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31- Introdução á Missão Vegas

Um ano depois:

– Hm...? – Murmurei, ao atender meu telefone do FBI (que tocava Lighters, do Bad Meets Evil com o Bruno Mars). Eu estava na minha cama, a cara enfiada no travesseiro, eram duas da manhã. Minha mãe nem estava em casa, senão, quem havia me acordado era ela. Ela estava numa conferência em Washington, no Pentágono. É, enquanto eu estava tendo de aturar o fim do primeiro semestre do nono ano.

– Justin. – Kendall disse. – Temos problemas na agência.

Abri o olho direito. Problemas?

– Que tipo de problemas? – Perguntei.

– Suspeitas de atentado. – Kendall disse. – Você precisa vir para cá.

– Por que eu?

– Por que só estamos chamando os melhores. – Kendall ironizou. – Você é o melhor da ala juvenil. E ainda é da Inteligência e do Suporte Técnico. Enfim. Aqui estamos eu, Selena e mais alguns agentes e policiais.

– Ok, ok. Vamos lá, cessou os elogios não merecidos, eu estou a caminho. Depois de eu acordar... – Eu bocejei. Kendall me mandou vir logo, e eu disse que já estava indo. Desliguei o telefone e troquei de roupa. Jeans, All-Star’s e uma camisa branca. No bolso frontal da minha calça, eu coloquei meu revólver. Eu não o usava muito, preferia ficar por trás de um computador do que usar uma arma. Mas, de qualquer forma, era um atentado, eu precisava ir armado. Me olhei no espelho e peguei um casaco. Desci as escadas até o primeiro andar, e corri até o quarto mais perto dali. Nem bati a porta, só a abri e me joguei na cama do meu guarda-costas Kenny. Na verdade, ele era mais um faz-tudo do que um segurança. Ele é do FBI também.

– Kenny! Kenny! – Eu disse. Ele abriu os olhos de leve.

– JB... – Ele murmurou, abrindo os olhos. – O que foi?

– Preciso que você me leve para o FBI! – Falei. Eu, mesmo sendo filho de quem eu era, eu não podia dirigir com 14 anos, então... – Agora!

– Ok. – Ele se levantou e se sentou na cama. Apesar da aparência assustadora, Kenny chegava a ser, ás vezes, mais infantil que eu. Eu praticamente o arrastei até o carro, e ele dirigiu em alta velocidade até o prédio em que eu trabalhava com minha mãe, minha namorada, meu segurança faz-tudo e meu antigo irmão. Assim que cheguei, entrei com Kenny, com a arma em mãos, e quase atirei quando uma sombra apareceu em minha frente. Estava tudo escuro, desde o hall até o último andar o qual eu podia ver. Eu levei um susto quando aquele vulto apareceu.

– Calma! – Kendall apareceu na luz. – Sou eu! Cortaram a energia do prédio todo!

Suspirei, e baixei a arma.

– O que está acontecendo por aqui?

– Câmeras não funcionam, nem luz de emergência, nem energia, telefones, nada.

– Aonde os outros estão? – Perguntei. Kendall me conduziu e conduziu Kenny até uma sala, a única que estava iluminada, e, de qualquer forma, nem era de luz elétrica mesmo, a luz vinha de um notebook e celulares. Lá estava a equipe. 25 pessoas, no máximo. Assim que eu entrei na sala, eu encontrei Selena. Ela estava apoiada na parede. Vestia uma calça justa e uma jaqueta preta. Eu via o volume que sua arma fazia no bolso da jaqueta. Seus cabelos estavam soltos sobre seus ombros, seu rosto estava limpo, e, ela olhou para mim e uma tranqüilidade invadiu sua expressão.

– O que aconteceu? – Perguntei.

– Acham que estão aqui. – Selena me respondeu.

– Quem? – Perguntei.

– Talvez os caras de Manila. – Ela supôs. Os caras de Manila eram da gangue que nós detemos na nossa última missão, em Manila, nas Filipinas.

– O que fazemos? – Um dos agentes presentes deixou a pergunta no ar. Ele não devia ter nem 17 anos.

– Talvez... Nos espalhar. Cinco em cada andar. Se algum de nós encontrar algo, sinalizamos.

– Como? – Kendall perguntou.

– Telefone. – Falei, erguendo meu iPhone pessoal. – Ou, sinal de incêndio. Qualquer coisa que faça barulho pelo prédio todo.

– Todos de acordo? – Selena perguntou.

– É muito perigoso. E se tiverem realmente pessoas aqui? – Uma mulher perguntou para mim.

– Trabalhar no FBI não é seguro. – Eu disse. – E, claro que tem pessoas aqui. Cortaram a energia, telefones, câmeras. O prédio mais seguro de Nova York está totalmente vulnerável. Temos de agir antes que eles nos ataquem.

O silêncio mortal correu por ali por alguns segundos, até que Selena disse que estava de acordo. Foi seguida por Kendall, e os outros. Separamos os grupos, eu, Kendall, Selena e mais dois iríamos para o quinto andar. Tivemos de subir cinco andares de escada, mas nem foi difícil. Lá em cima havia uma sala que, bem, eu não sabia muito bem o que era até uns meses antes, era só uma sala ampla, com revestimento de cimento cinza (não, Justin, cimento roxo) e com teto de metal. Até que eu descobri que aquele era um ponto de pouso de caças.

Enfim. Eu entrei ali com Kendall e Selena. Era a única coisa que tinha naquele andar. Os outros dois policiais entraram depois. Eu fui passando a mão pelas paredes para me guiar naquele breu, até que ouvi um tic-tac-tic-tac ritmado. Logo, reconheci o que aquilo era. Código Morse.

– Eu voltei. – Traduzi. Então os tic-tac ficaram mais rápidos. Era uma bomba. Arregalei os olhos. Droga, eu ativei a bomba falando o que ela significava, que devia ser a senha de ativação.

– SELENA! KENDALL!! – Gritei. – Saiam daqui agora!!

– O quê?! – Selena perguntou.

– UMA BOMBA!! – Respondi. Eles foram correndo para a saída, crendo que eu estava com eles, mas, eu não estava. Eu corri até o botão vermelho de emergência, quebrei o vidro que me fez achá-lo e o apertei. A sala se iluminou de vermelho, e, a porta enorme começou a se fechar. Eu comecei a correr até ela. Os outros já estavam do lado de fora. Eu não ia conseguir sair dali.

– Justin! – Selena gritou.

– Fique! – Gritei, antes da porta se fechar, me trancando ali, e eu ouvir um BUM! vindo de trás de mim.

Eu voltei. Foi a mensagem da bomba.

Não acabou ainda. E ele queria me tirar do caminho.