Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 24
O começo do fim – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

OOOI MEUS AMORES. Eu gostei bastante desse capítulo e espero que vocês gostem tb. Boa leitura. RECADINHO LÁ EMBAIXO ^^ hehe



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A castanha estava prestes a ter um colapso nervoso quando ouviu um estrondo vindo na parte de cima da mansão, isso fez tudo o que estava passando por sua cabeça sumir rapidamente. A Ordem havia chegado à mansão.



– O que foi isso? – Gina perguntou se levantando da cama. Hermione respirou fundo antes de levantar-se também.



As duas se olharam por um instante até que a porta foi arrombada, assustando Gina e só um pouco Hermione. Arthur entrou no cômodo juntamente com mais dois membros da Ordem. Ele fora imediatamente em direção às meninas e abraçou Gina fortemente.



– Minha filha... que bom que está bem. – ele disse aliviado. Gina sorriu. – Temos que sair daqui o quanto antes. – Arthur disse. Segurou o braço das meninas e aparatou junto com elas.



Desaparatam em um outro cômodo na mansão, porém não era um quarto. Mas, sim, uma sala de jantar. Havia uma mesa extensa no meio da mesma e vários lustres. Ao contrário do resto da mansão, aquele lugar não tinha nada de frio ou horrendo, muito pelo contrário. Era bem aconchegante e agradável.



– Meninas, me ouçam bem. – Arthur disse tirando Hermione de seus devaneios. – Toda a Ordem está no grande salão agora, duelando. Estamos em maior número, mas isso não nos dá vantagem. Sim, Voldemort está duelando com Harry. – Arthur disse cautelosamente. O coração de Hermione disparou quando ele disse a última frase. – Mas não se preocupem com ele... Voldemort não conseguirá matá-lo.



– Não? – Hermione perguntou confusa.



– Não, Hermione... Para isso, ele teria que... Você teria que estar lá em cima também, duelando com ele e Alicia, juntamente com Harry. Para... para completar a profecia que diz que ele irá matar você e Harry com a ajuda da descendente. – Arthur disse escolhendo as palavras com muito cuidado.



A mente de Hermione estava funcionando à mil por hora e seu coração não poderia bater mais rápido do que estava batendo.



– Mas... Mas, Sr. Weasley, a outra profecia diz que uma pessoa próxima ao Eleito irá ajudar ele a matar Voldemort. Eu tenho que estar lá em cima com o Harry. – Hermione disse. Arthur suspirou pesadamente.



– Não, Hermione. Não! – Gina disse prestes a chorar. A castanha lançou um olhar reconfortante à amiga e em seguida voltou a olhar Arthur, que estava de cabisbaixa, pensando.



– Sr. Weasley... Por favor. – Hermione suplicou. Arthur olhou a castanha tristemente, antes de endurecer seu olhar novamente.



– Profecias como essas duas podem ser... Podem ser rompidas, Hermione. – ele disse.



– Como assim?



– Podem ser rompidas com um sacrifico... Um sacrifício que o Eleito e a pessoa próxima ele estejam de acordo com isso. – Arthur disse cautelosamente. Hermione arregalou os olhos.



– Então quer dizer que... Harry e eu temos que escolher uma pessoa para se sacrificar em nosso lugar? – Hermione perguntou já sabendo a resposta. Arthur assentiu com a cabeça. Logo, as pernas de Hermione ficaram bambas e ela já não conseguia mais ficar em pé. Sentiu alguém a segurar por trás e colocá-la sentada em uma das cadeiras da mesa.



– Mione... Calma. – Gina pediu ao lado da amiga. Hermione fechou os olhos apertadamente e jogou a cabeça pra trás.



A vida dela não poderia estar mais cheia de problemas. Era cientificamente impossível. A castanha ainda não estava acreditando naquilo. Ela teria que escolher entre: ir ajudar Harry no duelo e podendo acabar morta junto com ele, ou escolher alguma pessoa junto com Harry para se sacrificar por eles. Era muito injusto ter que escolher entre esses dois. Muito injusto mesmo.



– Isso... Isso não... Não está certo. – a voz de Hermione saiu falha. Respirou fundo e olhou para Arthur. – Mas eu tenho que estar com o Harry. Não posso deixá-lo sozinho. Por favor, Arthur. – ela pediu. Em questão de segundos ela fez sua escolha: não ia escolher ninguém para se sacrificar.



Hermione levantou-se e Arthur se aproximou dela.



