New Girl escrita por BerryFabray


Capítulo 15
The reason why I hate him


Notas iniciais do capítulo

Depois desse suspense todo, finalmente vocês vão descobrir o que houve entre Finn e Quinn. Deixo na mão de vocês decidirem se isso realmente foi ruim o suficiente para que o Finn mereça todo o ódio que a Quinn tem por ele. Espero que gostem :*



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Rachel a fitou por alguns segundos antes de respirar fundo e se preparar para o que ouviria. Ela não fazia a mínima idéia do que poderia ser então achou melhor se preparar para as piores coisas.

- Tudo começou quando eu entrei no Mckinley. Como eu já te contei, meus pais são separados. Tudo aconteceu há dois anos. Minha mãe colocou meu pai pra fora de casa então as coisas por aqui ficaram mais difícies. Então, minha mãe e eu resolvemos que seria melhor que eu mudasse de escola, e foi então que eu entrei no Mckinley. Era a primeira escola pública na qual eu estudava então tudo lá era bem diferente do que eu estava acostumada, por isso que sabia que seria muito difícil de eu me enturmar. Como você mesma já percebeu, tudo naquele colégio gira em torno de uma pirâmide social. As Cheerios e os caras do time de futebol no topo, depois o resto dos jogadores dos outros esportes, e assim vai. Até chegarmos à base, onde fica o Glee Club. Mas pior ainda, abaixo disso ficam os alunos novos. 

- Isso é verdade, já no meu primeiro dia já tive a prova de que isso realmente acontece - Rachel comentou

- Então, foi isso que aconteceu comigo também. Durante meses ninguém falava comigo, tirando os professores, a única pessoa que eu ainda dizia pelo menos um oi era o Puck. Não éramos amigos, mas ele diz que sempre teve uma ligação muito forte comigo desde que me viu e por isso insistia em me cumprimentar. Ganhei pelo menos uns quinze e vários apelidos. E foi quando do nada, um menino me chamou a atenção dentre os outros que estavam na minha aula de Geografia. Mas não me chamou atenção por nada físico, foi simplesmente pelo fato de que ele não tirava os olhos de mim. Quando eu saí da aula ele veio atrás de mim e começou a puxar assunto comigo. É claro que eu estranhei, mas ele acabou se mostrando tão simpático e gentil comigo que acabamos por passar o dia inteiro juntos. No final do dia, ele me deu uma carona até em casa, e foi só aí que ele me disse seu nome. Finn Hudson.

Rachel agora tinha os olhos mais abertos. Parecia que sua curiosidade pela história era ainda maior agora que finalmente o nome de Finn havia sido mencionado pela loira.

- A partir daí, nós passamos a nos falar todos os dias. Durante pelo menos um mês. Eu passei a confiar nele. Passei a ter nele o meu único amigo ali, era a única pessoa com quem eu me importava e que parecia se importar comigo. Não sei se era porque eu só tinha a ele ou se era porque eu realmente achava que ele era bom pra mim. E então chegou o dia do Baile de primavera. É claro que eu não queria ir. Não falava com ninguém naquele colégio, mas ele me convenceu a ir. Disse que ele iria comigo e nós nos divertiríamos muito juntos. Então eu decidi ir. Comprei o melhor vestido que pude, me arrumei toda e então fui para o baile. Assim que cheguei já recebi alguns olhares diferentes, mas preferi ignorá-los, e então fiquei a esperar por ele. Passou uma hora, duas horas, três horas e nada dele aparecer. Eu imaginava mil e um motivos para ele não aparecer, mas o motivo real não me passou pela cabeça nem por um momento. Recebi uma mensagem no celular, e quando olhei era ele, me pedindo para que eu fosse para o pátio do colégio pois ele estaria lá me esperando, então eu o fiz. Segui sozinha até lá e quando cheguei não o encontrei, mas encontrei quatro jogadores do time de futebol. Karofsky, Azimio, Trent e Gary. 

- Flashback - 

- Procurando pelo Finn loirinha? - Um deles perguntou, enquanto os outros riam

- Eu .. acho que já vou - Quinn virou o corpo para que pudesse ir embora mas foi obrigada a parar já que Azimio se colocou a sua frente.

