New Girl escrita por BerryFabray


Capítulo 10
To you, with love.


Notas iniciais do capítulo

Voltei pessoas lindas :D mais uma vez me perdoem pela demora, fim de viagem, muitas coisas pra fazer .. espero que entendam :) Bom, a partir de agora as coisas vão ficar um pouco mais difíceis, mas por favor, não odeiem a Rachel, muito menos a Quinn. Prometo que tudo que acontecer vai valer a pena no final. Enfim, boa leitura :*



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Na casa dos Hudmmel, o clima ainda estava pesado. Kurt e Rachel tomavam café sentados sozinhos na mesa da cozinha, pois Burt e Carole tinham saído cedo para visitar alguns parentes distantes e por isso ficariam fora o dia inteiro. A morena ainda tinha o olhar triste, as feições fechadas. Kurt tentava ao máximo animar a morena, mas nada funcionava.

– Bom dia - Finn disse, entrando na cozinha e se surpreendendo ao ver Rachel - Er, bom dia Rachel. Não sabia que você estava aqui.

– Oi Finn - Rachel respondeu sem muito ânimo

– Vocês deveriam ter ido a festa, foi bem legal .. - Ele disse, enquanto se sentava a mesa com eles

Rachel e Kurt trocaram um rápido olhar assim que ouviram o que Finn havia dito, e logo a morena abaixou a cabeça.

– Falei algo que não devia? - Finn fez uma careta ao reparar os olhares trocados entre os dois.

– Não, claro que não - Rachel respondeu

– É, não se procupe. Er, eu vou preparar mais café pra você porque acabou - Kurt disse, tentando cortar o assunto, enquanto se levantava, indo em direção à cozinha

– Obrigado - Finn respondeu alto para ele, mas logo voltou seu olhar para a morena, e percebeu que ela tinha uma tristeza incomum no olhar - Está tudo bem Rach?

– Está sim - Ela deu um sorriso forçado

– Tem certeza? Acho que nunca te vi tão pra baixo assim ..

– Todo mundo tem seus dias ruins, até mesmo eu - Ela disse, um pouco rude.

Finn se espantou um pouco com a reação dela, e assim ela viu o espanto dele, percebeu que estava descontando nele os seus problemas.

– Me desculpa Finn, não queria descontar em você. É só que eu estou passando por uma situação não muito boa e ..

– Você não precisa me contar se não quiser Rachel. Mas em troca, me deixe tentar te animar.

– Acho meio díficil. Não querendo ser fria com você mas animação é a coisa que eu menos tenho agora e creio que não terei tão cedo.

– Me deixa tentar pelo menos - Ele a fitou, enquanto pousou uma de suas mãos sobre a dela, que estava sobre a mesa

– E o que você tem em mente? - Rachel lentamente tirou a mão debaixo da dele a repousou sobre o próprio colo

– Bom, tem um novo parque de diversões na cidade, podíamos ir lá a noite. Chame o Kurt e o Blaine também, se quiser.

Rachel não respondeu de imediato, pois sua mente meio que viajou por tudo que tinha acontecido durante a última semana, e a morena acabou por decidir que seria bom se distrair um pouco, e é claro, tentar tirar Quinn do pensamento.

– Tudo bem, eu adoraria - Ela deu um leve sorriso

– É sério?! - Finn retribuiu o sorriso, porém de maneira mais intensa - Ótimo, vamos nos divertir, eu prometo

– Quem vai se divertir? - Kurt perguntou, ao voltar com uma caneca de café para Finn

– Nós vamos - Ele respondeu, animado - Vamos ao parque hoje. Eu, você, Rachel e Blaine. Se ele topar, é claro.

– Você tem certeza Rachel? - Kurt deu um olhar desconfiado para a morena, pensando se ela realmente tinha aceito o convite

– Tenho sim, estou precisando me distrair um pouco.

– Bom, você quem sabe - Ele respondeu e novamente se sentou ao lado dela

– Então está combinado - Finn se levantou - Passo na sua casa às 19h30

– Tudo bem

– Bom, agora eu tenho que ir pra oficina, Burt pediu que eu a abrisse sozinho hoje. Nos vemos mais tarde - Ele deu um sorriso direcionado à ela e saiu pela porta principal

– Rachel, tem certeza do que você está fazendo? - Kurt perguntou assim que a porta se fechou

– É só um passeio entre amigos Kurt ..

