Maria, Where Did You Go? escrita por Ldebigode


Capítulo 3
Friends?


Notas iniciais do capítulo

eu adoro esse capítulo aksmchjdklsjksj
esse aí tá grande, aproveitem a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/184166/chapter/3

Voltei pra casa, tinha começado a chover. Eu sabia que a babá do meu irmão perguntaria onde eu estava e contaria tudo pra minha mãe, mas ah, foda-se, acabei de conhecer Billie Joe Armstrong.

Entrei em casa, já eram quase 16h. Cara, não acredito que fiquei quase três horas na rua. E Lily, a babá do John, logo veio me perguntando.

- Dona Maria, onde estava?

Apesar de pegar no meu pé, gosto dela. Ela é legal.

- Só fui na cafeteria.

- Se só foi na cafeteria, por que não avisou?

Revirei os olhos.

- Porque minha vida não diz respeito a ninguém.

- Enquanto morar em baixo desse teto, diz respeito à sua mãe e seu pai. E eu tenho a responsabilidade de cuidar de você e do seu irmão.

- Ah, Lily, corta essa.

Fui pro meu quarto, fechei a porta e coloquei o cd “Stop, Drop and Roll!!” da Foxboro Hot Tubs, uma banda que é um projeto paralelo da Green Day.

Do you want to elope tonight?

Getting lost in the shadows,

All dressed up like a switchblade knife,

There sending love from the gallows.

Or we can take a walk around the lake,
There's a garden in the park there.
Under the stars next to fireside,
Anywhere is better than here.

Oh mother Mary take my hand
I'll be your saint, I'll be your man
I'll do almost anything ‘cause I don't care.
Oh mother Mary take my hand.

Bah da bah da da bah

Take a ride on the midnight train,
We'll fall asleep at the station .
Too much wine driving me insane,
And then we will miss our destination.
Ill well do better,
Guess Its alright.
As long as we stick together.
In there will rain a rows of sunshine
We will watch it rise and shine forever

Oh mother Mary take my hand
I'll be a sailor be a man
I'll do almost anything ‘cause I don't care.
Oh mother Mary take my hand.

Bah da bah da da bah
Bah da bah da da bah

Oh mother Mary take my hand
I'll be a sailor be a man
I'll do almost anything ‘cause I don't care.
Oh mother Mary take my hand.

Bah da bah da da bah
Bah da bah da da bah
Bah da bah da bah.

            O volume estava altissimo, e eu estava cantando junto. Quando a música acabou, eu diminuí um pouco o volume do cd, e fiquei pensando. O dia seguinte seria difícil, meu pai estaria de folga, e provavelmente ficaria no meu pé o tempo todo. Eu e meu irmão estávamos de férias, eu já estava no terceiro ano do ensino médio, e a escola era foda. No sentido ruim

Não adianta, não tem nada que me faça gostar daquele lugar. Eu odeio cada pessoa que passa por mim no corredor, cada professor que escreve no quadro. Eu não tenho uma melhor amiga, eu mal tenho amigos, e quase todo dia eu brigo na rua.

Acelerando as coisas, não aconteceu nada interessante naquele dia. Então vamos passar pra terça-feira.

Acordei às 9h, com meu pai acendendo a luz na minha cara.

- Acorda, sua vagabunda.

- Afe, vai se...

- Olha a boca, menina.

- Olha a boca o caralho, sai do meu quarto.

- Cala a boca, menina! – ele disse, vindo na minha direção. Admito que fiquei com medo. Ele levantou a mão e eu soube na hora que eu ia apanhar.

- Se você encostar em mim, eu chamo a polícia!

Ele me fuzilou com o olhar e foi na direção da porta.

- Hoje é meu dia de folga, não quero me estressar. E é bom você fazer alguma coisa que preste. – e saiu batendo a porta.

Quando ele saiu, eu chutei a primeira coisa que estava na minha frente, no caso, a porta do armário. Meu pé doeu, mas eu fingi que não. Não sei por que, só tinha eu ali.

Às 9h30, Lily chegou. E às 10h e alguma coisa, John acordou. Sinceramente, não sei por que te conto essas coisas. Ninguém ia querer saber isso.

Enfim, vamos à parte interessante.

De tarde, coloquei um cd da Demi Lovato. Não me zoe, não é porque eu gosto de rock que eu não posso ouvir pop. Coloquei na música “Until you’re mine”, uma que eu gosto muito, subi na cama e cantei alto. Quando a música acabou, peguei minha guitarra, meu bebê, uma Fender 1979 vermelha. Peguei uma palheta preta em cima da minha mesa de cabeceira e toquei uns acordes, tentando escrever uma música.

            Immortal

            Kinda blind of stupidity

            Must die now

            Easy as an early death…

            Larguei a guitarra e resmunguei. Definitivamente, eu não sabia compor músicas. Ficava sempre a mesma merda.

            - Maria! – gritou Lily.

            Ignorei.

            - Maria! – ela gritou de novo.

            - Ah, que é?

            - Você tem visita!

            - Manda vir pra cá.