- Ei, pra que a pressa? Temos uma encomenda pra você! - Azimio disse, se aproximando e assim fazendo com que ela desse alguns passos para trás

- E sabe o melhor? Entrega do seu amiguinho, Finn Hudson

Quinn se virou da intenção de ver quem havia dito tal frase mas antes que seus olhos focassem no garoto, eles automaticamente se fecharam assim que a loira sentiu seu rosto ser atingido por algo de temperatura extremamente congelante. Mas não só por uma vez. Várias vezes a loira sentiu seu rosto e o resto de seu corpo serem atingidos.

Quando a onda gelada parou e Quinn finalmente abriu os olhos, tinha os quatro garotos à sua frente, rindo e com copos de slushie nas mãos.

- É sério mesmo que você acreditou que o recém quarterback do time, ia andar com a garota nova e mimada?! Pense nisso como uma lição, nunca confie em ninguém - Dave disse num tom debochado

- Vamos embora galera - Ele falou, já se afastando

- Ah, faz um favor pra mim - Os quatro pararam de andar e então Azimio deu um passo a frente - Caso veja o Finn por aí, avise a ele que ele pode me procurar pra eu dar a ele as 50 pratas que apostamos. Afinal, ele realmente conseguiu fazer a mimadinha gostar dele em apenas um mês.

Os quatro saíram rindo, deixando uma Quinn extremamente decepcionada para trás.

- Fim do Flashback - 

Estática. Era exatamente assim que Rachel se encontrava à frente de Quinn. Eram muitas informações pra pouco tempo. A loira apenas continuava a contar tudo tranquilamente, não deixando que o assunto a abalasse.

- Na hora, eu confesso que tive uma vontade imensa de chorar. Eu confiei nele sabe? E tudo não tinha passado de uma aposta. Fui embora daquele jeito mesmo, e dei sorte que minha mãe não passaria a noite em casa, senão eu teria que ter explicado tudo a ela. Passei o final de semana inteiro suprindo uma raiva dentro de mim. Eu não queria, juro que não. Mas foi involuntário, mais forte do que eu. Quando o final de semana passou, voltei ao colégio de cabeça erguida, e ao contrário do que pensei, ele veio me procurar. Mas é claro que só na hora da saída, quando eu fiquei sozinha no estacionamento. Ele disse muitas coisas, que só tinha feito isso porque ele era o mais novo quarterback e o resto do time via isso como um tipo de prova, que ou ele faria ou dariam um jeito de tirá-lo do time, e que eu dei o azar de ser a aposta escolhida. É claro que eu não deixei ele falar mais nada e fui embora. Mas mesmo assim, continuei tendo que ouvir piadinhas do time de futebol pelo resto do ano. Então nas férias, eu decidi mudar. Prometi pra mim mesma que nunca mais ia deixar alguém me machucar, nunca mais ia ser a ingênua da turma. Quando as aulas recomeçaram, eu meio que me tornei uma nova Quinn. Fiquei mais decidida. Entrei para as Cheerios, para o Glee Club. Fiz novas amizades e então estou aqui até hoje. Me tornei popular e por isso, ninguém nunca mais ousou fazer comigo o que Finn fez.

- Quinn .. eu .. eu não tinha noção de que era isso. Quero dizer, o que Finn fez foi horrível! Ele praticamente te usou!

- Praticamente não, ele me usou mesmo. E eu jurei que nunca mais falaria com ele, por isso aquela discussão toda no jantar hoje mais cedo. Mas por favor, não diga a ele que te contei. 

- Mas ele mesmo disse que você deveria contar ..

- Tudo bem, mas eu sei que se você for comentar sobre esse assunto com ele, ele vai tentar tirar a culpa dele e vocês vão acabar discutindo e eu não quero ser causa da briga de ninguém, ainda mais de vocês dois que são amigos.

- Me desculpe Quinn, mas eu preciso falar sobre isso com ele. Ele é meu amigo, mas eu não sabia que ele tinha esse lado. Nunca pensei que ele fosse capaz de fazer esse tipo de coisa imatura com alguém.

- Não Rachel .. esquece isso! Eu mesma já esqueci .. só não consigo mais me relacionar bem com ele. Mas não quero que você deixe de ser amiga dele por minha causa.

- Eu não vou, mas por favor, só não me impeça de conversar com ele.

Quinn a fitou por alguns segundos, logo assentindo.

- Eu tenho que ir agora - Rachel disse, se levantando - Meus pais já devem estar em casa e eu não deixei nem ao menos um bilhete avisando. Então é melhor eu ir.

