Little Red Riding Hood escrita por Susan Salvatore


Capítulo 24
Eletrizando


Notas iniciais do capítulo

Eu estava lendo os comentários dos últimos capítulos e, gente, que leitoras fofas eu tenho! Sério, é cada elogio, fico até boba. Muito obrigada, mesmo. Vou morrer de saudades de vocês quando a história terminar ♥
Para quem quiser visualizar as cenas do capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=9ZTULXao8es
Capítulo feito ao som de Two Steps From Hell - After The Fall



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Aos poucos, como gotas caindo numa poça de água, pequeninas ondas sonoras chegavam até mim, muito distantes para entendê-las. Assim foi com minhas consciência, voltando em ondas. Meus pensamentos vinham à mim vagarosamente. Era como um longo período dormindo, mas, aos poucos, fui acordando.

Sem avisar, a onda cobriu-me toda, e quase ouvi cada parte de meu corpo ressoar, se agarrando à vida, prontos para nunca mais ficarem parados novamente. A onda era energia pura e ela me consumiu, ligando cada parte que ousara se manter afastada daquele despertar glorioso.

Então, de repente, alguma coisa mudou. A sensação era estranha, como se eu estivesse eletrizada e algo se agitava dentro de mim. Como quando você está na fila num parque de diversões, esperando sua vez de entrar naquele brinquedo de dezenas de metros de queda livre: excitada e com frio na barriga.

Um instinto, aumentado em um milhão de vezes, me disse que o responsável por aquilo era uma presença.

E é claro que eu lembrava de tudo o que tinha acontecido, mas meu cerébro simplesmente resolveu ignorar aquilo.

Poderia ter aberto os olhos se quisesse, mas estava desanimada em ter que largar aquela sensação tão boa. De repente, a comparação exata veio à minha cabeça: a primeira vez que você fica nua na frente de um rapaz. Ah, aquilo era realmente bom.

Sentia vontade de sair dançando nua por aí.

Então, senti uma respiração no meu pescoço.

- Venha, pequena Elena - disse aquela voz irresistível, com o sotaque que fazia qualquer uma derreter.

Abri os olhos e encontrei Klaus me encarando, sorrindo torto.

- Ora, decidiu me dar a honra da sua presença, afinal.

- Então aproveite bem - respondi, me sentando na cama onde estava.

- Como se sente?

- Muito bem. Um tanto, hm... - comecei, levemente constrangida.

- Ah, eu sei muito bem como é - respondeu Klaus - Vai ter tempo para isso, mas antes, duas coisas.

Primeiro ele me beijou e eu realmente achei que estivesse derretendo. Um calor surpreendente me possuiu, mas não machucava. Cada onda abrasadora só me incitava a continuar. E pela primeira vez, eu é que estava no controle daquilo. Mordi os lábios dele e Klaus grunhiu, apertando minhas costas.

- Ei, garota, espere um momento - falou ele, se afastando.

- Por que? - perguntei, lambendo os lábios.

- A segunda coisa - disse, retirando da mesinha de cabeceira um copo grande com um líquido vermelho escuro.

- Ah - suspirei, ligeiramente receosa.

- Você tem que beber...

- Eu sei.

- Se quiser continuar - terminou ele, se recostando na cama.

Ele estava me desafiando, né?

Passei uma das pernas pela lateral de seu corpo e me sentei no colo dele. Chegando perto de seu rosto, virei o copo garganta abaixo. Ah, aquilo sim foi surpreendente.

Na mesma hora, me senti diferente. Como se cada músculo ganhasse mais força, cada nervo mais estímulo e cada gota de sangue estivesse se agitando. Um arrepio arqueou meu corpo ao receber aquela energia excitante. Várias emoções passaram por mim: fúria, ansiedade, alegria, ódio e paixão.

Aquela palavra voltou à mim novamente. Gloriosa, era assim que me sentia. Como se tivesse enfrentado um exército e vencido todos eles. Como se fosse a sacerdotisa de um deus que somente eu sabia o quanto era poderoso, como se fosse a dona de um segredo que poderia salvar ou destruir tudo. Como se estivesse sendo louvada por uma multidão de admiradores. Como ter uma cidade inteira, àos meus pés, pronta para dar a vida por mim, se assim o pedisse.

