faça você a escolha. Independente do que escolher, eu sei que vou adorar. Bom, essa é minha deixa. Preciso ir para casa.

Ela se levantou, indo em direção a porta e eu apenas a segui sem fazer nenhuma objeção. Descemos as escadas e eu a levei até a porta.

– Chegarei aqui exatamente às 20h. Nos vemos mais tarde – Ela disse, parando a minha frente.

– Com certeza – Respondi, dando um sorriso

– Então, até mais

Não sei por que, mas senti que ela estava um pouco sem graça, ou até mesmo nervosa. Talvez o fato da hora do jantar estar chegando, estivesse a deixando um pouco desconfortável. Não pensei duas vezes e levei uma de minhas mãos até seu rosto e a trouxe até mim, tornando unidos nossos lábios. Aos poucos ela pareceu se entregar e finalmente passou a corresponder da forma de sempre, me puxando mais pra perto com o auxílio de seus dois braços e me fazendo perder o ar naquele beijo que só ela sabia me dar.

– Te vejo daqui a pouco – Eu disse sem me afastar muito dela.

Quinn apenas sorriu para mim, beijou minha bochecha e então saiu. Fiquei ali, recostada na porta até que ela sumisse de minha visão, então entrei em casa e comecei a preparar as coisas para o jantar.

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Já era 19hrs quando acabei de preparar tudo. Exatamente tudo estava pronto. A mesa estava devidamente arrumada, e tanto o prato principal como a sobremesa já estavam prontos. Agora, a única que faltava era eu mesma. Subi as escadas até meu quarto e rapidamente entrei em meu banho. Procurei não demorar muito afinal meus pais já estariam chegando, e Quinn também. E não deu outra. Assim que saí do banheiro, enrolada em minha toalha, ouvi o barulho da porta principal se abrindo e as vozes de meus pais preencherem o silêncio de antes.

– Rachel? Onde está?

– Aqui em cima, me arrumando!

Parei em frente ao guarda-roupas e abri o mesmo, analisando minuciosamente os vestidos que eu tinha, para que minha escolha não falhasse.

– Já está na hora do jantar?

Me virei e vi Hiram parado à porta.

– Sim, daqui a pouco Quinn está chegando.

Voltei a atenção às minhas roupas, mas percebi que ele ainda continuava ali, a me olhar.

– O que foi, pai?

– Nada. Eu só estava pensando… Rachel, há alguma razão em especial para esse jantar acontecer?

– Não exatamente. Não. Acho que não – Me enrolei nas palavras – Por quê?

– Nada não. Só perguntando. Eu e seu pai vamos nos preparar e já descemos.

– Está bem.

Assim que ele saiu, me virei novamente para o guarda-roupas e meu olhar bateu em um de meus vestidos e acabei por escolhe-lo. Alças finas, cintura marcada, da cor amarela. Vesti-me, penteei meus cabelos, me calcei, maquiagem leve e pronto. Eu estava pronta e linda para minha namorada. Desci as escadas e parei em frente ao espelho que havia na sala, ajeitando mais um pouco meus cabelos. Eu queria apenas sentar no sofá e esperar por ela, mas eu estava nervosa demais para isso, confesso. Eu andava de um lado para o outro, e só parei porque vi meus pais descendo as escadas, já devidamente cheirosos e arrumados.

– Onde está Quinn? – Leroy perguntou, logo em seguida dando uma olhada na mesa de jantar já arrumada – Uau, parece que você se empenhou mesmo nesse jantar…

– Sim – Sorri sem graça – Ela já deve estar chegando. Ainda faltam dois minutos para as 20h.

Foi só eu terminar de falar e a campainha soou. Respirei fundo, e olhei para meus pais. Leroy estendeu a mão, como se pedisse que eu fosse abrir a porta. Dei meus passos até a porta e respirei fundo mais uma vez quando minha mão tocou a maçaneta. Girei a mesma e me deparei com a loira mais linda que eu já tinha visto.

Quinn usava um vestido preto que caia perfeitamente em seu corpo. O cabelo geralmente liso tinha algumas ondas perfeitamente penteadas, e sua maquiagem era leve, pois afinal ela não precisava daquilo. Ela estava linda demais, segurando em uma das mãos uma garrafa de vinho. Mas o que mais fez a diferença em minha opinião foi o brilho nos seus olhos castanho-esverdeados e seu sorriso lindo como sempre.

– Oi – Ela disse calmamente

– Oi – Eu respondi, mesmo ainda estando um tanto quanto hipnotizada por sua beleza

– Espero estar na hora.

