The Escape escrita por bringmenightmares


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Agora que consegui minha inspiração de volta, será bem mais fácil postar ^-^ ueihsueihsei
Bom, está aí. Boa leitura (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/184426/chapter/5

Não, era impossível ele nos achar aqui. Ou será que não? Tinha que parar com esses pensamentos e esse maldito medo. Resolvi tentar me aproximar e procurar de onde vinha aquele barulho e de quem era aquela sombra. Peguei um pedaço de ferro que estava a minha volta e lá fui eu. Ia me escondendo atrás de todas as coisas possíveis. O barulho parece que ia se aproximando de onde eu estava. Toda hora era obrigado a trocar de lugar. Escondi-me atrás de algumas portas antigas de carros. O barulho parou. O que será que tinha acontecido? Será que a pessoa tinha ido embora? Espero que sim. Pensei muito bem no meu próximo passo e passei para detrás de uma pilha de lixo. Percebi que não tinha ninguém. Quando coloco a cabeça para fora veio alguém tentando me atacar com uma barra de ferro. Era Juliet. Eu ia gritar, mas ela tapou minha boca com suas mãos.

- Não grite, por favor – ela falou como se implorasse para mim.

- Ok – foi a única coisa que consegui dizer.

Meu coração estava quase saindo pela boca. Imaginei que era algum desconhecido. Ainda mais quando veio me atacar com uma barra de ferro. Logo pensei que estava em uma enrascada. Já estava até lembrando em como era ficar em um cativeiro. Mas era só a Ju me assustando novamente. Espera aí, porque ela está aqui mesmo?

- O que faz aqui? – perguntei ainda meio ofegante.

- Ah... Queria saber se você estava bem e precisava de ajuda – ela disse enquanto olhava para baixo e suas mãos estavam atrás das costas, parecia estar envergonhada

- Eu podia levar tudo até você, se tivesse continuado lá.

- Ah... tá bom então – parece essa minha resposta não era o que ela esperava ter ouvido.

- Mas uma ajudinha sempre é bem-vinda – sorri de canto para ela, que retribuiu com um largo sorriso.

- O que quer que eu leve?

- Pode pegar esse casaco e algumas dessas revistas – falei colocando o casaco sobre seus ombros e lhe entregando três revistas.

- Mas só posso levar isso e você vai levar todo o resto? Isso não é justo. Quero mais coisas, dê-me isso aqui – tentou pegar mais coisas de mim, mas não deixei.

- Eu sou o homem aqui, portanto sou o mais forte – tá, sei que isso foi muito machista da minha parte, mas não podia deixar que ela levasse peso.

- Machista! Também, não vou levar nada, leve você! – disse isso, jogou as revistas e o casaco em cima mim, cruzou os braços e foi rápido para fora do ferro velho.

- Af... Vamos lá né – disse para mim mesmo.

Coloquei as três revistas novamente em cima das outras, vesti o casaco e comecei a andar, tentando acompanhar o ritmo dela. Acho que a raiva dava forças a ela, porque estava andando muito rápido. Não devia ter dito aquilo, mas ela é muito teimosa. Não sei como irei aguentá-la. Percebi que estava ficando para trás, então tentei correr. As coisas estavam pesadas, mas mesmo assim estava ao menos conseguindo chegar perto dela.

Chegamos rapidamente ao beco. Quer dizer, ela chegou aqui primeiro, mas isso não vem ao caso. Coloquei as revistas no chão, peguei a primeira da pilha e comecei as rasgar as páginas. Garanto que assim teremos fogo por mais tempo. Joguei as páginas dentro do latão de lixo que havia. Eram várias revistas para arrancar as páginas e já estava anoitecendo, não haveria tempo suficiente. Ela ainda estava brava comigo. Desde que chegou aqui sentou com as costas viradas para mim e ficou mexendo em alguma coisa, que eu não fazia a mínima ideia do que era.

- Já está ficando tarde... – disse, esperando que ela respondesse alguma coisa.

Silêncio. Foi tudo o que obtive.

Ela estava muito brava comigo. Não quero pedir desculpa. Nunca fui de fazer isso, não farei agora. Prefiro cortar papéis sozinho e colocar tudo pra queimar, ao invés de pedir desculpas. Continuei arrancando as páginas e jogando tudo no latão de lixo.