– Hermione... Essa noite tudo vai mudar. – ele disse. A castanha tinha plena consciência disso e, para falar a verdade, ela já estava até acostumada com mudanças. Hermione só conseguia pensar em uma coisa: ajudar Harry, mas sua mente acabou sendo invadida por outro pensamento. E ele tinha nome e sobrenome.



– O Draco também está lá no salão? – ela perguntou temerosa. Arthur assentiu com a cabeça. – Eu... eu tenho que ir até lá. – a voz de Hermione estava muito falha e até parecia que ela não tinha certeza do que estava falando. Gina segurou o braço da amiga delicadamente.



– Você não está bem, Hermione. – a ruiva disse com a voz visivelmente preocupada. Hermione se afastou de Gina e foi em direção a porta. Suas pernas estavam um pouco bambas, mas ela conseguia andar. Passou por alguns corredores até chegar em frente a uma porta, seguida por Arthur, os dois membros da Ordem e Gina. Arthur segurou a maçaneta e antes de girá-la, olhou para Hermione.



– Tome cuidado, Hermione. – ele pediu preocupado. A castanha sorriu de canto e em seguida Arthur abriu a porta.



De cara, um corpo foi lançado perto da porta em que Hermione estava saindo, deixando-a surpresa. Instantaneamente, ela recuou alguns passos. Era um dos comensais que se asseguravam da segurança do Lord. Gina segurou o braço de Hermione bem forte e Arthur passou por elas e foi em direção aos outros membros que estavam duelando, ajudando-os.



Só aí que Hermione sentiu falta de uma coisa. Uma varinha. Ela não sabia onde estava a sua, provavelmente os comensais que a seqüestraram junto com Gina pegaram. A castanha pegou Gina e a levou de volta para a sala de jantar. As duas estavam ofegantes e começaram a andar de um lado para o outro.



– E agora?! O que vamos fazer?! – Gina perguntou alterada. Hermione tentou regularizar sua respiração, mas não conseguiu. A porta se abriu e um loiro que Hermione conhecia muito bem entrou no cômodo. Ela, automaticamente, abriu um sorriso enorme e foi abraçá-lo. Os dois ficaram assim por muitos minutos, até que Gina pigarreou propositalmente, atraindo a atenção deles. Hermione se separou de Draco e ficou vermelha. O loiro sorriu e foi até Gina, e abraçou-a também.



– Acho que vocês precisam disso. – ele disse retirando duas varinhas de suas vestes. As meninas arregalaram os olhos e sorriram. Pegaram as varinhas e olharam uma para a outra.



– Então... a hora é agora. – Gina disse baixo. Hermione assentiu.

Os olhos de ambas se encheram de lágrimas e as amigas se abraçaram fortemente.



– Tudo vai dar certo, Gina. – Hermione disse entre lágrimas.



– Sim, eu sei. – ela disse sorrindo. Foi até a porta, lançou um último olhar a Draco e saiu da sala.



Hermione abraçou Draco novamente, e desta vez bem mais forte. O loiro se afastou um pouco dela para poder ver seu rosto.



– Sim, eu já sei sobre o sacrifício. – ele disse parecendo que tinha lido a mente de Hermione. A castanha abaixou o olhar e suspirou. – Você não escolheu essa opção, não é mesmo?



– Eu... Eu não podia. – a castanha respondeu. Draco assentiu e selou seus lábios com os de Hermione. Não houve nenhuma língua, era apenas os lábios de ambos que tinham se encontrado e não queriam se separar. – Draco... Eu estou com medo. – Hermione murmurou se separando um pouco do loiro.



– Eu também, Hermione. – ele disse. Pela primeira vez, Hermione pôde ver um Draco Malfoy bastante vulnerável. – Mas tudo dará certo. – ele disse forçando uma voz confiante. A castanha suspirou e abraçou-o novamente.



– Eu te amo. – ele sussurrou perto do ouvido dela e Hermione não conseguiu deixar de sorrir ao ouvir isso.



– Eu também, Draco. Te amo muito. – ela sussurrou de volta. Afastaram-se um do outro e suspiraram na mesma hora. Draco segurou a mão dela e, juntos, passaram pelos corredores que haviam antes de chegarem a porta. Aquela porta poderia ser apenas uma simples porta. Mas, para Hermione, ela era muito mais que isso. Ao atravessá-la tudo mudaria.



– Está pronta? – Draco perguntou. Hermione assentiu com a cabeça. Os dois se olharam por alguns instantes e se beijaram. Se separaram quando o ar ficou escasso para ambos. Draco passou o as costas da mão pela bochecha de Hermione e sorriu. – Tenho certeza de que tudo vai acabar bem. – a voz dele soou bem confiante.