– Está, claro. Nem um segundo atrasada.

Ela sorriu novamente e veio em minha direção. Senti o coração apertar por um instante, com medo do que ela fosse fazer, e foi então que ela me envolveu com seus braços e me abraçou. Senti como se seu perfume preenchesse todo o meu ser. A apertei forte contra mim, sem medo algum do que meus pais pensariam. Quando ela finalmente se afastou, percebi que olhava para maus pais.

– Boa noite Sr. e Sr. Berry – Sua voz era simpática

– Quinn, você já é praticamente de casa. Sem formalidades, por favor – Leroy disse, cumprimentando-a

– Exatamente Quinn, Leroy está certo – Meu pai Hiram completou, também a cumprimentando

– Trouxe isso para o jantar, espero que gostem – Quinn ofereceu o vinho à eles – Estava na adega do meu pai. Ele deixou alguns lá em casa desde que saiu. Esse era um dos preferidos dele, era o que ele dizia que guardaria para uma ocasião especial, então eu acho que essa se encaixa bem como ocasião especial.

Fechei a porta e me coloquei ao lado dela.

– Muito obrigado, Quinn – Leroy agradeceu

– Então, vamos ao jantar? – Perguntei antes que aquele silêncio constrangedor se instalasse.

Seguimos para a sala de jantar, e enquanto meus pais se sentavam, pedi que Quinn me ajudasse a servir o jantar, para que ela fosse a cozinha comigo e pudéssemos pelo menos nos cumprimentar devidamente, mas isso não aconteceu, já que meu pai Leroy disse que pelo menos no jantar, Quinn era visita e não deveria servir a eles, mas sim eles a servirem, então eu fui obrigada a deixá-la sozinha com Hiram na sala de jantar enquanto Leroy me ajudava a servir as bandejas.

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QUINN’S POV

Calma Fabray, calma. Ele é só um adulto. Está bem, ele não é só um adulto. Ele é um adulto, pai da minha namorada, e olha que engraçado, ele nem sabe disso! Deus… Nunca pensei que isso fosse tão amedrontador. Agora entendo porque os garotos não gostam da idéia de jantar com os pais da namorada. E pra piorar, no meu caso, eu não era o garoto e ainda não se tratavam de um pai e de uma mãe, mas sim de dois pais. Dois homens, que são pais, e super protetores com sua filhinha. E como se tudo conspirasse contra mim, os pais de Rachel não me deixaram ajudá-la na cozinha, o que significa que eu estava sentada a mesa, sozinha com Hiram. Ele estava sentado à ponta da mesa, com os cotovelos apoiados sobre a mesma e eu olhar percorria toda a sala de jantar. Eu só conseguia ficar naquela mesma posição, com as mãos apoiadas sobre o colo e o olhar fixo em meu prato vazio.

– E então Quinn, como está sua mãe?

Sério? Ele estava mesmo tentando puxar assunto comigo?

– Está bem – Ri um pouco nervosa – Deve estar na casa da minha irmã

– Você tem irmã?! – Soou surpreso

– Sim, mais velha é claro. O nome dela é Frannie, já é casa e tudo – Acho que dei mais detalhes do que o necessário

– Ah sim

O silêncio voltou a ficar entre nós e eu voltei a minha posição de antes. Graças a Deus, Rachel e Leroy voltaram para me salvar daquela situação.

– E o jantar está servido.

Os dois colocaram algumas bandejas sobre a mesa, e tenho que confessar que só de olhar para aqueles pratos, eu estava ficando com água na boca. Eram perfeitamente apetitosos ao olhar.

– O especial de hoje é Penne ao molho Arrabbiata Vegano. – Rachel disse animada, como se estivesse orgulhosa de seu feito

Sorria Quinn. Sorria e finja que sabe exatamente o que é esse prato. Afinal, isso é nome de comida mesmo?! Rachel começou a nos servir com um sorriso no rosto, e assim que todos já estavam devidamente servidos ela se sentou à minha frente enquanto seu pai abria o vinho que eu havia trazido. Serviu a ele a Leroy e serviu à mim e a Rachel, uma cidra sem álcool.

– Eu poderia propor um brinde, pai? – Rachel pediu

Fiquei com um pouco de receio do que ela diria, mas não… Ela não falaria logo de cara assim, não é? Não é?!

– Claro, filha. Alguma coisa em especial?

– Não necessariamente. – Senti sua olhada rápida em minha direção – Só queria brindar à vida. À tudo de ótimo que temos, e à todas as pessoas maravilhosas que temos ao nosso lado

– Saúde!