            Peguei a guitarra de novo... Ah, aliás, eu a chamo de Cali, não pergunte porquê. Enfim, peguei a guitarra e toquei a introdução de “Smells like teen spirit”, uma das minhas favoritas. Até que alguém bateu na porta.

            - Entra – falei.

            - Oi, Maria!

            Era Billie. Quase não acreditei, cara. Conheci ele ontem, ele pediu meu endereço e hoje estava lá, me visitando.

            - Oi... Billie...! – minha voz estava meio lenta, mas era porque eu não estava acreditando – Senta aí.

            Ele se acomodou no chão, na minha frente.

            - Então, você toca? – ele perguntou.

            - É – respondi – eu tento.

            Billie riu.

            - Vai, toca pra mim – ele falou.

            - O quê? Sem chance.

            - Ah, vai! Por favor.

            - Só se depois você tocar pra mim.

            - Tá, tá bem.

I walk a lonely road
The only one that I have ever known
Don't know where it goes
But it's only me and I walk alone

I walk this empty street
On the boulevard of broken dreams
Where the city sleeps
And I'm the only one and I walk alone
I walk alone I walk alone
I walk alone I walk a....

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart is the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
Till then I walk alone
ah - ah - ah - ah - ah - ah -aaah - ah - ah -ah -ah


I'm walking down the line
That divides me somewhere in my mind
On the border line of the edge
And where I walk alone

Read between the lines of what's
Fucked up and everythings alright
Check my vital signs to know I'm still alive
And I walk alone
I walk alone I walk alone
I walk alone I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart is the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
Till then I walk alone
ah - ah - ah - ah - ah - ah -aaah - ah - ah -ah -ah

I walk alone, I walk a...

I walk this empty street
On the Boulevard of broken dreams
When the city sleeps
And I'm the only one and I walk a...

My shadow's the only one that walks beside me
My shallow heart is the only thing that's beating
Sometimes I wish someone out there will find me
Till then I walk alone 

            - Ok, agora diz que você toca mal – ele disse.

            - Eu toco mal – falei – de verdade. Meus pais nunca quiseram pagar uma aula de guitarra pra mim, então eu tive que me virar.

            - Então você fez um bom trabalho. Porque você toca bem, sim.

            Me senti corar.

            - Tá, agora você – entreguei a guitarra pra ele – 21 guns.

Do you know what's worth fighting for,
When It's not worth dying for?
Does it take your breath away
And you feel yourself suffocating?
Does the pain weight out the pride?
And you look for a place to hide?
Did someone break your heart inside?
You're in ruins

One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms
Into the sky
You and I

When you're at the end of the road
And you lost all sense of control
And your thoughts have taken their toll
When your mind breaks the spirit of your soul
Your faith walks on broken glass
And the hangover doesn't pass
Nothing's ever built to last
You're in ruins

One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms
Into the sky
You and I

Did you try to live on your own?
When you burned down the house and home?
Did you stand too close to the fire?
Like a liar looking for forgiveness from a stone

When it's time to live and let die
And you can't get another try
Something inside this heart has died
You're in ruins

One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms
Into the sky

One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms
Into the sky
You and I 

            Aplaudi. Era irônico, porque ele era profissional. Ele riu. Eu ia falar alguma coisa, mas alguém abriu a porta.

            - Argh, o que você quer? – falei. Era meu pai.

            - Quem é esse? – ele perguntou.

            - Billie, meu amigo.

            - Não aprontem nada aí. Eu to falando sério.

            Billie riu, e qualquer outra filha normal teria rido. Eu não ri.

            - Relaxa, cara, eu sou comprometido – falou Billie. Tipo, ele era casado, mas ok né.

            Meu pai saiu, finalmente.

            - Esse é seu pai né?

            - É. Esse babaca é meu pai.

            - Não fala assim. Ele parece ser legal.

            Ri alto, muito alto mesmo.

            - Você não conhece ele. Não é filho dele. Tem horas que dá vontade de me matar, pelo simples fato de que ele é meu pai.

            - Nossa...

            Billie encarou cada canto do meu quarto que não fosse eu, percebi que ele estava desconfortável.

            - Uau. – ele se levantou e andou até um pôster do Green Day colado na minha parede, na época de American Idiot – Sabe aquele momento que você vai na casa de uma amiga e vê que ela tem um pôster seu na parede?

             - Não, não sei. Isso nunca aconteceu comigo.

            Billie riu de novo, alto.

            Nisso, meu pai abriu a porta.

            - Cacete, pai, o que foi?!

            - Vim ver se vocês não estavam fazendo alguma coisa errada aí.

            - Ah vai cagar – falei fechando a porta na cara dele.

            - Acho melhor eu ir – falou Billie – To sentindo que to atrapalhando aqui.

            - Na verdade não. O único problema é meu pai. Fica de boa, quando eu fizer 18 eu vou morar em um daqueles armazéns de punks sabe? Aí eu vou ser livre.

            Ele riu da última parte. Eu realmente podia ter omitido isso.

            - Então... Tchau.

            Ele me deu um beijo no rosto e saiu. Acho que somos amigos agora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gostaram? ta bom? razoável?
beijos, L