- Veio de carro? - A loira também se levantou e parou a sua frente

- Na verdade não. Vim de carona com Kurt, mas não me importo de ir a pé

- O que?! Nem pensar! Você não vai voltar sozinha uma horas dessas a pé pra casa.

- E sugere que eu vá como? Infelizmente os seres humanos ainda não adquiriram a capacidade de voar Quinn .. - Rachel disse dando uma leve risada

- Já sei qual será o próximo livro que vou comprar pra você. Um de piadas, está precisando - Quinn brincou, ganhando um leve tapa de Rachel

- Sério, tenho que ir agora ..

- Tudo bem, vamos então.

- Vamos?!

- É, vamos. Eu vou com você - a loira deu alguns passos até a porta mas parou assim que Rachel a segurou pelo braço

- E depois quem vai voltar sozinha é você! Nem pensar, você fica. Eu vou sozinha, pode deixar..

- Não! Tive uma idéia melhor - Quinn já abriu um sorriso - Porque não fica aqui hoje? Você pode ligar pros seus pais e dizer que vai dormir na casa de uma amiga ..

- Claro que não! Sem chances Quinn! Eles jamais deixariam isso ..

O sorriso de Quinn sumiu. A loira já havia até imaginado o quão aconchegante deveria ser dormir entre os braços de Rachel.

- Mas quem sabe .. - Rachel abriu um sorriso um tanto malicioso - Você possa vir comigo.

Quinn ergueu a sombracelha demonstrando a morena que não fazia ideia do que ela falava e logo a morena se explicou.

- Meus pais não me deixariam ficar aqui. Mas quem sabe ela deixa você ir comigo até a minha casa. Ela parece ser mais liberal que meus pais. Além disso, podemos dizer que esquecemos de um trabalho para amanhã e por isso temos que fazê-lo urgentemente.

- Mas você nem vai a escola amanhã Rachel ..

- Mas sua não precisa saber disso, precisa? - A morena deu um sorriso maroto fazendo com que Quinn balançasse a cabeça negativamente enquanto o mesmo sorriso se formava em seu rosto

- Acha que seus pais vão deixar?

- Tenho certeza.

A morena ficou em silêncio alguns minutos esperando por alguma resposta de Quinn, mas ao invés da resposta, Rachel recebeu um sorriso enorme e brilhante de Quinn.

- Vamos falar com ela

Quinn mal deu tempo de Rachel dizer algo e desceu as escadas em disparada, encontrando a mãe sentada no sofá da sala. Rachel achou melhor não descer, pois talvez atrapalharia Quinn enquanto ela tentava convencer a mãe, então se sentou na cama novamente e ali ficou a esperar.

Em poucos minutos Quinn entrou pela porta, com uma expressão triste no rosto e as mãos unidas à frente do corpo. A morena imediatamente se levantou e parou a frente dela.

- E então?! Quinn a fitou e logo abriu um sorriso. 

- Vamos arrumar minhas coisas ...

Rachel nada respondeu, apenas retribuiu o sorriso com a mesma intesidade e rapidamente se aninhou nos braços da loira em um aconchegante abraço.

- Mas olha, para todos os efeitos, estamos indo fazer um trabalho super importante que vale nota e a entrega é amanhã!

- Tudo bem, sem problemas.

- Então vem, me ajuda a colocar algumas coisas na minha pequena bolsa ...

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- Mãe, já estamos indo - Quinn disse, enquanto as duas desciam as escadas e Quinn trazia consigo uma bolsa de tamanho médio

- Tome - Judy estendeu a mão, mostrando a Quinn as chaves de seu carro - Sua irmã passou aqui hoje mais cedo e deixou o carro. E eu esqueci de te avisar. Quero que vá com ele. Ficará até melhor para irem ao colégio amanhã.

- Tem certeza de que não vai precisar mãe?

- Não, pode ir... Assim vocês chegam mais cedo na casa da Rachel e não precisam ficar até tão tarde fazendo esse tal trabalho

Quinn e Rachel se entreolharam quase que de maneira imperceptível, graças ao comentário feito por Judy.

- Então nós estamos indo - Quinn pegou as chaves e deu um rápido abraço em sua mãe

- Obrigada Sra. Fabray

- Me chame de Judy, Rachel - Ela respondeu simpática - E agradeça a seus pais por deixarem minha Quinn ficar lá hoje

Depois de uma rápida despedida, Quinn e Rachel entraram no carro e saíram em direção à casa dos Berrys.

Em poucos minutos o carro já estava estacionando a frente da casa, enquanto as duas desciam do mesmo.