Brindamos e enfim começamos a comer. Tenho que concordar com Rachel desta vez: Seus dotes culinários realmente eram impecáveis. A comida estava divina. Mesmo sendo comida vegana.

O jantar seguiu otimamente bem. Conversávamos assuntos dos quais os quatro interagiam e Leroy e Hiram estavam sendo bem convidativos comigo. Quando terminamos, os dois se ofereceram para levarem nossos pratos e trazerem a sobremesa. Assim que não os vimos mais na sala de jantar, senti a mão de Rachel pousar sobre a minha, que estava em cima da mesa.

– Acho que está na hora – Ela disse

Eu finalmente tinha ouvido a frase pela qual que estava esperando a noite inteira, mesmo sabendo que ouvi-la me deixaria mais nervosa do que eu já estava.

– Algum problema? – Ela perguntou, provavelmente percebendo meu estado emocional

– Não, claro que não – Apertei sua mão entre a minha

Para minha surpresa, ela soltou a minha mão, deu a volta na mesa e se sentou à cadeira vazia ao meu lado. Puxou sua cadeira para mais próximo de mim e então pegou minha mão por baixo da mesa, logo dando aquele sorriso lindo para mim. Apenas tive tempo de depositar um rápido beijo em sua bochecha, pois seus pais voltaram com algumas taças na mão. A sobremesa era salada de frutas, eu logo identifiquei. Eles novamente tomaram seus lugares e eu pude perceber a troca de olhares entre os dois, provavelmente por perceberem que Rachel havia trocado de lugar. Começamos a comer a sobremesa em completo silêncio. Eu conseguia perceber que Rachel já estava nervosa ao meu lado de tanto esperar.

– Pais, precisamos conversar – Ela simplesmente disse e meu único ato em resposta foi largar o pequeno garfo em minha mão e pude ver que Leroy e Hiram fizeram o mesmo.

– Diga…

Eu tinha a impressão de que eles já sabiam o íamos falar. Confesso que travei. Não sabia o que falar. Se eu abrisse minha boca, som nenhum sairia. E acho que Rachel, fez o que fez sabendo disso. Ela pegou nossas mãos que estavam juntas por debaixo da mesa e as colocou em cima da mesa. Os olhares dos dois foram direcionados para nossas mãos, mas nenhuma reação foi esboçada.

– Eu e Quinn… Nós estamos juntas. Estamos namorando.

Minha vontade era me enfiar debaixo da mesa e não sair dali nunca mais. Eu estava com vergonha do meu medo, mas eu não conseguia controlá-lo.

– Rachel, Rachel… Sempre dizendo o óbvio – Leroy disse, rindo para Hiram

Não, eu não tinha acabado de ouvir aquilo. Não mesmo. Leroy Berry não podia estar fazendo piada disso tudo, não mesmo. Virei meu rosto lentamente para Rachel e percebi que ela tinha a mesma expressão de espanto que eu.

– Meninas, não somos burros, não é. Qualquer um consegue ver o que existe entre vocês – Hiram disse – É claro que a parte do namoro é surpresa, mas já sabíamos que havia algo a mais entre vocês.

– E vocês… – Rachel tentou falar

– Nós aprovamos, filha. Como poderíamos dizer não diante de uma relação que te traz tanta felicidade? Porque também já percebemos o quanto você anda mais feliz, mais alegre. Sempre com um sorriso no rosto – Hiram continuou

– Mas só precisamos que vocês tenham certeza do que querem. As coisas não serão fáceis daqui pra frente, minhas queridas. Eu e Hiram já passamos por muita coisa nessa vida por causa do nosso relacionamento. Mas se vocês se gostam de verdade, vão passar por cima de tudo isso, assim como nós fizemos – Leroy nos alertou e então eu resolvi me pronunciar

– Preciso me desculpar com vocês. Eu deveria ter vindo falar com vocês antes de fazer o pedido de namoro à Rachel mas eu precisava ter certeza de que ela também queria isso tanto quanto eu e…

– Quinn, querida – Hiram disse, me cortando – Não há problema. Você ter feito esse pedido só nos demonstra que você realmente gosta de nossa filha, e se importa com ela tanto quanto nós dois.

– Uma pergunta… – Rachel disse, ainda estranhando a situação – Se vocês já sabiam e já aprovavam, porque eram indiferentes com Quinn no início?!