A castanha suspirou pesadamente e entrou no grande salão, com Draco logo atrás de si. Aquilo que estava acontecendo ali poderia ser muito bem chamada de guerra. Talvez não tanto grande como a Hogwarts, mas estava tão terrível quanto. Draco retirou sua varinha e lançou um feitiço protetor nele e em Hermione. Virou-se para ela.



– Daqui há alguns minutos nos encontraremos de novo, está bem? – Draco disse sorrindo para Hermione. A castanha sorriu tristemente e assentiu com a cabeça. Os dois lançaram um último olhar um ao outro e se separaram.



Hermione estava com a varinha em mãos e começou a correr. Começou a procurar por Harry, mas não o achou. Lançou alguns Estupore em comensais e em seguida foi para a área externa da mansão.



Começou a andar em volta dela, mas não estava conseguindo achar Harry. Seu olhar caiu sob a densa e escura floresta que estava na sua frente e sua respiração começou a desregular. Ela tinha certeza absoluta de que Harry estava ali dentro. Adentrou na floresta. Sua respiração havia voltado ao normal, porém seu coração estava batendo descontroladamente. A floresta poderia não ser mais horripilante do que a Floresta Proibida, mas conseguia, sem sombra de duvidas, se aproximar dela.



Andou por alguns metros e virou-se. A mansão já havia sumido de seu campo de visão. Voltou a mesma posição de antes e se pôs a andar novamente. Se Hermione já estava arrepiada de medo, quando ouviu um tipo de ruído ela estancou no lugar. Depois de alguns minutos tentando arranjar coragem, a castanha voltou a andar.



Antes ela só enxergava algumas árvores em meio à escuridão horripilante, mas depois de ter andado por mais alguns metros, ela não via mais isso. Agora estava vendo Harry deitado e sendo torturado por Voldemort. Alicia estava do lado do Lord e estava sem emoção alguma diante daquela situação. Hermione arregalou os olhos e foi em direção a Harry.



– Ora, ora. Veja quem chegou, Harry. – Voldemort disse friamente, parando de torturar o moreno. Hermione só conseguia olhar para Harry. Ajoelhou-se ao lado do moreno, que estava desacordado, e, por um momento, esqueceu-se de Voldemort, até que ele voltou a falar. – Hoje a profecia se concretizará. E eu, finalmente, conseguirei o que tanto quis esses anos todos: poder extremo. Nada poderá me impedir. Você e Harry Potter irão morrer sem chance de pedir piedade. – a voz de Voldemort não poderia ficar mais seca e cruel do que estava. Hermione se arrepiou e voltou seu olhar para ele.



– Você está enganado, Voldemort. Você que vai morrer esta noite. – Hermione disse duramente. Voldemort riu cruelmente e em seguida voltou ao seu semblante sério e cruel.



Tom apontou a varinha para Hermione e quando ia lançar um Crucio nela, a castanha levantou sua varinha e lançou um feitiço protetor em volta dela e Harry. Não era forte o bastante para deter Voldemort, e ela sabia disso. Mas, mesmo assim, ela não deixaria de lutar. Afinal de contas, não existia apenas uma profecia. Eram duas. E uma delas dizia que Voldemort morreria.



Voldemort urrou de raiva e lançou um Crucio ainda mais forte. Hermione não conseguiu impedi-lo e a maldição acabou atingido-a. Ela caiu para trás e começou a gritar de dor. Estava se contorcendo de dor e, em poucos minutos, não conseguia mais gritar. Voldemort se aproximou dela e riu maleficamente.



– Milorde... Por que você não os mata de uma vez? – a castanha pôde ouvir a voz de Alicia perguntando.



– Quero me divertir um pouco. – ele respondeu cruelmente, ainda torturando Hermione. A castanha estava chorando desesperadamente enquanto raios de dor passavam por seu corpo sem piedade alguma. Até que a castanha conseguiu ouvir um barulho de aparatação, porém não estava conseguindo ver quem estava chegando. Sua visão estava embaçada.



Os donos desse barulho eram Rony e um homem alto, moreno, pele pálida e olhos pretos. Tom virou-se para os dois e seu olhar esbanjavam ódio e raiva. Pura e simples raiva. Parou de torturar Hermione e apontou a varinha para os dois homens que estavam há poucos metros longe dele. Até que ele olhou o segundo homem com mais atenção e arregalou os olhos.