– É sério isso?! O Finn é meio lerdo mas sabe aproveitar as oportunidades ..

– O que?!

– Presta atenção. Eu, Blaine, você e ele. Num parque de diversões.

– Continuo não vendo problema.

– Ah Rachel, para né. Até eu já percebi as segundas inteções que o Finn tem em relação à você.

– Mas fique sabendo que eu já conversei com ele sobre, somos amigos, isso que importa. Além disso, antes eu tinha alguém que me prendia, agora nem isso sei se tenho mais.

– Espera, você tá dizendo que vai dar uma chance pro Finn só por causa do que aconteceu ontem?! Pelo amor de deus, não me diga que é isso

– Não é isso, eu só acho que tenho que passar a dar mais importância pra quem realmente merece. E o Finn é um cara legal comigo. Não tenho porque tratá-lo mal.

– Você quem sabe. Eu só digo uma coisa: Se você acha que fazendo esse joguinho com o Finn, vai conseguir esquecer o que sente pela Fabray, está muito enganada - Ele se levantou e foi para a cozinha

– Ih, o que foi? Está defendendo ela agora? - Ela o seguiu até a cozinha um pouco irritada

– Estou defendendo sim, mas não à ela, até porque o que ela fez ontem foi o cúmulo. Mas eu estou defendendo o seu coração e o que você sente, porque você dando chances ao Finn só vai te magoar mais. Porque você vai estar com ele, mas pensando em outra pessoa.

– Kurt, pare de exagerar. Vamos sair como amigos. Além do mais, você é o único que realmente sabe o quão mal eu fiquei com aquilo tudo, você deveria estar me dando forças pra eu sair, me divertir um pouco.

– Mas eu dou! Te dou toda força do mundo. Mas só presta bastante atenção nas coisas que você vai fazer, pra não se magoar mais.

Rachel ficou sem resposta. Talvez Kurt estivesse certo e ela só estive pensando em sair com Finn, tentando esquecer Quinn, mas a morena não via problema nenhum em sair com um amigo. Afinal, Finn era só um amigo. Não era?- Enfim, me leva pra casa?- Claro Kurt respondeu e os dois saíram de casa, indo diretamente para o carro dele e seguindo para a casa de Rachel.


XXXXXXXXXXX


– Quinn? - Judy chamou da cozinha, assim que ouviu o barulho da porta batendo

– Oi mãe - A loira respondeu ao entrar na cozinha, tentando dar um sorriso

– Tudo bem?

– Na medida do possível

Quinn se sentou à bancada, enquanto Judy já começava preparar algo para o almoço.

– E como foi a festa? - Judy perguntou

– Como sempre .. bastante gente, música alta.

Judy percebeu que Quinn não entrava muito no assunto, então resolveu parar de perguntar sobre a festa, tentando respeitar a privacidade da filha.

– Então, tomou café por lá mesmo?

– Na verdade não ..

– Se quiser posso fazer alguns ovos com bacon, sei como você gosta. Prometo que faço rápido.

– Obrigado mãe, mas não precisa. Acho que vou subir e tentar dormir mais um pouco.

– Tudo bem, você quem sabe.

A loira assentiu de leve e subiu as escadas. Assim que entrou no quarto, só conseguiu jogar o corpo sobre a cama e permanecer ali imóvel. Antes que seus pensamentos pudessem se perder no ocorrido de ontem, o sono lhe chegou, e ali mesmo ela dormiu.

Quinn só foi acordar às quatro da tarde. A loira andou um pouco vacilante até o banheiro e tomou um rápido banho. Quando acabou, saiu do banheiro secando os cabelos e novamente se sentou na cama.

A verdade é que ela não tinha forças pra nada. Por mais que tentasse não pensar em Rachel, era impossível. Ela sabia o quão errado e cruel tinha sido o que havia feito, mas não tinha coragem de abrir mão de tudo aquilo que tinha. Pelo menos não agora, ainda não.