Era o poder, o poder de algo sobrenatural que me assolava. De repente, pensei em épocas medievais e florestas perigosas e encantadas, guardando um segredo obscuro e fascinante. O segredo que agora era eu.

Totalmente avassalador, pensei quando meu abomen se contraiu àquilo.

Klaus me olhava com a mesma expressão, como se soubesse exatamente o que estava acontecendo.

Olhei para ele e sorri, mandando as consequências daquilo ào inferno. Na mesma hora, ele estava comigo.

Mas, dessa vez, não havia controle algum, ele podia aplicar toda sua força em mim e eu podia revidar. Nos beijamos e aquilo quase me fez explodir de prazer. Puxando seu cabelo, comecei a explorar sua boca, enquanto sua mão deslizava por meu corpo, fiz o mesmo com ele. Até mesmo o toque da pele dele na minha era diferente, agitava as células dos meus dedos e ardia.

Ele cravou os dedos na minha cintura e eu senti que aquilo iria acabar comigo. E eu mal podia esperar.

Tirando a fina camisola de seda verde água que me cobria, ele me posicionou mais encima dele. Começou a deslizar a mão por mim barriga à baixo, começando a me estimular e eu tive que morder os lábios para resistir àquilo.

Klaus já estava sem camisa, então enfiei a mão dentro de sua calça jeans, arranhando levemente tudo o que encontrei por lá. Em resposta, ele me arranhou levemente por dentro.

- Dessa vez, a gente pode fazer isso juntos - falou ele, pegando uma garrafa pet, cheia de sangue. Entendi na mesma hora.

Destampando a garrafa, enfiei um dedo em seu conteúdo e passei pelos lábios dele. Beijei-o; totalmente delicioso. Quando ele já estava totalmente nu, joguei um pouco do sangue pelo corpo dele e comecei a lamber, digamos que quase freneticamente.

Ah, ele adorou aquilo.

Dediquei maior atenção à seu tronco trabalhado, lá havia as maiores poças. Enquanto lambia e mordia aquilo, passei a mão por seus mamilos, sentido-os rijos. Passei a língua por eles, enquanto brincava com seu peitoral. Ele continuava meio sujo, então teria que dar um jeito nisso mais tarde.

Aí foi a vez dele me lambuzar de sangue. Jogou todo o resto em mim, inclusive na minha intimidade, o que era a desculpa perfeita para sugá-la. E assim o fez. Dessa vez, não conti o gemido.

- Ahn, K-Klaus, aaahn.

Ouvindo isso, e evidentemente gostando, ele subiu as mãos para meus seios, enquanto a língua permanecia ocupada, e começou a brincar com eles, apertando-os com uma leve força, que fez meu corpo se contorcer.

Antes que a corrente elétrica que abalava meu corpo aumentasse, ele foi subindo com a língua. Começou a sugar meus seios e eu arranhei suas costas, ousando um pouco na descida. Ele grunhiu e mordeu o lóbulo da minha orelha.

Posso dizer que foi uma das melhores partes: as mordidas. O que antes machucava, agora me excitava. Tê-lo assim, tão totalmente, era uma sensação de pura felicidade e isso era porque eu o amava. Todo o meu sono fora como ficar longe dele e agora eu só desejava que ele nunca mais me largasse. E Klaus parecia pronto para atender minha vontade.

Barriga, coxas, braços, ombros, pescoço. Nada escapou do desejo abrasador do meu namorado - agora eu estava segura o bastante para usar a palavra - mas sem ferir, porque sabíamos que seria um problema. E bem, quanto a mim, por mais que estivesse numa nova posição, sabia que ele jamais me permitiria realmente mordê-lo. Klaus é quem manda.

Quem é que está reclamando mesmo?

Resolvemos então experimentar minha nova velocidade. Em menos de um terço de segundo, estávamos na parede, me pressionando contra ela, enquanto eu passava minhas pernas por sua cintura. Uau!

Cravando muito levemente meus dentes em seus lábios, comecei a me esfregar nele, enquanto minhas pernas subiam e desciam por toda a extensão de seu corpo. Eu senti um volume crescente que me despertou mais sentidos do que o imaginado.