- Rachel, você tem certeza de que seus pais vão deixar, não é? - A dúvida começava a martelar o pensamento de Quinn

Quinn's POV

- Confia em mim - Ela disse, me olhando nos olhos

Acho que isso me acalmou um pouco. Sim, eu estava nervosa. Eu sei que nós não entraríamos em casa e Rachel diria " Oi pais, essa é Quinn, nós estamos apaixonadas uma pela outra e por isso ela veio passar a noite comigo " mas mesmo assim, eu estava com um certo friozinho na barriga. Eu sentia como se conhecer os Berrys fosse um passo importante para nós duas, principalmente por eu estart indo dormir em sua casa.

Rachel passou a minha frente e então girou a maçaneta, e a porta estava aberta. Assim que a mesma se abriu, mesmo estando atrás dela, pude ver seus pais aparecerem na sala.

- Rachel, onde esteve?! Chegamos em casa e não encontramos você, e nem o celular você levou! - Um deles parou a frente dela, a segurando pelos ombros

- Me desculpem, eu tive que resolver algumas coisas ..

Nesse momento, eu dei um passo a frente, ficando próxima dela, então os dois direcionaram seus olhares para mim e eu simplismente senti o corpo inteiro tremer de nervoso.

- Pais, essa é a Quinn. Uma grande amiga minha. Quinn, esses sãos meus pais, Leroy e Hiram.

- Oi . er, é um prazer finalmente conhecê-los

Forcei meu melhor sorriso, mas acho que isso não conveceu bastante. Eles olhavam confuso para mim.

- Temos que fazer um trabalho urgente pra amanhã e nós esquecemos. Então precisamos fazê-lo imediatamente. Como provavelmente passaremos a noite o fazendo, pensei melhor em chamar a Quinn para dormir aqui para que ela não tenha que ir embora daqui durante a madrugada. Então amanhã nós poderemos ir juntas ao colégio.

Assim que ouvi as palavras dela, me lembrei de um detalhe. Mas um detalhe que fazia a diferença. Se Rachel disse que vamos a escola juntas amanhã, só pode significar uma coisa: Os pais dela não sabem da suspensão.

Os dois ficaram em silêncio por alguns segundos, e sinceramente eu já estava me preparando psicológicamente para receber um belo de um não, mas aconteceu o contrário do que imaginei. 

- É claro, sem problemas - Leroy disse, simpático

Por mais que os dois tenham sorrido para mim depois disso, eu ainda sentia como se estivesse num lugar onde eu não era bem-vinda. Mas olhei para Rachel e vi um sorriso enorme no rosto dela então preferi apenas esquecer.

- Então nós vamos subir, pra começarmos logo - Rachel disse e já me pegou pelo pulso, me puxando por entre os dois e logo depois, escada à cima.

Entramos em seu quarto e ela logo pegou minha bolsa da minha mão e a colocou sobre a cama, então eu me aproximei dela.

- Rachel, posso te perguntar uma coisa? - Agora ela mexia em algo sobre a mesa

- Claro ..

- Porque não contou à seus pais sobre a suspensão?

Assim que terminei de falar, ela se virou para mim e me encarou. Mordeu o próprio lábio algumas vezes, enquanto parecia procurar alguma resposta cabível à minha pergunta.

- Achei melhor não contar.

- Rachel, eles são seus pais! Você tem que contar a eles! - Me excedi um pouco no tom de voz então ela logo se aproximou de mim, colocando uma de suas mãos sobre minha boca.

- Fala baixo! Já pensou se eles escutam?!

- Você tem que contar Rachel! - Eu disse, enquanto afastava sua mão da minha boca

- Eles não precisam saber, eles estão no trabalho na hora em que eu estou no colégio, então não vão descobrir.

- E o bilhete? O Figgins te deu um bilhete de suspensão, não deu? Eles precisam assinar ..

- Isso depois eu me viro. Eu juro que queria contar pra eles, mas não posso. Eles jamais entenderiam se eu dissesse o real motivo.

- Rachel querida .. 

Ouvimos a voz de Hiram, parecendo se aproximar do quarto. Num movimento rápido ela ligou seu notebook rosa e abriu alguns cadernos que estavam sobre a mesa.

- Já estamos indo dormir - Os dois apareceram na porta e nos viram sentadas em frente a mesa - Sabemos que o trabalho é importante, mas tentem não ficar até muito tarde acordadas, afinal vocês duas tem escola amanhã cedo.

