Reviravoltas - Parte 2 escrita por Milka
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem!
Pov. Hanna
- Nico, eu preciso ir. Relaxa, tá? Vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você. - Eu disse pela milésima vez. Ele assentiu e eu voltei para o meu chalé.
- Nossa, você tá podre! - Disse meu irmão, Percy. - O que aconteceu?
- Não quero falar sobre isso.
- Ui, tá nervosinha? - Brincou Percy. Eu atirei um travesseiro na cara dele.
- Fica quieto ou eu faço um redemoinho com você igual ao que eu fiz com as aranhas.
- Calma, eu só tava brincando. - Ele disse. - Falando nisso, você prometeu me ensinar a fazer isso.
- Não dá agora. - Eu disse. - Não tô a fim.
- Vamos lá, Han! Vai ser divertido! E vai por mim, você tá precisando de diversão.
- Tá bom. Vamos logo. - Eu disse, e nós fomos para a Praia dos Fogos. Entramos na água.
- É simples. É só pensar em um grande redemoinho.
- Já pensei. Tô pensando. E agora? - Disse Percy, com os olhos fechados.
- Agora levante as mãos, para levantar o redemoinho da água.
Percy levantou os braços e um enorme redemoinho de água surgiu na superfície da água.
- UOU! Isso é demais! - Ele gritou, observando o que criara.
Estávamos lá nadando até que eu resolvi pregar uma peça nele. Afundei, e fui nadando para o fundo, cada vez mais fundo. Olhei para cima. Pude ver os pés de Percy. Eu iria até lá puxá-los. Comecei a nadar para cima até que alguém cutucou meu ombro. Eu gritei e virei-me.
- Que susto! Quem é você?
- Sou uma náiade. Estou aqui para alertá-la. - Disse a mulher. Ela tinha um rosto bonito e cabelos pretos emaranhados pela água.
- Me alertar? Sobre o quê? - Perguntei.
- Tome cuidado. As aparências enganam. Você deve...
De repente, a mulher sumiu. Apenas sumiu. Nadei rapidamente até a superfície.
- Percy! - Gritei, quando emergi na superfície. - Eu encontrei uma náiade.
- E o que ela disse? - Ele perguntou.
- Eu não sei, ela não conseguiu terminar a frase. Apenas disse para eu tomar cuidado.
- E quando você ia me contar sobre a Jennifer? - Ele perguntou.
- Como você sabe?
- Todo mundo sabe. Você, ela e o Nico são o assunto do acampamento, agora. - Ele disse. Senti meus olhos transbordarem em lágrimas.
- Eu não sei o que fazer. Preciso de uma solução! - Eu disse, e ele me abraçou.
- Fica calma, Han. Você não precisa carregar o mundo todo nos ombros. Não cabe a você achar uma solução. - Ele disse enquanto eu chorava em seus ombros.
- É claro que cabe a mim! Eu tenho que proteger o Nico! Tenho que ajudá-lo! - Gritei.
- O Nico sabe se proteger sozinho. Ele vai ficar bem. Todos vamos.
- Obrigada, Percy. Você é um ótimo irmão. - Eu disse.
- Não foi nada. Você sabe que pode me contar tudo, não sabe? - Ele perguntou. Hesitei, mas por fim assenti. Nadamos até a areia e voltamos para nosso chalé.
Tomei um banho rápido e vesti uma calça jeans e a camiseta do acampamento. Estava ventando muito, então puis a jaqueta de couro que Nico me dera e fui em direção ao chalé dele.
- Nico? - Chamei, abrindo a porta. Ele estava dormindo. Resolvi deixá-lo dormir, afinal, dormir é um ótimo jeito de não pensar em nossos problemas. Fiquei lá fuçando as coisas dele até que ele acordou.
- Hanna. Há quanto tempo você tá aqui? - Ele perguntou, sentando-se.
- Uns dez minutos. Não queria acordar você. Como você tá? - Perguntei.
- Eu tô legal. Não posso me preocupar com isso agora. Eu ainda devo ter uns... sete meses de paz, eu acho. - Ele disse. - Eu já disse que você fica linda de couro?
- Não, mas eu imaginei. Você fica me olhando com cara de bobo toda vez que eu uso. - Eu disse e ele riu, olhando para baixo. Dizem que quando alguém olha para baixo diante de você, é porque te ama muito.
- Quer dar uma volta? - Ele perguntou. Eu assenti e nós fomos para a praia, andando de mãos dadas. Estava tudo bem até que encontramos Jennifer e sua melancia que ela chama de barriga.
- Oi, Nico. - Ela disse, de novo fingindo que eu não existia.
- Jennifer, posso falar com você? - Perguntei. Ela assentiu e eu olhei para Nico. Ele me lançou um olhar de O quê você vai fazer? mas eu ignorei. Fui até um lugar mais afastado com Jennifer me seguindo.
- Olha só, Jennifer. - Comecei. - Eu não estou brava. Eu só quero que fique tudo bem entre a gente. Então... amigas?
Estendi a mão para que ela apertasse, mas ela simplesmente ficou olhando para mim.
- Acho que você não está entendendo a situação. - Ela disse. - O filho do seu namorado está dentro de mim. Ele é o pai do meu filho. Seu namorado.
- Eu sei, mas... Ele disse que me ama. Eu confio nele. O que ele teve com você foi antes, e... - Eu disse, mas ela me interrompeu com uma... risada?
- Eu não acredito que você acha que ele te ama, Hanna! Você é muito inocente. Não sei como acharam que você era filha de Atena. - Ela disse.
- O que quer dizer?
- Ah, desculpe, eu falei rápido demais? Devo falar mais devagar ou desenhar pra você? Se toca, garota. Ele tem um filho agora, que por coincidência, é meu filho também. Nós moraremos juntos, e você não poderá fazer nada para impedir. - Ela disse.
- O Nico nunca moraria com você. Ele não te ama. - Eu disse.
- Ainda. Isso vai mudar, pode ter certeza. - Ela afirmou.
- Veremos. - Eu disse, virando-me para ir embora.
- Ah, Hanna! - Ela chamou, e eu olhei para ela. - Não se esqueça que não pode contar essa conversa para o Nico. Eu saberei se você contar. Considere como... nosso segredinho de amigas!
Ela riu e virou-se, indo embora. Voltei para Nico.
- O que ela disse? - Perguntou ele. Hesitei, mas por fim respondi:
- Nada. Vamos embora.
Fomos para o chalé de Nico. Conversamos por bastante tempo, mas minha cabeça ainda continuava em Jennifer.
- Nico. - Chamei. - Você... considera a ideia de morar com a Jennifer? Quer dizer, depois que ela tiver o... o seu filho?
- Claro que não, Hanna. Eu vou morar com você. Nós vamos nos casar e morar em Nova York. Não era isso que combinamos? Você mesma disse que teríamos cinco filhas e elas estudariam na mesma escola que você. - Ele disse.
- Eu sei, eu disse isso, mas... - Eu pensei um pouco. - Você ama a Jennifer, Nico?
Silêncio. Ele não respondeu.
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