– Quinnie? - Judy entrou no quarto devagar

– Oi mãe- Vim aqui antes e você dormia, parecia tão cansada que eu preferi não te acordar. Já está tarde para almoçar, mas eu posso te fazer um lanche.

– Obrigada mãe, mas estou sem fome.

– Quinn, está acontecendo alguma coisa? Você sabe que se precisar de mim, eu estou aqui, não é?

– Não quero falar sobre isso - Quinn foi um pouco fria, e Judy entendeu que não devia mais perguntar

– Tudo bem então - Ela se virou para sair, mas parou assim que ouviu a filha

– Mãe - Quinn praticamente sussurrou - Fica

Judy não pensou duas vezes e voltou, se sentando ao lado da filha, que se deitou, colocando a cabeça em seu colo.

– Eu sabia que tinha algo errado desde que você chegou. O que houve? - Ela perguntou, enquanto afagava os cabelos molhados de Quinn

– Eu acho que fiz a maior besteira da minha vida ..

– Quer desabafar?

– Promete que não vai me julgar? Quer dizer, não vai ficar dizendo que eu estou errada ou coisas do tipo? Porque disso eu já sei

– Claro que não Q ..

– Eu tenho uma amiga. Ou pelo menos tinha ..

– E eu a conheço?

– Não, ela entrou no colégio há pouco tempo. Nós ficamos muito próximas, muito mesmo. Mas eu meio que a ignorei, a tratei mal na frente das pessoas na festa ontem.

– E porque você fez isso Quinn?!

– Não sei mãe, eu .. eu gosto dela sabe? Em pouco tempo nos tornamos muito amigas, mas as pessoas do colégio não concordam com a nossa amizade.

– E você se deixou levar pela opinião dos outros ..

– Mais ou menos isso - Quinn abaixou a cabeça, um pouco envergonhada de si mesma

– Quinnie, olha pra mim - Judy segurou seu rosto com uma das mãos - Eu não sei detalhes dessa história toda, mas você parece realmente triste com isso tudo, o que demonstra que você está arrependida, não é?

– Não sei mãe, só sei que eu não queria ter brigado com ela. Sinto falta dela. E me dói só de saber que ela está me odiando.

– Se vocês realmente são amigas como você está me dizendo, ela vai te perdoar.

– Mãe, o que eu fiz foi terrível. Eu a vi chorando, me implorando pra fazer algo, e eu não fiz. Eu a ignorei.

– E tudo isso por causa do que os outros pensam?

– Quase isso ..

– Olha Quinn, a decisão é por sua conta. Mas se eu fosse você, e se eu gostasse tanto dessa amiga, do jeito que você parece gostar, eu não estaria aqui agora só falando e guardando isso tudo pra mim. Eu estaria agora mesmo indo atrás dela e pedindo perdão.

– Ela não vai nem olhar na minha cara mãe.

– Você não vai saber se não tentar .. Pensa nisso - Judy fez um leve carinho em seu rosto e saiu, deixando uma Quinn pensativa sentada na cama


Quinn's POV


Era fácil demais pra minha falar. Ela não sabia nem da metade da situação pela qual eu estava passando. Se Rachel fosse realmente só uma amiga, tudo seria mais fácil. Mas como sempre, meu coração tinha que interferir e complicar as coisas. Enquanto eu me perdi pensando em toda a situação, meu olhar percorreu todo o quarto e parou em um certo lugar, em cima da minha mesa.

E lá estava ele, o livro que ela havia me dado. Um leve sorriso brotou em meu rosto, então eu me levantei, o peguei e novamente me sentei na cama. Abri a página onde meu marcador estava. Eu já estava quase na metade, e o livro realmente era bom. Muito mais bem desenvolvido do que o filme. Folhei até o final, e foi quando vi um escrito diferente na penúltima página. Assim que dei um olhar mais preciso, reconheci a caligrafia desenhada de Rachel.