- Tudo bem pai - Ela respondeu dando um leve sorriso

- Boa noite pra vocês

Assim que os dois se afastaram e pudemos ouvir o barulho da porta do quarto deles se fechando, Rachel se levantou rapidamente e fechou a porta do quarto. Ao invés de voltar para o lugar onde estava, ela se sentou à cama e ficou me fitando com um sorriso bobo no rosto.

- O que foi? - Perguntei, dando um riso bem leve

- Vem cá 

Me levantei lentamente e me sente ao seu lado na cama, porém ficando de frente à ela.

Ela continou me olhando nos olhos. Parecia estar perdida neles ou algo do tipo. Enquanto me olhava, o mesmo sorriso bobo de antes brotou em seu rosto e eu não me contive em retribuí-lo com a mesma intensidade. Lentamente ela levou uma das mãos ao meu rosto e me puxou até ela, unindo nossos lábios num beijo calmo, mas que logo se transformou em um necessitado.

Em poucos segundos ela já me puxava pelo pescoço, e com isso eu fui meio que involuntariamente caindo sobre ela. Agora já nos encontrávamos no meio da cama, em meio a um amasso maravilhoso se me permitem dizer, mas pra quem tinha pedido calma, as coisas estavam indo rápido demais. Ela nos girou e ficou sobre mim, com um joelho em cada lado do meu corpo e eu tinha minhas mãos em sua cintura e apertava levemente o local.

Nós duas tínhamos pressa, nossa línguas pareciam brigar por dominação, até que seus beijos desceram pelo meu pescoço e eu senti meu corpo todo se arrepiar e minha respiração ficar mais forte e descompassada. Ela deitou um pouco mais sobre mim e instantaneamente, senti um calor incomun subir por todo meu corpo. Juntei todas as forças que tinha e fiz o que era praticamente impossível. A afastei delicadamente e e então ela levantou um pouco o tronco e ficou me fitando.

- Rachel, é melhor pararmos aqui. Você mesma pediu para que fossemos com calma, e se continuarmos nesse ritmo, não sei se conseguirei manter essa calma.

Ela nada me respondeu, apenas deu uma risada, saindo de cima de mim e se sentando ao meu lado.

- Me desculpa - ela pediu - Eu devo estar parecendo uma desesperada, não é? É só que eu estava esperando para fazer isso desde que cheguei na sua casa.

Pronto. Ao ouvir as palavras dela todo o juízo que me restava foi pro espaço, foi mais forte que eu. Me inclinei sobre ela e novamente a beijei intensamente. De início ela correspondeu, mas depois se afastou.

- Você não disse que achava melhor pararmos?!

- Meu único medo é se seus pais entrarem aqui.

- Quanto a isso, fique tranquila - Ela disse, logo tomando meus lábios novamente, mas de maneira mais calma

- Já está tarde, não acha melhor dormirmos? Além disso, eu ainda tenho que arrumar um lugar para dormir.

- Você vai dormir comigo oras..

- Tem certeza? - Perguntei um pouco insegura

- Você não quer?

Era o meu ponto fraco. Óbvio que eu queria. Queria passar o resto dos meus dias ali se fosse possível.

- É claro que eu quero - Dei-lhe um rápido selinho

- Então eu vou colocar meu pijama, e a gente deita pra domir, está bem?

Ela se levantou, pegou algumas coisas em seu guarda-roupas e entrou para o banheiro. Aprovetei para trocar minha roupa também. Peguei minha bolsa e assim que terminei de me trocar, deitei-me novamente na cama. Graças ao sono que começava a chegar, meus olhos se fechavam mesmo sem querer, mas me despertei um pouco quando senti um movimento na cama.

Rachel já estava de pijama, e se deitava ao meu lado, se aninhando em mim, então eu a abraçei e ela fez o mesmo. Tínhamos nossas pernas praticamente entrelaçadas, e os corpos o mais unidos possível. Eu descançava meus lábios sobre sua testa e eu sentia sua respiração em meu pescoço.

- Dorme bem - Ela sussurrou

- Eu vou. Com certeza 

Depositei um leve beijo em sua testa depois que o silêncio se instalou, deixei-me vencer pelo sono, até porque dormir não era uma opção ruim. Se eu dormisse, sonharia. E eu tinha certeza que se sonhasse, sonharia com ela.


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Notas finais do capítulo

Alguém tinha ideia que seria isso?! Me contem :D