Apoiando as duas mãos na parede, ele ainda lambia o sangue que havia em mim. De repente, puxou meus braços para cima, o máximo que podiam, e passou a língua por toda a extensão deles. Quando chegou no colo, começou com as sugadas mais fortes, seguidas por movimentos circulares insinuantes de sua língua. 

Parou e muito rapidamente virou-me de costas, com minha bochecha sendo pressionada contra a parede. Produzia uma dor gostosa. Aí ele começou a sussurrar coisas em outro idioma no meu ouvido, mas de algum modo eu sabia que eram coisas proibidas para crianças.

Puxando minhas coxas para trás, de modo que eu ficasse empinada para ele. Apertando meus seios, Klaus deu uma leve estocada em mim, o que aumentou mais ainda a pressão na parede, sem realmente entrar.

Emiti uma coisa entre gemido e grito.

Se abaixando um pouco, ele lambeu toda a curvatura de minhas costas, parando um pouco abaixo do quadril, onde depositou uma leve mordida. 

Então, simplesmente parou e se sentou na cama novamente, bem relaxado,

- Ei! - protestei, indignada, com as mãos na cintura.

- Não quer me experimentar de novo, não? - respondeu, rindo, enquanto mordia a boca e fazia aquele sorriso torto que deixou minhas pernas bambas - Tem cinco minutos.

Como se ele mesmo não quisesse.

- Você vai desejar ter pedido mais - falei, e rapidamente, pulei na cama.

Igonorando a cara satisfeita dele, parti para a ação, segurando seu membro, com um pouco mais de força do que o necessário, começando um movimento de vai e vém, levemente torturante e muito enlouquecedor. Dava para perceber isso pelos grunhidos mal contidos que ele soltava. Algo entre meu nome e as palavras "minha vadia".

Comecei a sugá-lo e era mais gostoso do que eu esperava. Ter aquilo na minha boca e beirando a minha garganta era tão estimulante que até eu comecei a soltar gemidos. O líquido que ele produzia tinha um sabor quase tão bom quanto sangue. E misturado com a bebida carmim que ainda havia ali, ah, era perfeito. Garanto, um dia você vai querer provar.

Enquanto o sugava, fazia pressão com a boca e apertava suas coxas fartas. Ele segurou meu cabelo com mais força do que o agradável e passou a controlar o movimentos.

Quando os gemidos dele começaram a ficar um pouco mais incongruentes, eu soltei suas mãos do meu cabelo. Segurei-o e lambi até o topo, mordendo levemente ali, várias vezes.

- Só cinco minutos né - falei, erguendo-me.

- Ah, é assim então? - disse ele, fingindo chatiação - Pois bem.

Antes que eu pudesse piscar, estava de quatro, e ele, sobre mim. Deslizava as mãos por meu corpo, apertando tudo o que encontrava. Quando chegou onde queria, começou a brincar com minha entrada, enquanto a outra mão apertava meu seio direito furiosamente, beliscando o mamilo.

- Isso é maldade - gemi

- Peça - mandou ele

- Ahn, por favor, ooh.

- Peça direito - reclamou ele.

- Vai Klaus, vai, me possua. Entra logo, caramba! Por favor.

Adeus dignidade.

Ele me virou, apoiando-me na cama. Ainda mantendo o olhar no meu rosto, sugou meus seios, quase do mesmo jeito que eu fiz com ele.

- Ah, por favor, aaahn.

Sorriu torto.

Com as duas mãos na cabeceira da cama, para dar maior impulso - só de imaginar aquilo quase perdi a cabeça - , ele abriu minhas pernas violentamente, sem passá-las por seu quadril como eu pretendia. Não ainda. Manteve-as afastadas o máximo possível uma da outra.

Movimentando-se como em um mergulho, ele me penetrou com força, muita força. E é claro que eu gritei. Era curioso o modo como fazia, sendo vagaroso enquanto estava fora, e rápido e forte quando dentro. Em resposta, arranhei suas costas furiosamente.

Mas ainda faltava uma coisa. Por mais que aquilo fosse totalmente novo, eu sabia que faltava uma coisa. Peguei seu queixo.