" Quinn,

Espero que você não leia isso antes do final do livro, porque creio que você leve pelo menos uma ou duas semanas para terminar e até lá já seremos bem mais próximas. Me perdoe se isso parecer clichê ou brega demais, mas mesmo eu sendo um tanto viciada em leitura, não tenho muito talento na escrita, principalmente quando se trata de escrever sobre meus sentimentos, mas creio que vai ser mais fácil se eu tentar escrever do que falar. Acredite, eu já tentei lhe falar isso, mas sempre que eu tento, você me olha, sorri pra mim e eu acabo ficando nervosa e desisto de falar, com medo de você não gostar ou achar que eu sou melosa demais ou qualquer outra coisa do tipo. Mas só preciso que você saiba o quanto você é importante pra mim. Pode ser que não te digam isso com muita frequência, mas você é incrível Quinn. Provavelmente a pessoa mais incrível que eu já conheci. Ás vezes eu sinto como se fôssemos amigas de infância, eu tenho um tipo de conexão com você meio surreal, algo que eu nunca tive com ninguém. Você me passa uma confiança que eu também nunca tive com ninguém e por causa disso, eu sei que aconteça o que acontecer, passe o tempo que passar, se eu tiver você comigo, sendo minha amiga, eu vou ficar bem. Agora já chega de te elogiar, porque eu te conheço e se eu falar mais alguma coisa, terei que aturar você se gabando por horas (:

Com carinho,

Rachel Berry. "


Se eu fosse uma pessoa emotivamente fraca, com certeza meus olhos já estariam marejados. Mas não de felicidade, nem de alegria. Mas de culpa. É claro que por mais que eu ainda estivesse dividida e ainda não tivesse feito minha decisão, eu me sentia a pior pessoa do mundo por ter feito aquilo com ela. Talvez se eu tivesse pensado melhor na hora, teria tido outro jeito de sair daquela situação sem ferir tanto os sentimentos dela.

Eu não estou realmente pronta pra abrir mão do que eu tenho naquele colégio e sair por aí admitindo pra todo mundo que eu estou completamente apaixonada por uma garota, e que ainda por cima essa garota é Rachel Berry. Mas em uma coisa minha mãe tem razão. Eu quero pelo menos a amizade dela de volta. Só de saber que ao voltar para o colégio na segunda feira, ela nem vai me olhar, isso já me dói.

Talvez ela não queira, ou provavelmente nem vai abrir a porta pra mim se eu aparecer em sua casa, mas eu tinha que tentar. Me arrumei o mais rápido que consegui, peguei minha bolsa e desci as escadas correndo. Eu já sabia o que tinha que fazer pra ter Rachel de volta na minha vida, só restava ela também querer. Assim que cheguei ao andar de baixo, me deparei com a única coisa que poderia me impedir de ter a amizade de Rachel de volta, além da própria, é claro. Uma visita de Frannie Fabray, minha irmã.

– Quinney! - Ouviu ela chamar meu nome como a mesma animação de sempre

– Oi Frannie, o que faz aqui? - Eu perguntei, me aproximando dela, que estava na compania de minha e mãe e de seu marido, John

– Quinn! Isso é jeito de falar com a sua irmã?! - Minha mãe me repreendeu

– Não quis dizer isso não, só estranhei porque ela quase não vem mais aqui ..

– E é exatamente por isso que eu vim aqui hoje Quinn, senti saudades de vocês - Frannie disse, me envolvendo em um abraço

– É bom ver você Frann - Eu disse, me separando dela - E você também John

– Eu sempre digo para virmos aqui mais vezes, mas você sua irmã e seu comprometimento com o trabalho .. - Ele disse, enquanto nos cumprimentávamos

– Então hoje, ficam para o jantar, não é?

Olhei surpresa para minha mãe assim que ouvi o estúpido convite que ela tinha feito aos dois.

– Ficamos sim, mas só se a senhora fizer aquela lasanha que eu e John adoramos! - Frannie respondeu animada

Pronto, eu ficaria presa dentro de casa até a hora que os dois fossem embora. Isso arruinaria todos os meus planos, eu teria que dar um jeito de sair dali de qualquer maneira. Quando dei por mim, os três já estavam na cozinha. Minha mãe começava a separar alguns ingredientes enquanto John e Frannie estavam sentados à bancada.

– Mãe, podemos conversar um instante? - Eu sussurei perto dela

– Claro Quinn .. Nós duas seguimos até a sala, e para minha alegria, os dois não nos seguiram.

