Say You Dont Want It escrita por Lana


Capítulo 19
Perguntas sem respostas


Notas iniciais do capítulo

Heeey amores! Tudo bem? Mais um capítulo pra vocês s2
Boa leitura e me desculpem pelos erros. ;D



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A garota demorou alguns minutos para abrir os olhos. Apesar de estar em um cômodo sem luz alguma, algo a impedia de abrir os olhos rapidamente. E ela sabia o que impedia: tinha dor. Todos os movimentos que ela fazia lhe causavam uma dor incomum – nunca sentida antes por ela. Para se sentar-se também fora uma luta; demorou, no mínimo, dez minutos. E nesse meio tempo, sempre gemia de dor – suas costas estavam doendo muito. Quando finalmente sentou, suspirou.



Olhou em volta e estava em um quarto escuro e sem janela alguma, com apenas uma cama, um criado-mudo ao lado dela e um guarda-roupa. Alguns quadros enfeitavam as paredes e nenhuma delas se movia. Eram quadros trouxas. Alicia franziu a testa; onde ela estaria? Por que não se lembrava de nada o que havia acontecido para estar ali? Quanto mais pensava, uma dor de cabeça insuportável começou.



Alicia estava com medo. Muito medo. Queria ir embora dali o mais rápido possível; mas não tinha como. Ela estava fraca demais e sua varinha não estava com ela. Apesar da dor de cabeça, a garota continuou tentando lembrar como chegou ali, mas não conseguia formular nenhuma resposta lógica.



Após alguns minutos, a mente de Alicia foi tomada pelo desespero. A garota se acalmou e começou a pensar em coisas simples, como, por exemplo, ela se perguntou como era seu próprio nome; não soube responder. Quantos anos ela tinha, também não soube responder. Ela só sabia que era bruxa, somente isso.



A porta do quarto se abriu e um elfo doméstico entrou no cômodo, com uma bandeja em mãos. Alicia observou a criaturinha se aproximar dela e colocar a bandeja em seu colo. Olhou para a mesma e em cima dela havia um prato com sopa e uma taça com algum tipo de suco. A garota comeu e bebeu sem hesitar. Havia acordado com a barriga roncando.



Assim que terminou, o elfo tirou a bandeja de seu colo e se retirou do quarto – sem trocar uma única palavra com Alicia.



Minutos, talvez horas, se passaram e Alicia continuava na mesma posição. Por dois motivos: não conseguia se mover sem que sentisse dor e estava inundada por pensamentos e perguntas. Depois que tomou o liquido da taça, ela ficou com mais dificuldades em pensar em algo sólido, que fizesse sentido.



Não, ela não sabia que era a única descendente direta de Rowena Corvinal que ainda estava viva, porém isso não afetou a inteligência dela. E sabia que havia algo naquela bebida que a deixou com o raciocínio lento. Aos poucos, sua mente começou a trabalhar normalmente, mas, mesmo assim, não conseguia responder suas diversas perguntas pra ela mesma. Isso a deixava mais do que frustrada.



A porta abriu novamente e agora não era um elfo que estava entrando no quarto, mas, sim, um homem. Alicia não conseguiu ver nem o rosto dele, apenas seus olhos estavam a mostra; ele estava usando uma roupa preta que cobria todo seu corpo e em seu rosto, usava uma mascara preta também.



–Quem é você? – a voz rouca e fraca de Alicia indagou. O homem já estava próximo ao pé da cama. – Quem é você? – a garota indagou novamente, porém mais forte. A expressão facial do homem não tinha nenhuma emoção e Alicia podia decifrar isso por seu olhar. – Por favor, não faça nada de mal comigo, por favor. – Alicia pedia, chorando. O medo havia tomado conta de seu corpo novamente e ela não fez nenhum esforço para pará-lo.



O homem não soube o que fazer ao ver Alicia chorando, mas manteve seu rosto inexpressivo. Alicia continuou chorando, até que o homem estava indo em direção a porta.