- Klaus...

- Eu te amo - dissemos juntos e a partir daí mantivemos contato visual durante todo o momentos.

Ele me ergueu, para que me sentasse sobre seu colo. Comecei um ritmo próprio, enquanto explorava seu peitoral com as mãos sedentas. Eu tinha o apoio da cama para me dar mais impulso, mas Klaus também me ajudava, segurando minha cintura.

Passei então, a me apoiar em seus ombros e ele olhou maravilhando enquanto eu me desfazia em prazer. Comecei a aumentar o ritmo. Quando humana, aquilo fora maravilhoso, mas agora, tê-lo dentro de mim tinha um significado totalmente diferente.

Vampira. Pensar na palavra causou um arrepio. Mas, desta vez, foi um arrepio bom, do novo e inusitado.

Paramos com a brincadeira. Agora era a hora da nossa verdadeira força e dedicação.

Deitando-me novamente, passei minhas pernas por seu quadril, e Klaus recomeçou o movimento, agora muito mais potente. Com uma das mãos, puxou meu cabelo para trás, deixando à mostra meu pescoço. Com a outra, ele começou a tocar levemente cada parte do meu corpo que produzia prazer, enquanto observava meus gemidos aumentarem.

Olhando-o, pude ver que ele também estava quase delirando.

Foi só aí que eu pude ter ideia do efeito que causava em Klaus. Eu era para ele praticamente tudo que ele era pra mim, com algumas coisas opostas é claro. Imaginava que minha aparência delicada produzia nele o mesmo efeito que seu corpo forte e imponente fazia comigo. Devia haver alguma coisa de excitante para o caçador na fragilidade de sua presa. Usá-la como queria, fazê-la sua, mas com o cuidado de não matá-la, devia ser isso que os estimulava.

Bem, ele não precisava mais ter esses cuidados comigo.

Como se quisesse chamar minha atenção de volta à realidade, Klaus enrolou uma mecha de meus cabelos em seu dedo, enquanto aumentava os movimentos.

Senti, e posso afirmar que ele sentia o mesmo, que estávamos para sempre unidos. Um apenas existia para fazer parte do outro e ter um ser tão magnífico quando Klaus fez-me sentir especial, pela primeira vez, merecedora de tudo aquilo.

Agora eu tinha a certeza de que tudo valera a pena.

- Nunca mais me faça pensar que vou perdê-la novamente - sussurrou ele.

- Nunca. Eu prometo. Até porque... - parei e sorri, continuando o movimento que ele inconscientemente havia parado - Sou sua, meu Klaus.

O uso dessas novas palavras produziu uma corrente elétrica por nós dois.

Ele estocou mais forte e mais fundo em mim, chegando mais longe do que jamais ousara com minha frágil humaninade impedindo-o. Ergueu-se um pouco, para inclinar sua cabeça contra minha testa.

A sensação, o ápice, começava a chegar a nós dois.

- E eu prometo ensiná-la, ensiná-la a como se controlar, para não ser o pesadelo que tanto teme - disse ele, olhando-me nos olhos.

- Eu ficarei feliz em aprender tudo que você tiver a ensinar.

Aí foi demais para nós dois. 

Finalizando tudo com um beijo furioso, ansioso por explorar, aquele torpor delicioso chegou até nós. Mas agora, como vampira - e penso nisso com orgulho - foi tudo multiplicado milhares de vezes. O meu ápice humano, era apenas a sensação de cada um de meus nervos. Era uma imensidão de desejo realizado.

- Saiba que eu estou orgulhoso de você - diss ele.

- Por matar seu pai?

- Sim. Por enfrentar tudo aquilo por mim. Você bem que podia ter aparecido há alguns séculos, sabe.

- Mas não seria tão bom quanto agora - falei, entrelaçando nossos membros novamente.

 - Tem razão - disse, rindo, e pela primeira vez, pude perceber que estava feliz.

Ele segurou minha mão.

Sabia que não havia acabado, ainda havia um inimigo à frente, mas agora sabia que estava preparada.

Eu poderia enfrentar, não tudo, mas tudo o que ameaçasse aquele que importava.

Aquele por quem meu coração morto ainda batia.


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