– Não é fácil para os pais verem a filha em um relacionamento, Rachel. Nunca é. Ainda mais num relacionamento como o de vocês. Sabemos que vocês tiveram alguns contratempos ao longo do tempo, e isso nos dava algumas dúvidas. Mas aos poucos fomos percebendo que o que importa é que você esteja feliz Rachel, e eu sei que você está – Hiram completou, sorrindo para nós assim como Leroy

– Então isso significa que…

– Sim, vocês têm a nossa benção para esse namoro – Leroy disse, se levantando e parando ao meu lado

Ele abriu os braços sorrindo, pedindo um abraço. Nossa, aquilo ficava estranho a cada instante que passava. Eu levantei-me um pouco hesitante e o abracei. Logo em seguida Hiram também me esperava para um abraço.

Depois dessa rodada de abraços, Rachel se agarrou em mim, circundando minha cintura com seus braços e eu apenas a envolvi da mesma maneira.

– Deixem que arrumamos a mesa. Acho que vocês precisam de um tempo sozinhas – Hiram sugeriu, mas eu resolvi não abusar.

– Na verdade, eu preciso ir… Ainda terei que passar na casa de minha irmã, pois prometi que iria embora com minha mãe.

– Então tome Rachel, leve-a até lá.

Leroy entregou a Rachel as chaves do carro.

– Muito obrigada por tudo mesmo. Pelo jantar, pela hospitalidade de vocês, e principalmente, por não me impedirem de ficar com a pessoa que eu amo – Eu disse, dando um sorriso para os dois

– Nós que agradecemos por fazer da nossa filha uma pessoa tão feliz

Despedi-me dos dois e segui Rachel até a garagem.

– Você está acreditando que isso tudo realmente aconteceu? – Perguntei enquanto ela abria a porta do carro

– Não! Estou tão surpresa quanto você! Nunca imaginei uma reação tão boa assim…

– Muito menos eu. Acho que estou tremendo até agora!

Esperava que ela entrasse no carro, mas ao invés disse, me segurou pelas duas mãos, ficando a minha frente.

– Obrigada por ter feito isso comigo.

– Eu não fiz muita coisa… Quase não falei, na verdade.

– Eu sei, mas significou muito ter você comigo aqui hoje.

– Também foi muito importante pra mim, ter vindo hoje – Eu sorri

Ela retribuiu meu sorriso antes de colar seu corpo ao meu e me beijar sem pressa. Acariciei seu rosto com minhas mãos enquanto eu a sentia me prendendo junto a ela com suas mãos em minha cintura.

– Eu te amo – Ela separou nossos lábios um pouco e sussurou

– Eu também te amo

Dei-lhe um selinho gentil e sem seguida me afastei, dando a volta no carro e sentando no banco do carona. Rachel ligou o carro e então seguimos até a casa de minha irmã. Levamos quase meia hora para chegarmos, porque além de a casa de Frannie não ser assim tão perto, Rachel dirigia bem devagar. Quando finalmente chegamos, ela parou o carro em frente a casa, e eu reparei que o carro de minha mãe não estava ali. Peguei o celular e disquei para minha mãe.

– Mãe, ainda está na Frann?

– Sim, sim. E cadê você afinal?

– Estou aqui na porta da casa dela.

– Veio a pé?! Há essa hora?

– Não mãe, Rachel está comigo. Ela me deu uma carona… Como não vi seu carro pensei que você pudesse ter ido embora sozinha.

– Eu não vim de carro, seu cunhado estava passando por lá e me deu uma carona. Sua irmã nos levará de volta.

– Não precisa mãe, eu e você podemos muito bem andar um pouco e pegar um táxi mais a frente.

– Eu levo vocês – Rachel se pronunciou depois de ter entendido sobre o que falávamos

– Não Rach, isso é muito abuso já.

– Claro que não! Não me custa nada… Além disso, não vou deixar vocês voltarem sozinhas a pé a essa hora. Diga para ela sair que eu levo vocês.

– Mãe, Rachel nos dará uma carona até em casa.

– O namoro mal começou e você já está escravizando a menina?!

– Que isso, mãe?! Que coisa horrível de se dizer! Além disso, ela que se ofereceu, está bem? Enfim, estamos aqui na porta te esperando. Ah, e de um beijo na Frann por mim.

– Está bem então. Já estou saindo.

Desliguei a ligação. Alguns minutos se passaram e nada de minha mãe, imaginei que ela ainda estivesse recolhendo suas coisas ou algo do tipo, mas resolvi sair e ir até lá me certificar do que estaca acontecendo.

– Rach, vou lá ver o porquê desta demora. Quer ir comigo?

– Não sei Quinn… Sua irmã já sabe da gente?

