A Melhor Festa do Ano!

P.O.V Paul

Ela disse que precisava de um colar de bala de goma né? Bom, não foi nada difícil fazer um.

"E aí?" Um dos meus colegas de trabalho disse, eu apenas assenti.

"Oi, Paul." A voz do pai da Dawn, o que ele veio fazer aqui?

"Oi."

"Vim falar sobre a Dawn."

"Ela está bem?" Perguntei preocupado.

"Sim, ela está ótima! Na verdade, melhor que ótima. Primeira da turma, bolsa de estudos integral no próximo ano. Grandes planos."

"Eu sei."

"Certo. Você sabe. Mas talvez não saiba o quanto ela batalhou para chegar lá. Ela estava na reta final. E foi aí que você apareceu. Bem no final."

"Você nem me conhece."

"Não, eu conheço você. Eu era igual a você. Lutando para sobreviver, com raiva do mundo. Sem planos para o futuro. E talvez você possa até vir a ter. Mas não é justo levar a Dawn para baixo com você. Então se gosta da Dawn, tanto quanto acho que gosta, não será você que vai prende-lá."

A cada palavra que o pai da Dawn falava, fazia um efeito enorme, me sentia tão culpado, tudo fazia sentido no que ele falava, ele estava completamente certo. Quando se foi, eu ainda fiquei pensando, eu gostava do tempo que passava com a Dawn, mas não podia arrasta-lá para o que eu sou, e é verdade. Eu não podia mas estragar a vida da Dawn, teria de resolver isso amanhã.

No outro dia foi realmente estranho, é como se eu estivesse nervoso, decidi que se quisesse fazer isso direito, teria de não pensar nela. E consegui, me destraí com as conversas das pessoas na escola. Primeiro, a de Ash e Brock:

"Digamos que o presidente precise de um hino novo, de qualquer banda ou época..." Brock.

"Ah! A Misty, a gente se fala depois." Ash

Coitado do Brock, como se não bastasse ser rejeitado por garotas, agora foi rejeitado pelo melhor amigo. Prestei atenção na conversa do Ash e da Misty, foi mais ou menos isso que ouvi:

"Oi Misty!" Ash

"Oi, Ash."

"E aí, pego você às 18h no sábado?"

"Eu estava mesmo te procurando." Ash sorriu e ela continuou. "Por causa da festa de sábado. Lembra do cara que te falei que não estava disponivél? Bem, ele me convidou. E nós vamos. Não pretendia estragar seus planos, mas aconteceu tão rapído."

"Não. Eu estou feliz por você."

"Sinto muito, Ash." Misty saiu, o Rudy apareceu com seus amigos.

"Vamos. Estou faminto." Um dos amigos dele disse.

"Vocês estão indo comer pizza?" Ash.

"Você é o maximo, Ash!" Rudy passou direto, como o Ash era idiota, até nessa desculpa ele caia.

Depois ele conversou com Kenny, disse que ele não podia desistir de convidar alguém, e depois Kenny disse: "Não engraçado que as pessoas legais que queremos conhecer, só conhecemos no ultimo ano?" Ash apenas concordou.

Logo ápos o termino das aulas, eu tinha que fazer isso logo, acabar com isso de uma vez por todas. Vamos lá, Paul! Você consegue. Encontrei Dawn, no local de sempre, tudo já estava pronto, menos o globo que precisava de ajustes.

"Oi!" Dawn disse.

"Oi." Pude notar meu tom rude.

"Vamos checar o globo espelhado, para ele não girar muito rapido?"

Subi a escada antes que ela pudesse terminar a frase.

"Certo. Legal." Ela disse. Coloquei uma chave lá, e a girei. Ela disse de novo. "Parece que está legal. Certo? Ou está devagar demais? Está devagar demais?"

"Dawn, só me diga do jeito quer você quer."

"Você não tem opinião?"

"Minha opinião é: Quero acabar logo com isso."

"Então, está tudo bem." Dawn disse e eu desci. "Estou louca para ver você acender essa fonte amanhã a noite."

"Eu?"

"Quem mais?"

"Eu não venho amanhã. Não achou que eu viria, não é?" Disse guardando minhas ferramentas.

"Achei."

"Perdi tempo o suficinete com está festa."

"Não acho que foi perda de tempo. Para nós."

" 'Nós' quem?" Eu tinha que acabar com isso precisava ser mais rude.

"Espera que eu acredite que isso não significou nada para você? Que você não sente nada diferente, Paul?"

"Como eu me sinto, ou como você se sente. Não significa absolutamente nada."

"O quê?"

"Seu mundo pode ser feito de globos espelhados e fontes celestiais, mas esse não é o mundo onde eu vivo, Dawn. No meu mundo sou um bad boy sem futuro, e por isso estou aqui."

"Mas nada disse importa Paul." Droga, ela não vai desistir. "Contanto que sinta por mim, o mesmo que eu... Sinto por você." Essa era a hora perfeita para acabar e a hora mais cruel para fazer isso.

Pelo futuro brilhante que eu estava interrompendo, pelo amor de Deus, não era dificil. E tinha que ser agora:

"Eu não sinto." Seu rosto já se espelhava na tristeza, agora eu não sabia o que ela sentiria.

Saí dali, sem ao menos dar a explicação de nada. E ela ficou parada.

E tentei me lembrar de uma coisa: Melhor assim, melhor assim.

Melhor assim pelo menos para ela.