– Mãe, se importa se eu não ficar para o jantar? Preciso fazer algumas coisas e tem que ser hoje.

– Claro que me importo Quinn! Que idéia! Tem tempos que sua irmã não nos visita, e agora você quer sair? Sabe que eu realmente não me importo, mas você já passou a noite inteira de ontem na rua, e só voltou hoje. Sei que independente do que tenha pra fazer, isso pode esperar, não acha?

– Mas mãe, é uma coisa importante. Tem a ver com aquela minha amiga sobre quem eu te falei, lembra?

– Eu sei que isso é importante pra você, minha filha. Mas porque não deixa pra falar com ela amanhã? Ou pelo menos mais tarde, espere até sua irmã ir embora.

– Mãe, isso não pode esperar!

– Pode sim, assim que sua irmã for embora, você vai - Ela disse, me deixando sozinha na sala novamente, então eu bufei.

Desde o momento que vi Frannie na sala, sabia que isso me atrapalharia. Agora, a única coisa era rezar pra que esse jantar não demorasse tanto quanto das outras vezes.


Quinn's POV OFF


XXXXXXXXXXXXXXXx


– Rachel, o jantar já está pronto - Leroy disse, abrindo a porta do quarto da filha

Assim que entrou, viu Rachel arrumada, penteando os cabelos em frente ao espelho.

– Onde vai? - Ele perguntou, sério

– Desculpe pai, mas não vou ficar para o jantar hoje. Vou ao novo parque de diversões da cidade.

– E com quem? - Ele se aproximou dela, ainda com a mesma expressão séria no rosto

– Kurt, Blaine e Finn. Na verdade, Finn virá aqui me buscar, e ele já está até um pouco atrasado. - Ela olhou no pequeno relógio rosa relógio em cima da mesa e viu que o mesmo marcava 19h50 - Espero que não tenha problema.

– Não, não .. problema algum

Rachel se virou para ele, um tanto surpresa. Esperava por uma reação completamente diferente vinda de Leroy. Mas o que ela não sabia, era o quanto Leroy apreciava o fato de Finn ser sua compania. Ele via no rapaz um ótimo pretendente, mesmo sem saber se a própria Rachel também pensava nele dessa maneira.

– Tem certeza? - A morena perguntou buscando por uma confirmação, já que estranhara a atitude do pai

– Sim. Vá e divirta-se - Ele deu um sorriso e saiu do quarto, deixando Rachel bastante surpresa

Uma buzina soou do lado de fora da casa, e Rachel se inclinou sobre a janela, vendo a figura grande de Finn, que saia do carro. A morena pegou sua pequena bolsa, passando a alça sobre o ombro direito e descendo as escadas, encontrando com Leroy e Hiram de pé, perto da porta. Assim que ela se aproximou deles, Leroy abriu a porta e Finn já estava ali.

– Boa noite Sr. Berry - Ele disse, apertando a mão de Leroy, que tinha um sorriso no rosto

– Boa noite Finn, que bom vê-lo - Leroy respondeu simpático

– Não quer entrar? - Hiram se proununciou desta vez

– Não, mas eu agradeço. Na verdade, já estamos um pouco atrasados .

.- Então é melhor irmos logo - Rachel apareceu atrás dos pais, dando um breve sorriso e Finn logo retribuiu

– Prometo que não voltaremos muito tarde - Finn disse aos dois, enquanto eles se despediam de Rachel

– Sem problemas, divirtam-se - Leroy falou, enquanto ele e Hiram observavam os dois indo em direção ao carro e entrando no mesmo

– Onde estão Kurt e Blaine? - Rachel perguntou, enquanto colocava o cinto de segurança

– Foram na frente. Eu me atrasei um pouco por causa da oficina, então eles resolveram ir na frente. Na verdade, tenho que me desculpar com você pelo o meu atraso

– Que isso, não há problema algum

Finn ligou o carro e os dois seguiram para o parque, onde Kurt e Blaine já estavam esperando por eles.

– Que demora hein - Kurt disse, assim que se aproximou do carro, já parado numa das ruas ao lado do parque

– A culpa é minha - Finn respondeu - Mas agora já estamos aqui

– Já compramos alguns tickets, então já podemos escolher onde queremos ir primeiro - Blaine disse, enquanto os quatro entravam no parque, maravilhados pelos grandes e iluminados brinquedos.