–Ei! Espere! – ela exclamou. Sua voz agora já estava voltando ao normal. Ela não poderia o deixar ir. Teria que fazer algumas perguntas. O homem parou de andar ficando de costas para Alicia. – Onde eu estou?



–Em breve você ficará sabendo. – o homem respondeu, pegando Alicia de surpresa, já que ela achava que ele não a responderia.



–Em breve? Em breve quando? – a garota perguntou. O homem, infelizmente, ficou calado. Alicia suspirou pesadamente. – Quem é você? – ela voltou a perguntar para ele.



–Ninguém que você queira realmente saber. – ele respondeu, sua voz estava muito fria; causando calafrios em Alicia.



–Como você se chama? – ela perguntou. O homem hesitou em respondê-la. E, por um instante, ela começou a achar que ele não a responderia.



–Eddan. Meu nome é Eddan. – ele respondeu, virando-se para a garota. – Agora, descanse. – ele disse severamente e aparatou em seguida.



A garota continuou encarando o lugar em que ele aparatou e várias outras perguntas começaram a aparecer em sua mente. Fazendo várias perguntas para si mesma e tentando responder a todas elas, Alicia acabou pegando no sono.






Enquanto isso, na sede da Ordem da Fênix...





Tudo poderia ser mais fácil para Hermione Granger se ela nunca tivesse criado amizade com Harry Potter e Ronald Weasley. Estou certa? Não, não estou. Muito pelo contrário, tudo seria mais difícil para ela se nunca tivesse criado amizade com eles. Apesar de todos os perigos que enfrentou com eles desde que eram crianças, Hermione nunca trocaria isso por uma vida normal. Suas aventuras são, provavelmente, as melhores coisas que já participou em sua vida. Ela sempre ficava feliz quando se lembrava de tudo o que passou com seus amigos – se alegrava mais ainda quando lembrava que mesmo após esses anos todos, sua amizade com eles só fortaleceu.



Mas, uma coisa é certa: nunca, nem em um bilhão de anos, Hermione Granger imaginaria que ficaria apaixonada por Draco Malfoy – seu, até então, inimigo. Primeiro ela lutou contra o simples fato de ter se preocupado com ele, mas depois aceitou que não poderia mandar em seu coração e nem em seus sentimentos e passou a aceitar isso. E ficou radiante quando soube que o ex-sonserino sentia o mesmo por ela.



O loiro e seu grupo haviam chegado na noite anterior e todos, graças à Merlim, estavam bem. Hermione e seu coração deram um grande suspiro aliviado quando Draco a abraçou. Kingsley pediu a atenção de todos, quando já haviam entrado na sede, e disse que a reunião para saber sobre a missão de cada grupo iria acontecer quando todos estivessem bem. Não bem fisicamente, já que todos estavam ótimos, mas bem psicologicamente. Algumas pessoas de alguns grupos, com essa pressão toda acontecendo, acabaram ficando estressadas e outras pessoas tiveram o mesmo “efeito colateral” que Jorge. Ou seja, começavam a falar que foi por culpa delas que não conseguiram achar mais nada significativo para a missão, fazendo com que ficassem tristes.



Eram 04h30min e Hermione estava acordada. Draco estava com ela e os dois estavam conversando.



–Eu fico tão triste quando vou à enfermaria e vejo algumas pessoas que participaram dessa missão chorando e dizendo que foram as culpadas por não terem conseguido nada significativo. – Hermione comentou e deu um suspirou tristemente no final. Sentiu Draco lhe abraçar mais forte. Os dois estavam deitados na cama; Hermione estava com a cabeça no peito de Draco, enquanto ele estava com os braços em volta dela.



–Todos vão ficar bem. É só questão de tempo. – Draco sussurrou.



Mas ele sabia que todo tempo era precioso para a Ordem e para a missão.



–Mas, graças à Merlim, você está bem. – Hermione falou, fazendo Draco sorrir. Permaneceram conversando por mais alguns minutos até que a alguém bateu na porta. Hermione e Draco franziram a testa. Quem seria àquela hora? A castanha levantou-se e foi em direção a porta; Draco se sentou na cama.



