Jogos Vorazes - Parte Dois escrita por Katniss e Peeta


Capítulo 15
Choque


Notas iniciais do capítulo

Não ficou nada bom, cada segundo eu tinha uma ideia diferente, me desculpem por esse capítulo ter ficado uma droga '-'



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As lágrimas começaram a pingar do meu rosto enquanto eu soluçava baixinho olhando as estrelas. O telhado era meu lugar favorito, mas eu queria que o campo de força não me impedisse de se jogar e morrer.

 Aquela cena... eu choro só de lembrar. Fazia vinte minutos que eu estava encolhida em um canto e chorando, chorando muito, já não me importava em soluçar. Meus olhos estavam ainda pintados, a maquiagem escorrendo como em uma cascata.

                Dylan aparece correndo.

                - Gabriela...o que você viu... eu não tive culpa. – ele fala tentando se aproximar de mim, mas eu levanto e me afasto.

                - Não precisa me dar explicações, acabou Dylan. Eu realmente não queria que isso acontecesse, mas... é melhor pra você, não acha? – falo chorando.

                - Não fui eu, ela quem me beijou, por favor, acredite em mim. – Dylan suplicou.

                - Dylan, sai daqui. Sai de perto de mim. Some. Eu não quero mais você por perto. – grito aos soluços.

                - Eu te amo... Por favor, não me deixa aqui sozinho. – ele segura minha mão.

                - Não precisa de mim. Namore ela. Com certeza ela te dará muitos diamantes, rubis e esmeraldas. E quanto as nossas fotos da revista, vou pedir para cancelarem. Você só me fez sofrer, Dylan. – solto a mão e saio correndo pro meu quarto.

                O ouço bater na porta, mas vou para a banheira e aperto alguns botões, espumas com cheio de rosas se alastram calmamente pelo meu corpo. Depois a água quente retira todos os indícios dela e a maquiagem do meu rosto. Me seco e deito na cama com um pijama preto que achei. Não sonho com nada. Não tenho pesadelos com nada.

                No dia seguinte acordo cedo, meus olhos vermelhos e minha cara toda inchada. Não levanto da cama. Eu não vou mais levantar da cama. Eu não quero mais ver a cara daqueles dois. Eu o amava mais que a minha própria família.

                Peter destranca a porta por fora e entra no meu quarto exibindo um sorriso enorme, ele devia não saber de ontem. Levanto da cama soluçando e com lágrimas pingando e o abraço. As lágrimas desciam como uma correnteza, todas as mágoas e tristezas nelas.

                Contei tudo o que houve ontem, em como ele foi um canalha depois de tudo o que fiz por ele. Eu estava disposta a morrer na arena por uma pessoa que não vale nada.

                Ele me abraçou e tentou me convencer de que Dylan não tinha culpa, que foi ela, mas nada disso me conformava, ele estava lá com Alicia, ela beijou ele na minha frente, sabendo que eu estava ali.

                - Peter, eu não quero mais vê-lo. Eu não quero morar perto dele. – digo sentando na cama.

                - Calma, prometo que tudo vai se ajeitar. – ele insistia me abraçando.

                - Não vai, ele não me ama mais. – falo ainda chorando.

                - Vamos comer, não quero que fique com fraqueza, você é uma vitoriosa, vitoriosos são fortes. – diz ele tentando me animar.

                - Não vou comer, eu sou uma vitoriosa fraca. – digo.

                - Bom, caso quiser, venha até a sala de jantar. – ele suspira e segue para o café.

                Fico uma hora deitada, depois ainda de pijama, me levanto e passo pela porta.

                Saio do quarto e decido falar com a garota. Ainda de pijama vou até o seu quarto, ela estava deitada e com um fone de ouvidos no máximo, nem me ouviu entrar. Arranquei a coisa dos seus ouvidos e a fiz ficar de pé segurando a sua camisa.

                - Ei, o que é isso? Garota louca! – grita ela.

                - Shhh. – falo tampando a boca dela. – Nunca mais ouse chegar perto dele entendeu? Eu posso matar sem dó. Nunca mais, ouviu? – a solto e ela cai na cama.