– Podíamos começar pelo tiro ao alvo. É bom que podemos ganhar brindes! - Kurt disse, animado, puxando Rachel até a barraca


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Algumas horas já tinham se passado desde que tinham chegado. Já tinham andando em praticamente todos os brinquedos, faltava apenas a montanha-russa, que Rachel e Kurt logo disseram que não iriam, então Finn seguiu para a fila com Blaine, deixando os dois apenas observando a movimentação do parque enquanto comiam algodão-doce.

– Agora que estamos sozinhos, posso comentar .. Até que o Finn está se comportando, não é? - Kurt perguntou

– Não entendi a pergunta .. - A morena se fez de desentendida

– Ah Rachel, é claro que entendeu. Até agora ele não tentou nada. Ou então está esperando pra quando os dois ficarem sozinhos.

– Olha, eu sei porque você está tocando nesse assunto, e não, eu não vou dar em cima dele. Talvez você tenha entendido as coisas um pouco errado quando conversamos mais cedo, mas eu não sou o tipo de menina que faz isso, não mesmo. Na verdade, não sei nem fazer esse tipo de coisa. Eu estou apenas apreciando a companhia dele. Somos amigos, não vejo problema nenhum em sairmos juntos.

– Eu também não .. Mas você sabe que ele vai tentar.

– Eu não posso impedí-lo de tentar oras ..

– Mas pode dizer não, caso ele tente.

– Isso eu sei. Eu só não quero ser dura com ele, ele é legal comigo. Não é justo.

– O que não é justo é você corresponder a ele, com o pensamento em outra pessoa.

– Ih Kurt, esquece a Quinn um pouco, dá pra ser?! Mas que coisa ...

– Você me ouviu em algum momento citar o nome da Quinn? Você mesma se entrega Rachel!

– Olha, chega de falar dela, pode ser? Eu quero distância dela ou de qualquer coisa me lembre ela ..

– Ah é? E se ela aparecesse aqui agora, pedindo desculpas. Você não aceitaria?

– Eu não. - A morena cruzou os braços, tentando parecer decidida

– Eu duvido.

– Kurt, sério. Chega desse assunto, que já rendeu até mais do que deveria. Anda, vamos chegar mais perto, eles vão entrar agora.

Rachel o pegou pelo braço e saiu puxando-o até que chegassem à grade perto do brinquedo.


XXXXXXXXXXXXXX


– Mãe, o jantar estava ótimo - Frannie elogiava, já se levantando do sofá, para a felicidade de Quinn

A loira tinha passado o jantar inteiro inquieta. Esperando pela hora em que a irmã fosse embora, para que ela pudesse sair.

– Realmente, estava delicioso - John também elogiou - Tudo ótimo. Mas agora temos que ir.

– Que pena, achei que fossem ficar conosco hoje ... - Judy dizia, enquanto os quatro se encaminhavam para a porta

– Desculpa mãe, mas não dá mesmo. Prometo que tento vir aqui novamente ainda essa semana, para entregar seu carro, que deve estar fazendo falta, não é?

– Um pouco .. - Quinn respondeu, ganhando um olhar de reprovação de Judy - O que foi?! - Ela perguntou, erguendo os ombros

– Não está não, minha filha ..

– Mas mesmo assim, durante a semana eu volto e te devolvo. Agora temos que ir

Todos se despediram, e então Quinn deu um rápido tchau para Judy, o que Frannie estranhou.

– Onde vai Quinn?!

– Na verdade, eu queria saber se você não poderia me dar uma carona até um certo lugar ..

– Festa?

– Não, não. Te explico onde é no caminho .. Pode ser?

– Claro, vamos então.

Os três entraram no carro e em poucos minutos já estavam no local onde Quinn havia indicado.

–Uma livraria? Uma hora dessas Quinnie? - Frannie perguntou, enquanto Quinn saia do carro

– É .. digamos que eu fiz uma besteira recentemente e preciso consertá-la

– Não sei o que é mas, boa sorte - Ela sorriu

– Obrigada .. E pela carona também. Bem, tenho que ir

Quinn deu um rápido sorriso e entrou na livraria, indo direto ao balcão.

