Capítulo 22 - Vamos nos divertir

- Quem é vivo sempre aparece não é?

- Cala a boca GD...

- 'Ta irritadinho é Baro? - riu Chunji - Levou um fora?

- Ela sequer olha pra minha cara e está sempre me ignorando. - confessou irritado com as mãos nos bolsos.

- Seja mais agressivo meu caro. - comentou G-Dragon.

- O que, como assim? Tipo...

- Não sua anta! Não no sentido literal da palavra. Beije ela, leve-a para cama! Eu sei lá! - G-Dragon já estava começando a ficar irritado - Seja homem e faça alguma coisa oras.

Baro  suspirou e resolveu seguir o conselho do amigo, mas mais tarde talvez, depois que já tivesse bebido.

Krystal acordou com o cheiro forte de álcool perto de si, piscou algumas vezes para desanuviar a visão e deparou-se com o teto branco da enfermaria. Ao seu lado estavam duas pessoas, e nenhuma era a enfermeira. O cheiro de álcool vinha de uma bandeja de metal cheia dele e com uma tesoura e uma agulha mergulhadas.

- Quem são vocês? - perguntou a morena com a voz fraca.

- Eu sou Sulli e esse é o Jeongmin, - disse a menina sentada na cadeira ao seu lado - te encontramos desmaiada no meio do pátio e te trouxemos para cá.

- Tinha uma poça de sangue em volta de você. - comentou o garoto apoiado à parede.

- Yah! Jeongmin, não precisava dizer isso... Ela não precisa de mais traumas, pabo.

- Ne, Sulli.

- Obrigada por me trazerem até aqui, achei que morreria lá mesmo. -  tentou sorrir mas sentiu dor em sua barriga.

- A enfermeira ainda não suturou o corte, ela está procurando a linha para fazê-lo.

- Anh, tudo bem... Acho que posso aguentar mais um pouco.

Smooth saiu do banheiro irritada, já ia fazer quase uma hora que estava lá e não tinha conseguido tomar banho por conta de todas aquelas meninas se arrumando para a maldita festa na ala masculina. Bateu a porta do quarto com força e jogou-se na cama encarando o teto branco.

- Aish~ aquelas patricinhas vão ficar lá até quando?

Teria de arranjar alguma coisa para fazer até que elas resolvessem sair de lá e deixarem-na tomar um banho.

Aquela era a sétima vez que lia a mesma página e não entendia metade das palavras graças à um barulho incômodo vindo de algum lugar daquela biblioteca, pegou o marcador e colocou na página em que tinha parado e resolveu  procurar o que raios estava fazendo aquela barulho. Andou entre as estantes de livros procurando o infeliz que resolvera atrapalhá-la.

De uma hora para outra achou que seria melhor se não tivesse ido procurar a origem do som, estacou entre duas estantes ao presenciar uma cena nada comum: dois garotos fazendo... Coisas indevidas e que deveriam ser feitas em um local privado.

Um gemido alto tirou-a de seus devaneios e saiu de lá correndo, tentando fazer a menor quantidade de barulho possível. Encostou-se na parede ao lado da porta do lado de fora da biblioteca e escorregou pela parede.

- Cara eu não vi aquilo... Eu não vi, eu não vi. - repetia como se fosse um mantra, tentando esquecer a cena de segundos atrás.

- Ai!

- Isso vai doer um pouco. - disse a enfermeira suturando o corte de Krystal.

- Eu percebi...

Mesmo com os protestos de Krystal a enfermeira continuou, os pontos eram pequenos, parecidos aos de uma cirurgia plástica. Sulli e Jeongmin apenas assistiam o sofrimento da garota.

- Pronto, mas não pode forçar muito ou os pontos arrebentarão e terei de fazer isso outra vez, e doerá mais.

- Claro.

- Fique deitada por enquanto, vou por uma faixa por cima para os pontos não ficarem expostos e você correr o risco de pegar uma infecção ou algo assim.

A enfermeira saiu a procura de gaze por toda enfermaria, deixando os três em um silêncio incomodo.

- Acho que vai precisar de ajuda para voltar ao dormitório. - disse Sulli.

- Ela não vai poder voltar por um tempo Sulli-ah, ela mau consegue se sentar e precisa que alguém alimente-a.

- Jeongmin tem razão, vou ter que ficar aqui durante um tempo, até poder tirar os pontos. Se puderem avisar minha companheira de quarto eu agradeço.

- E quem é? - perguntou Jeongmin.

- Micky.

- Ah! A garota do cabelo laranja, e... Ai Sulli!

- Vamos avisá-la, agora temos que ir.

- Tudo bem, - a enfermeira havia voltado com um rolo de gaze em mãos - obrigada por tudo.

- Não tem de que.

Os dois saíram da enfermaria enquanto a mulher enfaixava o abdômen da garota. Fez com que ela comesse algo e logo depois  disse que comunicaria ao diretor. A única coisa que ela não sabia era que o diretor estava tendo uma 'pequena' discussão com sua colega de quarto ou com a professora de matemática, ainda não soubera dizer quem era na realidade.

- Aniya, aniya, aniya... - repetia ela sem parar até esbarrar em alguém um pouco antes da porta de saída do corredor.

- Olha só, nos encontramos de novo.

- Agora não Baro.

- Mas o quê é isso gracinha? - empurrou a garota contra a parede prendendo seus braços e pernas.

- Baro me solta. - remexeu-se em baixo dele quando sentiu os lábios dele tocarem seu pescoço, o cheiro forte de álcool incomodou seu olfato - Garoto você 'ta bêbado?

- A gente vai se divertir bastante hoje...