Após meu banho relaxante, eu deitei no sofá e fiquei refletindo sobre a vida. Foi então que cheguei à conclusão de que estava ficando louco, sim… eu estava enlouquecendo! Mas isso não era uma coisa ruim, em um mundo como este enlouquecer é a saída, é a fórmula para a felicidade, e afinal de contas se eu fosse louco eu não precisaria levantar para ir ao banheiro, eu poderia me mijar nas calças e colocar a culpa na loucura.

Liguei para minha psicóloga, para avisar sobre a minha auto avaliação.

_ Alô? Glória Kaiu?

_ Sim, o que você quer seu retardado, já são três horas da manhã – disse a querida e simpática Glória Kaiu.

_ Eu preciso conversar…

_ Mas nem por todo o dinheiro do mundo eu perderia minha noite sono para ficar conversando com você…

_ Duzentos e cinquenta!

_ Trezentos reais e não se fala mais nisso…

_ Eu, acho que estou ficando maluco…

_ Que foi Paulo Lebre, você ainda acha que ninguém quer ler suas histórias? Eu entrei no site hoje e vi que você recebeu alguns comentários.

_ Não é isso, eu acho que eu estou ficando realmente doente…

_ Já sei, você ficou ligando e desligando o interruptor da luz até acabar com a energia do prédio inteiro de novo!

_ Não é isso…

_ É o que então? Você comeu maionese estragada?

_ Não é isso…

_ Então você comprou um elefante e…

_ Porra, deixa eu falar… eu disse que te daria trezentos reais para EU conversar com você e não você ficar tentando adivinhar qual é o meu problema.

_ Mas eu já sei qual é o seu problema, você está ficando louco, sua esposa te largou, você não tem mais ninguém, e aposto que você está se sentindo um fracassado.

Mandei ela se foder e desliguei o telefone na cara daquela vadia, e eu também não ia pagar mais porra nenhuma, ao invés de me ajudar ela era pior do que minha ex-esposa, só vivia me criticando.

Eu não precisava gastar uma fortuna para ouvir que eu estava ficando louco, eu já sabia disso.

Bem, eu me lembro como se fosse ontem, antigamente eu não escrevia palavrões em minhas histórias, hoje em dia eu já estou pouco me lixando para o que as pessoas vão dizer, veja abaixo a minha exemplificação. Uma cena com palavrões e outra sem.

‘’ CENA 1

_ Vai tomar no cu seu viado filho de uma puta – disse Dadinho no morro da favela.

_ O que você disse? Acho melhor você ficar calado e sair com o rabo entre as pernas seu cuzão.

CENA 2

_ Sugiro veemente que receba contribuições inusitadas em sua cavidade anal seu homossexual – disse Dadinho no morro da comunidade pacificada.

_ Por obséquio, poderia fazer a gentileza de repetir o que disse? Caso contrário sugiro calar-se e retirar-se com sua projeção caudal entre seus membros inferiores, poltrão. ‘’

É claro que a cena 1 causa mais efeito, e por sinal um efeito do caralho… bom pra porra. Sendo assim os palavrões não são excluídos das minhas histórias. Mas isso não é sinônimo de loucura, e nem quer dizer que eu tenho uma buceta desleixada, minha esposa tinha… eu ainda me lembro de sua vagina, era cabeluda e cheirava a bacalhau, sua xereca era como uma ostra em mares africanos. Enfim, vou revelar outro detalhe sobre como eu tenho inspiração para escrever.

Na verdade todas as minhas histórias são psicografadas, assim como Chico Xavier fazia. Cada palavra me é soprada aos ouvidos, e eu as escrevo. Inclusive isso que eu estou escrevendo agora está sendo psicografado… Rádio translagos, a melhor rádio da região… e agora com vocês o novo single da Lady Gaga… ops, desculpa é que o rádio estava ligado.

Bem, o campainha tocou, mas quem seria a essa hora?