The Nightmare Of Ikuto - Imperium escrita por Suiku_KHR


Capítulo 2
Capítulo II - Escuridão Guardada A Sete Cadeados


Notas iniciais do capítulo

Seja Bem-vindo, novamente.
Como prometi (Será que eu prometi mesmo? I.I) o segundo capítulo para vocês (Será que tem alguém ai do outro lado?).
Um novo personagem aparece (Que será muito importante na misera vida do nosso pequeno protagonista).
Tenham uma boa leitura e que os percevejos não mordam vocês...
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Beta - Sani_Chan
Dia - 29/01/12



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Meu coração disparava incontrolavelmente. Era um jeito patético de morrer. De repente, ela avançou. Rolei para o lado e acabei batendo contra outro armário. A criatura mostrou, novamente, seus enormes caninos e soltou uma teia pelo rabo. Meu corpo voou e se prendeu na porta de vidro. Debati-me um pouco, mas aquilo era muito resistente. Eu já estava ficando muito atordoado para fazer alguma coisa. A aranha gigante se aproximou lentamente, já certa que teria a vitória.

– ALGUÉM ME AJUDE – Gritei, desesperadamente, mas ninguém respondeu. Eu sabia, lá no fundo do coração, que ninguém iria ajudar. Isso me perturbou mais ainda.

De repente, o meu sangue pareceu ferver. Uma dor aguda apareceu em minha cabeça. Meu corpo começou a doer muito. Era muito estranho. A aranha recuou e rugiu alto, como se tivesse entrado em pânico por um momento. Um brilho estranho apareceu ao meu redor. Sem perceber, uma nevoa envolveu-se em minha mão, depois, no meio dela, uma enorme espada apareceu. Arregalei os olhos para a lâmina que refletia meu rosto. Minha expressão era muito... estranha, uma mistura de pavor e alegria. A teia começou a derreter rapidamente. Cai firmemente no chão. Eu estava me sentindo Ó-T-I-M-O naquele momento. Não pude deixar de dar um sorriso maldoso para a criatura, que se encolheu um pouco. Ela rugiu, novamente, demonstrando que estava assustada.                           Avancei com a espada erguida. A aranha pulou para cima, retornando a sua “casa” – Ou ninho, tanto faz. Ela mexeu as patas entre os fios de teia e jogou um corpo em cima de mim.

– Droga – Sussurrei. Joguei o cadáver para o lado.

            A criatura continuou a jogar os corpos sobre mim,mas eu desviava, fazendo suas tentativas falharem. Eu estava mais habilidoso do que de costume. Desferia um ou dois ataques nos cadáveres e eles evaporavam instantaneamente. Mas eu não poderia ficar assim para sempre, precisava fazer algo.

            Por fim, lancei minha espada nela, que desviou do ataque com facilidade. Pulei em cima dos armários e peguei impulso o suficiente para o teto. Puxei minha espada que ficara presa. A criatura estava muito confusa para reagir, aquela era a melhor hora para acabar com ela. Em pleno ar, desferi um belo de um ataque em sua cabeça. Sangue preto saiu e o corpo se debateu, depois virou um pó negro.

            Caí com força no chão em um baque surdo. Minha respiração tinha acelerado. Tive que ficar um tempo ali para perceber o que tinha acabado de acontecer. A espada já havia desaparecido, junto com os corpos. Aos poucos, a adrenalina fora embora e o pânico quase tomara meu corpo. Eu tinha matado um monstro daquele? Como? Por que aquilo estava acontecendo? Apoiei minhas mãos sobre meu rosto suado e balancei a cabeça. Então, eu raciocinei um pouco.

– Ah há há, aquilo só foi uma ilusão, Ikuto – Falei para me mesmo, passando as mãos entre meus cabelos negros. Respirei fundo. Tentei mais uma vez me convencer que aquilo era loucura e que minha mente estava confundindo tudo.

            Levantei com os joelhos ainda bambos. Ri de mim mesmo por imaginar bobagens. Fui para casa, apesar de estar um pouco confuso.

Olhei mais de três vezes para os lados antes de entrar na rescendência. O medo tomara-me por muito tempo e eu não conseguia ficar quieto, nem tranquilo.

– Ikuto? – Ouvi a voz da minha tia, o que foi como um milagre e ao mesmo tempo um alivio. – É você?

– Sou eu sim – Falei, com a voz um pouco tremula.

– Demorou muito, por quê? – Disse, saindo da cozinha e me encarando.

– Ah há há há, sabe, aconteceu um imprevisto e eu...

– Ficou com detenção? – Perguntou a mulher, juntando as sobrancelhas. Eu olhei para o lado, corado. – Quantas vezes eu disse a você? Se comporte na escola, menino. – Ela suspirou – Então, o que foi dessa vez?

– Eu meio que dormi na aula – Disse com sinceridade.

