Monossacarídeo escrita por Ciborgue Folks


Capítulo 3
A infiel


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que sou empacada, mas eu não demorei nem um pouquinho dessa vez u.u
Boa leitura^^



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Eu sei que não pode ter um cigarro no céu...

Mas hoje é dia de Acão de Graças e, pelo menos até o sol cair, todos os anjos são as minhas putas.

MWAHAHAHAHA!

Alguém me traz a porra do cigarro logo! Opa, obrigado querida!

Eu já disse que as suas asas são lindas?




12 de abril de 2004

A menina de rosa.

Quem era a menina de rosa?

Era o que eu pensava enquanto amarrava as últimas cordas do meu plano para descobrir quem era a miserável.

O meu dia começou definitivamente quando eu estava passando pela frente da enfermaria e, de repente, vi Jack Sortudo saindo de lá com uma cara igual a de L quando BB roubou a geléia dele.

Vocês não sabiam dessa história? Antes de Beyond Birthday ser um estragador de festas ele era só um NERD querendo matar o pâncreas. Pode perguntar pro Mello!

Enfim, voltando ao assunto: Quem é Jack Sortudo?

Simples.

A Wammy’s House estava dividido em três grupos [terroristas]: a máfia do Mello, os discípulos de Roger e a gangue de Jack Sortudo.

Mello era o Don Corleone do orfanato. Ele lucrava com as ameças que Jack espalhava para geral protegendo e ajudando as “vítimas”, ou seja, metade do orfanato devia favores a ele (principalmente os nerds). E eram exatamente esses nerds que livravam o rabo dele da diretoria e dos castigos de Roger. Havia também uma espécie de “regra de propriedade” por exemplo: se o Near era o saco de pancada oficial do Don Mello... Digo, Mello, ninguém poderia encostar um dedo nele. Isso tirando as regalias que só o seu povão tinha, que era o contrabando da Sophia e o monitor corrupto que ela pegava. Por isso, Jack Sortudo simplesmente odeia tudo o que esteja relacionado ao Mello, principalmente o Near; e isso era um problema.

Esperei Jack sair de vista, peguei meu celular, disquei para o número da enfermaria e continuei andando.

- Wammy’s House. – atendeu a enfermeira gostosa do balcão.

- Joane? Quem fala é o Matt, eu posso falar com o Near?

Você deve estar pensando: como assim você liga, fala que quer falar com o Near e pronto acabou?

Primeiro: ter ficado o dia inteiro com o Near no dia anterior rendeu alguns suspiros das enfermeiras que acharam super gentil da minha parte. Segundo: Joane poderia até negar um pouco, como assim ela fez, mas o meu monge de estimação iria meter o bedelho de qualquer jeito, como assim ele fez.

- O que foi Matt? – foi mais ou menos com essa delicadeza que ele me atendeu.

- Eu só queria te perguntar se você recebeu alguma visita inesperada hoje. Alguém estranho foi te visitar?

- Você está falando de Jack?

- Jack foi te visitar? – perguntei na maior cara de pau – O que ele queria?

- Ele veio me perguntar sobre a garota de rosa. Parecia importante.

- Near... Você não se lembra mesmo do rosto dessa garota?

- Eu não, mas eu vou perguntar para a morfina que me deram ontem de manhã. Quem sabe ela se lembre de alguma coisa.

- Tsc... Tudo bem então. Tha-

Ele desligou na minha cara. NA MINHA CARA. Mas isso não vem ao caso.

Continuei andando até chegar na cozinha. Estranhamente a cozinheira não estava lá – e nem perto de lá – então simplesmente deduzi que ela devia estar vagabundando na sala dos funcionários. Procurei por um fósforo no armário, abri quatro boca das seis do fogão, contei seis passos, risquei o fósforo e joguei na direção do gás. Eu sei, parecia até que eu queria explodir o orfanato, mas não foi bem essa a intenção. O fogo não estava tão alto, mas começou a subir pelas paredes que nem uma lesma abatida com sal.

Era hora de fazer o que eu sabia fazer de melhor: sair correndo.

Saí correndo para a enfermaria. Cheguei lá com a maior cara de anjo desse mundo, dava até pra me confundir com o papa. Foi só eu dar o primeiro passo para dentro que o alarme de incêndio começou a tocar. Felizmente as cortinas das camas estavam fechadas e todas as enfermeiras correram para fora – exceto a Sra. Giddens, que eu teria de dar um jeito depois – o que deixou a enfermaria livre para eu procurar a caderneta onde anotavam o nome dos visitantes.

Corri para o balcão e peguei uma caneta às pressas. Não deu tempo de ver se a Sra. Giddens estava olhando, mas também não importava, o tempo estava curto. Peguei a caderneta e comecei a reescrever o nome de todos que estiveram ali entre dez e meio-dia do dia anterior no meu braço. Quando ouvi o passo apressado das enfermeiras, guardei a caderneta e saí disfarçando. Ainda deu tempo de dar uma olhada na Sra. Giddens, que estava catando uma xícara de chá espatifada no chão. Near me saudou que nem como os marinheiros saudam as pessoas.