                - Eu já vou embora, seu namoradinho não vai mais me agarrar. – ela fala sorrindo.

                - Você o agarrou. Nunca mais chegue perto dele. – rosno jogando seu Ipod longe.

                Ela me dá um tapa na cara e revido com uma intensidade muito maior. Então Álex chega com Peter e Haymitch atrás dele. Eu estava pisando no seu Ipod nesse momento. Haymitch e Peter seguram ela e a acalmam enquanto Dylan me reboca a força pra fora.

                Rosno alguns palavrões antes de sair do quarto e mesmo não querendo vou trás dele, aquele seu cheiro ótimo me hipnotizando.

                - Até quando vai andar por ali fingindo que não me conhece e batendo em garotas? – pede ele segurando meu braço e me forçando a olhar pros seus olhos quase sorrindo por conta da parte de bater em garotas. – Eu já pedi desculpas, não fui eu, ela me beijou, Gabriela.

                - O fato é esse, Dylan.  Eu não te conheço mais. O garoto que conheci na floresta, o garoto pelo qual me voluntariei, o garoto pelo qual quase perdi minha vida. O garoto pelo qual me apaixonei, ele sumiu, e a gente tem que se acostumar com isso. – falo secamente olhando nos seus olhos.

                - Não, eu não mudei. Você também não. Só precisamos de um recomeço. Precisamos que um perdoe o outro. – ele fala.

                - Não, eu mudei e você também. Não te fiz nada para pedir perdão. – devolvo.

                - Fez sim, você roubou. – fala ele com calma.

                - Roubei? Roubei o que? Eu só quebrei o Ipod da garota! Não roubei nada! Vai defende-la? – pergunto confusa e raivosa.

                - Roubou meu coração, não o Ipod. – ele está segurando minhas duas mãos agora. – Não entende que me apaixono mais por você a cada dia que passa? Você é a única coisa boa que aconteceu na minha vida. Eu estou vivo, mas desde ontem à noite eu perdi a vontade de viver. – ele fala e percebo que está sendo sincero.

                Fico pasma olhando pra ele, sem saber o que fazer, o garoto das flechas me conquistava a cada suspiro que dava, eu o amava, não seria capaz de deixa-lo. As suas palavras eram como sussurros mágicos, eu não conseguia me mover.

                Ele se aproxima mais, mais e mais.

                - Me permite? – ele sussurra no meu ouvido e eu apenas fecho os olhos.

                Então ele me beija. Tudo some. Apenas eu e ele. O que era apenas um beijo calmo foi ganhando velocidade com o tempo.

                Alicia some como um flash dos meus pensamentos. Era ótimo tê-lo de novo só para mim. Desisto de tomar café e Dylan me leva até o seu quarto. Eu fiquei um pouco hesitante então ele bloqueia a minha passagem para entrar no quarto.

                - Por favor, prometa que não vai nunca mais me deixar. – pede ele com os olhos castanhos enormes.

                - Eu prometo. – falo sorrindo.

                Ele sorri e me beija com urgência, fazia tempo que ele não me beijava assim. A última vez foi algumas semanas atrás e posso dizer que estava com falta. Seus lábios estavam macios e quentes, dando uma sensação de conforto.

                - Existem câmeras aqui sabia? – peço já deitada na sua cama.

                - Não mais. Ah, eu gostei da parte do “nunca mais chegue perto dele ou eu posso matar sem dó sabia?” – ele diz sorrindo e mostra os quatro cantos do quarto com um lençol sobre elas.

                Não deixo de rir e ele me beija novamente mexendo no fecho do sutiã. Dou um tapinha na mão dele e fica claro para ele esperar chegarmos em casa.

                - Eu te amo. – ele me fala e se deita ao meu lado.

                - Eu te amo. – falo mexendo no seu cabelo desgrenhado. – Você voltou a querer viver de novo? – peço.

                - Eu nunca vou querer parar de viver contanto que esteja ao seu lado. – ele fala sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Ficou horrível, eu sei. xoxo



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