            Ela respirou fundo, reunindo toda a sua santa paciência. Lançou um de seus olhares em minha direção, fazendo meu corpo se arrepia todo.

– Prometa-me que nunca mais vai fazer isso.

– Eu prometo – Respondi, rapidamente, abrindo um sorriso. – O jantar já está pronto?

– Sim, mas antes, vá tomar um banho – Disse minha tia, abrindo um sorriso caloroso.

            Subi as escadas, animado. Aquilo tinha sido coisa da minha cabeça, afinal. Eu não estava louco!!!

            Tirei toda a minha roupa e joguei em um canto. Entrei calmamente na banheira cheia d’água, que estava ótima, bem quentinha, do jeito que eu gostava. Aquele banho me fez esquecer tudo – Até a dor que senti em meu peito.

            O jantar foi tranquilo, óbvio. Minha tia cozinhava muito bem, diferente da minha pessoa... Mas eu sabia me virar. Eu a contei sobre o dia de hoje – Tirando a parte da aranha super mega assustadora.

– Ikuto, você poderia lavar a louça para mim? – Perguntou, deixando os pratos e talheres na pia.

– Ah ~ Mãe, logo hoje?! – Falei, fazendo biquinho. Ela me encarou com se dissesse: “Eu mandei você lavar, agora!”. – Tá, eu lavo.

– Esse é meu garoto – Ela sorriu e bagunçou um pouco meu cabelo – Se precisar, eu estou no escritório.

– Maldição – Sussurrei, quando ela desapareceu de meu campo de visão – Eu só sou útil nessas horas, que droga!

Joguei-me com tudo na cama, já não aquentava fazer mais nada. Depois de ficar esfregando janela, eu tinha que ficar fazendo a mesma coisa com os pratos! E ainda tive que fazer a lição de casa! Dá um tempo, assim eu não vou sobreviver...

            Encarei o teto, pensativo. Apesar de todos os meus esforços para esquecer o acontecimento ilusionista que tive, eu não conseguia. De onde tinha aparecido aquela criatura? E os corpos? Será que eram reais? Só de pensar nisso, meus pelos se arrepiavam todos. Virei um pouco de lado para encarar as estrelas. “Eu faria de tudo para ser uma delas”Dizia minha mãe, quando eu era pequeno, “Elas parecem tão felizes observando o mundo aqui em baixo”.Então eu respondia: “Para mim, isso é deprimente. Não tem graça ficar só lá em cima, quando a diversão está toda aqui em baixo”.Dei um sorriso bobo, ficar lembrando o passado... Que triste.

            A noite era tão escura, que você poderia pensar que a qualquer momento ela poderia engolir toda a sua alma.

            Suspirei. Tentei relaxar, mas o som de vidro quebrando me assustou. Perto da minha janela estava uma sombra negra. Eu pensei o pior.

– Que patético – Disse, fria e seca – É tão patético que dá nojo.

– Q-Quem é v-você? – Minha voz falhava.

            A sombra se transformou em uma garota. Tinha grandes olhos azuis e cabelos negros que se misturava com a escuridão da noite.

– Meu nome é Say, Ikuto Kawada – Falou com o mesmo tom de antes. Seu rosto não expressava nada, mas, pude perceber, que ela guardava ódio e rancor nos olhos.

– O-O que você quer de mim? – Eu tremia como nunca, parecia um cachorrinho assustado – Eu não tenho dinheiro, nem pod...

– Calado – Ordenou, se aproximando da cama – Você vem comigo, idiota.

            Ela me puxou pela manga do pijama, mas eu hesitei.

– EU NÃO VOU A LUGAR NENHUM – Gritei.

– Vamos, não temos muito tempo.

– NÃO!!!

– Você quer morrer? – Disse a garota me lançando um olhar assustado.

– M-Morrer?! – Aquela palavra era terrível. Eu balancei a cabeça, negativamente.

– Então venha comigo – Repetiu – Já disse que não temos muito tempo.

– M-Mas, espere – Falei e ela parou de me puxar, por um tempo – O que está acontecendo aqui? Para onde você vai me levar? O QUE ISSO TEM HAVE COMIGO?

– Suas perguntas serão respondidas em outro momento, agora, prenda a respiração.

            Quando eu ia discordar, ela estendeu a mão no ar e um buraco negro se formou. A garota me empurrou para dentro e, por fim, fui engolido sem piedade.  


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Notas finais do capítulo

E ai? Estão gostando? (Perguntinha de novo: Tem alguém lendo essa coisinha aqui?) Odiando?
Deixem um querido review (Não vai me matar não, né?).
Bom, não sei quando vai sair o próximo...
Oh! Eu escrevi esse capítulo ouvindo "Your Call" de Secondhand Serenade e "Getting Away With Murder" de Papa Roach (Músiquinhas tão parecidas *Sarcástico*), não que isso importe e só... Que eu tive vontade de falar *W*
Então...Até...



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