Jogos Vorazes - Parte Dois escrita por Katniss e Peeta
Ficamos deitados a manhã inteira, e uma parte da tarde também, apenas conversando e rindo. Tudo tinha se normalizado. Alicia foi embora, e posso dizer que foi ótimo!
Quando chega a noite já estamos no distrito doze, demoro meia hora para convencer Gabriela a se levantar, ela é bem preguiçosa quando quer.
Peter a coloca em um vestido negro com chamas tremulando na parte debaixo e a coroa de vitoriosa na cabeça, ficando extremamente linda à noite. Eu estava com um terno preto e vermelho.
Andamos de mãos dadas até o Edifício da Justiça, onde agradecemos à todos por tudo. Vejo o pai de Gabriela e seus irmãos logo na frente com meu pai. O pai dela sorri rapidamente e me lança um olhar de olhos semicerrados. Ainda de mãos dadas com ela me afasto um pouquinho e vejo que ele ergue o dedo em sinal de aprovação.
Gabriela percebe e ri, me puxando de novo pra perto dela. O prefeito nos entrega as flores e uma placa, depois somos conduzidos à sua casa para o jantar.
Eu não estava com muita fome, para falar a verdade, mas tomo um pouco do macarrão com molho rose que estava muito bom.
Depois da janta levo Gabriela para casa e me despeço com um beijinho na ponta do seu nariz. Ela sorri e entra. Vou para minha casa e subo as escadas até o meu quarto. Ela estava me esperando sentada na sua janela. Sento na minha e falamos por algum pouco tempo, até seu pai bater na porta.
- Boa noite, eu te amo. – sussurro para ela.
- Boa noite. Eu te amo também. – sussurra de volta e entra no quarto.
Deito e durmo com um sorriso nos lábios, mas sou acordado às cinco da manhã pelos meus pensamentos. Nós precisamos recomeçar. Coloco uma roupa e ponho as que peguei dela dentro do saco de caça. Vou para a floresta sabendo que os cães selvagens iriam aparecer, eles normalmente apareciam, eu precisava encontra-los por aí.
Consigo abater dois esquilos e três perus selvagens. Ouço passos e sei que ela está vindo para cá, imediatamente, com o peru já sem as penas o solto no chão e me esgueiro em uma árvore. Gabriela para e o segura observando os ferimentos e por quem foram feitos. Salto de cima da árvore parando atrás dela.
- Sabia que roubar é frequentemente punível com a morte? – rosno para ela contendo o riso.
- Estava apenas observando a gravidade do ferimento. Pelo corte a cima do pescoço diria que foi por uma flecha e à longa distância. – ela fala séria também se forçando para não sorrir.
Ouço os uivos que afirmam que os cães selvagens irão aparecer, tudo estava dando certo.
- Suba nessa árvore garota, ou estaremos em sérios problemas. – falo subindo no salgueiro logo depois dela.
Não demora muito até os cães aparecerem e se deitarem não muito longe dali, para a sua sorte.
- Por que fez isso? – Gabriela pede sorrindo.
- Não íamos recomeçar? Isso não é um recomeço? – peço sorrindo.
- Você é bobo. – ela me dá um tapinha no ombro e senta do meu lado.
A abraço e ela me beija.
- Foi nessa árvore que eu comecei a gostar de você. – diz ela olhando pro nada.
- Sério? Já gostava de mim? – pergunto.
- Já. Só não queria admitir pra mim mesma. – ela fala rindo.
Pego a faca que ela me deu e escrevo os nossos nomes na árvore.
- Pronto, agora ela é a nossa árvore. – digo. – Está com frio?
- Não. Estou com calor. – fala ela.
- Posso resolver isso. – tiro do saco de caça a sua regata e jogo pra ela. – Não é melhor que essa sua camisa larga e comprida?
- Não acredito que ainda não colocou isso de volta no meu quarto! – ela ri e arranca a regata das minhas mãos.
