Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! escrita por Susana


Capítulo 23
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Desculpem a demora, mas estas duas semanas foram muito preenchidas e eu não tive tempo de vir cá. Foi os últimos testes, o meu aniversário, a festa da minha terra, a minha festa de anos...
Vá mas chega de desculpas, espero que gostem.
Boa leitura.



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POV Crystal


- Ei, acorda dorminhoca… - Paul acordou-me sussurrando ao meu ouvido.

Virei-me para ele e aconcheguei-me no seu peito.

Já se tinha passado uma semana desde que eu e Paul tínhamos feito amor na praia e estávamos, por um lado, ainda melhor um com o outro, do que antes, e as férias estavam a ser bem mais divertidas, se é que me entendem…ahahah.

Nós já tínhamos assumido a nossa relação perante a tribo, e por esse lado a nossa relação estava pior. Eles não reagiram muito bem… não é que tivessem discutido com Paul por nós estarmos juntos, mas as mulheres falaram coisas do género: “Ela é uma vampira, ele é um lobo, são inimigos!!!”; “Ela não lhe vai poder dar uma família!”

Tenho de admitir que isso me tinha magoado muito… fez-me sentir muito insegura em relação à minha “vida” com Paul. Ele não me devia ter a mim como sua mulher, ele merecia melhor, alguém que lhe pudesse dar tudo o que ele precisa para ser um homem feliz e completo.

Tinha a cabeça apoiada no peito de Paul e vi que algumas lágrimas caíram no seu peito, só aí me apercebi que estava a chorar. E, este facto, também não lhe passou despercebido.

Sentou-se com cuidado e pegou em mim, pondo-me ao seu colo.

Limpou-me as lágrimas e olhou-me preocupado, fazendo-me miminhos na cara com as costas da sua mão quente.

Como eu gostava daquela sensação…

- Porque estás a chorar? Fiz algo de errado? – perguntou-me carinhoso.

Olhei para ele. Podia ver na sua cara, nos seus olhos, que ele me amava muito, mesmo muito.

Sim, ele tinha feito algo de errado…amar-me…

Comecei a chorar compulsivamente e ele olhava para mim, quase entrando em desespero, por não saber o que fazer.

Então, no meio dos soluços, respondi-lhe:

- Sim…amar-me…

O meu choro intensificou-se ainda mais, se é que isso era possível.

Mas o mais impressionante era que eu tinha acordado bem, porém o facto de saber que não lhe podia dar o que ele merecia, e tinha direito a ter, deixava-me de rasto. Eu tinha conseguido evitar durante os outros dias ficar assim à sua frente, mas hoje tinha sido a gota de água, e o meu corpo já não me obedecia.

Ele olhou-me sem perceber, mas a certo ponto a confusão no seu rosto deu lugar a compreensão e, de seguida, a angústia.

- Tu não me amas? – ele perguntou com uma dor enorme.

Ele tinha percebido tudo mal!!!

Então, quando lhe ia para dizer que não era nada disso, tive uma ideia.

Se eu lhe dissesse que não o amava, ele iria encontrar outra pessoa, alguém que lhe podia dar tudo o que ele merecia, tudo o que o faria feliz.

- Foi…foi tudo um erro…eu…eu pensei que pudesse ser feliz…mas, não consigo… – falei a chorar.

Chorava, principalmente, pela agonia e o desespero no seu rosto, mas já estava, já não podia voltar atrás, seria melhor para ele nós nos afastarmos, pelo menos deixarmos de ser namorados.

Vi uma lágrima solitária na sua face, no entanto, ele limpou-a prontamente.

- Eu entendo. Também queres que me afaste?

A pergunta mais difícil de todas. Quando disse o resto limitei-me a mentir para o seu bem, mas agora eu não conseguia ser altruísta a esse ponto, eu amava-o demasiado para viver longe dele.

- Não precisas, acho que podemos continuar como amigos, se me prometeres que não vais ficar preso a mim, e, claro, se quiseres. – disse tentando controlar o meu choro.

Ele levantou-se da cama, ia para sair do quarto, quando se virou para trás e me disse:

- Podes não me amar, mas isso não significa que eu não te ame… porém, podias ter pensado nisto antes de te envolveres comigo… mas, como te prometi, eu sempre serei quem tu precisares, e se não precisares de mim da maneira como achei que precisavas, eu não me importo…mas não me podes pedir para que procure outra pessoa.

Saiu e deixou-me no quarto, com um enorme buraco no peito, a chorar.

Não, ele não seria quem eu preciso.





No dia seguinte, partimos para Londres, ainda faltavam quatro dias para o casamento, mas eu e ele decidimos que devíamos voltar para casa, porque o ambiente estava um pouco, vá muito, estranho entre nós.

Ainda me doía olhar para ele e pensar que não o podia ter novamente. “Mas era melhor assim”, eu repetia, isto, constantemente, para me convencer a mim própria a não lhe contar a verdade.

Não avisámos ninguém, então quando chegámos ao aeroporto, apanhámos um táxi e fomos, directamente, para casa.

Ao chegarmos toda a gente ficou admirada, e eu acabei por contar a Rose e Alice que eu e Paul tínhamos estado juntos, mas eu descobri que o meu lugar não era ao seu lado, e por isso tínhamos acabado.