– Ainda não. Mas prometo contar a ela assim que eu tiver uma oportunidade.

Saímos do carro e andamos em direção a porta, mas nem foi preciso que entrássemos, porque nesse instante, minha mãe saiu. Ela veio até nós com um sorriso acanhado no rosto, e meu me virei para Rachel a vi completamente corada. Era a primeira vez que ela via minha mãe depois de ela saber de tudo.

– Olá meninas – Minha mãe parou a nossa frente

– Oi mãe – Eu respondi, mas Rachel nada disse

– Não fique acanhada Rachel. Creio que Quinn já tenha te contado tudo. E eu não poderia estar mais feliz que você seja a escolhida pela minha filha.

Rachel sorriu sem graça e sussurrou um “obrigado” ou algo do tipo. Entramos no carro novamente e seguimos para minha casa. Ao contrário do que pensei, o caminho não foi silencioso. Minha e mãe e Rachel emendaram em um assunto sobre culinária, acreditam?! E eu fiquei só ouvindo, mas achei a situação maravilhosa.

Quando chegamos, Rachel parou o carro a frente de minha casa.

– Muito obrigada pela carona Rachel – Minha mãe agradeceu e sorriu – Deixarei a chave na porta pra você Quinn – Então ela saiu e entrou, nos deixando no carro.

– Obrigada por nos trazer – Eu disse, virando o corpo para ela da maneira que consegui

– Não foi nada – Ela sorriu

– Amanhã temos aula…

– É, eu sei.

– E como vai ser?

– Normal, oras.

– Que bom. Só perguntei para ter certeza. Agora eu tenho que ir, me mande uma mensagem quando chegar em casa para eu saber que chegou bem, está bem?

– Sim senhora – Ela brincou

Inclinei meu corpo para frente e dei-lhe um selinho de despedida, mas quando ia me separar, fui impedida. Sua mão em minha nuca me segurava, me puxando para um beijo de verdade. Ela inclinava o rosto, se encaixando perfeitamente em mim. Segurei seu rosto por alguns instantes, e quando o ar se fez preciso, nos afastamos.

– Eu não vejo a hora de entrar de mãos dadas com a minha namorada na escola amanhã, sabia? – Ela disse, sorrindo pra mim

– Eu também quero muito que isso aconteça, meu amor. Muito. – Dei-lhe um selinho – Até amanhã.

– Até – Ela me deu um último selinho então, sai do carro.

Acenei rapidamente e fiquei ali até que o carro sumisse na esquina, então entrei em casa. Minha logo me encheu de perguntas sobre o jantar com os Berrys, então eu contei tudo da maneira mais detalhada que consegui. Depois que eu já tinha contado tudo e mais um pouco, resolvi que deveria dormir. Fui para meu quarto, fiz tudo que precisava fazer, coloquei meu pijama e me joguei na cama. Amanhã seria um dia difícil. Meu primeiro dia no Mckinley como namorada de Rachel Berry. Eu estava feliz, muito feliz por isso estar acontecendo, mas ao mesmo tempo eu tinha medo. Medos de como as pessoas reagiriam, mas não por minha causa, por causa dela. Eu odiaria ver alguém a tratando mal por minha causa. Fui tirada de meus pensamentos pelo rápido toque do meu celular indicando que uma mensagem havia chegado.

“Já cheguei em casa a um tempo, mas preferi mandar a mensagem antes de dormir. Espero que tenha gostado do jantar, de verdade.”

Li e resolvi responder.

“É claro que eu gostei, adorei na verdade. Foi tudo perfeito, e extremamente melhor do que eu imaginava. Agora aconselho que você vá dormir. O dia amanhã será longo.”

“Medo de como as coisas vão acontecer?”

“Sim. Um pouco talvez. Mas sei que você vai estar lá comigo, então isso torna tudo mais fácil.”

“Eu também estou com um pouco de receio, mas sei que tudo vai dar certo. Então é isso… Boa noite e durma bem. Sonhe comigo, está bem?!”

“Não fique chateada, mas prefiro sonhar com o prato maravilhoso que comi em sua casa hoje, ele não me sai do pensamento, sabia?! Acho que teremos que marcar mais jantares na sua casa”

“Eu disse que meus dotes culinários eram impressionantes (: E não brinque comigo, eu sei que você vai sonhar comigo”

“Convencida… rs Te amo, durma bem e até amanhã.”

“Até amanhã, meu amor ♥”

Larguei o celular na mesinha ao lado da cama e logo apaguei. E adivinhem só, ela tinha razão. Eu sonharia com ela.



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