– Boa noite, em que posso ajudar? - Um voz foi ouvida atrás de Quinn, que se virou rapidamente, dando de cara com Jackie - Ah, eu lembro de você - Ela disse, simpática

– Oi, eu sei que pode parecer meio estranho, mas preciso de sua ajuda.

– Pode dizer ..

– A Rachel vem aqui constantemente, então creio que você saiba algum livro que ela goste e que ainda não tenha, mas precisa ser um livro de romance.

– Deixe-me adivinhar, um presente?

– Quase. Está mais para pedido de desculpas ..

– Espere um instante - Jackie entrou em uma porta, atrás do balcão.

Quinn se sentou em uma das poltronas de leitura, e alguns minutos depois, Jackie voltou com um livro ainda muito bem empacotado em um plástico transparente, então Quinn se levantou e foi até sua direção.

– O Monte dos Vendavais, de Emily Brontë. É um dos melhores romances da literatura inglesa. A algumas semanas atrás ela me perguntou sobre esse livro. Eu já tinha encomendando mais exemplares, mas eles só chegaram ontem.

– Eu vou levar então.

– Posso embrulhar para presente então?

– Claro, eu agradeço

Jackie voltou para o balcão e colocou o livro em uma bela caixa retangular, enrolada com uma fita rosa.

– Ela vai gostar - Jackie deu um sorriso, enquanto entregava a caixa pra Quinn

– Obrigada pela sugestão, de verdade

Quinn pagou e saiu andando em direção à casa de Rachel. Assim que chegou, percebeu que apenas duas janelas deixavam a luz transparecer. Uma janela do segundo andar, e uma do primeiro, a da sala.

A loira se aproximou da porta e ouviu a voz de Rachel, então se esticou um pouco e observou através da janela, vendo a morena tirando a bolsa do ombro. Estava arrumada, parecia que havia chegado em casa a pouquíssimo tempo. Ela abriu um sorriso, enquanto fitava Rachel. Nunca pensou que se sentiria tão bem só de vê-la mais uma vez.

Enquanto observava, percebeu que Rachel olhava alguém, pois estava parada, olhando para a frente com a expressão um pouco séria. Quinn queria entrar, mas era melhor esperar e ver com quem ela falava, pois se fosse com um de seus pais, era melhor esperar até que ela estivesse sozinha.


Quinn's POV


Nunca pensei que me sentiria tão bem em ver Rachel depois de tudo que aconteceu, não consegui conter o sorriso em meu rosto. Ao observá-la, percebi que ela falava com alguém, mas meu sorriso logo desapareu quando eu vi quem era a pessoa. Finn. O idiota do Finn. O que ele fazia ali afinal?!

Tentei manter a calma, e tentar entender o que se passava ali, mas perdi todos os sentidos quando o vi se aproximando dela e a beijando. Perdi literalmente todos os sentidos. Imóvel. Eu estava ali imóvel. Não senti nada, a não ser pelos meus olhos, onde as lágrimas já apontavam.

Larguei a caixa involuntariamente, e a senti cair perto dos meus pés. A verdade, é que eu não sabia o que sentir naquele momento. Era um misto de culpa, por achar que aquilo só tinha acontecido por minha culpa, com um pouco de arrependimento, e raiva. Mas com certeza, a raiva foi que me dominou.

Senti meu olhos arderem, meu coração acelerar. Era como se todo meu corpo estive sem forças. Limpei as lágrimas do jeito que consegui e saí dali o mais rápido que pude, sem nem menos me importar com nada, muito menos com o presente que eu havia deixado para trás.

Eu sou uma idiota, idiota Fabray! Pensando que ela estaria triste e chateada por causa do que eu tinha feito, mas não. Bastou um dia para que ela já se jogasse nos braços daquele babaca! Não sei o que vai acontecer a partir de agora, mas com certeza, o que eu tinha visto mudou o sentimento que eu tinha dentro de mim. E agora sim, Rachel Berry iria conhecer a verdadeira Quinn Fabray.


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Notas finais do capítulo

Comentem e me digam o que acharam :D