Eu entrego para ela a calça que eu havia pegado, as meias e as botas.
- Ok, pode me devolver o resto também. – ela fala rindo e tentando tirar o saco de caça das minhas mãos.
- Não. Aquilo é meu. – falo rindo.
- Dylan! – ela grita sorrindo e pega o saco das minhas mãos. – Ei, não está aqui.
- Eu sei. Tá no meu quarto. – falo rindo.
- Você é idiota! – ela ri e se senta do meu lado.
- Eu sei, você também. – seguro seu queixo e a beijo.
- A propósito, feliz aniversário Dylan. – ela me estende um arco novo e flechas novinhas.
- Obrigada! – sorrio e a puxo pra bem perto de mim. – Agora sim eu tenho dezoito.
- Você aparenta ser um home desde que eu te conheci. – ela fala rindo.
- Eu sou homem desde que nasci, tinha dúvidas disso? – pergunto.
- Tinha. Até te ver sem camisa. – ela fala rindo.
- Ainda tem problemas em me ver sem camisa? – tiro a camisa e a abraço sorrindo.
- Não. Nunca tive problemas com isso. Só pensava que você não tinha tudo aquilo.
- Eu também nunca pensei que você fosse tão bonita. – digo sorrindo.
- Só viu meu rosto. – ela fala confusa.
- Devia tentar fechar a cortina do seu quarto, querida. – digo rindo.
- EU. NÃO. ACREDITO. NISSO. – ela diz rindo e me batendo. – Não te amo mais.
- Nunca vai deixar de me amar. – falo beijando ela.
- Então me fale, senhor bonitão, o que faz espiando pela minha janela?
- Nada, destruidora de Ipods. Você deixa tudo aberto, eu passo por acaso e vejo você troando de roupa. – falo dando de ombros.
- Então da próxima vez finja que a janela não existe.
- Somos namorados, qual é? – falo rindo. – Não me importo d ficar sem camisa a sua frente.
- Mas as garotas se importam de ficar sem camisa na frente dos namorados. Eu ao menos.
- Ah que isso, você ficou sem camisa na minha frente ontem. – falo fazendo-a lembrar de tudo depois de destruir o Ipod.
- Foi por impulso, tínhamos brigado. – ela se defende.
- Não precisava tirar a camisa. – falo rindo.
- Você tirou a minha camisa.
- Você deixou.
- Eu estava com saudades. – ela reclama.
- Ficou apenas um dia sem me beijar. E ainda não explica o por que de me deixar tirar a sua camisa.
- Você é quente, pronto, falei. – diz ela fazendo cara de séria.
- Sério? Mas você não estava com frio ontem.
- Deu desse assunto de por que te deixei tirar a minha camisa, eu quis e pronto.
- Ok. – falo rindo.
- Por que os cães estão demorando pra ir embora? – ela indaga.
- Talvez por que queiram que fiquemos juntos aqui.
- Ou porque estão hipnotizados olhando pra você sem camisa. Coloque essa coisa. – ela fala.
- Tem ciúmes até dos cachorros? – peço rindo.
Gabriela ri e me abraça. “É ótimo poder estar com você.” – diz ela.
Sorrio e coloco uma rede pendurada em um galho grosso e forte da árvore.
- Pode deitar. – digo pra ela que não hesita e se deita.
Me deito ao lado dela e a beijo.
- Gostei mais desse começo do que o do outro. – diz ela.
- É. Esse foi mais engraçado. E quente, não acha? – peço sorrindo.
- É, você deveria ser o garoto quente.
- Eu sou. Eu sou o seu garoto quente.
-Sobre o que u havia dito, para esperar voltarmos pra casa, estamos em casa. – ela diz com um sorriso.
- É, estamos em casa. – a beijo.
- Não vai me deixar tirar a sua camisa? – peço rindo.
- Vou. – ela fala dando de ombros.
- Não me culpe depois.
- Não vou culpar. – ela diz rindo.
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