Hermione deu de cara com Clare, chorando.



–Clare! O que aconteceu? – Hermione perguntou preocupada, puxando a amiga delicadamente para dentro do quarto. Draco levantou-se e foi até as meninas.



–Se acalma, Clare. – Draco disse amigavelmente para a morena, que continuou chorando. – Vou deixar vocês duas a sós. – o loiro falou. Lançou um último olhar para Hermione e se retirou do quarto.



A castanha sentou Clare na poltrona próxima à lareira e em seguida foi até a cozinha pegar um pouco d’água para a amiga. Clare deu apenas alguns goles, mas o choro acabou diminuindo e ela se acalmou.



–Agora que já se acalmou... Pode me contar o que aconteceu? – Hermione perguntou docemente para a amiga. Clare respirou fundo duas vezes antes de responder.



–Eu sonhei que... que estava com a minha família. Minha verdadeira família. E nós estávamos tão felizes... – a morena disse, olhando para o chão.



–Mas isso é bom, não é? Então por que estava chorando?



–Eu os inventei, Hermione. Quero dizer, eu acabei inventando suas características, sabe? Meu pai era alto, branco, cabelos pretos com alguns fios grisalhos... E tinha olhos pretos. Já a minha mãe era baixinha e morena... tinha cabelos pretos também bem ondulados e seus olhos eram castanhos escuros. E eu tinha irmãos... – Clare disse. Seus olhos voltaram a se encher de lágrimas. – Eu nem sei se tenho irmãos mesmo, Hermione! Nem sei se meus pais são desse jeito que eu imaginei! Nunca vou saber! – a morena disse, chorando novamente. A castanha já estava prestes a chorar com a amiga também.



Hermione não sabia o que fazer ou dizer. Então preferiu ficar quieta, deixando a amiga chorar tudo o que tinha pra chorar. Sentou-se no braço da poltrona e abraçou Clare. Quando a morena finalmente se acalmou, se afastou do abraço de Hermione para poder olhá-la.



–Me desculpe por isso... – Clare disse timidamente. Hermione sorriu.



–Se desculpar pelo o que? – a castanha perguntou. – Clare, você não pode se desculpar por chorar.



–Mas é que... há tanto tempo que eu não me permito chorar, é tão estranho agora. – Clare falou, olhando para as próprias mãos. – Acabei aprendendo que só fracos choram, da pior maneira possível. – ela sussurrou.



–Você tem que superar isso, Clare. Agora você está em outro mundo. Em um mundo muito melhor. Onde pessoas se preocupam com você. E, nesse mundo, chorar não é para os fracos; pelo contrário, os fortes têm o dom de chorar. – Hermione disse, sorrindo para a amiga.



–É a primeira vez em que estou em um lugar que as pessoas gostam de mim de verdade. – Clare falou sorrindo abertamente para a amiga. As duas se abraçaram fortemente.






Enquanto isso, na mansão...




Antes de entrar na sala de Voldemort, Eddan deu um último respiro. O Lord estava em pé, atrás de sua mesa; aparentemente observando a vista para a área externa de sua mansão, mas sua mente estava em um lugar bem distante dali.



–Milorde... – Eddan chamou com a voz fraca, se reverenciando.



–O que você quer, Eddan? – Tom perguntou frio e distante.



–Já fui ver como ela está. – Eddan respondeu, fazendo Voldemort lhe olhar por cima do ombro. – Ainda está mal, milorde. E bastante confusa. – o moreno completou.



–Temo que a bebida na taça não tenha feito efeito nela... Ela tem uma mente e inteligência muito grande para se deixar levar por isso. – Voldemort disse, sua voz estava cruelmente distante. Seus olhos estavam olhando para o nada; pensativos. – Vá embora, Eddan. – o moreno assentiu e após dar uma ultima reverencia ao Lord, se retirou da sala.



Eddan sabia o que tinha que fazer agora. E ele não hesitaria em fazer.




CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO!


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Notas finais do capítulo

E então??? Gostaram?? Detestaram?? Comentem!!!
Beijos!



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