Hm... Era bom saber que ele estava do meu lado.

Menino danadinho!





13 de abril – manhã seguinte

No dia anterior eu tinha gastado toda a minha beleza e dignidade andando pelo orfanato atrás de todas as meninas que haviam visitado a enfermaria – que não eram poucas. Nenhuma delas havia dito que estava ali para visitar o Near, embora houvesse umas duas que não me convenceram nem um pouco.

Naquele dia eu estava decidido a descobrir quem era a garota de rosa, se não fosse por um pequeno e ínfimo detalhe.

- EU NÃO ACREDITO NISSO MATT!

- Mello, calma, respira e fala DE-VA-GAR.

- Okay, devagar. – ele inspirou profundamente – Eu estava passando pelo corredor da sala dos funcionários e vi o JACK AGARRANDO A MINHA EMMA!

- Não é por nada não Mello, mas você não parou para pensar se não era a sua Emma que estava agarrando o Jack?

- AQUELE FILHO DUMA PUTA! EU VOU MATAR ELE!

Mello e a sua possessividade aguda.

- Já era. AGORA É GUERRA!

E daì ele saiu “daquele jeito” do quarto. Eu só não fui atrás dele porque eu tinha que falar com a rainha das patricinhas antes.

Lá fui eu falar com Penélope Sharp, simplesmente a MAIOR e mais gostosa menina do orfanato, e o pior de tudo era que ela sabia disso. Pra você ter uma idéia, quando eu encontrei ela no jardim, ela me cumprimentou mais ou menos assim:

- Ah, é você Matt! – lê-se: você está gastando meu tempo.

- É. Eu vim falar do Near.

- Ah, do Near!

Ela levantou meio presunçosa e deu um dois passos para perto de mim super rebolando que nem madrinha da bateria, assim como faz as garotas quando ouvem alguma coisa de que gosta. Sim meu povo. A Penélope era caidinha PELO NEAR.

- Você esteve na enfermaria ontem, às onze e meia. Quem você foi ver?

- Bem, eu fui ver a Jewel. Você sabe né? Aquela vadia é bulímica.

Vadia... Tem jeito melhor de chamar as amigas?

- Então não estava atrás do Near.

- Ah Matt! Quando se trata do Near, eu prefiro estar na frente.

Okay.

Isso foi traumatizante.

Depois disso eu fui direto para dentro do orfanato antes que o meu cérebro se degenerasse. Infelizmente, não foi a melhor escolha do dia.

Quando eu cheguei lá dentro dezenas de crianças me empurraram sem que eu nem conseguisse andar. Eu sei que eu sou magro, mas eu também não sou palitex. Aquilo ali tava parecendo micareta da Ivete com um bando de órfãos e um bando de monitores tentando controlar o povão.

Me empurraram, me arrastaram, me pisotearam até que eu chegasse no refeitório. E foi aí que eu vi o inferno congelar.

Jack Sortudo passou por todo mundo como uma britadeira ligada na tomada e, apontando para a parede, vituperou tudo quanto é nome. Parede na qual se lia os seguintes dizeres:

Jack Morrison é uma bicha nojenta

E eu simplesmente não consegui acreditar. Olhei em volta a tempo de ver Mello se esgueirando para fora da multidão com aquele olhar sinistro que só ele tinha. Tive de seguí-lo.

Eu o segui até o quarto, onde a porta estava entreaberta, e praticamente a arrombei como ele fazia a maior parte do tempo.

- O QUE VOCÊ TEM NA CABE...

Daí a minha voz sumiu.

Tente se lembrar de Sendai depois do terremoto e a explosão do reator em Fukushima. Era mais ou menos assim que o nosso quarto estava.

Os cobertores estavam revirados no chão,os travesseiros estavam rasgados à faca, o abajùr espatifado, as gavetas fora do criado-mudo, tudo estava uma bagunça dos infernos. Eu fiquei tipo Aidan Keller assistindo TV. E o Mello não estava muito atrás de mim não.

- O que aconteceu aqui?

O louro olhou para mim e depois caminhou até a porta do banheiro. Havia três fendas nela, como que feitas por canivete. Mello estreitou os olhos ao olhar para as fendas e tentou pegar algo nelas. Então ele olhou para mim novamente com uma cara de “what the hell?” e suspendeu aquilo que pegou, entre os dedos.

Era uma unha.

INTEIRA.

No momento eu sabia de duas coisas: que Penélope Sharp era doida e que a pessoa que fez aquilo iria aparecer com um curativo no dedo na manhã seguinte.



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Notas finais do capítulo

TANTANTANTAAAAAAAAN!
Quem foi que botou o terror no quarto do Mello? A garota de rosa ou um novo vilão retardado?
- Narrador da sessão da tarde
Deixem reviews senão Don Mello vão estourar vocês, hohohoho



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