Elas apoiaram-me e disseram-me que se precisasse de alguma coisa, que podia contar com elas.

Eu fui arrumar as minhas coisas ao quarto e para meu azar, e não pensem que estou a ser mazinha, porque a verdade é que foi mesmo azar, eu encontrei Savana no corredor.

Ela mandou-me um sorrisinho cínico e arrogante e eu não me calei perante aquela idiota armada em boa.

- Estás com algum problema? Eu conheço um óptimo veterinário, se quiseres vou lá contigo marcar uma consulta. Ele é mesmo bom, eu levava lá o meu gatinho e ele ficava sempre melhor.

- Não, queridinha, mas tu devias ir. Deves ter algum problema, porque ninguém te quer, nem mesmo o Paul, que sempre ficou com uma vadia qualquer…aahahahahha.

Nunca vos apeteceu matar alguém, mas mesmo matar?! Pois, eu naquele momento, só pensava em matá-la.

Dei-lhe uma chapada, mas atenção, eu controlei a força.

Ela olhou para mim e disse-me:

- Vadias como tu, não merecem, nem viver! – e cuspiu-me na cara.

Eu não me consegui controlar e dei-lhe um murro. Ela voou e embateu na parede com força.

Corri para ela, pronta para acabar com a sua miserável existência, quando senti alguém agarrar-me.

Ainda me tentei ver livre das mãos que me seguravam, mas não consegui.

- Deixa-me! – gritei, ou talvez tenha rugido.

- O que se passa? – ouvi Esme a perguntar e várias pessoas a chegarem ao local.

Carlisle correu para Savana, ela já estava inconsciente deitada no chão. Ele pegou nela e levou-a dali.

Ainda me estava a tentar controlar, raiva ainda me consumia.

Olhei à minha volta e vi quase todos a olhar para mim, desapontados, com medo e, principalmente, sem acreditar no que viam.

Eu sabia que não me devia ter descontrolado, mas porra, ela passou os limites e eu não me consegui controlar…

Paul chegou ao local, acompanhado de Jacob e Seth. Os três ficaram a olhar para mim, que ainda estava presa por Emmett, que continuava a segurar-me com uma força exagerada. Eu já não ia atrás dela… pelo menos, não agora…

- O que aconteceu? – perguntou Jacob.

Durante uns momentos, ninguém respondeu, Emmett acabou por me soltar, lentamente, ainda a medo.

- Bem, tirando a parte de que ela… - Bella apontou para mim com um certo desdém - … pôs a Savana inconsciente, e provavelmente, tê-la-ia morto se nós não aparecêssemos… Tirando isso, está tudo como o do costume.

Naquele momento, quem eu queria matar era Bella…aquela vaca (que não tem outro nome) estava a passar a linha que separa o razoável do inadmissível.

Acho que me estava a tornar demasiado violenta, mas sabem que mais, que se lixe! Estão todos a esgotar a minha paciência e eu não estou para aturar isto.

- Tu o quê? – Seth virou-se para mim.

Eu sorri-lhe irónica. Que se foda! Ela provocou-me!

- Ela provocou-me…

E, saí dali, indo para o meu quarto, onde simplesmente, caí na cama e dormi.

Tive um pesadelo, que me assustou de morte, pelo medo de que aquilo fosse real.



Sonho on

Eu estava no meio de um descampado, ladeado por floresta verde e vibrante, porém o vibrante da floresta só a tornava mais assustadora.

Um calafrio percorreu todo o meu corpo, deixando-me ainda mais assustada.

Percorri todo o lugar com o olhar e, do nada, Paul apareceu-me à frente, de seguida apareceu Rose, Seth, Jasper, Alice, Carlisle, Emmett, Esme, Edward, Bella, Nessie, Jake, e muitos outros rostos que tinha conhecido em La Push.

Todos estavam separados uns dos outros e de repente, estavam todos a ser atacados, feridos e mortos…

O pânico invadiu-me, queria ajudá-los, mas quem ajudaria primeiro?

Todos os que amava estavam a ser feridos.

O desespero estava a apoderar-se de mim, os gritos só o alimentavam…

Então apareceu-me um punhal na mão. Era o punhal que eu havia encontrado em La Push.

Segui o meu instinto e cravei-o no peito.


Sonho off


Acordei transpirada e em pânico.

Mas que raio de vampira sou eu, que até e transpiro? Será que a minha mutação genética de humana a vampira foi incompleta?

Por favor! Eu sou mesmo uma nódoa!

Ouvi vozes, no andar debaixo.

- Acho isto inadmissível. Ela podia tê-la morto. – reconheci a voz de Sue – Eu acho que no mínimo, deviam afastá-la durante o casamento, ou durante o resto da vida de quem irá, um dia, morrer.

Ouvi algo de vidro a partir e vários passos apressados, seguidos de um embate seco, numa parede.

- Se alguém tiver de ser afastado, são vocês! – ouvi Rose a rugir. – Se ela quase matou a sua querida Savana, foi porque ela mereceu!

- Rose, por favor, tem calma. – disse Carlisle com algum alarme na voz – Ninguém a afastará de nós.



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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Mereço reviews?
Como é que acham que vai ser o casamento?
Deixem a vossa opinião.
Beijinhos.



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