Até que enfim terminei. Quase já não havia mais luz no céu. Juntei com os pedaços de madeira que tinha encontrado ali no beco mesmo. Acho que alguém tinha ficado aqui anteriormente, pois havia muita madeira e o latão já estava meio queimado. Talvez mendigos tenham ficado aqui, sei lá. Tinha que ser mais rápido e parar de refletir tanto, daqui a pouco não conseguiria mais enxergar nem um palmo a minha frente. Peguei o isqueiro dentro do meu bolso da calça e o acendi. Espere aí, está faltando algo. O que poderia ser? Álcool, claro. Eu me preocupei com o fogo, mas nem procurei por algo que fosse inflamável. Droga. Como eu iria acender uma “fogueira” agora? Levei as duas mãos a cabeça, chutei o ar e falei um palavrão quase que inaudível.

- Isso que você quer? – perguntou ela, se virando para mim.

Não sabia do que estava falando, então caminhei em sua direção e olhei atentamente o que ela segurava em suas mãos.

- Você tinha álcool e nem falou?

- Você não quis me ouvir e fez o seu lindo discurso machista – ela não iria parar de falar nisso enquanto eu não pedisse desculpas.

- Eu não fui machista!

- Ah não, minha mãe que foi! Para de se fingir de idiota, mas que porra Andy! – nisso ela já estava de pé, parada na minha frente.

- Você que é teimosa, mimada e acha que pode fazer de tudo! Eu só quero cuidar de você, será que é tão difícil perceber isso?! – eu não tinha argumentos, ela estava certa e eu sabia disso, mas não admitiria tão fácil.

- Eu sei me cuidar sozinha e nem adianta você vi... – a parei com um selinho.

Ela congelou. Ficou na minha frente, estática e olhando diretamente nos meus olhos. Corei de tanta vergonha que estava sentindo. Não sei por que havia feito aquilo. Foi meio que sem pensar, uma ação que nem eu esperava. Ai meu Deus, não sei o que faço agora. E se ela não gostou? O que vou fazer? Sinceramente, não faço a mínima ideia. Todo mundo só pensa na garota em uma hora dessas, em como ela vai ficar e tudo mais, sei que elas ficam confusas, só que se esquecem também de tentar entender o que se passa na mente de um garoto. Eu estou apavorado, não sei se a beijo novamente, não sei o que ela está pensando, não sei se saio daqui, não sei, não sei e não sei. É muita confusão para uma pessoa só!

Ela piscou lentamente, olhou para minha boca, depois para meus olhos e abaixou a cabeça. Deu uma última olhada para mim de um jeito sedutor, juntou nossos lábios e fez com que nossas línguas se encontrassem, dando inicio a um beijo cheio de desejo. Rapidamente coloquei minha mão em sua cintura, puxando-a mais para perto, colando nossos corpos. Ela pousou suas mãos em minha nuca, intensificando o beijo. Passava minhas mãos pelo corpo dela com certa inquietação, ela começou a descer com uma de suas mãos para as minhas costas, passando as pontas das unhas pelo caminho. Aquilo me arrepiou. Quando o ar nos faltava, parávamos por um segundo e voltávamos, com mais desejo ainda. A puxava cada vez mais contra o meu corpo, fazendo com que nenhum centímetro nos separasse. Ela passava suas mãos em minhas costas, aquela maravilhosa sensação de calor invadia meu corpo. Comecei a subir minhas mãos por dentro de sua blusa e ela parou o beijo.

- Er... Desculpa – ela disse ainda meio ofegante e olhando para o chão.

- Desculpar pelo quê? – Dei um sorriso malicioso.

- Eu não deveria ter te beijado.

- Eu não me importo, pode beijar quando quiser. Sinta-se à vontade. – logo que falei, ela corou – mas sou eu quem te deve desculpas, me perdoe por ter brigado contigo.

- Ah, não sei – ela disse me olhando com cara de quem estava brava, mas depois começou a rir – Brincadeira, eu perdoo sim, mas não faça isso novamente ok?

- Prometo tentar não ser mais machista, mas não prometo nada de que não cuidarei de você.

- Nhaw, que lindo! Mas... Saindo do assunto, quando você vai acender a fogueira? – ela riu e eu voltei à realidade.

- É pra já! Mas preciso daquele álcool ali – falei apontando na direção de onde ela estava anteriormente sentada.

Ela foi buscar e me entregou. Derramei por cima da madeira e dos papéis. Peguei um pedaço de folha, coloquei fogo e o atirei dentro da lata. Ficamos ali esquentando nossas mãos por um tempo. Percebi que a Ju estava com frio. Peguei aquele casaco que havia achado e coloquei em cima de seus ombros. Ela sorriu para mim e retribui com um sorriso de canto. Sentei-me ao seu lado e ela ficou em baixo do meu braço, encostada no meu ombro, até que dormiu. Eu tinha que me manter acordado para cuidar de nossa segurança. Mas com aquele marasmo, acabei pegando no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estejam à vontade para dar sugestões.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Escape" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.