– Olá, papai. – Ralph disse sorrindo maleficamente. Voldemort não estava conseguindo se mover. Estava perplexo demais para isso. Ralph andou em direção à Hermione, Harry e Rony, que havia acabado de se aproximar deles, e ficou na frente dos três. Lançou um feitiço protetor em volta deles e voltou sua atenção para o pai. Alicia também ficou surpresa ao ver o filho do Lord ali, e acabou recuando alguns passos até bater em alguém. Virou-se para olhar quem era e se deparou com...



– Dubarry? O que está fazendo aqui? – ela perguntou sussurrando. Eddan sorriu para ela e foi até Hermione, Harry e Rony. Foi aí que Alicia notou a presença de Draco ao lado de Eddan. O loiro logo seguiu Eddan em direção à Hermione. Voldemort estava muito atônico para prestar atenção em Eddan ou em Draco, por isso não lançou nenhum feitiço. Continuava encarando Ralph.



– Nenhuma das duas profecias dizia que... Que você estaria por perto. – Voldemort disse.



Ralph sorriu para ele de modo cruel. Com certeza ele havia puxado aquele sorrisinho do pai.



– Nem sempre as coisas acontecem como achamos que acontecerão. – ele disse friamente. A varinha de ambos estavam apontadas uma para o outro.




Hermione abriu os olhos com dificuldade e suspirou com mais dificuldade ainda. Seu olhar se encontrou com o de Rony, que estava agachado perto dela. E ela franziu a testa de leve.



– Ron? – ela o chamou fracamente. Rony sorriu ao vê-la acordada e assentiu. O olhar da castanha caiu sob Draco e os dois sorriram.






– Creio que você já sabe do sacrificio, não é mesmo? Eu sou o sacrifício, papai. – Ralph disse duramente. Voldemort permanecia estático. Ralph virou-se e agachou-se perto de Hermione, Harry, Rony e Eddan. – Sinto muito por vocês terem ficado tanto tempo se arriscando... Por causa do meu pai. Mas agora isso irá acabar. – ele disse baixo. Os olhos de Hermione se encheram de lágrimas.



Ralph levantou-se e virou-se para Voldemort.



– Vamos acabar com isso, papai. – ele disse e lançou um feitiço em Voldemort, que, por sua vez, lançou outro nele. Os feitiços de uma forma surpreendente foram se dissipando e voltando para a ponta da varinha de ambos, porém, com isso, a pele dos dois foi ficando sem vida e pareciam de vidro. Não demorou muito para eles acabarem se repartindo em vários pedaços.



Hermione, agora, já estava devidamente acordada e estava sentada. Uma lágrima caiu de seu olho. Não era uma lágrima de tristeza. Mas, sim, de alegria.



A castanha se levantou com cuidado e Harry, que já tinha acordado, fez o mesmo. Hermione sorriu para ele e em seguida virou-se para Rony.



– Ron... Você está chorando. – ela disse emocionada. Rony abaixou a cabeça e limpou as lágrimas. Hermione sorriu e o abraçou. Não demorou muito para que Harry entrasse nesse abraço e os três ficaram assim por um bom tempo. Finalmente eles estavam livres. A sensação era tão boa.





A mente de Alicia, finalmente, havia sido libertada. Ela conseguia pensar com muito mais lucidez agora, conseguia pensar como ela mesma. Abraçou a si própria e olhou em volta. Ela se lembrava do que havia feito quando sua mente estava sendo comandada por Voldemort e mesmo sabendo que não era ela nessas horas, ela estava se sentindo culpada.



– Alicia? – ela ouviu a voz de Eddan a chamar. A garota levantou o olhar para ele.



– Eddan. – ela disse sorrindo. Ele sorriu com ela e os dois se abraçaram. – Estou me sentindo tão... tão culpada.



– Não fique assim. – ele disse reconfortando ela. – Aquela pessoa não era você. Mas, agora, você está de volta Alicia! De volta! – ele disse animado, fazendo-a sorrir. Os dois se abraçaram mais forte ainda.





Hermione abraçou Draco fortemente e os dois se esqueceram das outras pessoas e se beijaram. O beijo tinha muita paixão e era urgente. Quando perceberam que precisavam de ar, se afastaram. A castanha sorriu para o ex-sonserino e ele retribuiu. Hermione não poderia ficar mais feliz. Ela sabia de que dali pra frente tudo mudaria para a melhor e estava excitada por isso.



CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!


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Notas finais do capítulo

Sim, gente. A fic tá na reta final já... Mas ainda to pensando em fazer mais dois capítulos... Enfim, o que acharam desse cap?? Comentem!!!
Beijos, e eu vou demorar um pouco pra postar o próximo. Problemas pessoais =( espero que entendam. E NÃO ME ABANDONEM!!



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